domingo, 25 de maio de 2025

Conversando com minha grande família

 Conversando com minha grande família

Introdução

 

Conversando com minha grande família

Introdução

 

Gerar, educar, manter uma família é um desafio enorme que exige dedicação, continuidade, amor e severidade, tolerância e disciplina, educação dentro e fora de casa, cuidados amplos e irrestritos. Aprendemos e nos conhecemos que nunca fomos perfeitos, ao contrário, erramos muito. Não somos educados para a formação de filhos a menos que tenhamos profissões e cursos permanentes. A Humanidade muda constantemente exigindo novas estratégias, soluções. É impossível para pessoas leigas fazerem e aprenderem tudo o que é novidade objetiva, cenários mutantes, desafios permanentes.

Assim como a Natureza aposta de inúmeras maneiras na aleatoriedade para garantir a sobrevivência daqueles melhores adaptados ao que o Grande Arquiteto impõe, assim também precisamos ser serenos, lúcido, estudiosos permanentes e dedicados às nossas famílias, principalmente os filhos e filhas.

Esse livro procura mostrar isso na experiência de uma pessoa idosa que enfrentou o desafio de formar uma família com uma companheira corajosa e disposta a acompanhar que agora se atreve a escrever registrando tudo o que sabe.

 

Sumário

Conversando com minha grande família. 1

Introdução. 1

A vida me ensinou. 1

Família. 1

A importância da família. 1

O DESAFIO DE ESCREVER, LER, FALAR, SENTIR, SABER. 1

Quem sou eu e o que faço questão de deixar como herança. 1

Minha história profissional e social 1

Pensando na minha vida colegial e universitária. 1

Metamorfoses aceleradas. 1

Superação. 1

Eventos decisivos – o casamento e a paternidade. 1

O casamento precoce. 1

Saiba educar seus filhos. 1

O que é uma família. 1

Religiões – Religiosidade – um pouco de História e a Família. 1

Os pais precisarão dos filhos. 1

Fragmentos de minha Infância. 1

Aprendi a me defender 1

Guerrinhas e cinema. 1

Urbanista em potencial 1

Justiceiro. 1

Esportes radicais. 1

Ciclista. 1

Fotografias. 1

Moscas e mosquitos. 1

Cultura diferente. 1

Cuidados em tempos de roça. 1

O paraíso. 1

Laguna dos Baião. 1

Aviões em Laguna. 1

Caminhar entre a praia e a cidade de Laguna. 1

Filosofando nas pedras. 1

Férias em Floripa. 1

Casa da “mãe Joana”. 1

As histórias das tias. 1

Parentes em Florianópolis. 1

Aprendizado na praia. 1

O Baralho. 1

Primas especiais. 1

Sol da praia. 1

Minha primeira máquina de fotografar 1

Recomendações dos pais de hoje. 1

Episódios marcantes da infância. 1

A arte da alegria. 1

Gibis e desenhos animados – que saudades. 1

Gafes e saber rir 1

A Família – minhas origens – paradigmas familiares. 1

Privilégios de berço – pais dedicados. 1

Conversando com meus filhos. 1

O tempo, uma experiência pessoal 1

A fragilidade do ser humano. 1

A educação e a importância da compreensão do ser humano. 1

Uma responsabilidade essencial – ensinar a pensar 1

O desafio pessoal de nascer, crescer, viver e envelhecer 1

Prazeres culturais, esportivos e os vícios. 1

Nosso envelhecimento. 1

As crianças, os jovens, os adultos e as pessoas idosas. 1

As festas de final de ano e as férias. 1

Lembranças divertidas das crianças. 1

Assim nascemos. 1

Temos uma longa sequência de temas para ações a favor de nossas vidas ao envelhecer. 1

O Comportamento da pessoa idosa. 1

Inclusão e segurança. 1

Exclusão inercial 1

Mobilidade urbana. 1

Saúde – uma preocupação crescente. 1

Remédios – exames – cuidados. 1

Segurança – atitudes - planejamento. 1

Limiares – autocrítica. 1

A Ciência. 1

Coisas de andarilho, ciclista, escalador e amante da natureza. 1

Urbanismo e Arquitetura. 1

E o tempo que não volta mais. 1

Conclusões e ponderações finais. 1

Treinamento para a vida com deficiências. 1

A obrigação de tomar decisões rápidas. 1

Saúde e a dependência de tratamentos, remédios e assistência pessoal 1

Ética e Moral 1

Direitos e Deveres Humanos no Século 21. 1

Sim e Não. 1

Por uma política universal de planejamento familiar 1

Por uma política universal de planejamento familiar 1

Aprendemos envelhecendo. 1

Limites humanos, profissões, carreiras, subir descer montanhas sem cair?. 1

O exemplo de meus pais e o que posso recomendar 1

A nossa família e dela dependemos mais e mais. 1

Não podendo concluir sem lembranças alegres. 1

Lembranças especiais dos meus pais. 1

Artes e maldades ingênuas a favor da alegria. 1

A perda prematura do pai e a sobrevivência da família. 1

Utopias? Podemos sonhar?. 1

Referências. 1

Bibliografia. 1

 

A vida me ensinou

 

Aprendi muito sobre ética, moral, ideologias, engajamento político, filosofia, ser e viver. Por sorte nasci em Blumenau, uma cidade singular, assim podendo, graças aos meus pais, estudar nos melhores colégios e conviver com pessoas marcadas pelos seus erros e acertos.

A partir dos primeiros passos lúcidos exercitei minha curiosidade, sempre ao lado da mana Soneca.

A natureza e florestas que abraçavam minha cidade natal eram exuberantes e o Rio Itajaí Açu e seus afluentes davam aulas de império da vida verde e cheia de outras cores.

Aprendi muito, assim espero.

O Repórter Esso e o Repórter Catarinense na PRC4, todo final de dia, Jornais e a revista O Cruzeiro eram a bíblia caseira. Religião Católica nas escolas com todo o rigor de aulas que não se repetiam, mas sempre acrescentavam algo ao conhecimento cristão.

Sob todos os aspectos fui um ser humano privilegiado e assim agora parece-me importante registrar o que via e aprendi desde a década de quarenta do século (Século XX, s.d.) passado, do segundo milênio que acabou.

O essencial para mim foi entender cada vez mais e melhor o comportamento humano. par e passo vi, ouvi, participai, estudei, procurei entender os efeitos das frágeis convicções humanas, normalmente volúveis e como distas.

é muito fácil omitir-se, para que se envolver?

Já no século 21, agora entrando para o ocaso da vida, procuro orientar quem eu posso para a necessidade de sangue frio, paciência, cuidado com os fanáticos e o engajamento inútil.

Vi muitos amigos idealistas se perderem em lutas que, tenho certeza, agora se estivessem vivos e sadios teriam evitado.

a Democracia tem defeitos graves, mas estimula uma condição humana essencial, a liberdade. de eleição em eleição poderemos mudar nosso país e sempre repensar critérios de decisão.

Nada pior do que o fanatismo, a radicalização.

Pensar, estudar sempre, selecionar bons livros, mas não excluir outros que possam criar contraditórios, usar sempre o tribunal intelectual é essencial à nossa evolução.

Filosofias milenares são interessantes, mas de modo geral excessivamente anacrônicas. Tudo é válido para a o crescimento intelectual.

Procurei fundamentar o que escrevi com o máximo de referências, bibliografia, citações etc. Afinal, diante de tantos gênios da Humanidade nada mais justo que lembrá-los e aproveitá-los para apreender e ensinar.

É importante lembrar que o século 21 (Século XXI, s.d.)será de transformações radicais e provavelmente de uma coleção de grandes desastres naturais.


 

 

Família

 

A importância da família

 

Nesses tempos modernos nota-se uma contracultura refratária à ideia de formação de uma boa família, responsável, saudável. Basta ver quem a mídia comercial endeusa para s perceber modismos negativos, ruins. Não podemos esquecer que a mídia comercial depende de manchetes e famosos para faturar.

As famílias são afetadas (A família e a escola como contextos de desenvolvimento humano) de inúmeras maneiras, exigindo dos pais cuidados permanentes e difíceis, gradativamente mais e mais impossíveis.

Com certeza esse lodaçal também viabilizou a existência de famílias destroçadas que agora têm filhos.

A responsabilidade das escolas é proporcional ao ambiente em que existem. Principalmente no ensino do primeiro grau as professoras e professores precisam ser educadores.

Condomínios de luxo ou favelas podem ser ambientes de dominação de criminosos. Isso é uma barreira imensa pois as crianças e os jovens quando saem de casa muitas vezes caem nos locais de dominação de quadrilhas extremamente perigosas.

Nossos governantes, talvez alguns subordinados a máfias, milícias, traficantes, estelionatários e outros bandidos não raros trabalham para dar cobertura a criminosos. A jurisprudência e a organização do Poder Judiciário sofrem a influência de gente da pior espécie, pessoas que muitas vezes têm recursos para sustentar boas bancas de advogados e usar o que nossa Constituição Federal idílica estabeleceu.

Tudo sobrecarrega quem é responsável por crianças.

Não posso esquecer uma entrega de presentes de Natal em uma escola primária em Curitiba com o Lions quando a professora pediu que tomássemos cuidado com nossos discursos. Algumas crianças eram filhas de traficantes...

A degradação da periferia das cidades vem dos temos da Lei áurea quando milhões de escravos foram liberados sem um programa profissionalizante e recursos para viverem sem grilhões de ferro. Ou muito antes, afinal naqueles tempos a miséria colonial fazia fortunas para os donos das senzalas.

A lógica de urbanismo chegou a elitizar as cidades. No Brasil esse foi um tema de estudos mas carente de soluções { (GENTRIFICAÇÃO E MORADIA: um estudo sobre a elitização de spaços urbanos e o exemplo do Grande Pirambu em Fortaleza, 2019), (Planejamento urbano no Brasil: um breve histórico , s.d.), (DA TRAGÉDIA URBANA À FARSA DO URBANISMO REFORMISTA: A Fetichização dos Planos Diretores Participativos , 2019), (O direito à cidade no território das desigualdades, 2020), (História - O destino dos negros após a Abolição, 2011)}.

Essas contradições existem no mundo todo, talvez com alguma nobre exceção.

Felizmente no Brasil temos, pelo menos, a miscigenação típica dos povos lusitanos.

 

 

O DESAFIO DE ESCREVER, LER, FALAR, SENTIR, SABER

 

A ética se faz necessária porque os desejos humanos conflitam, e a principal causa desse conflito é o egoísmo: a maioria das pessoas está mais interessada no próprio bem-estar do que no bem-estar alheio. Contudo, também podemos encontrar conflito onde não há egoísmo algum. Um homem pode desejar que todos sejam católicos; outro, que todos se tornem calvinistas. Esses desejos destituídos de egoísmo muitas vezes vêm implícitos nos conflitos sociais. A ética possui objetivo duplo: em primeiro lugar, encontrar um critério que nos permita distinguir os desejos bons dos desejos maus; depois, mediante o louvor e a censura, promover aqueles e desestimular estes. A parte ética da doutrina utilitarista, logicamente independente de sua parte

 

Russell, Bertrand. Box História da filosofia ocidental (pp. 1209-1210). Nova Fronteira. Edição do Kindle.

 

Comunicar, ouvir, entender, aprender, saber, escrever, ser, quantos desafios precisamos vender ao longo da vida se quisermos ser bons pais, mestres, palestrantes, estudantes, líderes etc.

Lecionei, somando períodos, durante 13 anos. fiz inúmeras palestras para todo tipo de público. Estudei sempre. Aceitei ler livros misteriosos para mim. participei de campanhas políticas e fui entrevistado exaustivamente para descobrir depois que os piores momentos foram divulgados, sem que o resto fosse mostrado. Na mídia entendi que a ironia é o pior caminho. Engenheiro eletricista precisei saber que um vocabulário mínimo e objetivo é essencial. Ordens mal-entendidas podem matar.  Relatos de grandes acidentes mostram após análises de especialistas que o pessoal não estava preparado, descuidou-se, comunicou-se mal ou tardiamente etc. Documentários mostram o que pode acontecer quando as pessoas se relacionam mal.  Médicos podem errar ao prescrever remédios e tratamentos porque o paciente não soube descrever o que sentia. Governantes erram porque simplesmente não entendem seus desafios...

Temos paixões[1], poderemos ser honestos e corretos na comunicação?

A comunicação tecnicamente é um processo intelectual e físico que se tornou ciências com muitas especialidades.[2]

Sempre que falamos usamos dicionários pessoais, formamos frases de acordo com métodos que aprendemos, o som se propaga, quem ouve, se ouve, deverá transformar tudo em códigos para o cérebro que possuem, lá dentro os sons serão processados de acordo com os chips orgânicos de cada um, o ouvinte localizará em seu arquivo o que a mensagem poderá ser, o ser humano ouvinte submeterá o que ouviu ao crivo de seus preconceitos, conhecimentos, vontades e determinará a resposta que poderá ser prudente, pacífica, violenta, didática etc. O ouvinte transformará tudo em som ou sinais, talvez escritos e o processo de compreensão será agora de quem iniciou a comunicação. Esse é um modelo do que fazemos diariamente. não é simples. Notem que as crianças, no auge da saúde intelectual, demoraram a aprender a se comunicar.

Escrevi esse livro para dizer a quem o ler o que aprendi após quase oito décadas de vida. Não é fácil, até porque invadimos espaços de doutores, especialistas, mestres em cada detalhe.

Sinto que é necessário, o saber viver e morrer é a melhor ciência que poderemos ter será saber ensinar e dar ordens, sugestões, exemplos.

As religiões e ideologias são dogmáticas, o pensamento é livre e a comunicação uma grande responsabilidade de que transmite e de quem recebe a expressão do pensamento.

Sobre capacidade de comunicação tenho experiências interessantes, a mais frequente é dar uma aula ou palestra e pedir a cada ouvinte que escreva um relato do que ouviu. Os resultados inicialmente me assustavam, mais adiante aceitei isso como rotina.

A certeza que tenho é de que o essencial é motivar positivamente para o que pretendemos ensinar.

A vida profissional ou afetiva se encarregará de potencializar o que dissemos, inclusive inibindo se dizemos coisas negativas para o aluno, para a plateia.

Os livros são nosso instrumento de libertação de padroes distantes de comunicação.

Podemos planejar um roteiro intelectual, um roteiro de prazeres e conhecimentos com critérios pessoais.

Os sistemas televisivos compactam e aceleram conhecimentos que podem até nos deixarem doentes.

A felicidade ou a tristeza podem ser a nossa opção.

maravilhosamente temos agora a possibilidade de aquisição de livros digitais, muitos até gratuitos. temos condição de fazer e andar com a nossa biblioteca sem alergias e espaços caríssimos, ou melhor, bibliotecas convencionais são estáticas.

Se tivermos competência ou simplesmente coragem de escrever existem recursos de difusão de nossas ideias de baixíssimo custo, sem censura exceto para trabalhos absurdos.

As grandes distinções literárias têm dono, são pessoas extraordinárias. Nós, por mais simples e até ignorantes que sejamos sempre poderemos acrescentar algo. É só não ter medo da opinião alheia.

Devemos, contudo, sempre e acima de tudo evitar a lógica do rebanho, do curral, do isolamento intelectual.

Quem lê assusta pregadores.

o cemitério intelectual precede a morte material.

é extremamente triste ver pessoas que amamos se submeterem a pessoas medíocres.

Ao longo da História da Humanidade queimar bibliotecas (História das bibliotecas, s.d.)[3] era uma rotina de fanáticos religiosos ou simplesmente de vândalos. No Brasil com certeza livros subversivos foram destruídos, pior ainda o que se perdeu em incêndios absurdos em tempos recentes[  (País sem museu é país sem memória, 2018) e (Perda de informação e de bens em arquivos e instituições responsáveis porr guarda do patrimônio, 2020).

Em muitos países obras de arte, bibliotecas, livros queimaram em grandes incêndios guerreiros, e aqui?

Vivemos uma onda religiosa forte, talvez isso iniba a sensibilidade dos brasileiros pela sua cultura.

Nada é impossível, principalmente sob a gerência de pessoas incompetentes e a liderança de fanáticos.

A Alemanha era um país considerado muito culto e desenvolvido. o Nazismo emponderou gente grosseira. O resultado foi a Segunda Guerra Mundial, Holocausto, expurgos e queima de livros...

O totalitarismo[4] afetou muitos países es elites culturais destruídas.

Insistindo na questão?

Qual é a importância de ler bons livros?

Ao longo da vida semeamos cultura em nossas mentes. ao final dessa jornada colheremos o que gostamos, aprendemos, tememos, memorizamos nitidamente ou subliminarmente.

Se o cérebro que possuirmos for um bom celeiro, teremos muito para refletir, sonhar, ensinar.

Com certeza além da boa leitura acumularemos experiências que poderão ser valiosíssimas. Somando tudo a pessoa idosa poderá ser sábia oumenos, muitas vezes até perigosa.

De alguma forma no caminho estremos em inúmeros momentos de inflexão.

Para mim, estudante de cursinho em São Paulo, um desses instantes foi a pergunta de um amigo do ITA: que livros havia lido?

Isso mexeu com os meus brios de pensador amador.

 

Quem sou eu e o que faço questão de deixar como herança

 

Fui sempre ou quase sempre um aluno exemplar, ou melhor, disciplinado. No Colégio Santo Antônio cheguei a ser saudado como aluno disciplinado na conclusão do curso ginasial.

Se nas salas de aula procurava aprender e me submeter a padrões de comportamento, fora fui, acima de tudo, entre rebelde e extremamente curioso, experimentador do que aprendia.

Queria entender, ver, testar.

isso foi uma constante em minha vida.

Nos empregos que tive certamente escapei do que pretendiam que eu fosse.

Testes e laboratório eram minha paixão.

Em Blumenau era normal os garotos da classe média ou rica terem suas oficinas, laboratórios, coleções valiosas etc.

Via tudo aquilo pensando em um dia, se possível, ter algo parecido em minha casa.

As bicicletas foram parte integrante de mina existência em Blumenau. por recomendação médica (pernas tortas) ganhei meu primeiro triciclo muito cedo e daí para a bicicleta o avanço foi natural e fantástico. usei minha Erlan enquanto estive em minha cidade natal para tudo. assim conhece tudo sobre a cidade desde que pudesse pedalar até lá.

Infelizmente quando quisemos comprar uma casa em Curitiba não a encontramos em localização favorável e com espaços para oficinas. compensei isso sendo aquarista, cultivando folhagens na garagem e passarinhos em viveiro e gaiolas.

Astronomia foi uma paixão que começou no Planetário de São Paulo (saudades das noites de Blumenau) e em Curitiba isso foi possível durante alguns anos até a nebulosidade e brilho da cidade inibirem esse prazer.

No esporte aprendi a gostar do automobilismo, uma competição em que a Tecnologia é fundamental.

A vida passa, agora acúmulo vasos na sacada do apartamento com saudades dos tempos em que sonhava ter um zoológico no telhado, laje da casa.

Naturalmente tivemos animais de estimação. os cachorrinhos foram uma paixão que cresceu com o tempo. Viajando muito não dediquei a eles o carinho que precisavam, exceto após a aposentadoria.

Netos supriram curiosidades, especialmente a Lu que nasceu quando já podia dedicar a ela um dia da semana, que maravilha”

No Lions o trabalho social do clube em que estava, estive em três clubes, foi de prazeres imensos.

Ver, saber, querer entender lugares mais simples e alguns carentes valeu.

Fotografar, gravar e filmar marcaram a minha vida. Minha primeira máquina fotográfica foi uma Agfa Isola, paga com um ano de economias espartanas de mesadas quando tinha 15 anos.

A segunda comprei em Itajubá, uma tcheca simulando uma Rolleiflex, usando parte do dinheiro que ganhara para despesas na cidade. Meu pai não gostou muito.  Sucessivamente comprei e virei maníaco por filmagens e fotografias, principalmente a partir das maravilhosas máquinas digitais. chegou a ser uma obsessão que incomodou muita gente.

Agora quero fazer livros. Pandemia e restrições de mobilidade pela velhice mostraram um caminho delicioso, escrever livros, algo que teve o empurrão dos meus maiores amigos e amigas da Academia de Letras José de Alencar, fantástico.

Dos livros a paixão nasceu com o tempo e se fortaleceu ao longo da vida. agora, livre da necessidade dos estudos profissionais, posso resgatar livros que já não tinha mais e ler outros, mais uma vez agradecendo a tecnologia digital, sem poder usar livros de papel, livros sem acessibilidade para um velho com deficiência sensorial, fico na frente das minhas ferramentas de leitura me deliciando com os ebooks que posso comprar, gosto de comprar de ver com prazer uma biblioteca que seria impossível (espaço, alergia, custo, dificuldade para ler).

É muito bom rever Hermann Hesse[5], Bertrand Russel, Hannah Arendt, Gore Vidal, Mario Vargas Llosa, Eric Hobsbawm, ...

Ler livros é tão importante para mim quanto fazer minhas refeições, assim não esqueço, por exemplo, os livros Lobo da Estepe[6] e Demian[7] que li em meu quarto, no terceiro piso da casa em que vivíamos na Rua 4 de Fevereiro em Blumenau, quarto com o teto inclinado pelo telhado, em tardes quentes e modorrentas.

Envelheci, agora dia a dia sinto que as dificuldades da idade aumentam. essa condição de vida é desagradável, até porque vamos perdendo entes queridos, amigos e amigas, vendo pessoas importantes deixando a vida ativa que desenvolviam. O Covid agravou violentamente um período de vida que parecia compensador, agradável...

Posso ainda escrever ler aumentando ao máximo as letras  e, portanto, usando textos digitalizados.

Os programas de TV ficam confusos, preciso de assistente humano para ter certeza do que ouvi.

Sou o João das Dores, sempre com alguma coisa doendo.

E esse João concentra agora suas atenções na herança intelectual, que considero importantíssima.

Infelizmente meu pai morrei ainda querendo conversar comigo, fosse hoje teria outras formas de falar, escrever, orientar o filho rebelde à distância.


Minha história profissional e social

 

Fui diretor da URBS e no Governo de Roberto Requião pudemos fazer muito, entre os trabalhos de destaque a padronização do layout dos ônibus, recapeamento de canaletas, novos terminais e, principalmente, a construção do Terminal do SITES e a colocação em operação da frota para transporte de crianças PcD.

Em Blumenau parte da equipe da URBS fez mudanças excepcionais no transporte coletivo urbano na época do primeiro mandato como prefeito Décio Lima e da implantação do Projeto Blumenau Século 21.

Tive a oportunidade na diretoria e Presidência da COPEL de iniciar (com o apoio de pessoas extraordinárias) diversos projetos e mudanças radicais. Criamos a COMPAGAS, o SIMEPAR, iniciar as obras da Usina Hidrelétrica de Caxias, derivação do Rio Jordão, implantação do anel de fibra ótica no Paraná, Qualidade Total na COPEL, intranet, medição trimestral de consumo de energia elétrica (logo desfeita com a diretoria que me sucedeu), linhas de distribuição semi-isoladas etc.

A luta contra a privatização (doação) da COPEL e não aceitar esquecer a COMPAGAS (Lei 10.856 Paraná, s.d.) custaram muito caro...

Tudo isso também mostrou a crueldade da política estadual, a violência de perder eleições e sentir que tudo era feito para apagar a memória do governo anterior. Nesse sentido até a debandada de amigos que estimava muito aconteceu, eram pessoas amigas?

Em duas e meia décadas o mundo mudou mais do que poderíamos imaginar. O que mais afetou todos nós foi, com certeza, a universalização da Internet. Esse sistema de comunicação viabilizou a inclusão pessoal sem fronteiras.

Sabia que não agradara a todos, o desafio era ser competente em pouco tempo.

Consegui muito, sofri mais.

Felizmente continuei trabalhando. Lecionei, fui consultor de empresas, palestrante, diretor de uma empresa de energia industrial, escrevi durante anos artigos para jornal, apresentador de programa de TV comunitária, conselheiro do CEPEL[8], criador e diretor de ONGs, e, principalmente, participeis da Maçonaria.

Membro do Lions consegui maximizar minha atuação em trabalhos sociais.

Viajei muito pelo Brasil e exterior. Aprendi muito.

Gastei minhas férias acumuladas em Camboriú, onde, no terceiro dia, saí para comprar um caderno e caneta para escrever o livro “Conversando com meus filhos”.

A vida familiar foi um grande desafio. Períodos bons e maus, tristezas e alegrias.

Senti as doenças de parentes próximos, falecimentos dolorosos. também virei paciente de tratamentos de doenças típicas da idade e relaxamentos com a saúde.

Agora escrevo livros graças ao potencial dos computadores, softwares e de tudo o que posso expressar via, principalmente, livros digitais (Flatschart, s.d.).

Na década de noventa percebi o potencial fantástico da WEB[9] para inclusão das pessoas com deficiência. Isso me levou a fazer contatos com autoridades da FIEP, CEFET, CEPEL, Memória da Eletricidade   etc. para a criação de cursos a distância e livros digitais[10]. Lamentavelmente software não era minha especialidade, patinava quando me questionavam como fazer, agora (Usabilidade e Acessibilidade: Uma Abordagem Prática com Recursos de Acessibilidade eBook Kindle, s.d.) é rotina... Era possível, sempre lembrando os cursos de montagem de rádios de rádio e artigos da Seleções. Felizmente a AMAZON materializou meu sonho e o EAD   permitiu a milhões de crianças e jovens a continuarem seus estudos...

 

 


 

 

Pensando na minha vida colegial e universitária

 

Sou descendente de açorianos[11], alemães e italianos[12]. Nessa condição após a Segunda Guerra Mundial fui motivo de muita gozação, galego e de olhos azuis...

Nunca é demais lembrar que a imigração facilitou a abolição da escravatura no Brasil[13]. As senzalas foram substituídas pelos cortiços...

Santa Catarina foi a esperança (Natureza admirada, natureza devastada: História e Historiografia da colonização de Santa Catarina, 2010) e refúgio de muitos europeus.

A base cultural em que me formei teve uma contribuição excepcional do povo de Blumenau. Os blumenauenses das décadas de quarenta a sessenta eram bem caracterizados (A IDÉIA DE CULTURA TEUTO-BRASILEIRA: LITERATURA, IDENTIDADE E OS SIGNIFICADOS DA ETNICIDADE, s.d.). Gente de origem predominantemente germânica naquela época externava fortemente as virtudes e defeitos de um povo determinado, guerreiro, trabalhador e vítima e algoz graças a conceitos de raça e poder, nazifascista, radicais de extrema direita.

No Colégio Santo Antônio vi todas essas facetas, talvez de refugiados vestidos de frades franciscanos.

Blumenau era uma vitrine mais elaborada do fascismo que os getulistas tentaram aplicar aos brasileiros. Aliás, aqui, Brasil, dizia meu pai que qualquer ideologia seria desmoralizada pela maneira de ser dos brasileiros, o que não deixa de ser uma virtude importantíssima num planeta que abriga uma espécie de vida tão cheia de certezas, quanto o é o ser humano.

Entre defeitos e virtudes meu segundo lar cultural foi o Colégio Santo Antônio. A disciplina era forte, menos do que em minha casa. Assim lá vivi e convivi com pessoas excepcionais (em todos os sentidos). Mais uma vez a heterogeneidade entre professores demonstrava a fragilidade dos dogmas, ideologias, religiões, morais e éticos que ao longo da história foram construídos e se construiu para agora dividir o mundo, nações, famílias e até grupos circunstanciais presos a catecismos que aceitam, por mais idiotas que sejam.

É incrível a fragilidade[14] de gente aparentemente culta, capaz de afirmar e fazer juramentos falsos. Pessoas que declararam crenças absolutamente anacrônicas e distantes de suas vidas particulares e sociais, onde demonstram inequivocamente que só aproveitam de tudo o que dizem acreditar e declaram o que lhes convêm.

O processo de racionalização (RELAÇÕES SOCIAIS E ÉTICA, 2008) , ou seja, encontrar uma explicação razoável pelo que faz de errado, assusta.

Formamos nossa personalidade, que tal crescer em cidades com múltiplas personalidades?

Creio que minhas experiências juvenis foram didáticas.

É bom reafirmar, contudo, aspectos pessoais que me afetaram profundamente.

Primeiro minha ficha clínica.

A saúde pessoal foi um fator marcante e decisivo na construção e percepção de minhas crenças. Desde muito cedo a alergia e bronquite “Tosse de Cachorro” (Laringite estridulosa ou “Tosse de cachorro” Uma doença de inverno?) foi uma limitação violenta, levando meus pais a exercerem uma vigilância severa sobre o que fazia.

Mostrei logo minhas limitações esportivas e a maravilhosa vida de ciclista inveterado.

Era um tremendo “perna de pau” e assim acabei tendo nos passeios de bicicleta o meu lazer e esporte favorito (Brasil Não Motorizado), algo que viabilizava o gosto por esportes radicais, nunca confessados aos meus pais. Imagino qual seria a reação de minha mãe se, ao longo dos anos, soubesse em detalhes o que o filho fazia em todos os lugares em que viveu...

Com certeza tive o privilégio de estudar em São Paulo, capital, onde passei um ano (1963) frequentando o cursinho pré-vestibular Di Túlio, na rua Conde de Sarzedas, na Liberdade. Neste ano de dúvidas imensas ou simples apatia profissional aprendi muito conhecendo a cidade de São Paulo e suas atrações gratuitas, das apresentações da Orquestra Sinfônica no Teatro Municipal ao Planetário no Ibirapuera onde revia as estrelas que deixara em Blumenau.

Vestibular, Itajubá e tudo o que aconteceu a partir de 1964 serviram para educar e temperar conhecimentos e ideais, entre eles o mais nobre, cuidar de minha família.

Maravilhosamente tudo contribuiu para agora escrever este livro, ser autodidata pode desmerecer o que se faz no mundo acadêmico, mas, se feito de coração e com base em bons livros, filmes e na grande escola que é a vida pode merecer registro...

Para reforçar o que imagino ser essencial à qualidade de vida sugiro uma leitura dos livros de Domenico de Mais, entre eles (A Economia do Ócio).

E a vida profissional?

Nesse livro considero um destaque a recomendação de que devemos saber escolher a profissão[15], decisão normalmente do jovem, lembrando que devemos ter prazer[16] com a profissão[17] eleita...

Note-se, contudo, que existem profissões intuitivas e outras imperceptíveis aos jovens,

Pior ainda é a criação de ilusões em relação ao tipo de vida profissional pretendida.

Temos profissionais capazes de orientar pretendentes a vestibulares e opções de sustentação pessoal e familiar. Sempre que dúvidas assaltarem as mentes de pessoas prestes a entrar em cursos demorados e eventualmente caros de profissionalização é prudente a submissão a testes vocacionais (Avaliação psicológica em processos dinâmicos de orientação vocacional individual, 2007).

 


 

 

 

 

Metamorfoses aceleradas

 

Muitos animais passam por estágios de existência surpreendentemente diferentes entre si.

Intelectualmente os seres humanos agora mostram os efeitos da longa vida, em metamorfoses[18] nítidas.

Mudamos muito ao longo da vida[19]. Poderíamos dizer até que sofremos metamorfoses significativas em função dos hormônios, por exemplo.

Educação, escolas, esportes, namoros, trabalhos, religião etc. afetam profundamente qualquer ser humano.

Esse é um fenômeno encantador para a família bem-sucedida ou um processo dramático quando acidentes, ambientes hostis, decisões erradas, maus exemplos e deseducação afetam nossas crianças.

Elas nascem e vivem num mundo dinâmico[20], mutante. O desafio é sempre educar para a sobrevivência, para o flutuo[21].

Foi-se o tempo das tradições arraigadas, hoje objeto de interesse de turistas desesperados de celular em punho fazendo selfies em ambientes diferentes. Civilizações mal conhecidas pelos visitantes e trágicas para a Humanidade.

Todos os povos precisam evoluir.

É importante avaliar com cuidado o zelo pela conservação de culturas antigas, deixando-as intocáveis. Dificilmente sobreviverão ao que deverá acontecer até em futuro próximo e, de modo geral, se ainda têm hábitos selvagens.

A Humanidade é objeto de novas análises que devem ser estudadas, se possível, pois a vida moderna dá pouco tempo para aprendizados mais demorados.

Alguns sociólogos e filósofos se dedicaram a esse desafio { (Zygmunt Bauman - o pensamento do sociólogo da "modernidade líquida”), (Cidadania, meio ambiente e sustentabilidade, 2017), (A modernização na era das incertezas: crise e desafios da teoria social, 2003)}.

O futuro tecnológico[22] avança em velocidade crescente, assustadora, até. Será que os educadores e os jovens estão preparados paras mudanças, a necessidade de se reeducarem sempre?

Felizmente as facilidades de aprendizado e conhecimentos essenciais são incomparáveis às existentes há poucas décadas. e o que existirá em poucos anos será muito superior ao que dispomos agora. Crianças e jovens serão diferentes, aceleradas pela Tecnologia (Tecnologia na Educação: o que o futuro promete para o ensino, s.d.).

 


 

Superação

A Humanidade tem infinitas histórias de seres humanos que sobreviveram a tragédia, principalmente crianças. a pureza infantil superava a maldade dos adultos[23].

O cinema é fonte inesgotável de exemplos de capacidade humana de sobrevivência.

Vi e até vivi frações de filmes que assisti. Documentários mostram que a vida pode ser mais apaixonante que a ficção. é muito difícil mostrar detalhes subjetivos e sensoriais.

Em um filme inesquecível, menos o nome (para mim sempre um mistério não lembrar). Começava com o personagem já adulto num balanço e indo e vindo sem parar, o rosto mostrava que era uma pessoa com deficiência intelectual. Era feliz. Um cientista descobriu um remédio que recuperava a inteligência. Nosso amante do balanço tornou-se um gênio; dedicou-se à pesquisa de seu problema original. Concluiu que o efeito do tratamento que fizera acabaria. O filme terminou mostrando nosso artista mais uma vez no balanço, muito feliz.

Deve ter sido entremente doloroso para Stephen Hawking[24] descobrir que estava com esclerose lateral amiotrófica, era um gênio, morreu trabalhando (Stephen Hawking, s.d.).

Outro filme memorável (Forrest Gump, s.d.) mostrou a história fictícia de uma criança com muitos traumas. Inteligência limítrofe, mas com vontade de ferro. Cresceu e um dia resolveu correr sem parar. atravessou os EUA e só parava para suas necessidades essenciais. Despertou a mídia e fez seguidores. Seguindo-o uma quantidade de pessoas crescente. seria um guru? santo? seus seguidores se aumentavam sempre. um dia parou e aí sentiu a frustração daquele povo a quem nunca dissera nada.

Era vaidoso, queria vencer. Sabia que tinha limitações, não desisti[25].

Nascer com limitações intelectuais derruba algumas barreiras. Podemos optar por não fazer nada, mas se quisermos lutar...

Na Europa, após o final da endemia de hanseníase[26], de forma acelerada e espontânea, os leprosários se transformaram em hospícios. Seus responsáveis, provavelmente apenas alguns, vendiam direitos de visitas para que a população se divertisse vendo o que faziam dentro daqueles presídios.

Pessoas com deficiências se tornavam atrações. Os reis sempre tinham seus “espécimes” favoritos. distraiam a corte...

A crueldade era rotina em nações que se entendiam como civilizadas.

Ter limitações não significa não entender as humilhações. Elas podem machucar muito, mas os palhaços não podem chorar. Quem as têm e não sabe?

Nietsche escreveu muito sobre burgueses idiotas.

Não ser bem aquinhoado pelo cérebro me deu tranquilidade. Nas salas de aula olhava em volta para ver a competição dos melhores, sempre quase se matando para demonstrar seus atributos intelectuais. Quando era o melhor eu me surpreendia, euuu?

Cheguei a procurar a secretaria do Colégio Santo Antônio para reclamar da classificação que tiveram num mês, terceiro Lugar? Realmente estava errada, fui rebaixado.

Aprendi muito quando minha mãe queimou meus gibis quando tirei 10 em matem ética, a escola era de 100 a dez. Dancei que nem índio em volta da fogueira. O pior foi tirar 100 no mês seguinte, minha mãe disse e repetiu que ela tinha razão. burro!

Vejo a frustração de quem perde grandes competições individuais e coletivas. Será que eles não pensam que vencer tem um peso colossal? não basta poder competir? afinal chegar aonde estão já foi um calvário. Devem ter acumulado fortunas suficientes para poder cuidar de suas famílias.

Com certeza é bom viver sob o império de bons ideais. São saudáveis, necessários a todos. Graças a essas pessoas todos poderão aspirar um futuro melhor.

Os Pecados Capitais são um resumo do que ofende a inteligência suprema do universo e a mais simples entre nós. Ou, pelo menos, assim imagino a vida sadia[27]. Sabe o que realmente quer[28]?

Temos chacras[29]? vamos vier sabendo administrar nossos centros de estímulos?

Vamos reencarnar? é viver para o aprimoramento do espírito.

Temos medo de guerras? Quem quer se matar e matar? Cuidado com os fanatismos.

Não é preciso ser genial para entender limites.

O respeito obtido por força de dinheiro, poder, rituais, hierarquias, tirania, dogmas, cor, cultura etc. é frágil. Nosso cérebro pode mentir, mas podendo pensar dará ao corpo sensações ruins.

Sinceridade[30] é honestidade intelectual e não têm preço.

 

 


 

 

Eventos decisivos – o casamento e a paternidade

 

Precisamos entender muito mais do que sabemos quando desejamos criar uma família. O acasalamento tem uma enorme dose sensual, afetiva, natural, mas carente de conhecimentos que tornam essa união um processo cheio de formalismos para a consolidação de um relacionamento que os mais velhos sabem que não será tão simples. A Lua de Mel não ajuda essa percepção, a realidade poderá ser duríssima, mais ainda se logo vierem os filhos. Infelizmente esse processo é muito malconduzido por aqueles que mandam na educação em nosso país.

A virgindade perde importância na sociedade moderna e as uniões experimentais crescem. Isso é positivo pois se nessas condições os véus parecem até piada, as promessas dos noivos acontecem num clima de maior consciência da importância da união.

A expectativa de vida cresce (exceto na pandemia); nossas crianças talvez tenham e conheçam muitas gerações de descendentes.

Se foram bem-sucedidos ou não na educação de suas crianças devem estar sabendo e aceitando responsabilidades que durarão décadas.

Nossos filhos e filhas entenderão as mudanças, saberão enfrentar a vida?

A responsabilidade dos pais não termina nunca, mais ainda se forem pessoas lúcidas. O que dizer e fazer em casos extremos?

Talvez tenhamos errado ao querer ser pais modernos, sem religiões ou crenças superadas. Quem acredita em Deus não deve esquecer que acima de tudo temos missões[31].

Pior ainda, quem sabe tenhamos dado exemplos (O papel dos pais e as influências externas na educação dos filhos, s.d.) ruins. Erramos, o mau exemplo é a pior mensagem.

Nossas pequenas borboletas crescem em florestas mutantes...

Não podemos esquecer nunca que nossas crianças nascem sentindo os pais[32], o cheiro, o calor e gradativamente aprendem suas primeiras lições observando mães, antes de mais nada. Os pais serão essenciais na juventude, na época de conversar, de saber o que o velho faz...

As mudanças necessárias são urgentes[33], como educar para a inclusão, aprimoramento dos serviços essenciais, segurança alimentar, educação formal[34], Sustentabilidade[35], democracia e Direitos Humanos?

Que padrões filosóficos, morais, éticos deveremos transmitir?

Teremos mais guerras[36]?

Os jovens estão sendo educados para tudo isso?

A mídia cultural está sendo otimizada?

A responsabilidade das pessoas idosas cresce à medida que a família aumenta e a certeza das dificuldades que terão assusta.

Com certeza isso também possui limiares, limites e ao final da vida, se for longa, na senilidade os filhos cuidarão dos pais.

 


 

 


 

O casamento precoce

 

Casamo-nos cedo. Tão cedo que meus colegas de república custaram a acreditar que eu me casara. Isso só aconteceu quando comecei a vender meus livros e a minha prancheta de desenho...

Minha companheira, Tânia, foi extremamente valente. Em agosto voltou de Blumenau para morar comigo para o que desse e viesse.

Aprendemos a sobreviver fazendo o possível para que eu não deixasse meus estudos de Engenharia na EFEI (entrei no IEI e saí na EFEI)[37], agora UNIFEI (Universidade Federal de Itajubá, s.d.).

O desafio foi imenso, mas vencemos. Com certeza muitos amigos foram extremamente importantes assim como a aceitação de nossa união pela minha mãe que logo enviuvou e minha irmã.

Logo vieram as filhas, ou melhor, a loirinha que não nos deu maiores trabalhos além daqueles que qualquer criança sadia e com uma personalidade um tanto rebelde dá.

O caçula nasceu alguns anos mais tarde, quando a filhas já estavam na puberdade.

O maior desafio material foi durante os primeiros anos de casamento.

Sustentá-las, cuidar da saúde delas (duas meninas), educar foi o foco de nossas vidas. Acima de tudo procuramos aprender[38] a ser pais.

Eu, hoje aposentado, com netos e netas, bisnetas e bisneto sobra a questão: transmiti a nossos descendentes o que seria justo, correto, minha mensagem de pai, avô e bisavô?

Tive sucesso profissional. De uma certa forma isto ajudou muito. Sinto que meu time se orgulha do velho. Serve-lhes também de suporte moral nas lutas da vida.

Seria suficiente, contudo, mostrar-lhes meu “curriculum vitae”? Vejo em seus olhos tantas dúvidas, tantas questões ...

O Mundo se transforma. Minha geração começou na Segunda Guerra Mundial, viveu a Guerra Fria e todas as suas lutas. Saímos de um padrão clássico para a revolta de um James Dean, a revolução Elvis, Beatles, Hippies e outras.

A guerra do Vietnam frequentava nossas aulas. Brasileiros viemos do Estado Novo, Democracia, ditadura e agora outra vez a democracia. Haja fôlego!

Tudo isso confundiu, criou modas, épocas.

O que ensinar? política? sociologia? religião? Deus como ficou neste carnaval de ideias, filosofias?

É tentando explicar alguma coisa, na perspectiva dos meus 77 anos e com a preocupação registrar minhas opiniões que escrevi este livro. Espero ajudá-los a serem felizes e suficientemente bem-sucedidos. Preocupa-me que tenham sucesso como pais e cidadãos.

Lecionando tive muitos alunos. Na condição de engenheiro convivi com inúmeros profissionais. Professor e exercendo minha profissão tive companheiros, centenas ou milhares de jovens e adultos que de uma forma ou de outra viram e ouviram meus discursos, sentiram minhas ordens, escutaram e fizeram muito. Esses filhos adotivos também me preocupam. Aprendi a amá-los e respeitá-los. Sei que muitas vezes falhei como educador. Nem sempre a imagem material correspondeu ao que sentia. Muitas mensagens ficaram prejudicadas pela necessidade operacional, pela luta do dia a dia. 

Eles foram minha grande família, pela qual também me sinto responsável. Espero aqui corrigir falhas de comunicação, dar-lhes mais uma vez propostas, ideias, visões de um ser humano que inicialmente lutou, riu, chorou, sofreu muito em muitas decisões tomadas e por outras deixadas de lado.

Antes de mais nada quero que a minha pequena e a grande família sejam harmônicas, amorosas e felizes.

Este livro faz com letras o que meu pai me deu com intermináveis conversas. Tive a grande felicidade de ouvi-lo durante anos. À mesa do almoço, durante a janta, em sua loja ou andando ao seu lado tive a grande sorte de aprender lições maduras, inteligentes. Conversávamos sobre política, religião, história, comportamento. Eu menino e ele, meu pai, com toda a paciência e tolerância que lhe era peculiar discutíamos durante horas os problemas do Mundo.

Minha querida mãe foi o exemplo de pessoa guerreira, corajosa e incrivelmente laboriosa. Em sua simplicidade tinha consciência de seus desejos, pacientemente subordinados a uma personalidade muito forte, a de meu pai. Ela me mostrou toda a força e coragem que uma mulher pode ter. Longe da imagem cândida e frágil estabelecida para as mulheres, ela brigava, trabalhava duro, enfrentava qualquer situação sem medo e com uma garra de fazer inveja à maioria dos grandes homens que conheci. Infelizmente já faleceram, mas a lembrança deles será eterna enquanto eu viver.

Os dois foram um exemplo de seriedade, trabalho e responsabilidade muito raro.

A essas pessoas extraordinárias e à minha esposa, companheira dessa epopeia, quero dedicar este trabalho de registro de memórias e conselhos, sugestões...

 

 


Saiba educar seus filhos

 

O que significa educar um filho ou filha? será que fazendo todas as suas vontades ele ou ela saberá e poderá ser feliz? onde e quando aprenderá a obedecer? comandar? viver em sua própria família?

No mundo atual, nas cidades principalmente, as famílias encolhem e a síndrome do filho único[39] aparece.

Toda criança é singular, tem um padrão de personalidade, saúde física e mental, capacidades e limitações. este ser humano sendo único dependerá muito de sua família, seus pais, ambiente social, escolas etc. nessas condições os pais, tendo recursos deverão procurar apoio especializado na evidência de dificuldades maiores. e as pessoas carentes?

no Brasil, aqui nascemos e vivemos, há muito a ser feito. sorte de quem foi abençoado e pode exercer seus planos pessoais.

Gerar e criar uma família numerosa é algo complexo. se as crianças são diferentes entre si, e isso é inevitável, cada uma deverá ter cuidados específicos. um erro com e a ironia da afirmação:” todos receberam a mesma educação, por que são tão diferentes?”.

Para a maioria dos postos de trabalho exige-se certificados diversos, entre eles formação profissional. e para casar-se?

o romantismo do namoro e casamento induz os futuros pais a comportamentos simulados, camuflagens, ilusões, mentiras.

Essa dinâmica da vida é até importante. quem gostaria de ficar imaginando seu par obeso (obesa), sem o dinheiro para os luxos da vida?

O que dizer para netos, netas, bisnetos e bisnetas?

O fundamental é que entendam que errar é humano, repetir erros é burrice.  esse velho chavão sempre valerá; mais ainda quando o erro feira moda política, como agora sentimos o negacionismo.

Erros sistemáticos desmontam famílias e sempre que alguém casa diversas vezes podermos imaginar que seus pais educaram mal essa pessoa. que conselhos, orientações?

A educação sempre aparece nos casos de infelicidades.

Há muito a ser pensado sobre a infelicidade[40], inclusive enquanto crianças.

A complexidade[41] das famílias aumenta, o que fazer?

O desafio é sustentar, cuidar, manter a família e rendimentos suficientes, pelo menos, para garantir habitação, saúde, educação, segurança em geral para a família. atualmente é normal o casal trabalhar fora de casa. ou seja, as crianças acabam educadas por pessoas estranhas aos pais.

pior ainda, que filhos terão pais stressados[42]?

Não esqueça, o exemplo é a forma mais eficaz de educar...

 

 

 

 

O que é uma família[43]

 

A união de um casal pressupõe a formação de uma família maior, somando as duas de origem. A partir daí as responsabilidades só aumentam à medida que os filhos aparecerem.

Antes de mais nada é importante observar estatísticas sobre o casamento que nos ajudam a entender a finalidade da união conjugal bem-sucedida (10 estatísticas sobre o casamento e divórcio que você precisa conhecer com urgência, s.d.)  e aquelas que se desmancham[44] com tremendo prejuízo aos filhos se os tiverem{ (40 anos do divórcio no Brasil: uma história de casamentos e florestas, 2017), (notícias»Em 2007, para cada quatro casamentos foi registrada uma separação, s.d.), (Os Efeitos do Divórcio na Família com Filhos Pequenos, 2019)}.

O EGOISMO DOS PAIS PODE SER UM PESADELO COM INÚMERAS CONSEQUÊWNCIA PARA SEUS FILHOS.

O romantismo pode ocultar tendências negativas ao que será necessário. A ignorância dos casais novos é um pesadelo social respeitável (UMA DISCUSSÃO SOBRE O IDEAL DE AMOR ROMÂNTICO NA CONTEMPORANEIDADE: do Romantismo aos padrões da Cultura de Massa, 2013).

O fator essencial de uma família é a intimidade nata, o mútuo conhecimento, o cenário que vem do nascimento ao final da vida dos seres humanos. Tudo isso cria afetos e desafetos, mas sempre com a esperança da maior união, necessária à sobrevivência de todos.

No ambiente familiar somos educados. Nele teremos aprendizados éticos que se revelarão ao longo da vida.

Não somos indiferentes a incidentes familiares e , naturalmente, a acidentes, doenças, heranças genéticas e tudo mais.

Isso também revela conceitos de crime e castigo que herdamos e não escolhemos.

Nossa sociedade tem o viés disciplinador, daí a existência do aparato policial, jurídico, da organização social. Somos afetados tremendamente pelas decisões externas à família. Isso exige dos pais, acima de tudo, a compreensão da importância que possuem.

Lamentavelmente a sociedade moderna ocidental coisificou a vida. Somos objeto de interesses comerciais, políticos, religiosos e até outros que afetam nossos comportamentos. A família precisa preparar seus componentes para a sobrevivência em selvas de pedra.

A evolução da Humanidade a partir de sua existência técnica mostra padrões de união e criação de filhos. Essa evolução foi possível graças à necessidade de sobrevivência coletiva e isso criou oportunidades de diferenciação de tribos, nações, de povos com características próprias. Algumas nações avançaram mais que outras e agora existem com padrões até severos conservadores, assim como outras exploraram o individualismo, a criatividade, a competição dentro de regras sociais suportáveis.

A população da Terra cresce sem parar assim como suas necessidades de consumo. A hipótese da saturação afeta as crianças, as famílias que são pressionadas de diversas formas.

As exigências coletivas mostram a importância absoluta da existência de famílias inteligentes, sadias em todos os aspectos.


 

 

Religiões – Religiosidade – um pouco de História e a Família

 

É normal famílias serem fiéis de alguma religião. a educação, moral, ética e rituais tornam-se naturais, familiares. Submissão ou rebeldia, entre esses dois extremos o comportamento se desenvolverá para todos.

A lógica da vida social, política, profissional e até pastoral será definida no berço, na evolução das crianças e jovens.

Migrantes levam e trazem religiões.

Dificilmente alguém não se identificará com alguma religião já existente. As variantes das grandes religiões são inúmeras e principalmente aquelas que não têm comando centralizado (Papas, por exemplo) se multiplicam continuamente.

O que é essencial é evitar traumas e complexos de culpa extremos. não é difícil errar.

Nossos descendentes farão opções? O que será fundamental em suas decisões?

Pais e educadores normalmente padronizam sugestões e imposições. isso é eficaz?

E as ideologias, sociedades secretas, clubes etc. e até círculo de amigos e amigas, que influência terão?

Filosofia[45] ou Religião[46]?

Discutir, conversar sobre religião e filosofia é estimulante, exceto se as pessoas forem fanáticas.

Queremos que todos sejam felizes, bem-sucedidos...

Vale a pena duvidar...

Os Quakers[47] enfrentaram o radicalismo com a coragem de propor uma organização religiosa que partia do princípio da liberdade de crenças sem conflitos[48].

Nos tempos imperiais de Roma as religiões eram nitidamente sensíveis a hipóteses de submissão a deuses[49] que perduram em nossa sociedade, ai dos ímpios[50].

Sempre será coragem enfrentar os deuses em defesa de suas crenças. coragem não é lutar na certeza da vitória. Nossos filhos devem ser valentes e briosos, essa é minha esperança.

 


 

 

 

Os pais precisarão dos filhos

 

Vimos em nossa família a grande importância dos filhos para a sobrevivência de nossos avós. Mãe Chiquinha temia perder assistência e sempre que nos encontrava perguntava se continuaríamos a ajudá-la. A insegurança dela não inibiu a seu gênio terrível agravado pelas deficiências que adquiriu batendo de carro em uma delegacia de Blumenau, caindo de um ônibus em Balneário de Camboriú, lá também a crença dos médicos na UTI de que estava enfartando quando na realidade tinha uma infecção no pericárdio, salva em São Paulo graças ao apoio da família e o golpe de misericórdia, um tratamento emergencial do coração quando estava com desidratação.

Minha avó paterna enviuvou em 1954 e até morrer em 1966 dependeu dos filhos mais e mais. A avó materna e meu avô morreram quase centenários, mas isso só foi possível porque os filhos e filhas lhes deram carinho e apoio material até o final da vida deles.

Os exemplos familiares são inúmeros (família enorme) e agora nós, eu e minha esposa, sentimos que nosso tempo de carência afetiva está chegando.

Com certeza vamos ficando desagradáveis à medida que a paciência e a lucidez se esvaem. Ano a ano, contudo, precisamos mais e mais dos filhos, netos, bisnetos...

A vida de um casal que atinge algumas dezenas de convivência é uma sucessão de desafios, alguns realmente assustadores. Sobreviver pode significar superar crises, doenças, rivalidades, diferenças que duas pessoas têm, pois, a vida de cada um é singular, efeito de famílias diferentes.

Vencemos muitos obstáculos e temos muito orgulho disso tudo, principalmente de nossos descendentes.

São todos iguais? Não, muito diferentes e eles também sobem montanhas difíceis.

Gradativamente os mais velhos viram espectadores, menos agentes e mais pacientes. Vivemos em tempos terríveis de pandemia e crises políticas, todos são afetados.

Muitos idosos sobreviverão. Nossas crianças serão idosas e muitos precisarão de apoio[51].

A lei principal é sobreviver com dignidade e amor. As pessoas idosas merecem respeito[52], principalmente de suas famílias[53].

Esse é um desafio da Humanidade no século xxI quando a tecnologia e novas estruturas de saúde ampliam a expectativa de vida[54] do ser humano.

No Brasil[55] temos leis, estatutos, instituições, adesão a tratados internacionais etc. E daí? Sentimos que modismos e oportunismos políticos podem mudar tudo em pouco tempo...

 

 


 

 

Fragmentos de minha Infância

 

Detalhes da vida[56] de qualquer um podem explicar muito, assim é importante saber mais de quem teve a ousadia de escrever esse livro. Mais ainda, a esperança que nossas crianças sejam sadias, levadas, arteiras e que possam saborear a infância até melhor do que nós, afinal agora as doenças que nos afligiam e ameaças brutais como a paralisia infantil estão sob controle graças a vacinas e novos medicamentos e tratamentos além da simples prevenção.

Santa Catarina era um paraíso da Natureza rústica, quase selvagem, colorida, imprevisível, caprichosa, lindíssima.

Ser Barriga Verde, pessoa idosa agora, foi fantástico, principalmente no seio de famílias muito queridas e unidas.

 Os primeiros anos de vida eram incrivelmente diferentes naqueles anos quarenta e cinquenta.

Minha irmã não demorou a nascer, um ano e meio apenas de diferença.  Era minha companhia natural quando não estava enturmado com os guris da rua, mais velhos e sádicos (bullying era natural).

Aprendi a me defender

Aprendi a usar as pedras e a aguentar torturas dos mais velhos. Uma delas foi me pendurar, segurando o triciclo, pelo lado de fora de um pontilhão. Numa delas o garoto que considerava amigo bloqueou a saída para onde ia, desci do triciclo e lhe dei um cruzado que o deixou esticado no chão. Voltei a toda velocidade passando pelo meu torturador que ria desbragadamente...

Guerrinhas e cinema

Na luta diária as guerrinhas entre “amigos” eram normais. Amigos, pois criança não guarda rancor.

Não esqueço do primeiro filme com minha mãe e a Sônia Maria. Era um farvestão daquela época em que o mocinho a cavalo fugia de índios. Hollywood tinha um estoque imenso deles. U olhava para a tela e os índios a cavalo correndo atrás do mocinho. Minha mãe torcia. Incomodado com a correria que não acabava peguei a Sônia e de mãos dadas andamos pelo cinema. E os índios não matavam o mocinho nem vice-versa.

Legal era o revólver do Tom Mix, se não me engano, a munição não acabava...

Urbanista em potencial

E em casa a garagem de madeira quando não guardava um Ford de bigode ou cavanhaque era espaço para brincar, principalmente quando tinha areia amontoada. Passava o dia treinando minha vocação de urbanista. Para ampliar a cidade saia com uma pequena enxada fazendo rua pelo grande quintal. Ficava “mordido” quando minha mãe chegando em casa (ela trabalhava com meu pai quando ele precisava) e me dava uma bronca pelo que fizera.

Justiceiro

Brincar de mocinho e bandido era rotina. Aos poucos virei estrategista, deixava a mana de chamariz e quando todos acreditavam que a tinham liquidado eu chegava e gritava “Coming boy (ou algo parecido que imitávamos do cinema)”, “bam bam bam..” matei vocês, “mãos ao alto” etc.

Esportes radicais

Apaixonante era descer o morro do Pedro II de triciclo, eu com a minha bicicletinha e a Soneca com a mais antiga que tive, de madeira. Aos poucos viramos artistas de circo até que uma amiga de minha mãe contou o que fazíamos...

Ciclista

Aprendi a andar de bicicleta de duas rodas no quintal da casa do Dr. Câmara. Uma bela casa Rua Nereu Ramos entre a Sete de Setembro e a Rua Quinze de novembro. O Gastão era meu amigo e ele o mestre que quase desistiu. Uma semana até que peguei o jeito. Naquela época o ribeirão desemboca no lugar que depois fizeram a Praça Dr. Blumenau e onde a estátua do fundador da cidade esteve durante alguns anos. O ribeirão na Nereu Ramos era canalizado e poucas centenas de metros depois corria em canal natural aberto.

Quando ganhei minha bicicleta de duas rodas conversei com a mana que Papai Nole talvez não existisse. Apesar das dúvidas ficávamos olhando para o céu que ficava estrelado.

Ganhei mobilidade com minha Erlana e acabei achando um lugar para pensar, na margem do Rio Itajaí, onde os barcos a vapor encostavam, abaixo da Praça da Prefeitura e perto do Clube Guarani.

Fotografias

Infelizmente as fotografias de minha infância são raras e não mostram o que era viver em Blumenau e passar as férias em Florianópolis ou Laguna. Era uma época radicalmente diferente da atual. Parece que nascemos em outro mundo.

Moscas e mosquitos

Ainda pouco acendi um palito de citronela para afugentar as moscas. Pequeninhas, mas que aparecem principalmente sobre a fruteira. Fica a dúvida sobre o que fazer, mas é uma oportunidade de lembrar dos mosquiteiros, da espiral do “Boa Noite” e principalmente de um esporte que pratiquei durante muito tempo: matar esses insetinhos (pura covardia minha) com um elástico. Era bom na pontaria e na casa em que moramos passávamos o dia brincando na rua, florestas de Blumenau, em casa e no quintal. O porão era muito alto e assim o andar piso da casa era multiuso. Não gostava quando a empregada limpava as paredes. Meus troféus desapareciam.

Cultura diferente

A origem alemã de minha cidade natal ficou extremamente marcada, o isolamento físico e cultural daqueles tempos de mobilidade dificílima afetara o Vale do Itajaí assim como a maioria das localidades desse país de dimensões continentais.

Ter sido quase uma colônia alemã é um bom negócio turístico que surgiu nas décadas após a guerra.

Virou diversão, quando o turismo começou para valer, foi ouvir turistas dizerem onde queriam ir batalhando para pronunciar nomes alemães.

Cuidados em tempos de roça

O tempo era diferente, saíamos de casa com a recomendação sempre repetida, cuidado com coice de cavalo cobras, não pisem em xixi de cavalo, nada de pescar etc.

O paraíso

Em Laguna tínhamos o paraíso perfeito. A Praia do Mar Grosso era quase deserta, cheia de dunas e pertencia aos siris e outros crustáceos que o tio Walter pescava e trazia para a Tia Lilia e a Chica (minha mãe) prepararem para o almoço...

Nas dunas praticávamos esportes improvisados e nas pedras do lado norte eu gastava tempo vendo as ondas. Da casa de madeira cheia de fretas e sem água encanada o jeito eram usar a força para tirá-la do solo. Na varanda gastávamos horas modorrentas e olhando navios que passavam ao largo. Os faróis piscavam a noite toda e o barulho das ondas ao logo da praia acontecia hipnoticamente. Sempre havia o que fazer sem televisão, celular, jogos eletrônicos e outras coisas que distraem as crianças de hoje e dão tempo para os pais verem televisão, usarem os celulares até para conversar, tomarem cerveja e verem jogos (são desportistas gordos).

Laguna dos Baião

Na cidade víamos com curiosidade o interior da casa do vô Baião e vó Mimi. Era extremamente bem decorada, tinha até piano. O quintal com flores e hortaliças. Laguna não desmerecia sua história.

Aviões em Laguna

Eu sempre apaixonado por aviões corria desesperadamente para ver um que chagasse na pista que existia...

Caminhar entre a praia e a cidade de Laguna

Ir e vir da praia pelo morro era uma caminhada de chegada e retorno para Blumenau. O cheiro da praia, seus sons, a alegria, e a lembrança de parentes queridos ainda me dão nostalgia.

Filosofando nas pedras

Na praia as pedras no extremo norte, naquela época o mar estourava suas ondas nelas, eram meu canto de reflexões e refúgio. Lindo demais.

Férias em Floripa

E Florianópolis?

Lá onde fui concebido tudo era diferente de Blumenau. Na casa grande de minha avó vivemos somando talvez alguns anos.

Florianópolis era radicalmente diferente da cidade onde vivíamos. Para começar todos trabalhavam na véspera de Natal, quando algumas vezes chegamos lá. a comemoração era no dia 25. A casa era enorme, com muitos quartos, mas dependências cheias de portas, 3 ou 4 WC, um luxo, dois corredores meio assombrados, pintura cheia de desenhos, escada de madeira cujo corrimão era nossa festa, varandão enorme que não usávamos, cozinha que não parava, copa sempre posta para o café da manhã, lanches, almoço, janta e ceia, relógio com pêndulo e muitas letras e números, varanda em baixo onde a vó e minha mãe passavam horas conversando e olhando a praça Getúlio Vargas (quase um parque), saleta, sala e sala de estar etc. Era lugar para todas as artes se ainda pensarmos na goiabeira, no quintalzinho do Jeep, um cachorro peludinho e brabo, peludo, pequeno, espaço até para urubus que minha avó alimentava, afinal eram “filhos de Deus” como ela dizia...

Casa da “mãe Joana”

Isso sem falar em pessoas conhecidas da vó que apareciam, comiam e saiam...

As histórias das tias

As tias que de manhã saiam (ainda solteiras) vinham, contavam as histórias do dia, e a noite derrubava a gente.

Parentes em Florianópolis

Muitos primos e primas viviam na capital de Santa Catarina. Outros vinham passar as férias por lá. Todo ano tínhamos praticamente uma reunião de família sem meu pai que simplesmente não tirava férias, não podia largar sua lojinha.

Depois que meus avós maternos foram morar na Praia do Balneário as férias ganharam outra cor. Praia simples, hoje virou aterro e pista de carros, tinha uma vida própria.

Aprendizado na praia

Lá aprendi a nadar com uma garotinha de Tubarão que não vi mais após as férias em que ela me ensinou, inclusive a boiar.

Com os amigos senti o prazer de mergulhar de cima de uma grande pedra e do cais da Texaco.

Lá, no cais, mergulhar era uma delícia, mas eu não nadava como devia. Assim um dia, fugindo dos guardas da Texaco, mergulhamos e voltamos nadando. No meio do caminho senti que não teria fôlego e procurei me agarrar a uma palestra cheia de corais, ... Meu braço ficou quase sem pele e disse desolado para meu maior amigo daquela praia, Josias, um super nadador, que não aguentava mais. Ele respondeu, boie e assim cheguei à praia rebocado.

A praia era cheia de peixes. À noite os pescadores tarrafeavam e eu seguia olhando curioso o que arrecadavam. Era fascinante.

As manjubas de dia ou de noite estavam sempre por lá e pulando da água quando dávamos tapas na superfície.

Jogávamos pelada em plano inclinado e até eu, tremendo perna de pau, tinha vez.

Num riacho quase ou no limite dessa praia chegamos a fazer barragens de areia, ô festa de futuro engenheiro.

O Baralho

De tarde jogávamos canastra com a tia Lourdinha e o tio Érico. Eles nos ensinaram.

Primas especiais

A Eminha aparecia por lá fazendo companhia durante semanas e enfeitando a casa com sua beleza. Aliás, tinha primas muito bonitas.

Sol da praia

Em um verão na Praia do Balneário meu nariz queimou e descascou 5 ou 6 vezes. Durante anos o vermelhão fiou por ali me lembrando que não se brinca com o Sol.

Minha primeira máquina de fotografar

Foi nessa praia que passei um mês ou mais abusando da bondade de meus avós, aliás, eu e a Sonia Maria. Não gastei, ou melhor, poupei o que tinha economizado durante o ano. Acumulei reservas suficientes para comprar em Blumenau minha primeira máquina fotográfica, uma Agfa Isola de segunda mão. A partir daí minha mania de fotografar começou e dura até hoje.

Recomendações dos pais de hoje

Que recomendações os pais dão hoje? Poucas, pois exceto as crianças mais pobres as demais não saem de casa sozinhas


 

 

Episódios marcantes da infância

 

Com certeza minha mãe imaginou que o a data de aniversário do filho mais velho ao fazer 8 anos mereceria uma festa. Assim ela me disse que eu poderia convidar 40 amigos/as. Não demorei a sair avisando o time do quarteirão e proximidades de que em 8 de outubro de 1952 estariam convidados a aparecem em casa. E foram. Mamãe e amigas foram obrigadas a fazer e refazer salgadinhos e docinhos.  Ela ne disse que foram 3 mesas. O pior foi o que sobrou do do quintal. Bancos virados e até um pé de azaleia arrancado... resultado, nos anos seguintes as datas de aniversário passaram a ser negociadas. Sabendo do que eu gostava mais, almoçar no Gruta Azul e depois no Palmital todo ano a família nuclear passou a se reunir num lauto almoço nesse ligares.

Aprendi a pescar, aprendi e modo de dizer pois o maior peixe que consegui foi um iumenso cará que quase me puxou para dentro da água. O pior, contudo, foi uma tarde em que minha ma~e exigiu que eu e a Soneca fôssemos preparados para a chuva. Ela de botinha e capa e eu de galocha e capa. Ribeirão Garcia começamos a procurar uma grande pedra, bordejando-a, a mana escorregou e caiu dentro da água. Nenhum de nós sabia nadar e al se debatendo pedia socorro. Olhei em volta e vi uma taquara grossa cortada, peguei-a por uma das pontas empurrando a vara para dentro da água. Resultado: chegamos em casa com ela vestida com outra roupa de uma amiga e assustada. Assim nossas aventuras pesqueiras tiveram uma longa pausa.

Gostava de imitar guerreiros. Assim fiz dois escudos de madeira e improvisei varas finas como lanças. Eu jogava em direção da Sônia que largava tudo e corria para o espaço entre a casa e uma parede vizinha. Aos poucos fiquei cobra. Pegava as lanças no ar. Vexame foi quando a Maria Júlia entrou na brincadeira. Para mostrar força joque a lança para o alto com toda a força e a Jaulinha não correu. Encolheu-se e começou a fritar de medo. Não deu outra, a barra acertou-a bem no cocoruto...

Subir o Morro da Maternidade tornou-se um desafio diário. A Mana me acompanhava até onde aguentasse. Era fantástico. Principalmente descer com velocidade máxima. Até soltar os braços a gente arriscava. Um dia a Leci, nossa vizinha, foi conosco. Resultado, caiu e não sobrou um pedaço de pele sem arranhões. Virou até bronca da mãe dela...

E os cachorros. Demorei para aprender a atravessar uma matilha sem ser modrdido. Aos poucos aprendi. Isso em Blumenau era ciência obrigatória.

Em Blumenau para quem é criança e mora em local sujeito a enchentes (Enchentes Registradas, s.d.) nada é mais impressionante do que acompanhar os pais nessas ocasiões. Uma pequena, a primeira e que nós vimos foi a de 1948. Com muita curiosidade acompanhei um pé de alamanda (colaboradores da Wikipésia, s.d.) que minha mãe plantara. Com boa surpresa notei que ela aguentou a ´inundação tornando se uma bela trepadeira. Sempre que vejo a flor dessa planta eu me lembro daquela enchente que antes, se não me engano,, criou uma invasão de sapos no quintal, sapos de todo tipo...

As enchentes aconteceram, crescendo de intensidade em 1964 e 1957 naquela casa. A de 57 chegou a nos obrigar a ficar no terceiro pavimento com um galo cantando sobre o guarda-roupa.  Outras muito piores vieram... Mas já havíamos mudado para um predinho na Rua Quinze. Durante as enchentes maiores eu e a Sônia de hora em hora ou menos íamos ver a escada e corríamos para dizer á nossa mãe quantos degraus a água subira. Nosso pai ficava na loja cuidando dela e entre nós nenhuma comunicação. Nas piores minha irmã cme contou que disputou pedaço de pão com camundongos... Ou seja, ser blumenauense e morar por lá é um eterno desafio entre enchentes, estiagens, mosquitos, calor, frio, desmoronamentos etc.


 

 

A arte da alegria

 

A vida é bela, que filme, quantas lições. (A Vida É Bela, s.d.). Nos campos de concentrações os ciganos[57] cantavam e dançavam quando podiam. Os nazistas depois se declaram inocentes, alguns foram enforcados.

Alegria e a vida responsável são partes essenciais da existência serena, feliz. Com certeza pode ser difícil, em muitas religiões o sofrimento passivo é considerado um karma (Significado de Karma, s.d.), um modo de chegar ao fim e parar de sofrer ou renascer melhor ou ainda merecer o Nirvana, Paraíso etc.

A infelicidade pode ser inevitável em certos períodos da vida[58], mas sua continuidade será algo a ser tratado[59]. Felizmente a ciência evolui na luta contra a infelicidade[60] patológica.

Disciplina intelectual[61] é fundamental quando queremos ser felizes.

Não esquecendo grupos ciganos[62] que, como qualquer povo, têm diversos padrões de qualidade, mas sabem viver momentos de alegria invejável com muita arte e competência.

Aprendi a arte da alegria, da piada, da descontração do riso, de enfrentar a vida com mais prazer na infância.

A família de minha mãe era impagável, fazendo artes sempre que possível. Isso se fortaleceu com os tios que ganhei com os casamentos das irmãs de minha mãe.

Em São Paulo, no quarto andar do prédio do cursinho, o intervalo era dedicado a jogar pedaços de giz em quem passasse em baixo, na calçada, Rua Conde Sarzedas. aí tivemos uma experiência didática, não mexa com militares. um passou e o quepe ficou pontilhado de giz. Ele subiu de arma em punho...

Mais tarde em Itajubá convivi com pessoas alegres, especialistas em pegadinhas, tendo o riso como uma forma de passar o tempo. Na República de estudantes, Edifício Issa, tudo isso se consolidou com o “Bilu”, os Sargentos Souza, Maia, Lira,  etc.

Lá fazer paródias das músicas da época ganhou força. Difícil era não cantar assim em lufares indevidos. Um dos colegas era mais quadrado, tornou-se vítima da turma. outro não admitia tirar a roupa na frente dos outros, baixamos a calça dele em dois, um dando um terno e forte abraço e o outro fazendo a sacanagem...

Sofri também, assim passei uma noite sem deixar o pessoal dormir, concordamos em jogar baralho e viajei para Blumenau com dois pares de roupa para três meses.

Ou seja, em Itajubá senti o imenso prazer de encontrar pessoas que sabiam fazer pegadinhas, assim como falar e agir com extrema seriedade quando necessário.

Tudo a favor do bom humor que perdi durante alguns anos a partir da década de noventa após minha saída da Copel. Isso durou até descobrir que a raiva crescente que sentia inexplicavelmente poderia ser evitada. Um simples calmante fez toda a diferença.

Na Copel alguns colegas eram especialistas em trotes. Até o anúncio de venda de um carro novo pela metade do preço foi feito em jornal. A vitima quase apanhou dos primeiros da fila que se formou na rua Voluntários da Pátria. logo ele descobriu como não morrer, informando que “já tinha vendido o carro dele”.

A parte melhor foi a convivência com as filhas e meu filho; em casa com as crianças o prazer de ver filmes infantis, dividir gibis, ver comédias e cultivar plantas, aquarismo, cuidar dos passarinhos e as férias deliciosas com o time e minha esposa, parceira permanente de momentos fáceis e difíceis.

Eram horas maravilhosas, quando podia, eventualmente, estar com elas.

Mas os gibis eram uma rotina gostosa assim como os desenhos animados. Tempos sem celular e PC a gente dividia em frente à televisão. Nas férias as longas estadas com nossos pais e avós, tias e tios...

As histórias em quadrinho estiveram na nossa vida pretérita ao casamento em uma infância e juventude gostosa.

Assim desde a criatividade de Walt Disney até nossos humoristas modernos passamos milhares de horas rindo.

Personagens criados por Walt Disney, Maurício de Sousa, os Trapalhões, Praça da Alegria e muitos mais até hoje divertem os brasileirinhos e brasileirinhas e seus pais e avós.

Após o nascimento das crianças os desafios de trabalhar, militância social e política, estudar e educar encontravam descanso na imensa alegria de estar com os filhos e saber que aproveitavam oportunidades para rir, brincar e aprender.

A alegria assim como a tristeza são contaminantes (As 6 emoções básicas: características e funções, 2018).

Agora idosos chegamos ao tempo de maior cautela.  Tempos de fragilidade emocional e da saúde precisamos administrar visitas, comparecimentos a velórios (por exemplo), evitar ambientes pesados.

Mas a alegria, sempre que possível, deve ser cultivada, externada, vivenciada. É o melhor remédio para a velhice.

A alegria traz em si um poder que nos impulsiona, invade-nos, faz a gente experimentar a plenitude. A alegria é uma afirmação da vida. Manifestação da nossa potência vital, ela é o meio que temos de apalpar a força de existir, de saboreá-la. Nada nos torna mais vivos que a experiência da alegria. Mas podemos fazê-la emergir? Domá-la? Cultivá-la? Será que podemos formular hoje uma sabedoria fundamentada no poder da alegria?

 

Lenoir, Frédéric. O poder da alegria (p. 6). Objetiva. Edição do Kindle.

 


 

Gibis e desenhos animados – que saudades

 

Crianças e jovens da minha geração tiveram um padrão de formação cultural extremamente diferente do atual. O cinema marcava os domingos à tarde, sessão das duas horas e nas suas redondezas o espaço de troca e venda de revistinhas.

Estamos no império da Televisão (Televisão no Brasil, s.d.), já ameaçada pelas redes sociais mais e mais potentes.

Infelizmente os sistemas televisivos atuam sem o crivo dos pais e educadores. Eles oferecem bons e maus programas. Durante o dia chegam a mostrar e propagandear programas que afetam violentamente o imaginário da garotada.

Códigos de Ética ou simplesmente de interesses de lucro?

Pais zelosos têm dificuldades para cuidar de seus filhos quando as lições vêm de tão longe no império de outras culturas.[63]

No passado o cenário era radicalmente diferente. Se eram melhores ou piores que os atuais é um desafio para estudiosos de primeira linha.

O essencial, contudo, é que principalmente a leitura[64] é importantíssima a qualquer criança, merecendo cuidados especiais[65].

Crianças eram afetadas pelos gibis[66], filmes infantis, livros que usam. Gradativamente o cinema ganhava poder à medida que crescíamos.

Agoora a arte infantil encheu=se de merchandising, mensagens sutis inadequadas, estilos agressivos. 

Os gibis (História em quadrinhos no Brasil, s.d.) logo viraram paixão; deitados ao lado da mãe, eu e a Sônia Maria, vendo e ouvindo as historinhas que lia no quarto da empregada, cama comunal, eram um privilégio, um presente em que além do calor materno ficávamos anestesiados pelas histórias que ela também gostava.

Eu e a Sônia também gastávamos horas e horas olhando fotografias de um livro antigo de geografia, cujas imagens víamos debaixo da mesa da cozinha, entre outros lugares, página a página.

O álbum de fotografias era uma paixão e um dia estragamos parte da memória familiar. Candidamente tiramos recortes de jornais que minha mãe colara lembrando datas importantes, especialmente do casamento dela. Mostramos nossa mãe o que fizéramos declarando candidamente que limpáramos o amado álbum familiar...

Aprendemos a ler antes de frequentar escola e assim os gibis cresceram de importância.

Luluzinha, Recruta Zero, Roy Rogers, Batman, Mindinho, Mickey, Tarzan, Pato Donald, Lassie e Rin Tin Tin, Pernalonga, Mandrake, Gato Félix, Super Homem, Capitão Marvel, Brucutu, Zé Carioca e muitos outros personagens genias começaram a povoar a nossa imaginação. Mais tarde Tarzan, Rin tin tin e Lassie, Mandrake com outros heróis ocuparam nosso tempo. Minha paixão era a Laura Jane, que menina querida...

Com os desenhos animados outros personagens apareceram com força, entre eles Fred e Barney, Jetsons, Pica Pau, Pantera Cor de Rosa Gaguinho, Ligeirinho etc.

 Os gibis, contudo, eram a nossa literatura infantil.

Tanta revistinha infantil e pouco dinheiro despertaram nossa vocação mercantil. Na frente do Cine Bush ou da Banca Miro trocávamos e vendíamos o que já tínhamos lido. A fascinação era m os almanaques, bem encadernados. Isso acabou pesando nas notas da escola e quando elas atingiram o nível de alerta (10 na escala de zero a 100) a mãe Chiquinha, nossa “professora particular”, fez uma pilha enorme no quintal e pôs fogo. Dançamos que nem índio em volta daquela tristíssima fogueira. Eu, demonstrando minha inabilidade política, no0 mês seguinte tirei 100 onde quase zerei, confirmando as teorias maternas.

Morávamos em uma casa de três pavimentos na Rua 4 de Fevereiro. Nela profissionais da Companhia Força e luz de Santa Catarina e da Prefeitura assim como outros eram nossos vizinhos. Eles, os nascidos no Brasil e no litoral, tiveram a brilhante ideia de organizar e operar um cinema ao ar livre na Rua Quinze de novembro, projetando imagens de um lado da rua para a outra. Maravilha!

Ainda sem altura para ficarmos sozinhos, eu e a mana, éramos levados para ver filmes norte americanos e desenho9s animados de cima de uma cadeira, na janela ao lado do local de projeção. Mais tarde, crescidinhos, íamos para a rua principal de Blumenau onde a cidade criou espaço dedicados a pedestres nos finais de semana assim como ambiente para bandinhas de música não religiosa “ufa!”.

O cineminha foi também onda tomamos contato com as caixinhas de “Mate Leão”. Caixinhas de madeira que ainda serviam, depois de vazias, para nossas cidades miniatura.

Lá vimos os primeiros desenhos animados[67], que beleza.

A cultura americana dominou a minha infância e juventude, mais ainda pelos ressentimentos da Segunda Guerra Mundial onipresentes em casa, onde alunos de minha mãe e com certeza pessoas amigas de meus pais foram vítimas dos nazistas.

A história dos brasileiros descendentes de açorianos em Blumenau não foi escrita. Infelizmente a fixação dos blumenauenses na origem alemã criou vazios enormes na população local, mais ainda com a derrota dos nazifascistas.

Eles existiram em momentos fáceis e difíceis, quando a sorte da guerra parecia pender para o Eixo.

Crescemos entre os cinemas, a igreja, escola e muitas artes.

Criamos fantasias, adoramos super-heróis, construímos a base que governará boa parte de nossa vida.

O maior perigo, contudo, é querer imitar seres imaginários.

Pessoalmente quase pulei do segundo pavimento da casa em que morávamos com uma capa amarrada às costas. Queria imitar um personagem de cinema.

Pular de lugares altos era uma paixão que testei até onde consegui, afinal o Tarzan fazia isso...

Brincar de bandido e mocinho era rotina. Assim o brinquedo que durante anos pedi foram revólveres e espingardas de brinquedo.

Décadas mais tarde comprava gibis para dividir e rir de suas historinhas com as minhas filhas.

Algo ruim começou a acontecer com os quadrinhos de Maurício de Souza, suas estrelas mais carinhosas deram lugar è outros mais violentos, por quê?

Saudades de dinossaurinho que só comia alfacinhas, do Muminho, das alminhas etc.

Vejo atualmente que muitas revistinhas trazem estilos muito diferentes, especialmente orientais.

Que efeito isso pode criar na cabecinha de nossas crianças?

Felizmente, a partir das escolas as meninas e meninos têm coleções didáticas, pedagógicas. mais ainda, são estimuladas a fazerem suas revistinhas. Fantástico!

Sempre é bom lembrar que nada é por acaso em projetos caros. Patrocinadores, religiosos, ideólogos, empresas e governantes querem “disciplinar seus rebanhos”.

Muita coisa escapa à censura[68], ótimo.

E os quadrinhos? é bom lembrar (Ramalho, Publicado 02/08/2019 e atualizado 24/03/2020 às 16:454 min. de leitura.)


 

 

Gafes e saber rir

 

Ao longo de nossa de marido e esposa e em ambientes solenes, profissionais, sociais mostrei minha capacidade de cometer gafes[69] divertidas e arrepiantes, tudo dependendo do ponto de vista.

Errar é humano[70], pode ser desumano.

No meu caso muitas vezes dei boas risadas em casa pensando no que fizera. Não é fácil ter maturidade emocional[71]. Não se envergonhe, ao ser alegre é fator de atração em muitos sentidos. Teste sua capacidade de fazer contatos, isso muda muito de ambiente para ambiente, mas é um processo que ensina muito. Pessoas de mal com a vida não ajudam muito.

A prudência humorística é essencial. Admiro que a tenha.

Ao longo da vida pisei no tomate inúmeras vezes.

Fazer gracinhas com a família do defunto não é sensato, ironizar comportamentos e cargos rituas para aqueles que valorizam isso é assustador, contar piadas de gaúcho para nascidos no Rio Grande do Sul é perigoso. Falar muito improvisando línguas estrangeiras pode ser desastroso. Um conhecido perguntou à anfitriã, na frente de seu esposo, na Espanha, se ela tinha gostado da pinga brasileira....

Assim vamos atermado nesse mundo globalizado com o que não dominamos.

De atos falhos e mancadas ridículas enfeitei minha vida e filtrei amigos e companheiros. Precisavam de muita tolerância comigo. Coitados!

Tudo isso vinha a uma memória desastrosa, pois era e ainda sou muito distraído.

A palavra chiste ganhou força no meu subconsciente vendo regularmente os Trapalhões, imperdíveis na época do “politicamente incorreto”. A autocensura necessária do desafio de ofender pessoas atrapalho demais os programas humorísticos.

Didi, se não engano, se desculpava dizendo que era um chiste[72].

Bom mesmo era saber rir das nossas deficiências.

Triste é chorar de nossas risadas, pensando em momentos indelicados querendo ser agradável (Ser indelicado sem perceber: o que evitar na apresentação, 2019).

Isso exige disciplina pessoal, vale escrever e pedir descrições do auditório. Fela devagar, planejar a palestra, não menosprezar a inteligência da plateia, pensar sempre.

Estamos na época do fuzil, não ria. Vamos lembrar com carinho os tempos de Itajubá.

Em Minas Gerais, por exemplo, toda família tem muito orgulho dos doces que faz, doces muito doces feitos pela anfitriã. Bastava a gente entrar que lá vinha a primeira oferta de doce que não dava para negar, apesar de pessoalmente não gostar. Terminava e perguntavam se gostei, se dissesse sim vinha o repeteco, para meu desespero. Finalmente neguei uma paçoca, arrependi-me, pois, e ofendi um casal que gostava muito.

Mudamos para Curitiba sem que eu soubesse de uma forma polida negar o quitute.

Tenho uma memória péssima para nomes de pessoas, até pânico quando preciso lembrar. O pesadelo exige malabarismos para não errar. Chato mesmo é usar um nome que a pessoa odeia; quantas vezes fiz isso e depois sentia as faíscas dos olhos da vítima que me alertavam da tremenda gafe. Assim insisto que o nome de qualquer pessoa deveria ser um código que indicasse altura, cor, sexo, cor dos olhos, lugar de nascimento etc., seria mais difícil errar.

Em uma visita da minha turma às obras das usinas de Urubupungá (Complexo de Urubupungá) em São Paulo fomos recebidos com todas as honras possíveis, inclusive um almoço com muitos talheres. Não deu outra, terminei a ágape comendo a sobremesa com uma faca e um garfo enormes.

Logo após o início de minha vida matrimonial, casado coma Tânia, minha esposa, fomos convidados para um final de semana no Rio de Janeiro, com hotel pago e tudo mais. No primeiro almoço (ou jantar) com o Dr. Mário Ferreira e sua esposa, tio da Tênia que foi um dos líderes da SUCAM { (Coutinho, Rachou, & Ferreira); (1.4 História e contexto atual dos agentes de vigilância em saúde no Brasi)},  no Brasil, após a primeira rodada em torno de uma mesa luxuosa, depositei os talheres no prato e os sinais da minha consorte de nada valeram, não usei o cavalete prateado (ou de prata)...

Em um almoço na casa do Tio Waldomiro e tia Olinda ela nos serviu uma salada de agrião. Foi a primeira vez que vi e comi aquela maravilha, gostei tanto que deixei um pouco para misturar com o prato principal. Feito isso a tia perguntou se estávamos servidos, concordamos e na sequência vi meu precioso agrião sendo levado para a cozinha.

Em minha primeira viagem internacional a serviço da Copel nossa equipe foi muitas vezes recebida com honrarias. Raramente eu esperava que todos fossem servidos. Quando dava pela coisa todo mundo estava olhando para mim de olhos arregalados...

Vivo levando bronca de minha companheira, gosto de fazer pegadinhas com os garçons apesar dos alertas que ela faz. Fico feliz quando sinto que eles gostaram. Uma vez, por exemplo, em Camboriú perguntei se tinham camarões soltinhos. Quando o profissional disse que sim eu lhe pedi de imediato que segurasse os bichinhos para não fugirem. O garçom riu comigo, que legal!

E os apelidos, um colega tem um apelido que usávamos na escola de Engenharia. Ele virou autoridade no Lions; um dia filmando a posse de uma nova diretoria fiquei chamando o amigo e companheiro pelo apelido. Como ele não dava atenção desconfiei que algo estava errado e não usei o apelido. A partir daí pude filmá-lo olhando para mim.

E o respeito “etiquetal”

 das autoridades, que suplício...

Em meu lar de origem as etiquetas não eram radicais. Ou melhor, não existiam. Que liberdade!

Na Copel maravilhosamente existiam bons mestres de cerimônia, salvação providencial.

Mas, lembrando uma história real.

Minha mãe contava que o pai chegou atrasado ao casamento deles, estava arrumando o motor de uma lancha em alto mar (versão oficial), e chegando à igreja ou capela ou sala onde o ato solene de promessas de nubentes aconteceria ajoelhou-se próximo ao altar, notando que estava longe foi andando de joelhos até o lugar que a vítima deve ficar...

Envelhecendo vira rotina colecionar gafes de toda espécie. O jeito é mostrar que infelizmente é isso mesmo, ou seja, não esperem maravilhas de um idoso renitente [73] na arte das trapalhadas, teimoso e confuso que já nasceu com um apelido (Caio) não erre.

Tive muitos outros, como, por exemplo, Galego, motivo de muita briga na infância, de padre pelo jeito que eu lecionava no CEFET, e provavelmente outros que desconheço. Na Copel entrei e o

 

A Família – minhas origens – paradigmas familiares

 

Privilégios de berço – pais dedicados

 

O privilégio de nascer com pais realmente preocupados com a educação de seus filhos foi, acima de tudo, o processo mais importante para minha formação.

Assim aprendi (vou alternar a primeira pessoa do singular com a do plural em favor da melhor compreensão do texto) muito com meu pai, pessoa extraordinariamente inteligente, lúcida e responsável. Graças a ele compreendi a arte de duvidar com tolerância as divergências intelectuais, algo que agora sei usar melhor; existe maior lição do que essa?

Pedro Cascaes morreu cedo, algo que me entristece profundamente sempre que me lembro disto. Fez muita falta ao filho curioso, teimoso acima de tudo, ainda que relativamente disciplinado pela mãe.

Entre a inteligência primorosa e bem estruturada e a cultura do pai e os padrões comportamentais da mãe, criada quase em tempos de pós escravatura em Laguna dentro de uma família conservadora, vivi momentos complexos e didáticos.

Meus avós maternos foram afetados pelo que viram na infância de disciplina a qualquer custo, sentimentos excessivos e anacrônicos típicos da educação que receberam.

Ganhei uma base inestimável além da herança genética, que mereceria análises melhores, extremamente pronunciada para tudo o que sou.

Fantasticamente as divergências de base religiosa de meus pais estimularam conversas intermináveis e diárias (principalmente no horário do almoço e janta) com o Pedro Cascaes. Com imensa paciência ele explicava seus pontos de vista, não os impunha. Meu pai falava pausadamente, pensava muito antes de responder, ensinou-me a raciocinar.

As lições de casa também mostraram os equívocos, tais como a violência física que minha mãe exercia de forma arbitrária, talvez em uma época de stress imenso. Francisca Baião Cascaes era linda, uma artista incrível, incrivelmente corajosa, mas lesionada demais. A violência desapareceu com a idade e com tristeza imensa vi aquela guerreira perder forças e gradativamente depender dos filhos para sobreviver.

Os vícios do casal, dentre os quais o tabagismo foi o de piores consequências.

 Era uma época em que a mídia comercial, sempre ela, faturava fortunas continuamente defendendo a tétrica arte de fumar, mesmo depois da demonstração mundial a partir de centros médicos honestos de que o cigarro e similares eram vícios mortais. Aliás, isso não mudou. O alcoolismo, o uso abusivo de automóveis (sustentabilidade?), prazeres irresponsáveis etc. e o consumismo desregrado mantêm os sistemas privados de comunicação, bem pagos por grandes grupos econômicos.

É fácil de sentir o império dos patrocinadores e visão comercial da mídia.

A acessibilidade incomoda, por exemplo, para as pessoas surdas. O resultado é que ainda é difícil ver programas com intérpretes LIBRAS...

A base cultural em que me formei teve uma contribuição excepcional do povo de Blumenau. Os blumenauenses das décadas de quarenta a sessenta eram bem caracterizados. Gente de origem predominantemente germânica naquela época externava fortemente as virtudes e defeitos de um povo determinado, guerreiro, trabalhador e vítima e algoz graças a conceitos de raça e poder, nazifascista, radicais de extrema direita.

No Colégio Santo Antônio vi todas essas facetas, talvez de refugiados vestidos de frades franciscanos.

Blumenau era uma vitrine mais elaborada do fascismo que os getulistas tentaram aplicar aos brasileiros. Aliás, aqui, Brasil, dizia meu pai que qualquer ideologia seria desmoralizada pela maneira de ser dos brasileiros, o que não deixa de ser uma virtude importantíssima num planeta que abriga uma espécie de vida tão cheia de certezas, quanto o é o ser humano.

Entre defeitos e virtudes meu segundo lar foi o Colégio Santo Antônio. A disciplina era forte, menos do que em minha casa. Assim lá vivi e convivi com pessoas excepcionais (em todos os sentidos). Mais uma vez a heterogeneidade entre professores demonstrava a fragilidade dos dogmas, ideologias, religiões, morais e éticos que ao longo da história foram construídos e se construiu para agora dividir o mundo, nações, famílias e até grupos circunstanciais presos a catecismos que aceitam, por mais idiotas que sejam.

É incrível a fragilidade de pessoas aparentemente cultas, capazes de afirmar e fazer juramentos e afirmar crenças absolutamente anacrônicas e distantes de suas vidas particulares e sociais, onde demonstram inequivocamente que só aproveitam de tudo o que dizem acreditar o que lhes convêm.

O processo de racionalização assusta.

É bom reafirmar, contudo, aspectos pessoais que me afetaram profundamente.

A saúde pessoal foi um fator marcante e decisivo na construção e percepção de minhas crenças. Desde muito cedo a alergia e bronquite “Tosse de Cachorro” (Laringite estridulosa ou “Tosse de cachorro” Uma doença de inverno?) foi uma limitação violenta, levando meus pais a exercerem uma vigilância severa sobre o que fazia.

Era uma tremenda “perna de pau” e assim acabei tendo nos passeios de bicicleta o meu lazer e esporte favorito (Brasil Não Motorizado), algo que viabilizava o gosto por esportes radicais, nunca confessados aos meus pais. Imagino qual seria a reação de minha mãe se, ao longo dos anos, soubesse em detalhes o que o filho fazia em todos os lugares em que viveu...

Com certeza tive o privilégio de estudar em São Paulo, capital, onde passei um ano (1963) frequentando o cursinho pré-vestibular Di Túlio, na rua Conde de Sarzedas, na Liberdade. Neste ano de dúvidas imensas ou simples apatia profissional aprendi muito conhecendo a cidade de São Paulo e suas atrações gratuitas, das apresentações da Orquestra Sinfônica no Teatro Municipal ao Planetário no Ibirapuera onde revia as estrelas que deixara em Blumenau.

Vestibular, Itajubá e tudo o que aconteceu a partir de 1964 serviram para educar e temperar conhecimentos e ideais, entre eles o mais nobre, cuidar de minha família.

Maravilhosamente tudo contribuiu para agora escrever este livro, ser autodidata pode desmerecer o que se faz no mundo acadêmico, mas, se feito de coração e com base em bons livros, filmes e na grande escola que é a vida pode merecer registro...

Para reforçar o que imagino ser essencial à qualidade de vida sugiro uma leitura dos livros de Domenico de Mais, entre eles (A Economia do Ócio). Nesse livro considero um destaque a recomendação de que devemos saber escolher a profissão, decisão normalmente do jovem, lembrando que devemos ter prazer com a profissão eleita...

Note-se, contudo, que existem profissões intuitivas e outras imperceptíveis aos jovens,

Pior ainda é a criação de ilusões em relação ao tipo de vida profissional pretendida.

Temos profissionais capazes de orientar pretendentes a vestibulares e opções de sustentação pessoal e familiar. Sempre que dúvidas assaltarem as mentes de pessoas prestes a entrar em cursos demorados e eventualmente caros de profissionalização é prudente a submissão a testes vocacionais.

 


 

Conversando com meus filhos

 

Enquanto na vida ativa viajei demais. A distância de minha família era constante. Ao contrário do ambiente em que vivi fiquei longe demais das filhas e do caçula que dependiam, talvez, de palavras do pai.

Isso foi um forte motivo para aproveitar as férias acumuladas logo que saí da Presidência da Copel para comprar papel (sem PC) e escrever um livro com o título “Conversando com meus filhos” (Cascaes, Conversando com meus filhos, 1996) na esperança de registrar pensamentos e conselhos que considerava importantes.

Se leram, não sei, mas o livro foi feito, lamentavelmente editado com erros demais.

O boneco do livro a minha esposa me entregou em um momento incrível: quando ela entrou no meu escritório era o tempo, a idade que meu pai tinha quando faleceu.

Número de anos, meses de vida de meu pai e mestre naquele instante, mostrando para mim algo que senti após sua morte, que ele não me abandonara.

Durante a última noite e o dia de sua agonia ele me chamou, abraçou e beijou, perguntando nesses três momentos de pesadelo o que eu fazia ali, porque não estava estudando...

Não pensei na conclusão do livro em mudá-lo, até porque lesões nos dois olhos apareceram na agonia dos pós presidência, quando paguei muitos pecados e traições.

Fiquei muito decepcionado ao saber, anos depois, que a impressão tivera tantos erros. Assim coloquei o texto num blog anos depois denominado “Fazendo Livros” onde a Office acertou a redação...

Bem ou mal impresso expressei minhas preocupações, esperanças e algumas orientações éticas, comportamentais, avaliações de mérito e sugestões que considerava importantes.

Foi oportuno pois entrava num período desgastante e de complicações de saúde graves e permanentes.

O que aconteceu nos anos seguintes foi um teste de sobrevivência e de afirmações idealistas...

Santo corretor de textos!

Agora, graças à bondade do Luiz Fernando da Bonijúris (Luiz Fernando de Queiroz) terei condições de publicar o livro que faço sem os defeitos do primeiro.

A Academia de Letras José de Alencar é o maravilhoso espaço que sua Presidente, Acadêmica Anita Zippin viabiliza essa oportunidade ímpar.


 

O tempo, uma experiência pessoal

 

Felizmente ao longo de minha existência tive momentos tremendamente educativos. Com certeza experiências interessantes e pouco comuns. O que aconteceu em um dia aparentemente comum em casa e sozinho foi interessantíssimo.

Naturalmente, com educação católica, a eternidade era algo assustador gerando inúmeros questionamentos íntimos. Sentir, contudo, o que pode ser sem as mudanças sucessivas que definem o tempo valeu para minha compreensão de muitas utopias.

A vida ensinou.

Minha personalidade dominada pela timidez fez com que parasse para pensar e prestasse muita atenção ao que acontecera.

Em alguns momentos assustei minha família, tias, primas etc. Em Lguna, após uma bronca injusta (não sei por que, sempre são injustas) saí para a fantástica Praia do Mar Grosso, época em que realmente era linda. Fui para um lado, nas pedras, do molhe, e lá parei para ver as ondas, sempre maravilhosas (o Covid ainda não tinha aparecido). Já demorando demais resolvi voltar andando calmamente pela praia e puxando um loga tinha de algum tipo de alga. Ao longe vi um comando feminino caminhando depressa até me meu alcançar. Vínhamos em sentidos diferentes. Aí o desabafo, o que eu pretendia? Por que desaparecera? Notei que exagerar no tempo de fuga...

Nem sempre o tempo foi tão agradável.

Em uma tarde em Blumenau, talvez com 15 anos ou pouco mais, acordei com alguma febre e a sensação de que o relógio demorava demais entre um tique e um taque. Que coisa horrível. Sozinho em casa andei de um lado para o outro angustiadíssimo. Devagar o sentimento passou. Ufa! Conclusão: a eternidade pode ser muito chata.

O   tempo é medido por comparação e assim aprendemos a ver ponteiros, pêndulos, ouvir “tics-tacs”, prestar a tenção a calendários etc. Já imaginaram perceber a paralização do tempo, o que sentiria?

Acompanhei a morte de um pai em sua cabeceira. Tranquila, mas sufocante em seu câncer de fumante. Por Três vezes ao longo da noite e manhã de agonia me chamou, abraçou, beijou e perguntou? o que eu fazia ali, não estava estudando? Ou seja, todos os minutos da vida são importantíssimos, meu Pai deu um valor tremendo àquelas horas...

O tempo se esgotava e ele estava preocupado comigo.

Mas também senti momentos de morte possível como, por exemplo, em acidentes de carro. Os segundos entre a batida e o silêncio pareceram uma eternidade.

Anestesias criaram horas que não existiram, pode?

Assim pensamos, o que é o tempo, afinal?

Em minha atividade profissional participei de processos e cronômetros importantíssimos. Desde a visita de grandes laboratórios até o gerenciamento de equipes de medição, testes e laboratório que gastaram suas vidas cuidadinho de medidores e padrões de tempo.

Entre o tempo físico e intelectual encontramos diferenças abissais.

Envelhecemos pensando e pautando a vida com os relógios.

Na infância nossos pais, professores e nosso organismo diziam o que fazer. Agora, na velhice, o cronograma dos remédios, tratamentos, noticiários, programas favoritos etc. Tudo vai ficando muito rápido e nós mais lentos...

É bom pensar sobre o que é o tempo[74].

É muito triste ver e ouvir de pessoas que amamos lamentações por terem vivido mal.

Saber usar o tempo é uma arte em qualquer condição social.

Resumindo:

O TEMPO PASSA E PODE SER ETERNO


 

A fragilidade do ser humano

 

De modo geral a sociedade no mundo ocidental está organizada e regulada partindo de princípios de autonomia e livre arbítrio. Compete ao Poder Judiciário julgar transgressões e a outros poderes a elaboração das leis.

A qualidade das leis e aplicação delas é o melhor indicador de desenvolvimento.

 Naturalmente a evolução ou regressão são fatores circunstanciais

Realmente, mas, vivemos no pleno direito do livre arbítrio?

Até juristas colocam essa questão quando pensam na Ética da Justiça. Um livro (Justiça - O que é fazer a coisa certa) coloca as opções da Justiça, ser pragmática, idealista ou formalista. Precisamos “fazer justiça” em casa, no trabalho, na sociedade. Lembrando o desafio colossal que é a Educação, a Comunicação interpessoal, o desafio de viver e crescer, envelhecer e ser feliz podemos e devemos pensar, meditar, fazer autocríticas e transmitir essa preocupação a quem nos respeita.

A lógica no início do século passado era de medo do povo, terrorismo de Estado, racismo, preconceitos de toda espécie.

O que mudou? O Exercício da Justiça é tão frágil quanto o próprio ser humano. Boas leituras serão aquelas que nos ajudarão a entender a natureza humana, por exemplo:  (Humano, Demasiado Humano), (Osrvações Filosóficas) e outras obras que tratem da lógica de nossas atitudes.

A realidade no Brasil mostra nitidamente a força do poder material e social sobre os seres humanos. O combate à corrupção, ao crime organizado atos indesejáveis se perde nos meandros do Poder Judiciário. A Operação Lava Jato é um exemplo a ser analisado eternamente no Brasil.

Cremos que esse é um direito dos poderosos.

Não existe para gente do povo. Além da vigilância severa de religiosos as pessoas têm medo, medo de tudo. Maslow ilustrou de maneira simples o que sentimos, queremos e pensamos Sua pirâmide (Hierarquia de necessidades de Maslow) não é de pedra, mas de algo mais sutil e importante, a compreensão do que o ser humano sente e faz. Esse é um desafio mundial a ser vencido com a evolução da Humanidade, se houver tempo.

A análise do comportamento de nações tidas como desenvolvidas e cultas demonstra a nossa incapacidade de fugir de processos educacionais dirigidos, estrategicamente dentro dos interesses das classes dominantes. Os exemplos são assustadores. No último século nações inteiras patrocinaram processos de genocídio absurdos, algumas vezes sob alegações socialistas, noutras valia a lógica do imperialismo, mas os piores instintos dominavam soberanamente de forma implícita nas teses e discursos de qualquer líder daqueles povos. Muitas nações, secularmente crentes de serem superiores às demais, usaram o poder de seus exércitos para a realização de massacres abomináveis.

Note-se que essa foi a História da Humanidade, mas seria de imaginar que no século 20 a Humanidade pudesse superar radicalismos. Isso não aconteceu e ainda sentimos postura absurdas de hostilidade por divergências ideológicas, religiosas e raciais.

O Nazismo foi o ápice da mediocridade de uma classe média que se acreditava ter direitos abomináveis e nítidos indicadores de superioridade. A estupidez nas décadas de trinta e quarenta do século passado é uma advertência do que significa a crença em valores fantasiosos e egoístas.

A que devemos tantos riscos e perversões? Por que valores infinitamente sublimes que muitas pessoas demonstram possuir?

Observando lobos que vivem em matilhas, por exemplo, percebemos a hierarquização pela força e a exclusão de outros bandos. São selvagens com alguma organização familiar e social. No meio dessas alcateias é possível enxergar a ternura entre as fêmeas e seus filhotes. Seríamos apenas isso?

Além do que poderíamos definir como resultado de nossos instintos e anseios, nosso corpo é uma montagem que contém elementos perigosos e fascinantes. Somos um tremendo computador com sensores, unidades de lógica, processadores poli dimensionais e extremamente compactos ocupando segmentos de nosso cérebro onde um sistema operacional, aplicativos hereditários, sistemas de comunicação, de refrigeração e energia compõem a maioria das nossas virtudes e capacidades. Temos mobilidade, poder de procriação etc., tudo organizado de forma infinitamente complexa e ao mesmo tempo tão simples como só a Natureza é capaz de produzir.

Dentro de nós, em vários lugares do corpo, encontramos glândulas que mudam os parâmetros de muitas equações de decisão. O DNA contém elementos que formam o plano construtivo, o relógio de cada um, as sementes de tecidos, modelos e padrões definindo fases de nossas vidas com determinação orgânica, além, é claro, da sua composição minuciosa.

Cada ser humano é o produto de origens materiais, culturais, ambientais etc.

O DNA diz muito ele é o produto de casais que, por sua vez, vêm de outros sucessivamente. Após o nascimento material passamos a ser objeto de inúmeras influências, com destaque o cenário familiar e social em que vivemos.

Ou seja, de modo geral podemos até afirmar que não decidimos sobre as bases em que nascemos, crescemos, fomos educados. Perante qualquer tribunal realmente justo e submetido a leis universais (no sentido amplo) todos seriam vistos como objeto de um processo de transformações, evoluções ou regressões, mas simples produtos de uma miríade de acidentes, incidentes, genética, ambientes e até leis humanas.

Onde podemos mudar algo?

O universo matemático pode ser dividido entre o espaço determinístico e o probabilístico; de alguma forma criamos estímulos até pequeníssimos que nos fazem optar por um ou outro caminho. Deterministicamente podemos dizer que o resultado será esse ou aquele, no mundo real, contudo, prevalecem os eventos aleatórios, circunstanciais, distantes de toda espécie de “autoridade”.

Pessoalmente acredito também que alguma espécie de espírito pode nos apoiar, assim vivi sentindo a influência, de meu pai, imagino. Minhas decisões durante décadas tinham (e têm) momentos de inspiração inacreditáveis, algo que simplesmente não posso desprezar.

Ou seja, dentro do mundo que conhecemos e imersos na complexidade do Universo estamos infinitamente longe de explicar tudo o que nos acontece.

De qualquer jeito temos o direito de simplificar e explicar, acreditar em alguma coisa que entendamos como soberana em nossas vidas.

Falamos em glândulas e em períodos de existência. Cada um é um conjunto de composições singulares. E daí?

Nascemos absolutamente egoístas, dependentes. Não fosse assim a sobrevivência da Humanidade estaria em risco, se é que ela ainda existisse.

É importante lembrar isso. O altruísmo depende principalmente da educação que recebemos. O egoísmo deixa-nos dependentes de sentimentos primitivos, de vaidades, vícios e necessidades que diminuem à medida que esquecemos nossos problemas e nos fixamos em ajudar outras pessoas, ou seja, aprendemos a amar o próximo.

A infelicidade é flagrante entre pessoas egocêntricas, sempre apavoradas com a morte, a perda de qualquer coisa, querendo sempre mais para si, nunca estando satisfeitas.

O egoísmo também pode ser o resultado de patologias [10]. Merece leitura atenta o verbete (Psicopata)[75] assim como os livros de Michel Foucault, com destaque para (Foucault, História da Loucura) e inúmeros bons psicólogos e psiquiatras.

Isso tudo demonstra a importância da família, da Educação, da Liberdade onde a aleatoriedade pode evitar a dominação dos tiranos, santos e pregadores.

No Brasil passamos por momentos absurdos de controle de grupos de fanáticos à direita e à esquerda. Nas ditaduras militares e marcadamente ideológicas, desde os tempos de Deodoro, Vargas e mais tarde com os militares que consideravam o Almanaque do Exército o único documento de escolha de presidentes sofremos processos de lavagem cerebral terríveis.

Agora estamos, principalmente, sob o império da mídia comercial e religiosa. Alegando liberdade de imprensa mentem, promovem vilanias ou “santidades”, estimulam comportamentos doentios a serviço de patrocinadores alheios às necessidades mais sadias de nosso povo ou expressam convicções que ferem a liberdade de culto e crenças metafísicas. Com certeza isso é um instrumento de dominação de fanáticos e grupos econômicos e financeiros que se sobrepõem na pirâmide de dominação da Humanidade.

Confunde-se liberdade de imprensa com liberdade de opinião, algo proibido à maioria dos jornalistas, devidamente monitorados pelas equipes de editoria. Sistemas de comunicação convencionais são caros e dependem do poder da mídia e seus patrocinadores para sobreviverem, enquanto os sistemas estatais são implicitamente censurados...

A literatura, emissoras de rádio, TV, redes sociais, portais, templos etc. formam um conjunto poderoso que, se tivermos censura enérgica e até discreta, irresistível na condução de qualquer nação.

A verdade é uma hipótese sempre que a procuramos e essa vontade de entender cria sentimentos de humildade e dúvidas íntimas que precisam ser valorizadas.

Felizmente temos as redes sociais e a universalização da informação. O Mundo WEB desmonta (por enquanto) até as ditaduras mais ferozes. A aleatoriedade e a acessibilidade quase universais a sistemas modernos de comunicação via telefonia e internet está furando bloqueios seculares.

Sobre a mídia merecem leitura (O Diabo na Água Benta) e (O Cemitério de Praga) fora outros clássicos mostrando como as “verdades” são produzidas.

Ainda estamos num planeta ética e culturalmente subdesenvolvido. São muitos os lugares da Terra em que os fundamentalismos religiosos, políticos e até esportivos criam cenários de terror.

A fragilidade do ser humano está mais do que evidente num mundo em que o desenvolvimento do conhecimento técnico e científico se adianta velozmente da inteligência e capacidade de assimilação sadia das ciências humanas.

Poderá vir da própria Ciência formal a fórmula de melhor aproveitamento do conhecimento humano universal. Talvez tenhamos recursos para aceleração do cérebro que não sejam tão prejudiciais quanto as drogas existentes.

Precisamos de tudo e de todos para superar nossas limitações.

Temos orientações consensuadas, a Unesco propôs os ODS (UNESCO), ótimo.

A estrutura da ONU (Organização das Nações Unidas) contém organizações valiosas.

O que falta? Apoio real a tratados, convenções, disposição da Humanidade para viver em paz e proativamente.

 


 

A educação e a importância da compreensão do ser humano

 

Conhecer o que uma criança, jovem, adulto e a pessoa idosa podem ter em seu íntimo é fundamental para qualquer educador e até para grandes executivos.

Ao longo da vida tomamos decisões e assumimos atitudes que podem afetar positivamente nossa família, alunos, militantes, amigos e amigas e até as empresas que eventualmente tenhamos condições de governar.

A educação prepara o indivíduo para suas responsabilidades enquanto o processo escolar ensina e disciplina seres humanos em processos coletivos.

A família tem o desafio de educar e isso, infelizmente, acontece intuitivamente na maioria dos casos.

Com certeza não faz sentido padronizar a construção de seres humanos mas preparar para a vida e seus desafios.

Felizmente temos visões singulares de tudo o que nos ensinam.

Nascemos com heranças genéticas e alguns softwares gravados em nossas memórias, talvez muito mais. O que importa é a necessidade de correção de tudo o que somos ao nascer assim como o aprimoramento de boas índoles.

Apesar de muitos cuidados, acidentes, perda de apoios essenciais, simples incidentes podem e mudam a vida de qualquer pessoa.

Ou seja, durante a nossa existência construímos e somos afetados por tudo o que passamos.

O simplismo de abordagens idealistas é assustador e mostra desconhecimento da complexidade de nosso corpo e cérebro.

Para conter excessos a inúmeras culturas humanas criaram leis, julgamentos, torturas, prisões e formas de eliminação das pessoas que julgavam e entendiam como perigosas.

Na evolução vieram os presídios, métodos diferentes de punição e pena de morte.

É até interessante ver propostas educacionais milagreiras...

O conceito de culpa, crime e castigo é uma necessidade gerencial das nações. Não faz sentido quando entramos a fundo nas razões que levaram a criança a ser santa ou fera.

A responsabilidade dos pais, da sociedade, da humanidade é imensa.

É bom lembrar os efeitos de heróis míticos no comportamento de nações que se orgulham de passados violentos e lendários.

O nazifascismo e a lógica de todos os países que aderiram entusiasticamente às crenças desenvolvidas nos países do Eixo ilustram bem, sem necessidade de maiores demonstrações, a tremenda alienação e capacidade de agressividade de povos que pareciam melhores.

O protagonismo dos países imperialistas assusta até hoje...

O que ensinar? Como aprender? Além dos livros de história bons romances devem ser lidos, analisados, discutidos em qualquer ambiente preocupado com o futuro do “homo sapiens sapiens”.

Livros tais como “O Senhor das Moscas” (Golding) que romanceia crianças que se tornam cruéis, “Conversa no Catedral” (Llosa) que conta a provável vida de uma família poderosa, “O Cemitério de Praga” (ECO) e livros técnicos de Freud e Jung sempre atualíssimos devem ser matéria obrigatória para todos nós, mais ainda em tempos de pandemia e pandemônios políticos e pesadelos sociais. 

O vandalismo é um exemplo da estupidez humana. A disposição para simplesmente fazer o que é ruim é uma patologia comportamental que merece reflexões.

Felizmente bons canais educativos e de registro histórico apresentam programas e documentários importantíssimos.

Com certeza tudo é afetado pela conveniência dos editores, mas assim é a vida. Não seremos isentos nunca.

O fundamental é a tolerância, a autodeterminação dos povos, a lógica da liberdade, fraternidade e igualdade.

 


 

Uma responsabilidade essencial – ensinar a pensar

 

Ao longo da vida percebemos as diferenças entre pessoas que sabem pensar e outras que simplesmente agem de acordo com seus instintos. Entre esses dois limites a compreensão do que a educação, os bons exemplos, paradigmas sadios , inteligência e cultura podem revelar.

Quando nascemos somos papéis em branco. Talvez alguns absolutamente refratários a qualquer educação. Na maioria absoluta das vezes poderemos escrever qualquer coisa nesses objetos de registro da atuação social, acima de tudo. De poesias a palavrões as bases de transmissão de educação são as inteligências de nossos filhos aprendizes assim como de subordinados em qualquer condição.

Podemos imaginar, observando padrões de comunicação o que foi a infância e juventude de qualquer cidadão.

Com certeza a família é decisiva, o início da vida.

A diferença estará no ambiente familiar, educação, convivências, escolas e até nos efeitos de traumas imprevisíveis.

Devemos, precisamos compreender a responsabilidade de pais, amizades, escolas, religiões etc. Tudo coloca tijolinhos na cabeça das crianças e dos jovens.

A qualidade dos construtores será essencial assim como o ambiente social em que vivermos.

É fácil, por exemplo, notar a cultura adquirida em espaços urbanos diferentes. Dos sotaques e vãos vícios sociais carregamos carimbos notáveis.

Saber educar, cuidar da educação, mostrar qualidades positivas é fundamental á felicidade e ao sucesso dos filhos e alunos.

Ensinar é algo muito diferente do que educar. Ensinamos a usar martelos assim como educamos para sentimentos e atitudes.

A sobrevivência digna e nossos descendentes será a recompensa desse esforço.

É essencial também a compreensão de que não existem duas pessoas iguais.

É comum ouvir de pais frustrados a expressão “..., mas receberam a mesma educação” como se isso justificasse a miopia do processo educacional familiar.

Nesse século 21 a especialização cresce exponencialmente viabilizando inúmeros métodos didáticos de orientação aos pais e mestres.

Hoje podemos até cuidar da saúde via internet, redes sociais, portais. Há poucas dezenas de anos o mundo era outro.

No século passado, em tempos sem internet, um livro que foi um apoio inestimável a todas as famílias preocupadas em cuidar, medicar e educar seus filhos, quando, por exemplo, o Dr. Delalamare[76] (Sociedade Brasileira de Pediatria) dizia que as crianças e os jovens têm sucessivamente um ano bom e um ano ruim. Ou seja, podíamos entender melhor a rebeldia da prole.

Com certeza saber educar é um desafio muito grande quando as famílias se desmancham, mas o que também acontece em lares aparentemente bem estabelecidos?

No mundo moderno a família compete com as programações da mídia comercial. Sistemas nacionais e até internacionais podem afetar tremendamente a vida de todos nós, quanto mais os jovens cheios de hormônios e querendo viver a juventude em bares, raves, baladas etc.

As drogas mais a mídia formam um coquetel mortal que pais responsáveis precisam cuidar permanentemente.

Educar, um verbo transitivo direto na alma de pessoas responsáveis.

 

 

O desafio pessoal de nascer, crescer, viver e envelhecer

 

Nada é mais íntimo do que sentir a redução de qualidades e competências e querer ou não aceitar limitações. O drama ou aventura de somar mais e mais anos de vida pode ser fascinante se antes tenhamos feito coisas de que nos orgulhamos e possamos perceber que nossas boas qualidades afetaram positivamente aqueles que dependeriam de nossas oportunidades em família, de trabalhos e presença na sociedade.

Essa aventura começa logo que aprendemos estar no seio de uma família ou, infelizmente, não raramente, em ambientes degradados.

Especialistas ensinaram muito e nós, aprendemos muito com nossos pais.

Refletimos seus traumas, vícios e virtudes.

A ciência mostra e desenvolve conhecimentos na cabeça de nossos cientistas. Ciências extremante complexas e avançadas em relação a daquelas de poucas décadas passadas.

O conhecimento humano chegou a um ponto de impossibilidade de domínio por uma pessoa. Os gênios do passado seriam mais alguns na galeria atual de pessoas extremamente cultas e inteligentes, mas agora incapazes de acumular todos os conhecimentos de milhões de pesquisadores. Essa fragilidade demonstra a insanidade dos fanatismos e o perigo das certezas...

Grandes centros de pesquisas montam bancos de dados e sistemas de processamento e análise poderosíssimos.

Um exemplo é a atual pandemia de coronavírus 19 e a mobilização mundial para contê-la e minimizá-la com vacinas e remédios.

Graças aos sistemas atuais de informação, comunicação, processamento desses conhecimentos, universalização e aprendizado, ensaios, pesquisas etc. temos esperanças de superar esse pesadelo com mínimos prejuízos que seriam incalculáveis noutras condições.

Na contramão disso tudo sentimos os efeitos das vaidades e ambições pessoais de grandes líderes, desesperados para lucrarem dom a desgraça alheia.

Com certeza raras pessoas sabem, preparam-se e entram na terceira idade conscientes do que deverão enfrentar. A ignorância tem muitas razões, mas os efeitos são tristes quando a visão do futuro foi opaca.

De modo geral negamos a degradação física, intelectual e sensorial que a longevidade traz. Com certeza alguns, graças a facilidades de vidas tranquilas e saudáveis possam até zombar da idade. O que é líquido e certo é que a vida tem limites, ainda que talvez como etapa de um crescimento maior.

Uma característica negativa é a passividade e o fatalismo. Gente que desconhece seus direitos ou não adquiriu habilidades para cobrar soluções sofre silenciosamente.

Nossos jovens precisam ser educados para a militância política e social, saber agir proativamente, no mínimo terão do que se orgulhar adiante.

No cenário político seres humanos cultos ou simplesmente mais inteligentes ainda vivos após ditaduras aprenderam a calar. Repressões e perdas de amigos e amigas nas lutas contra ditaduras ainda pesam na memória de muitos (De perto e de dentro: a Era Varrgas vista através dos Livros de Tombo da ParóquiaSanto Inácio de Loyola de Lajeado, 2010), (Palavras que resistem), (História da Republica Brasileira Nasce a República 1888-1894 (24 Vols)), Vida e obra de Hélio Silva (livre, Wikipédia - a enciclopédia), (DO TABU A AMNÉSIA: A ORGANIZAÇÃO DA DITADURA MILITAR BRASILEIRA – ROMPENDO SILÊNCIOS, REVELANDO INFORMAÇÕES), (Elio Gaspari) e muito mais à disposição dos estudiosos de uma República positivista que começou muito mal.

Em Itajubá conhecemos e fizemos amizades com jovens idealistas de todas as cores, alguns estão entre os mortos e desaparecidos no Araguaia (OPERAÇÃO ARAGUAIA -Os arquivos secretos da guerrilha). Valeu a pena?

Existe literatura e recordar é sofrer. Bons documentários mostram detalhes assustadores.

Muito mais aconteceu e ao final a implantação de uma república sindicalista que apodreceu e viabilizou a vitória de uma liderança oportunista e ignorante, algo que pesa demais nesse ano de 2021.

Na pandemia COVID isso tem sido uma tragédia pois nossos dirigentes menosprezam as dificuldades do cidadão comum.

E na vida diária o suplício do desrespeito à pessoa idosa. Temos o direito de reclamar? Quem educou aqueles que nos sucederam?

As barreiras que vão aparecendo são tantas que ela se isola e quando sai encontra dificuldades cada vez maiores para tudo o que faz e precisa.

Mobilidade urbana hostil, mercados confusos, produtos e embalagens valorizando o marketing em detrimento das explicações necessárias, sinalização padrão e ruim, comunicação pior...  o que fazer?

Note-se que o COVID 19 é especialmente perigoso para as pessoas idosas, fumantes, diabéticas, cardíacas e com outras morbidades ou vícios. Assim os números assustam.

Com certeza à medida que os recursos de tratamento avançam para atender multidões de pessoas infectadas as mortes diminuem, mas os traumas serão decisivos na redução da expectativa de vida e felicidade.

Estranhamente muitas autoridades menosprezam cuidados essenciais, serão pessoas alienígenas.

Estamos passando por momentos tristes em todos os sentidos. Quem envelheceu sente-se mais isolado do que nunca e com o espectro da doença que pode matar de muitas maneiras.

Precisamos, contudo, resistir para poder voltar a conviver com as pessoas que amamos.

Sentimos, entretanto, o pesadelo daqueles que não têm as facilidades regulares da classe média, por exemplo. Muitos, em seus casebres, só esperam ter adquirido imunidades ao longo da vida, afinal, que remédios terão?

Nossa geração dos anos quarenta passou por crises econômicas, ditaduras, pacotes econômicos, eleições duvidosas e variações incríveis de ambiente social, familiar e político.

O que dizer para nossos descendentes?

O que dizer para que sejam bem sucedidos, felizes?

O que aprendemos?

 


 

 

Prazeres culturais, esportivos e os vícios

Nosso envelhecimento

 

Precisamos viver com muito cuidado, escolhendo caminhos e referências de valor. Nesses tempos de redes sociais, portais, internet, sistemas de comunicação instantânea e mais e mais excelentes escritores, sociólogos, filósofos, cineastas, psicólogos e especialistas em tudo que pudermos imaginar aprender é infinitamente mais fácil onde a liberdade existe, se compararmos a cenários de algumas décadas passadas.

Podemos e devemos construir nossos códigos de ética sim, sem ingenuamente aceitar passivamente padrões e modelos externos.

Ética e coerência da pessoa idosa

Algo extremamente comum e desastroso é a falta de sintonia entre o comportamento real e os códigos de ética e a moral, juramentos, votos de todo tipo, diplomas, cursos etc...

Sem qualquer pudor as pessoas juram obedecer a determinados padrões morais e muitos códigos de ética nem sempre publicáveis para de imediato usarem os seus compromissos solenes de acordo com as piores conveniências pessoais.

A incoerência depõe contra as instituições que criam seus padrões éticos e em muitos casos, principalmente de empresas comerciais e industriais, revelam má fé que ilude seus clientes. Essa forma de agir já é evidente em muitos lugares invalidando a mídia pretendida, mas para pessoas ingênuas é um marketing maldoso eficaz.

Filmes educativos e reportagens independentes ou de boas emissoras mostram, para quem tem tempo de vê-las e gosto pelo aprendizado mais desenvolvido, situações incríveis, até romances já apareceram mostrando essa condição do ser humano.

As denúncias de corrupção no Brasil a partir da Operação Lava Jato e outras revelaram empresas que orgulhosamente mostravam compromissos morais fictícios, que desastre!

A falta de coerência natural do ser humano obrigou inúmeras religiões a criarem rituais complexos e punições terrenas a seus “fiéis”. O esforço de aprimoramento também gerou coisas tipo Inquisição...

O ser humano (Homo sapiens sapiens), insistimos nessa locução substantiva (qualificativa?), chegou ao “animal que pensa e sabe que pensa” após longo processo de desenvolvimento com explicações que dependem de crenças religiosas e científicas [(Homo sapiens), (Criacionismo). Etc.].   Seu comportamento de um animal eventualmente racional é compreensível, afinal ele procura sobreviver, crescer e dominar. A incoerência em si mais cedo ou tarde poderá ser conhecida, é o que vemos no desmascaramento de grandes organizações religiosas que durante séculos tiveram o respeito de seus rebanhos.

Não devemos assumir a posição de juízes de um tribunal tão complexo quanto o da moral e virtudes humanas, mas é importante procurar padrões que nos deixem felizes e em paz com a nossa consciência. Julgamentos e punições materiais são objeto do Poder Judiciário e seus instrumentos de castigo. Onde temos religiões de Estado com até polícias para fiscalização de comportamentos, roupas, bebidas, comidas etc.  e aplicação de castigos eventualmente brutais podemos avaliar o que é ditadura, fanatismo, conservadorismo. Onde a liberdade existe, podemos errar ou acertar intuitivamente ou com os melhores propósitos, aprendendo e evoluindo.

Regimes ditatoriais moralistas (geralmente usando ideologias como desculpa), a pior espécie de ditadura, seguem ou impõem a vontade de lideranças frequentemente absurdas, mas muito bem protegidas por exércitos formais, puros mercenários, pois é difícil de acreditar que sistemas judiciários e militares sejam tão primitivos quanto seus idolatrados chefes.

Nesse sentido os livros com os ensinamentos pensamentos de Michel Foucault  (Michel Foucault, 2021) são muito bons, pois esse filósofo/jornalista/pesquisador procurou acima de tudo a verdade da existência, ainda que quase propusesse a honestidade intelectual como um processo religioso, radical. O resgate da escola Cínica e em especial de Diógenes Dion é um atrevimento sadio num mundo mais e mais alienado. Aliás, é interessante notar que nossa civilização migra da hipocrisia para o pragmatismo. Isso, contudo, tem um tremendo custo. A alternativa pode ser a proposta Luc Ferry em (Aprender a Viver - Filosofia para os novos tempos), principalmente se entendermos que raramente seremos capazes de mudar a essência de nossos sentimentos, inclusive a nós mesmos.

A aceitação da desonestidade é quase uma virtude nesse mundo poluído acima de tudo por pessoas de má fé, extremamente vaidosas, alienadas, mercenárias...

Procure conversar com estelionatários refinados e sentirá a elegância adequada ao momento. Pessoas desavisadas serão reféns de boas maneiras e vinhos melhores, mais ainda se tiverem lugares de isolamento e lazer esplendoroso. A arma da sedução é semelhante à sexual.

Num país em desenvolvimento material e cultural as fragilidades são imensas.

Aliás um diretor de uma multinacional disse-nos há muitos anos passados que no Brasil comprava-se a lealdade de pessoas estratégicas com uma garrafa de Whisky.

A postura incoerente pode ser ridícula.

Noutro momento ouvimos a frase de um representante de uma multinacional de informática extremamente preocupado com a forma de comer, o tipo dos alimentos etc., falando da corrupção ele simplesmente disse “corrupção é uma forma de negócio” ...

É até divertido perceber que muitos se ofendiam se não queríamos entender a importância da camaradagem a qualquer custo.

Um colega de escola, nome de uma termelétrica, saiu irritado de um almoço porque sentiu que o custo do tempo e viagem não valiam a pena.

Processos e métodos de venda podem ser inerentemente suspeitos quando destacam ganhos excepcionais para o vendedor, esquecendo o cliente.

Denunciar? Procuramos muitos caminhos, o máximo que conseguimos foi uma reprimenda. Eventualmente registros inúteis.

Diante de tudo vemos extasiados os efeitos da Delação Premiada (Brasil) e da Operação Lava Jato.

Isso, contudo, demandava um conjunto harmonioso e multidisciplinar de pessoas de extrema honestidade, coragem e competência. Agora nós, brasileiros, as temos.

 Precisamos de honestidade e só com muita coragem e capacidade de eliminar gradativamente comportamentos que denominamos de corrupção[1] e submissão a interesses brutais de elites poderosas poderemos construir um mundo melhor e sustentável.

Os interesses em torno das lógicas radicais capitalistas e liberais (exploração sem limites do ser humano mais esperto sobre o menos capaz) podem destruir a Humanidade, apesar de terem sido parte da evolução e criação de soluções. O imperialismo explícito mostra até onde grandes nações foram e vão na ânsia de poder, prestígio, lucros, defesa de seus interesses, missionarismo etc.

Agora é tempo de repensar tudo, se quisermos passar o século 21 com sucesso e evolução de todos os sobreviventes.

A Ética Universal, algo que um dia talvez tenhamos consensualmente, não poderá ser submetida a contingências oportunistas. Poderemos ter padrões orais adequados a ambientes diferentes, mas a ética só pode ser única, à medida que vier a ser produto da razão subordinada a uma visão metafísica da Verdade.

É doloroso constatar que na política, comércio, no exercício da Engenharia, Medicina, Administração etc. encontramos pessoas dizendo isso e fazendo aquilo.

As contradições chegam a limites perigosos quando empresas, partidos e relações políticas, públicas e, ou privadas impõem (O QUE É UM CÓDIGO DE ÉTICA?) códigos de ética explícitos ou discretos (até secretos) contrariando a crença comum geradora do que poderíamos qualificar como inegociável diante de leis maiores, tais como a Constituição Federal e estatutos aprovados universalmente, mais ainda, a crença em Deus.

Entre mafiosos de toda espécie códigos comportamentais, éticas criminosas estabelecem lealdades a qualquer custo.

A ONU/UNESCO, aproveitando um período de excepcional “bondade”, tem criado estatutos, leis e padrões de alto nível moral. São orientações de altíssimo nível ético, se entendermos o que se formou a partir de grandes e bons filósofos e profetas como sendo uma base moral realmente justa e necessária.

O amadurecimento da Humanidade viabiliza novas propostas, como, por exemplo, Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - ODS (ONU). As pessoas idosas podem evoluir muito a partir de seus conhecimentos e compreender com mais profundidade a importância da Sustentabilidade da qual serão favorecidas se a participação ampla da sociedade avançar.

 


 

As crianças, os jovens, os adultos e as pessoas idosas

 

A família é a principal base de formação de caráter e vocações de qualquer pessoa. Quando pensamos em Ética devemos de imediato e prioritariamente pensar nos efeitos de nossos padrões de comportamento na cabeça de nossos filhos, que serão radicalmente afetados pelos seus pais. Construir e manter um ambiente familiar saudável é sinal de respeito e amor aos filhos, o resto é ridiculamente pouco eficaz.

Um absurdo comum e trágico é a inconsciência de mães e pais em torno de suas responsabilidades. As crianças aprendem vendo, ouvindo, sentido seus familiares. Os exemplos criam comportamentos, muito mais do que palavras formais e chavões clássicos.

A alienação é visível de diversas formas, os resultados vão aparecendo ao longo da vida. É fácil perceber e até avaliar os filhos pelos efeitos na ordem cronológica de nascimento. Tudo exige um processo de paternidade e maternidade responsáveis. Crianças não podem ser tratadas como se fossem brinquedos à disposição dos pais, pior ainda, seres intrusos em casas ricas ou pobres, mas frias e desumanas.

Com certeza cada ser humano é único, mas todos trazem em si cargas genéticas e softwares embutidos em sua cabeça desde o nascimento. O processo natural é tal que a diversidade é provocada desde a concepção e a facilidade de produção contínua de milhões de espermatozoides a partir dos machos. Prever combinações é impossível diante dessa dinâmica reprodutiva.

Se a formação inicial do ser humano é alheia a planos familiares, a educação não o é, ao contrário, é decisão dos responsáveis pelas crianças (família, sociedade, governo).

As crianças existem a partir da vontade dos seus pais e não o contrário. A geração de filhos significa o comprometimento integral em relação à vida de pessoas que serão o que seus pais quiserem, evidentemente com todas as singularidades que a Natureza esconde e os efeitos de acidentes, incidentes, amizades, escolas etc. proporcionam.

Compete à família orientar, dar exemplos, mostrar caminhos, acima de tudo: EDUCAR.

Frequentemente alheios às vontades familiares outras lideranças aparecem subvertendo completamente os ensinamentos familiares. Especialistas em engajamento político, religioso e até esportivo facilmente cooptam as crianças e principalmente os jovens para causas eventualmente prejudiciais a esses futuros adultos.

Podemos ver nos noticiários o resultado de pregadores alucinados e criminosos, formando batalhões de jovens assassinos. Essa sempre foi a realidade em todos os povos, algo primitivo que ainda pesa na mente universal humana.

A vigilância dos pais e mestres mais saudáveis é essencial para se evitar fanatismos mortais ou simplesmente mediocrizantes.

Estamos em tempos de mudanças aceleradas, todos os cuidados são poucos diante de influências que aparecem de diversas maneiras dentro do lar, quanto mais nas ruas e escolas da vida.

Podemos e devemos cobrar responsabilidades, de quem?

Os desafios de sobrevivência mudam constantemente, será que todos estão conscientes de suas responsabilidades? Os tempos estáveis não existem mais, se é que em alguma época duraram muito. A Humanidade sempre viveu em guerras e conflitos locais, tribais, nacionais, coloniais, etc.

O processo educacional deve ser atento às muitas fases da vida, mas pode educar mal pessoas que esquecem, a partir de uma formação equivocada, o que é ser adulto, ter responsabilidades e disposição para trabalhar, cuidar dos filhos, viver em sociedade, ou seja, continuar a missão de existir.

Teorias e consultores normalmente procuram focar padrões nem sempre realistas. “Especialistas” ganham notoriedade e dinheiro inventando fórmulas mágicas. A intuição pode valer muito mais do que a leitura de uma biblioteca especializada.

Com certeza a humanidade ainda precisa avançar muito no conhecimento da mente humana e nos processos educacionais. Felizmente a cultura universal se enriquece diariamente e sabendo pesquisar poderemos descobrir preciosidades inacessíveis há poucos anos graças ao potencial da WEB (World Wide Web). Ainda recentemente pudemos ver preciosidades entre as quais podemos destacar uma entrevista com o genial Dr. Carl Jung (C. Jung) que simplesmente resumiu muito do que acreditamos. Lamentavelmente muitos filmes que colecionamos em blogs acabam sendo excluídos pelos donos do direito de exposição, o capitalismo intelectual é a pior forma de exploração do conhecimento humano...

A vida se desenvolve em etapas, do bebê ao idoso passamos por períodos com relativa estabilidade psicológica e intelectual. Com certeza é na puberdade que explodimos por efeito de glândulas e desafios monumentais. As transformações são enormes e podem neutralizar anos e anos de convivência em família, pois nessa época, além dos hormônios aparecem os pregadores, os missioneiros que pretendem aumentar seus rebanhos, custe o que custar, isso sem falar nas turminhas de amigos e inimigos que marcam essa fase da vida.

Países tão atrasados quanto o Brasil oferece um cenário desolador para os jovens de famílias sem muitos recursos. O Ensino Fundamental[1] é precário e as ruas o espaço de cooptação do crime organizado. Lamentavelmente ainda estamos na cultura maniqueísta e pouco sensível à importância da Educação, lideranças nacionais preferem a violência policial.

Os educadores, por sua vez, precisam ter cuidados especiais e capacidade de compreender suas próprias fragilidades, convicções e vontades. O jovem é alvo perigosamente fácil de extremistas de qualquer espécie e quando adulto poderá ser o que lhe for ensinado nesse período de imaturidade, inexperiência, de falta de malícia de um mundo que se fosse tão bom quanto cada povo acredita ser não teria mostrado tantas monstruosidades nesses últimos tempos.

Do jovem para o adulto precisamos ensinar a pensar, a ter raciocínio crítico e capacidade de formar uma visão ética que lhe seja necessária para sobreviver com felicidade e vida saudável.

Os mais velhos normalmente têm padrões consolidados em tempos remotos e absolutamente anacrônicos em relação ao que as crianças, jovens e futuros adultos enfrentarão.

Obviamente existe a ética religiosa, que ensina a submissão total a figurino milenares e promete recompensas eternas após a morte.

Quantos jovens desperdiçam sua época de amadurecimento em salas fechadas decorando bíblias...

O terceiro milênio da era cristã poderá e deverá trazer desafios imensos.

A Humanidade estará preparada para enfrentá-los? Educamos nossos descendentes para resistir e sobreviver?

A proposição de um modelo ético inteligente e ajustado a esse mundo absolutamente novo é fundamental e se resume em poucas palavras: fraternidade, liberdade preparação para aproveitamento de oportunidades sadias.

Lamentavelmente descobrimos adultos chorando limitações que não existem a quem está disposto a trabalhar, estudar, enfrentar as dificuldades da vida. Com certeza todos carregam suas limitações que devem ser vistas como desafios a serem superados.

É gratificante lembrar quando envelhecemos as barreiras que enfrentamos e vencemos. Ser fraco é uma opção de vida, não uma condição limitante. A força está na teimosia, na determinação, na coragem de suportar até humilhações, mas ir em frente.

Viver é subir montanhas, para isso devemos ter nosso catecismo pessoal, singular, atento ao que queremos e devemos fazer.


 

As festas de final de ano e as férias

 

Principalmente em nossa infância e juventude nossa família teve momentos e períodos que nos encantaram, eu e minha irmã, a Sônia Maria.

Brinquedos e brincadeiras [77]daquela época estão na memória, hoje é nos shoppings e portais que as crianças decidem o que vão ganhar.

Nas comunidades pobres o Natal talvez ainda seja assim quando festejado ou oferecido por alguma ONG.

Nada mais misterioso do que os dias de Natal[78]. Rezar não rezávamos, o menino Jesus era festejado na missa do dia 25 que minha mãe não perdia e levava a gente vestido com as melhores roupinhas.

O Dia 25 era quando realmente curtíamos os brinquedos inesperados, naquela época as crianças não mandavam nos pais, mostrando para os amiguinhos e amiguinhas o que tínhamos recebido. Alguns brinquedos duravam pouco, demoramos a usar de forma adequada o pião de lata[79] e tinha um êmbolo que cantava, zumbia quando devidamente acionado. As bonecas da minha irmã ou eram de pano, louça ou boneca com cabeça de louça. quando quebrava a choradeira dela era sonora. O Tutuca durou muitos anos e uma de pano acabei convencendo-a a me deixar usá-la como algo de tiro ao alvo com fundas, estilingues etc. Coitada, sofria comigo.

Ano novo, férias, destino: Laguna ou Florianópolis. Que maravilha reencontrar primos e primas e passar o tempo brincando. Chato mesmo era a viagem, estrada de terra e os ônibus da época quando as malas iam em cima do ônibus, num cercadinho e amaradas. eu enjoava e a mãe custou a me ensinar a enfrentar esse suplício. De Florianópolis para Laguna[80] a distração era olhar o Campeche onde um acidente de avião matara pessoas ilustres de Imbituva e Laguna. A visão das praias quando o monstrinho denominado ônibus atingia o topo era fantástica.

 


 

 

Lembranças divertidas das crianças

 

A Tati um dia perguntou para minha esposa se ela era do tempo dos dinossauros.

A Eliana questionou a mãe sobre as cores, tudo seria em preto e branco?

O primeiro cachorrinho que comprei assustou as meninas que subiram no sofá e começaram a gritar de medo da fera de meio quilo.

Dia de comoção na Rua foi quando os meninos se reuniram em nossa casa para apresentar seus bichinhos de estimação. O Caio mostrou um coelhinho que amava e nhac, o cachorro de um coleguinha mastigou o bichinho.

Um dia a Eli já mocinha chegou feliz em casa mostrando o que ela tinha pegado na esquina. A mãe se assustou e a Eli mais ainda pois era um despacho...

A primeira vez que a Tati chegou dirigindo seu carro (ou nosso) ela me acenou e subiu no meio fio, ou quase...

O desafio era sair no horário para as aulas, que sufoco.

Nos playgrounds era preciso revezamento para poder acompanhar as ferinhas.

Difícil era pedir para a Eli parar.

Eli, vamos comer uma coisinha?

O caderno das lições da Tati era cheio de pequenos desenhos nas margens...

Patinar no gelo ou com patins era a paixão da Tati.

Tati era e é artista.

Caio fanático pelo basquete, tendo até participado da seleção de Santa Catarina para campeonato nacional PcD.

A Eliana atleta nata. Ganhou medalhas em natação e handebol.

Era ótimo ver o sucesso dos filhos.

 


 

 

Assim nascemos

 

Nascemos e crescemos na rotina da vida infantil e juvenil sabendo que seremos adultos, sempre mais fortes e completos. E quando envelhecemos? Com certeza ninguém duvida da perda gradativa dos atributos do adulto saudável que talvez tenhamos sido, mas isso é fácil?

Os problemas começam pelos riscos do aparecimento de doenças graves, sequelas de acidentes, vícios e até hereditariedade. A rotina eventualmente dura da existência distrai e nos deixa despreparados (inclusive financeiramente) para os tratamentos demorados, caros e talvez inúteis. Precisamos saber, mas a questão é onde, como, quando, quanto podermos gastar, quem consultar, acreditar em quê?

Soluções aparecem exponencialmente, principalmente para aqueles que vivem próximos a centros médicos e se prepararam para essa fase da vida. Planos de Saúde, Previdência, orientações adequadas e até o apoio da família são importantíssimos nessa fase da vida.

Lamentavelmente a sociedade política não é coerente e assim sempre estaremos expostos a surpresas. Pior ainda serão as tragédias, acidentes, epidemias imprevisíveis, cataclismos etc.

A Natureza é soberana e os políticos suficientemente voláteis para sempre saberem nos enganar.

Diariamente podermos saber de episódios dantescos afetando a vida da humanidade, nesse contexto os mais afetados são normalmente pessoas fragilizadas, com deficiência(s), ignorantes do que possa acontecer e fazer.

Em termos de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo os problemas são absurdamente severos em países subdesenvolvidos.

Se a Medicina é um desafio, as ciências consideradas “exatas” podemos e matam, agravam deficiências, humilham as pessoas idosas, gente que até pode ter sido responsável pelas decisões macabras.

Materializando detalhes e padrões temos as normas técncias, um instrumento que deveria ter força de lei. Leis existem em profusão assim como estatutos, cartilhas e até cursos. No Brasil falta, contudo, a atuação enérgica do Poder Judiciário e seus instrumentos de apoio.

É importante lembrar que a quantidade de pessoas poderosas em condições de fazer e obter a excelência do mundo aumenta constantemente, deixando aos deserdados as migalhas de seus caprichos.

Maldosamente até as desgraças dão lucro...

No Brasil estamos pagando um preço elevadíssimo por efeito de vícios crônicos e comportamentos criminosos. A corrupção, a omissão, o medo de falar, o egoísmo exagerado, ambições ilimitadas e muito mais formaram uma poção venenosa capaz de permitir ambientes e situações impossíveis de vida tranquila, principalmente para as pessoas idosas.

Devemos e podemos pensar e colocar propostas para cada fator de agravamento da vida humana em nossa terra, um país que deveria ser rico e saudável.

Exemplos?

A má Engenharia tem causado tragédia inacreditáveis como as aquelas que aconteceram em Minas Gerais, onde Brumadinho foi o modelo perfeito da gerência mafiosa incompetência técnica. Foram necessárias diversas desgraças para que agências reguladoras, ministérios públicos e tribunais reagissem, ainda que tardiamente.

É importante lembrar que obras malfeitas podem levar dezenas de anos para se desmancharem ou caírem imediatamente, tudo será consequência de situações circunstanciais e dos erros cometidos.

 Nesses últimos anos o crime organizado cresceu, temos regiões sob controle de milícias e quadrilhas. O número de assassinatos assusta além daqueles que se tornaram pessoas com deficiência por efeito de tiroteios. Lamentavelmente no Brasil não aplicamos a pena de morte e paralelamente falta dinheiro para creches, escolas, hospitais e, obviamente, penitenciárias de segurança máxima.

Precisamos de soluções emergenciais e as eleições de 2018 mostraram que nosso povo quer desesperadamente mudanças. Mudanças que parecem frustradas...

Naturalmente projetos de médio e longo prazo deverão considerar seriamente a presença das pessoas idosas, mais e mais numerosas e despreparadas para os desafios do século 21.

Nisso tudo a atuação do Poder judiciário será decisiva, mais ainda se os processos forem ágeis e consequentes, justiça lenta é lenda.

Algo assustador é perceber que a Humanidade reage à mídia esquecendo seus efeitos sobre as pessoas idosas que custam caro e parece perderem prioridade.

O pesadelo das mudanças climáticas aparece com violência e até essa questão desliza em demagogias e conveniências discretas, ocultas, maldosas.

 

Temos uma longa sequência de temas para ações a favor de nossas vidas ao envelhecer.

 

Podemos, pois elencar:

 

1.                    Comportamento da pessoa idosa

2.                    Inclusão e segurança

3.                    Saúde

4.                    Segurança – atitudes

5.                    Limiares – autocrítica

6.                    Sistemas de apoio e segurança

7.                    Urbanismo

8.                    Arquitetura

9.                    Designem

10.                   Moda

11.                   Atendimentos emergenciais

12.                   Residência

13.                   Lazer

14.                   Legislação

15.                   Previdência

16.                   Relacionamento familiar

17.                   Especialistas

18.                   Asilos

19.                   Etc.

Vamos procurar tratar cada assunto na condição de auto didata, pessoa que vive o desafio de viver com 75 anos, deficiência sensorial e tratamentos cardiológicos e contra o câncer.

 


 

 

 

O Comportamento da pessoa idosa

 

Acima de tudo o que realmente incomoda e prejudica é a aceitação de “ser pessoa idosa”. Isso constrange principalmente quando a vaidade é imperativa e pode ser motivo de acidentes, doenças, lesões, enfim, do agravamento ou redução da expectativa de vida.

Precisamos, portanto, ter consciência de que a “terceira idade” é o período em que reduziremos gradativamente nossas habilidades, potenciais e vitalidade. É importante ter orientações profissionais e ser habilíssimo na autocrítica, o que é muito raro.

A incapacidade de autocrítica sadia é o principal pesadelo no relacionamento entre amigos e amigas assim como fator de risco de acidentes.

Com facilidade tornamo-nos ranzinzas, arredios. O isolamento pode dizer muito, bons psicólogos sabem cuidar dessa condição humana. O que é uma doença poderá criar inúmeros desafetos antes de ser objeto de atenção objetiva. É extremamente desagradável sentir que erramos, muitas vezes ofendendo amigos de muitos anos.

Devemos criar hábitos de convivência seletivos, sob o preço de sofrermuito quando os amigos e amigas falecem ou simplesmente adoecem antes da gente. É triste, mas viver muito significa perder amigos e amigas, parentes, pessoas que admiramos...

Mais cedo que todos nossos pais nos deixam. A lei da Natureza é essa e assim deve ser entendida. Seria extremamente trágico se as pessoas não resistissem à morte de entes queridos. A renovação da vida é um processo fantástico quando amamos as crianças, cuidamos delas, educamos, zelamos pelo futuro dessas sementes que podem vir a ser maravilhosas.

Sempre é bom notar que as cidades brasileiras mal consideram as dificuldades da pessoa idosa, pior ainda, em nosso país criamos o império dos motoristas e de pilotos e usuários de outros veículos. Sentimos duramente que urbanistas não se interessam com as limitações das pessoas fragilizadas, a prioridade é, geralmente, estética.

Nossos artistas urbanos ganham fama pelo que produzem e agradam turistas. É interessante lembrar que agimos assim, viajamos para admirar o que é bonito, não importa para que tudo o que gostamos de ver foi feito, de que jeito e quanto custaram.

Nos capítulos que seguem seremos mais precisos, pois o comportamento de uma pessoa idosa é o resultado de tudo o que aconteceu com ela mais heranças clínicas, genéticas, culturais etc.

 


 

 

Inclusão e segurança

 

A aceitação da pessoa idosa em qualquer cenário social é um desafio que reflete o grau de desenvolvimento cultural e técnico de qualquer sociedade. O Brasil ainda é um país jovem e isso define a situação dos mais velhos, ainda um contingente minoritário, exceto, talvez, em balneários onde a população das pessoas aposentadas e envelhecidas cresce continuamente. Nesses lugares a infraestrutura tende a se aprimorar pois as pessoas mais velhas que para lá se mudam normalmente têm conduções e necessidade de muitos serviços.

Pessoalmente percebo a tremenda incapacidade das pessoas mais jovens e até de gente envelhecida (e saudável) na percepção das limitações possíveis de um idoso com deficiências. Sofrendo um processo acelerado de perdas sensoriais e até, mais lentamente, intelectuais.

Vivo o pesadelo da aceitação respeitosa até de pessoas amigas. É muito difícil para outros adultos entenderem de doenças que não têm, patologias raras. Explicações tornam-se inúteis quanto o(s) interlocutores também passam por dificuldades parecidas. A conversa termina com os amigos e amigas mudando de assunto rapidamente, escapando do esforço da compreensão e até da possibilidade de maiores e orientações recíprocas.

A inclusão da pessoa idosa pode ser precária e até agressiva quando a incompreensão é maior do que a tolerável.

Note-se que restrições não previstas deixam as pessoas deprimidas, irritadiças, desagradáveis. A surdez, por exemplo, induz o ser humano a falar mais alto. No sentido inverso os alertas para baixar a voz. Resultado: a conversa fica impossível.

Isso é, felizmente, superável com o tempo. Gradativamente nos ambientes mais amigos ganhamos espaços. Conversar é importante assim como o silêncio é de ouro.

Alguns casos são piores, pois não demonstram detalhes e a impressão de todos é a de que as limitações da PcD Idosa é culpa dela, afinal teria condições de resolver seus problemas.

Um exemplo clássico é a surdez, com inúmeras alternativas e composições intelectuais, clínicas etc.

A queixa de todos é a de que a pessoa com deficiência auditiva (Prevalência de deficiência auditiva referida e causas atribuídas: um estudo de base populacional, 2008) deve suar aparelhos de surdez. Lamentavelmente isso nem sempre funciona, principalmente em ambientes ruidosos. O ideal seria andar com microfones especiais e fones de ouvido, isso não seria ridículo?

Fazendo exames para avaliação tive a desagradabilíssima a conclusão da médica: eu não colaborei com ela. Precedendo esse momento triste, a procurar um especialista em tinnitus (Tinnitus and sound intolerance: evidence and experience of a Brazilian group, 2018) atendeu-me com incrível má vontade. Pessoalmente não entendera nada da reserva de horário e comentei (em voz alta, padrão surdez) que deveria existir algum equívoco. A doutora certamente ouviu e não gostou. Virei boneco com ouvidos nas mãos dela.

A perda de visão[81] também cria limitações graves quando não se enquadra em padrões clássicos, tão rentáveis àqueles que clinicam e vendem próteses.

Mais ainda, há poucos anos um estalo na cabeça foi seguido pipa perda significativa de habilidades sensoriais, ou seja, tive isquemia cerebral.

Tudo isso completou o suplício de um tratamento longo contra o câncer na próstata e problemas cardiovasculares por efeito de surtos de pressão alta e taquicardia, além da necessidade de implantação de um stent[82] com erros do processo de angioplastia.

Hoje digo à minha esposa que sou o João das Dores e tomando Proximax para não agredir ninguém...

Resumindo, nessa fase da vida perdemos o vigor, agilidade física e intelectual e capacidade sensorial, cognitiva[83], tudo isso agravado pela fragilização geral. Passamos a depender demais das autoridades planejadoras e decisórias. As limitações poderão condenar a pessoa idosa à solidão da autorreclusão.

A segurança piora muito, e pode ser de repente, após algum acidente ou agravamento da saúde. É assustador perceber que é perigoso até brigar. Passamos a depender de uma coleção de remédios que, por sua vez, causam outros problemas.

Isso tudo exige autocrítica, saber viver, não atrapalhar, procurar alegrias e formas de passar o tempo.

É até estranho, à medida que a vida se esgota parece-nos sobrar tempo...

A segurança é essencial para qualquer atividade. Qualquer descuido poderá custar caro, tenebrosamente as cidades em seus ambientes externos pioraram muito. A criminalidade, erros de urbanismo, manutenção inadequada, falta de percepção para aqueles que andam é grave.

Temos batalhado para que isso mude via LIONS, principalmente.


 

 

Exclusão inercial

 

Algo intrigante é perceber que até entre organizações dedicadas à defesa das pessoas com deficiência a ignorância das condições de acessibilidade e inclusão são desprezadas. Principalmente para PcD intelectual, auditivo e até visual não se prepara sistemas capazes de complementar a comunicação.

Apesar da tecnologia oferecer inúmeras oportunidades de comunicação e acesso até em instituições ricas que pretendem defender as PcD no Brasil não raciocinam em preparar ambientes, recursos de apoio, tradutores Libras, mídia digital etc., para a integração de todos aos cursos e debates que promovem. Isso por si só é extremamente constrangedor e explica a ausência desses ambientes de representantes de outras organizações de mobilização de Pessoa(s) com Deficiência(s).

Os idosos, por exemplo, que gradativamente vão perdendo acuidade sensorial e intelectual além de sofrerem com lesões e restrições motoras não existem.

No Brasil, até em eventos como a REATECH [(Cascaes, Problemas e soluções técnicas e comportamentais - a XI ReaTech), (ReaTech)] percebemos a alienação impressionante em relação a seus frequentadores.

Temos lideranças nacionais superadas que demoram a perceber a amplitude de suas bandeiras.

No Brasil vivemos um período de gravíssima pobreza comportamental, indigência técnica e outras coisas que preferimos não comentar.

A exclusão é a regra e todo o discurso parece acontecer ao gosto de lideranças institucionalizadas e alienadas, ou incompetentes.

Chegamos a situações absurdas como, por exemplo, representando uma instituição dedicada a pessoas com deficiência visual fomos impedidos de filmar para colocação em blog uma reunião de uma comissão dedicada às pessoas com deficiência(s) (Cascaes, O direito de registrar para informar).

Na área de Urbanismo o problema é gravíssimo.

Curitiba tem tradição e muitos de seus profissionais conquistaram seus diplomas nas escolas locais. Resultado, a idolatria em relação ao que foi realizado no meio do século passado até hoje. Existe uma resistência radical a ajustes que a cidade precisa fazer para garantir mobilidade, segurança e conforto a seus habitantes. Como os projetos são feitos internamente à Prefeitura não passam pelo crivo de concorrências cujos editais não poderiam omitir o respeito à legislação pertinente.

A execução de trabalhos internos evita a exposição e competição, sustentando diretrizes erradas.

Não podemos também desprezar certos vícios comportamentais, fruto, acima de tudo, da mídia promocional da cidade. Assim a vaidade e a empáfia de muitos profissionais espantam.

A evolução de tudo que deriva das primeiras teses em relação aos Direitos Humanos agora chega ao respeito universal, a todos os seres humanos, sendo essa a real e imensa prioridade humanística. Infelizmente outras teses funcionaram como contaminação de uma epidemia comportamental extremamente prejudicial a todos nós.

O imenso contingente de pessoas com deficiência e seus parentes e amigos e amigas precisam ter consciência de que não se pode fazer concessões em relação à dignidade humana, à inclusão e universalização de direitos e deveres. Devemos criteriosamente estabelecer espaços especiais e, também, mister dar exemplo de boa conduta.

Principalmente promotores de eventos dedicados à PcD, idosos, etc. precisam ser criteriosos na preparação de todos os recursos e condições de participação de pessoas que deles participam. É constrangedor fazer um grande esforço para não ter resultados...

 

Mobilidade urbana

 

Um dia, conversando com um amigo sobre a necessidade de atenção e seminários sobre acessibilidade, segurança, urbanismo, engenharia e saúde ele menosprezou a tese argumentando que a mãe dele, com quase noventa anos, não precisava disso tudo e, pois, praticava esporte e vivia tranquilas. Creio que esse foi o raciocínio exposto por esse amigo que respeito muito.

Recentemente soube que a esposa de Van Gogh  { (Morre aos 122 a mulher mais velha do mundo, 1997), (Os amores de Van Gogh, 2015)}.

Sou de famílias longevas e isso afetou muito a minha compreensão sobre os desafios das pessoas idosas, nem sempre aquinhoadas com uma vida tranquila, sem acidentes e doenças severas.

Longevidade depende muito de heranças genéticas.

Com certeza muito mais influi na duração da vida { (O segredo da longevidade segundo as percepções dos próprios longevos), (Minayo, SdiELO em Perspectiva - press releases, 2018)}.

Vivendo em Curitiba o tema Urbanismo e acessibilidade ganhou força.

A pessoa idosa enfrenta dificuldades imensas no Brasil pois a omissão dos urbanistas, legisladores e do Poder Judiciário viabiliza condições inseguras que, por si só, condenam os seres humanos fragilizados à reclusão e acidentes que teriam sido evitados se, por exemplo, a mídia dos automóveis viesse sempre com a tarja “dirija com cuidado”, “não mate e não morra etc.

Em muitos países as punições são severas contra motoristas irresponsáveis, no Brasil percebemos o contrário, até na facilitação da obtenção de CNHs.

Para começar precisamos de boas normas técnicas e nesse sentido os EUA são um excelente exemplo (US Standards pedestrian mobility).

 

 

 

 


 

 

Saúde – uma preocupação crescente

 

A Saúde leva a pensar na doença e suas causas (Manual de CUIDADOS PALIATIVOS, 2020).

No Brasil temos a opção do SUS e de inúmeros sistemas privados para quem pretende e puder manter planos de saúde. É importante?

Minha irmã inscreveu minha mãe no Saúde Bradesco[84], foi a nossa salvação. Ela precisou ser transportada para São Paulo e lá uma diária de UTI no hospital em que ficou equivalia a meu salário mensal.

No meu caso familiar a Fundação Copel de Previdência e Assistência mais o SUS e INSS têm sido importantíssimos.

Com certeza a saúde e causa e consequência da vida que escolhemos ter, ou melhor, daquela que herdamos e criamos.

Não escolhemos, recebemos por genética a principal base de nossa existência. Além disso a saúde física e mental será o que resultar de ambientes sociais, educativos, acidentes, tragédias, cuidados familiares, escolares etc.

Somos o que um coquetel de circunstâncias produziu.

Pessoalmente sei que tudo foi muito importante.

O fato é que agora vivo em tratamento constante e daí a necessidade de muitos medicamentos, exames, cuidados e recursos que felizmente tenho para me cuidar. Certamente é uma situação complicada, mais ainda por misturar remédios, reações, cenários imprevisíveis tais como a pandemia Covid.

Irritante é sentir que muito é feito sem consideração pelas necessidades das pessoas idosas, fragilizadas, com deficiência(s) e ainda daquelas mais pobres.

Temos instituições importantíssimas, mas ainda falta muito para a sociedade em geral saber respeitar as pessoas fragilizadas, entre elas aquelas que envelheceram.

Existe muito pouco a favor de quem envelhece, mais ainda lembrando que diariamente acordamos com limitações maiores. Arquitetos, projetistas de toda espécie, engenharia de segurança, defesa civil etc.  têm dificuldades de conciliar tantos conhecimentos e necessidades.

Pensar dói e mudar, evoluir, estudar e aprender é um ato desgastante para muitos profissionais.

No século 21 a humanidade adquire novos padrões físicos, intelectuais e mais doenças.

Meu caso é um bom exemplo, tratando de muitas doenças e com inúmeras sequelas de acidentes sofri nestes últimos três anos dezenas de quedas, batidas com a cabeça, torções etc. naturalmente com 75 anos já não tenho a capacidade de recuperação de algumas décadas passadas. O que noto, assim, é a importância de tudo o que frequento, uso, estou sujeito. Como me defender?

O fundamental, acima de tudo, é viver e fazer o que for possível. Não adianta nada ficar triste com o que acontece. A alegria é remédio.

Tenho cicatrizes e outras patologias que apareceram de diversas formas agravando substancialmente minha qualidade de vida, oque certamente é não muito raro em geral.

Tristemente a mídia do carro é esmagadora tonando infelizes aqueles que não os têm. Ao contrário do cigarro não temos leis e compromissos que eduquem pagas pelos fabricantes desses veículos que agora sofrem pressão dos ambientalistas.

E a partir de dezembro de 2019 surge o coronavírus.

Nossas autoridades nacionais e internacionais demoraram a reagir de forma eficaz a essa epidemia. As principais vítimas, pessoas idosas, debilitadas e crianças não entendiam o que acontecia...

Fazer o quê? Ficar deprimido?

Aprendi a ser palhaço, a brincar, a optar pelas piadas e comédias.

Minha esposa já em escutou dizendo inúmeras vezes que prefiro uma comédia ruim a um drama bom. Rir é saudável.[i]

 

 

Remédios – exames – cuidados

 

Um pesadelo com efeitos nem sempre evidentes é a necessidade de tomar medicamentos que criem sequelas e conflitos quando administrados juntos. Saber o que isso possa representar é importantíssimo para se evitar complicações e até condições fatais.

Pessoas com problemas cardiovasculares precisam de tratamentos permanentes e se outras doenças surgirem, o que evitar?

Sendo usuário de muitos medicamentos sinto a importância de saber como proceder.

Inúmeras vezes precisei avisar quem me atendia para problemas que não tinha até surgiram após e com o tratamento recomendado pelo especialista.

Imagino que essa questão é passível de pesquisas e aplicativos que salvarão vidas.

Devemos insistir em estudos físico – químicos.

E estamos em plena pandemia COVID. Isso complica tremendamente qualquer rotina de exames e medicações. A inflação preocupa até quem tem um bom plano de saúde. Será que poderemos pagar tudo o que necessitaremos?

O Brasil felizmente possui um bom sistema de saúde popular se compararmos nossa pátria com os EUA. A crise econômica e a necessidade de atender as pessoas contaminadas pelo Covid é um tremendo esforço que complica tudo.
As vacinas já existem.

O Coronavírus é criativo. Quando realmente estaremos livres dessa praga?

 

 


 

Segurança – atitudes - planejamento

 

 

De modo geral precisamos planejar ações de socorro. Em nossos bolsos e bolsas seria prudente levar listas de telefones e outros recursos de comunicação. Por exemplo: planos de saúde, seguro, amigos, hospitais, médicos, SOS ambulâncias, policiamento, bombeiros etc.

Felizmente recursos integrados a celulares oferecem tudo isso, mas eles são atualmente o primeiro objeto a ser roubado ou furtado. O ideal seruia algo semelhante dedicado exclusivamente à segurança.

Outra forma de segurança é prender objetos ao corpo, obrigando os bandidos a perderem tempo que rendo retirar da gente o que desejam.

No Rio de Janeiro alguns amigos me diziam para levar o dinheiro do ladrão. Assim rapidamente iriam embora.

Quem usa automóvel precisa pensar muito. Poderá estar simplesmente facilitando e atraindo bandidos piores, e um balaço se não mata cria sequelas terríveis.

Sempre sou alertado quando pretendo usar o transporte coletivo urbano mas os piores casos de roubo e acidentes aconteceram com meus familiares dirigindo automóveis ou simplesmente na condição de passageiros.

Nada é mais importante do que a consciência de nossas limitações. Precisamos reaprender a andar, vestir-se, tomar banho, viajar, falar, ouvir, viver em casa, se necessário trabalhar etc.

Normalmente não percebemos o que somos e o resultado pode ser uma coleção de acidentes reincidentes intermináveis,

Pessoalmente estou surpreso com a frequência de tombos, quase mensais. Além das quedas tornou-se rotina bater do a cabeça, derrubar coisas, esbarrar etc. falta consciência em geral e convicções sadias de nós por nossa vontade e vaidade.

Divirto-me pensando na roupa que deveríamos usar, mas a verdade é que, naturalmente, podemos e devemos vestir para chamar a atenção de motoristas e daqueles que podem-nos ajudar.

Lamentavelmente a violência cresce e se aprimora. Esse é um complicador tenebroso. Antes de sair de casa precisamos pensar muito nos roteiros, roupas e valores que transportaremos.

Qualquer descuido os bandidos aparecem que nem mel sobre açúcar.

De tudo teria histórias para contar, alguma hilariantes.

Tristemente os administradores públicos e legisladores não se preocupam com os pedestres. Esse não é um problema que sintam em sua plenitude. O político faz é usar veículos especiais com motoristas. Eles sabem o que é caminhar pela cidade? E se andarem geralmente serão acompanhados por seguranças e assessores...

Tudo isso mostra a situação das pessoas mais humildes, não têm proteção, sofrem todos os tipos de violência. É estarrecedor conhecedor e testemunha das mazelas do povo trabalhador é desumana. E dizemos que somos cristãos...

Basta comparar as festas. Gastar para auto bajulações, luxo, fantasias, uniformes, medalhas, honrarias é justo. Para as ações sociais, migalhas, brioches.

O Brasil tem exemplos escabrosos de omissão social. Pessoas com deficiência(s), adoentadas, crianças e todos que não fazem parte de nossas elites formais precisam enfrentar situações humilhantes, com certeza muito disso da cultura escravocrata, racista, cortesã e alienada que nossos ancestrais trouxeram de países que existiam nas piores condições. Os imigrantes miseráveis criaram riquezas a partir de lógicas antigas.


 

Limiares – autocrítica

 

Saber de si e quando desistir, parar, mudar, procurar outras condições de sobrevivência é o maior desafio do envelhecimento. Normalmente isso acontece em casos extremos quando alguma situação grave, doença ou perda sensível acontecer.

Precisamos evitar acidentes, doenças e vexames, essa é a forma ideal de se evitar incidentes e acidentes.

Decidi parar de dirigir automóvel quando notei que minhas limitações já eram insuportáveis. Nada impediu, contudo, que acidentes maiores tivessem acontecido. O pior é que os exames para renovação de licenças para motoristas são precários. A quantidade gigantesca de pessoas motorizadas inviabiliza testes maiores. Devemos ser nossos sensores.

Em casa os cuidados precisam ser redobrados. Elegemos e mobiliamos nossas residências em tempos mais favoráveis. Gradativamente tudo o que fizemos tende a ser no mínimo algo não otimizado para a velhice.

É importante entender que qualquer acidente poderá degradar muito a vida restante. A juventude passou, estamos sendo idosos, em condições de fragilidade crescente e passíveis de termos deficiências graves, assim como novas doenças.

A tecnologia vem a favor dos mais jovens que certamente terão maiores condições de sobreviver com dignidade. Tudo isso, contudo, depende do mundo em geral.

Consertar a Humanidade é impossível, mas, pelo menos em família e entre amigos poderemos fazer a diferença.

O essencial é acreditar na sinceridade, honestidade intelectual, atitudes pró ativas, senso crítico objetivo e eficaz.

E quais seriam os limiares importantes?

O ideal seria começar pela residência e ambiente de trabalho. Corrigir fatores de risco. Nessa tarefa seria muito importante a aplicação de arquitetos e engenheiros dedicados à segurança. É raro descobrir profissionais que vão além de ambientes industriais. Com certeza será atividade com importância crescente, de futuro diante da expectativa de crescimento a expectativa de vida.

Podemos, ao fazer ou comprar casa ou apartamento desde cedo cuidar de detalhes que tornem o ambiente familiar mais seguro. Afinal ele deve ser acolhedor a todos que nele entrarem, especialmente os parentes e amigos mais velhos.

Tapetes, móveis, largura das portas, piso antiderrapante, iluminação eficaz, banheiros universais, quartos espaçosos, móveis fortes e com bomdesigna, metais e luminárias, tudo é significativo. Infelizmente as limitações financeiras pesam decisivamente. Isso impõe a definição de prioridades ao longo da vida.

Nas ruas o momento decisivo foi não querer renovar a licença para dirigir. Consciente que a minha visão chegara ao limite do razoável decidi parear. Sinto agora a tremenda perda de mobilidade, mais ainda diante da violência urbana, caminhar, usar o transporte coletivo urbano, chegar em lugares distantes tudo ficou quase impossível.

Não me arrependo dessa condição. Imagino que atropelar ou causar um acidente grave seja algo insuportável, mais grave quando sabemos que não deveríamos estar dirigindo.

Muita coisa não tem retrocesso...

Um pesadelo é não sentir a degradação e a agressividade. Perdemos a paciência com maior facilidade. Senti e com força a impaciência diante de grupos de pessoas com manifestações estranhas. Em tempos de maior juventude isso seria natural, a idade, contudo, soma a impaciência à incapacidade de suportar besteiras. Pior ainda quando temos convicções arraigadas. É muito difícil continuar em ambientes hostis a ideais que nos balizaram a vida. O que não toleramos é, entretanto, o direito de expressão e o resultado de educações diferentes daquela que tivemos. Isso cria comportamentos explosivos e a idade só agrava esse temperamento, quando o temos.

Maravilhosamente tive de minha cardiologista (!) a receita necessária e suficiente para mudar, virei zen, ainda que sonolento.

Fico imaginando a quantidade de pessoas que se perdem em agressões desnecessárias, muita coisa seria evitada se pudessem ter uma assistência clínica e psicológica adequadas.

Com certeza podemos renunciar à vida ativa, e a que preço?

Podemos perder muito com o envelhecimento, mas dificilmente não teremos bons conselhos e análises a oferecer.

Os sistemas de comunicação modernos viabilizam o estudo contínuo, mais ainda para quem pode usá-los de forma sistemática.

Via internet, WEB, e bons provedores de TV conseguimos saber muito mais, ainda que frequentemente com programas já superados.

E os limiares?

Quando devemos mudar de comportamento?

Por que insistimos em atitudes erradas?

Temos apoio para análises maiores?

Talvez o menos desejável seja a mudança de comportamento sexual. Entendemos que o ideal é aceitar e não ter vergonha de ignorar detalhes óbvios ou não. A sinceridade poderá ser utilíssima em emergências. Em ambiente amigo, o que um poderá fazer pelo outro sem piorar os estragos eventuais?

 

Quando falamos de segurança devemos estar atentos a mudanças e nossa capacidade de fazer qualquer coisa independentemente de leis eventualmente degradas, até isso acontece no Brasil.

As pessoas idosas devem a qualquer mudança súbita (AVC, Câncer, Visão com sinais de deterioração, sensibilidade e até preocupações excessivas) rever seus “direitos”, tais como a habilitação para dirigir, utilização de armas, uso de estimulantes ou calmantes etc.

Tudo o que afeta sua capacidade de decidir, agilidade, estabilidade física e mental precisa de vigilância.

Na Copel dizíamos que dois tipos de eletricistas sofrem acidentes graves: o eletricista novo que ainda não aprendeu o suficiente e o eletricista velho que perdeu o medo.

A empresa precisou de ações enérgicas para cobrar a utilização do cinto de segurança e respeito a limites de velocidade, ou seja, a maior pare dos acidentes aconteciam na estrada.

Segunda feira era um dia perigoso, principalmente os mais jovens apareciam para trabalhar com ressaca e até lesões de prática de esporte. Os gerentes tinham que gerenciar situações inusitadas...

A segurança das pessoas idosas é também um dever que elas devem avaliar. É querer demais que nossas autoridades resolvam todos os problemas.

A Ciência

 

A luta a favor do conhecimento humano é a grande aventura que muitos estudiosos abraçaram.

Estamos em tempos de transição acelerada. Novas tecnologias aumentam exponencialmente o conhecimento humano. Já não temos os homens dos sete instrumentos, aqueles que ousavam acreditar que sabiam tudo.

Na Antiguidade alguns estudiosos conseguiram reunir conhecimentos amplos e capazes de marcá-los como pessoas de cultura completa.

A Biblioteca de Alexandria, criada para reunir tudo o que existisse escrito não existe mais, foi, contudo, um lugar excepcional para estudiosos ilustres.

A Itália, país de grandes artistas, também mostrou gênios do padrão de Leonardo da Vinci (Leonardo da Vinci).

A atuação de cientistas marcou momentos de inflexão na História da Humanidade principalmente em serviços essenciais e tecnologias inovadoras { (Alimentação mundial – uma reflexão sobre a história), (História do campo da Alimentação e Nutrição em Saúde Coletiva no Brasil)}. Nos EUA, país tradicionalmente racista, um afrodescendente viabilizou uma revolução alimentar (VIDA E OBRA DO CIENTISTA NEGRO GEORGE WASHINGTON CARVER, COMO FERRAMENTA PARA O ENSINO DE BIOLOGIA), ou seja, grandes gênios da Humanidade são exemplo da capacidade de superação e criatividade científica.

 

 

 Coisas de andarilho, ciclista, escalador e amante da natureza

 

A compulsão andarilha sempre existiu, mais ainda porque no início em Blumenau íamos a pé para qualquer lugar. Excepcionalmente com carro de molas ou de praça (táxi).

Isso era complicado no início e o colo da mãe era importante. A última vez que tive essa “canja” foi voltando do Centro de Saúde no a mãe e lhe pedi colo. Ela caminhou uns 30 metros e assim olhei melhor o Rio Itajaí.

Com a minha bicicleta de duas rodas, já garotão, conheci detalhes de Blumenau. Tudo quanto era rua contínua, rua ou avenida que não era beco, eu passava curioso pesquisando tudo.

Ir mais e mais longe era minha paixão, assim, com um amigo, cheguei a ir e vir até a BR 101 em uma tarde. No final não pedalava, era a bici que empurrava meus pés.

Com a Tânia e mais amigas fomos e voltamos a Gaspar. Fotos confirmam a façanha dela.

Noutras caminhadas com outro time fui e voltei à Itoupava, atravessando a ponte. Dias lindíssimos.

Subir morros era minha paixão, pedalando.

Em Florianópolis quase matei a Sônia e a Tânia subindo até o topo do morro da Cruz sem usar as ruas da época. Até hoje tenho uma fotografia das duas totalmente descabeladas.

Em Curitiba, Paris e outros lugares andei muito. O estranho é que na Europa a Tânia não cansa tanto.

Não cansa e adora.

Uma diferença colossal é a segurança. Dificilmente encontramos situações de risco de assalto. O cuidado maior é com pessoas de fora da Europa e na Itália. Lá ter cara de gringo não ajuda. Comparando a Itália que conheci na primeira visita a evolução foi enorme. As dúvidas ficam por conta da pandemia e desemprego. Quando essa praga for dominada o mundo será outro.

Na França temos facilidades pois falamos a língua deles. Isso amplia a simpatia dos franceses que não têm muita simpatia pela língua inglesa. É até interessante notar que pronunciam as palavras inglesas literalmente, como se fossem francesas.

Outra vantagem é o transporte coletivo urbano e interurbano. Na França o transporte sobre trilhos é universal e de excelente qualidade.

Fui estagiário do Governo Francês em 1985 e em Grenoble. Vendi um carro para a Tânia poder ir e passei dois meses na França economizando o que dava. Quando ela apareceu no Aeroporto de Orly, de calça comprida de xadrez enorme, dava duas dela dentro, a vida mudou durante um tempo e ela teve aulas de bonde. Em Grenoble ela teve a honra de dirigir um com a supervisão do motorneiro.

Em seminários da CIGRÉ que ela me acompanhou aproveitou ao máximo os passeios alternativos para os engenheiros e suas esposas conheceu muitas coisas, sempre esnobando seus conhecimentos adquiridos na Aliança Francesa.

Andar pela cidade de Curitiba, para mim que já cuidou de serviços essenciais dela) energia e transporte coletivo) é uma paixão. O pior é que filhos e esposa não concordam com essas ousadias. Mas entrar e usar os ônibus me levam a lembrar do tempo em tendo uma equipe extremamente competente estabelecemos padrões de encarroçamento, Layout, bilhetagem, controles e pinturas isso sem falar em reforma de terminais e recapeamento das canaletas. Infelizmente a cidade estava com o caixa zerado e sem crédito para investimentos. O oposto foi o que tive na Presidência da Copel. Com o fim da equivocada tarifa equalizada nacionalmente pudemos ter proveito da boa gerência da empresa.

Após esse período na administração da cidade veio a luta contra a venda da Companhia Paranaense de Energia – COPEL.

Voluntariado e ações nos IEP engordaram minha paixão pelo Paraná, apesar de sentir frequentemente discriminação por não ter nascido aqui e postar um sobrenome local.

Em Santa Catarina, graças ao Pedrinho virei assessor do SETERB e praticamente do Prefeito Décio Lima. Mais um ano de ações expressivas na reforma do transporte coletivo urbano e na viabilização do Programa Blumenau Século 21.

Hospedado quando estava lá no apartamento de minha mãe convivi com ela já idosa e sequelas de doenças e tombos feios.

Nessa época minhas convicções sobre a importância da acessibilidade e segurança das pessoas idosas ganhou ima dimensão especial.

Nos parques curitibanos e olhando seus espaços ainda verdes a fixação da importância do meio ambiente urbano racional, algo que a cidade ganhou principalmente diversos bons prefeitos.

Urbanismo é uma ciência complexa e exige muito tempo e atividades e responsabilidades diferentes para que se tenha consciência do que significa.

A responsabilidade dos prefeitos, das empresas concessionárias de serviços essenciais, escolas, lideranças e ONGs é imensa. O pesadelo urbano que podemos ver no Brasil é indicadora de um país que não foi zerado por guerras e cataclismos naturais.

Precisamos evoluir e mudar muitos conceitos antigos para podermos enfrentar o século 21.

 

 


 

 

Urbanismo e Arquitetura

 

A vida da pessoa idosa depende dramaticamente das decisões tomadas em torno do planejamento, gerenciamento e definições de prioridade da administração pública (OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária (ONSV)), (COMISSÃO DE ACESSIBILIDADE E ENGENHARIA), (Revisão de dois instrumentos clínicos de avaliação para predizer risco de quedas em idosos)

Em casa a residência será um fator a ser otimizado constantemente[85].

As estatísticas mostram a triste realidade da insegurança progressiva, pois o ser humano demora a perceber que ultrapassou seus limites.

Do portal temos que

 

O Brasil tinha 28 milhões de idosos em 2016, 13,5% do total da população. Em dez anos, chegará a 38,5 milhões (17,4% do total de habitantes). Em 2042, a projeção do IBGE é de que a população brasileira atinja 232,5 milhões de habitantes, sendo 57 milhões de idosos (24,5%). Em 2031, o número de idosos (43,2 milhões) vai superar pela primeira vez o número de crianças e adolescentes, de 0 a 14 anos (42,3 milhões). Antes de 2050, os idosos já serão um grupo maior do que a parcela da população com idade entre 40 e 59 anos.

A quantidade de acidentes a partir de 2019 tem sido afetada pela pandemia, isolamento social, reduções de mobilidade urbana. Antes temos estudos mais recentes e suas conclusões em (Duarte, Santos, & Sobral, 2021)

 

Aproximadamente 30% das pessoas com mais de 65 anos de idade caem pelo menos uma vez por ano. Depois dos 80 anos de idade, essa porcentagem pode chegar a 50%, informa a Dra. Kelem de Negreiros Cabral, geriatra no Hospital Sírio-Libanês. "As quedas são um sinal de que algo que não está bem na saúde do idoso", afirma a médica.

Essa é a triste realidade que se agrava pela falta de atenção de arquitetos dedicados ao planejamento de residências.

Em família temos visto essa situação e pessoalmente a percepção de uma realidade brutal.

Posso afirmar que apesar de muitos cuidados vamos perdendo capacidades e quando damos pela coisa o mal estará feito.

As quedas, batidas, dispersão de líquidos etc. deixam sequelas mais e mais graves até porque muitos tombos criam problemas permanentes que vão se somando aos efeitos dos anteriores.

Quando jovens esquecemos que o corpo humano tem um estoque de recursos para manutenção que se consome ao longo da vida.

Especialistas detalham efeitos e causas acessíveis em bons portais de hospitais, clínicas e ONGs.

Precisamos assumir a idade e isso não é difícil quando adquirimos doenças típicas do tempo de vida.

Assim posso dizer que me tornei autodidata do envelhecimento.

A vida profissional e lúdica cria situações de acidentes de que nos arrependeremos talvez muitos anos depois.

Vivo uma série crescente de problemas criados por diversos acidentes, um em especial (em Santos) e doenças que poderia ter evitado.

Irritação e quase acidentes fatais vivi nesses dois últimos anos simplesmente andando ou dentro de ônibus, isso sem esquecer a atuação voluntariosa de alguns cachorros.

É absurdamente desagradável ouvir, sentir e ver a incredulidade e indiferença de pessoas que poderiam corrigir os absurdos detalhes urbanísticos de Curitiba, por exemplo.

Pessoas bem de vida não usam o transporte coletivo urbano, as calçadas e praças da cidade. Têm seus carros, motoristas, táxis, helicópteros, seguranças, clubes e muito mais se forem realmente muito ricas.

Cidades com cultura antiga arraigada e querendo copiar modelos de cidades europeias velhas esquecem que os tempos mudaram, cobrando novas soluções.

Com certeza novas gerações de cidadãos já distantes de titias e vovós dão menos valor a calçadas inseguras, por exemplo.

O que impressiona viajando pelo “Velho Mundo” é olhar para o chão e ver que pisamos em pistas seguras cobrindo calçadas centenárias.

Participei da elaboração do Programa Blumenau Século 21 Fonte bibliográfica inválida especificada.e lá vi a atuação positiva dos professores a favor de mudanças inteligentes para a cidade, com destaque para a pessoa com deficiência.

Note-se que as Normas Técnicas e as leis precisam de ajustes permanentes, regulares, não frequentes de modo a desmoralizá-las, mas sempre que detalhes importantes surgirem para ajustes necessários. A dinâmica de construção desses instrumentos técnicos e culturais mostram o nível de racionalidade de época, data em que foram publicadas, dos seres humanos existentes. Tudo se transforma e o custo enorme de qualquer determinação legal e inadequada pode ser intolerável.

Sei disso ao avaliar conclusões de inúmeros cursos, seminários, palestras etc.

Arquitetura é um foco essencial à segurança da pessoa idosa.

Agora sinto na violência de acidentes e incidentes o que poderia ter sido evitado.


 

 

 

E o tempo que não volta mais

 

Temos muita literatura, músicas, pensamentos sobre o tempo que não volta mais (Saudades dos Dias que Não Voltam).

Pessoalmente minhas lembranças foram complexas e muitas vezes, tristes, desagradáveis, assustadoras.  Assim, particularmente diria, ainda bem. Foram tempos de lutas permanentes contra limitações severas, começando pelo nascimento. Minha mãe quase morreu depois (ou durante) um parto que durou três dias para nascimento de um menino gordo demais para ser dado à luz sem cesariana.

Aqueles que dela cuidavam por motivos religiosos, entendiam que as mulheres deveriam sofrer nesse fantástico momento da vida. Felizmente muitas lógicas foram superadas em nossa terra natal.

Saudades, lembranças maravilhosas?

Sim, principalmente daqueles anos em que eu, minha esposa e as crianças saíamos pelas estradas em longos passeios, Temporadas em praias, visitas anuais, pelo menos, a familiares distantes. A algazarra dentro do carro, as molecagens e o motorista, eu, batalhando para descobrir estradas confusas, recantos especiais, sair e voltar para nosso ninho.

Foram tempos que a esperança e o amor dominavam. Não víamos a cultura do ódio, apenas o respeito, a felicidade apear de inúmeras dificuldades.

Devemos, contudo, aproveitar a experiência que a idade nos traz para saber viver e educar. Sim, educar, pois se vivermos muito mais cedo ou tarde dependeremos da família para uma sobrevivência digna e fraterna.

Precisamos sempre lembrar que a memória não existe simplesmente para poesias e fantasias, mas a serviço de todos. Sendo proativos não nos tornaremos pessoas frustradas. Sempre haverá o que fazer e o queremos a quem nos cerca com certeza voltará em dobro.


 

Conclusões e ponderações finais

 

Treinamento para a vida com deficiências

 

Vivendo muito todo ser humano se tornará gradativamente pessoa com deficiências. Poderá precisar próteses incômodas e assim mesmo restritiva. Uma atitude sábia na idade adulta será cobrar soluções para pessoas com deficiência(s), debilitadas, doentes e talvez tudo isso.

Desprezar a necessidade de imóveis acessíveis e seguros, calçadas seguras, ruas menos perigosas, uso das melhores tecnologias urbanísticas e de serviços essenciais é um erro crasso e comum.

Quem é gente sem problemas não imagina que tudo poderá mudar quando menos espera.

Cuidando das necessidades dos outros estará aprimorando a própria vida e de seus dependentes.

 

A obrigação de tomar decisões rápidas

 

Ter responsabilidade e comandar qualquer organização cobra de seus líderes decisões que podem ser essenciais ao sucesso de suas atividades. Isso pode ser entendido ou não pelos críticos e companheiros, mas acontece e só o chefe sabe o que faz e suas razões, eventualmente sem poder compartilhar a motivação exceto com gerentes superiores.

No Brasil super burocratizado e com vigilância institucional isso é um pesadelo, como os órgão de fiscalização e regulação entenderão o que se manda fazer?

O que surpreende que viveu essa experiência é a incapacidade eventual de equipes técnicas perceberem o a validade do se manda fazer.

Creio que sou protegido pelo espírito de meu pai e outros, talvez um batalhão deles, e assim a intuição foi minha grande arma ao longo da vida. Graças a tudo isso e a uma excelente formação profissional específica e conhecimentos gerais acertei muito mais do que errei.

A vida é também isso, Walt Disney que o diga em seu personagem Gastão. Aliás suas revistinhas, gibis, caracterizava uma coleção quase completa de figuras emblemáticas, exceto a de religiosos.

Gênios da Humanidade além de sorte tinham inteligência privilegiada, muitos terminaram suas vidas na fogueira, em salas de tortura, ostracismo etc.

Atualmente a moda é o terrorismo religiosos.

Hereges!

Decidir é a função dos executivos, talvez por isso denominados dessa forma pois ao mandar fazer algo agradam alguns e podem desagradar muitos, inclusive os amigos e amigas mais leais.

 

 

Saúde e a dependência de tratamentos, remédios e assistência pessoal

 

À medida que a idade avança a dependência de atendimentos contínuos aumenta até que, ao final, a possível necessidade de internação em asilo ou para a residência de algum familiar.

A realidade é simplesmente essa.

O pior é que também podemos perder capacidades de relacionamento amistoso.

Vale a pena viver muito?

 

Ética e Moral

 

O sucesso e a felicidade dependem da moral e da ética aceitas, respeitadas e coerentes.

O que é certo ou errado em qualquer sociedade, boa ou má, é uma convenção, é circunstancial.

Sem lógica comportamental ficamos perdidos.

Saber eleger uma crença filosófica ou desenvolver algo pessoal é essencial à vida.

Não hesite em mudar se tiver convicção de que errou.

Lembre-se “a certeza absoluta é suficiente para impedir qualquer progresso mental naqueles que a possuem” (Bertrand Russell).

 

 

Direitos e Deveres Humanos no Século 21

 

A Humanidade precisa rever padrões e objetivos do Ensino e da Educação. Pandemias possíveis e a atual, desafios ambientais, planejamento familiar, segurança e evoluções em diversos sentidos são necessários às futuras gerações.

Com certeza poderão simplesmente repetir erros e catástrofes do passado. Racismo, xenofobia, fundamentalismo religioso e ideológico são onipresentes, gostem ou não. Como superar, inibir, acabar com essas características animalescas?

A Humanidade regrediu. A fragilidade ética das grandes nações é surpreendente. O que fazer?

Sistemas modernos de ensino à distância (EAD) podem ser aplicados a qualquer ser humano onde quer que estejam. Sincronicamente ou assincronamente pode-se levar a maioria dos cursos existentes a lugares remotos. Transferência de alunos para polos de aprendizado são hipóteses entre muitas que a merecem análises. A ignorância é um peso a superar.

Saber pensar, ter bons arquivos, motivações e orientações é uma receita que pode ser concretizada logo.

Vontade pessoal na cabeça dos jovens é função de mídia, modismos, concentrações de vetores de educação. Isso significa uma tremenda responsabilidade para a mídia mais poderosa que existir. Deverá ser objeto de ações integradas entre nações e indivíduos.

Propaganda, compromissos éticos reais, submissão ao bom trabalho educacional e não simplesmente a institutos de audiência são essenciais.

Temos muitos documentos, acordos, tratados graças à ONU. Não têm sido suficientes.

Diversos países crescem militarmente, o nacionalismo radical viabiliza exércitos. Religiões e seus sacerdotes pregam cruzadas, criam barreiras.

 

Sim e Não

 

Diante de propostas indecorosas sempre teremos duas respostas possíveis e definitivas, se sustentadas. Sim ou não pode ser indelicado, mas evita espaços e dúvidas impertinentes.

O caráter de uma pessoa se revela nesses instantes e se for forte e capaz de sentir pressões mais ainda.

É muito triste receber visitas de amigos e amigas sugerindo ações desonestas.

Na vida pública isso é essencial à imagem que se criará.

Talvez no passado a ocultação de caráter fosse possível. Hoje a privacidade não é segredo para quem domina a tecnologia da informação e dispõe de sistemas de vigilância.

Não é à toa que governantes desejam, querem, lutam por informações confidenciais.

Políticos maquiavélicos são especialistas e processos de chantagem e troca de favores.

No Poder Judiciário e seus órgãos de apoio a privacidade é essencial para a vigilância do respeito às leis.

É típico das ditaduras a vigilância e qualquer cidadão ou cidadã inconveniente. Os ditadores em democracias relativas ou ditaduras explícitas usam e abusam dos serviços de inteligência e espionagem.

Sendo sistemas democráticos reais a liberdade de expressão é a grande arma contra o arbítrio.

Campanhas eleitorais, contudo, dependem de mídia, de marqueteiros, de discursos que poderão ser falsos.

A divisão entre os 3 poderes típicos de qualquer república sadia é fundamental, mas fragilizada por processos de nomeações políticas principalmente no Poder Judiciário e Ministérios Públicos.

A necessidade de evoluir, de aprimoramento da Democracia depende dos ensinamentos dos mais velhos, bons mestres, jornalismo independente, bons escritores, ensinamentos lúcidos.

Os mais velhos sentem-se, talvez, culpados pelos erros que deixam. Se esse é o sentimento não deverão se omitir. Enquanto restar lucidez suficiente deverão agir.

Um exemplo fabuloso, antológico, foi dado pelos gênios da Humanidade, muitos deles chegando ao sinal da vida aparentemente impossibilitados de qualquer trabalho. Talvez o mais recente e um dos maiores da Humanidade, Stephen William Hawking (Wikipédia c. d., Stephen Hawking) foi um exemplo magnífico, morreu com 76 anos completamente travado e trabalhando[86].

Com esse exemplo devemos reafirmar que não existem limitações invencíveis.

Tudo o que nos afeta é nossa responsabilidade na dimensão de nossos conhecimentos e capacidade intelectual.

 

 

 

 

 

Por uma política universal de planejamento familiar

 

Por uma política universal de planejamento familiar

 

Tudo tem limites, inclusive a dimensão física da Humanidade. Malthus antevia a saturação que consegue ser protelada graças à Tecnologia, mas existimos num planeta fragilizado pelos efeitos antropogênicos { (EM TEMPOS DE PANDEMIA - Propostas para a defesa da vida e dos direitos sociais, 2020) , Fonte bibliográfica inválida especificada.}.

Independentemente de controvérsias sobre o clima a evolução numérica, estatura e peso dos seres humanos cria desafios técnicos evidentes além de desigualdades entre nações ricas e pobres.

Inúmeros estudos e pesquisas mostram que, a despeito de doenças, fome, guerras, desastres naturais  e da evolução tecnológica a Humanidade se expande chegando a números impressionantes {Fonte bibliográfica inválida especificada., Fonte bibliográfica inválida especificada., Fonte bibliográfica inválida especificada.}.

O dilema que a Humanidade deverá enfrentar é acima de tudo ético e técnico.

A necessidade de alimentar, educar, conter conflitos, superar tradições, serviços essenciais e evitar desastres ambientais irreversíveis é evidente, o que fazer?

Temos paixões, amamos e desejamos ter filhos, como as futuras gerações conciliação nossos sentimentos e a realidade da sobrevivência digna de todos os seres humanos?

 

Aprendemos envelhecendo

 

A profissão eleita e exercida com vigor afeta a personalidade profundamente. A Engenharia é enérgica em tudo, a Constituição Universal do Engenheiro é a o conjunto das leis da Natureza. Não adianta fazer discursos diante de serviços malfeitos. O formalismo é secundário. Uniformes e paramentos dizem pouco. O fundamental é exercer a profissão de Engenheiro com precisão e cuidados que vão de análises conceituais à manutenção e operação.

A vida social e política é inevitável àqueles que amam seu povo. É gratificante no final da vida sentir amor e respeito a partir de pessoas que respeitamos.

Família é um objeto especial, é a tribo que não podemos desprezar e, ao contrário, construir ao longo da vida. Nela encontraremos apoios incondicionais quando começarmos a perder habilidades, qualidades, autonomia, saúde mental e física.

Vidas longas significam inúmeros incidentes, acidentes e até doenças. Como evitar desvios, erros muitas vezes de triste memória?

O essencial ao envelhecer é ter um balanço positivo de ações.

É bom ter orgulho de nossa identidade.

 

O Sábio Desconhecido

 

A seguir a bibliografia que fui capaz de reunir.

E daqueles gênios da Humanidade que jazem desconhecidos, mas influenciaram os destinos dos seres humanos?

A invenção da escrita, dos hieroglifos, de muitas formas de registro do pensamento humano foram importantíssimas, mas quantas nações, povos, civilizações puderam deixar testemunhos minuciosas de suas existências?

A Terra muda sempre. Cataclismas acontecem. O que desapareceu?

E as guerras, genocídios, censuras, inquisições etc. destruíram a memória de quantos gênios da Humanidade:

Citamos pessoas extraordinárias conhecidas, que fazem parte de nossos registros, e outras?

Quem foram os mestres dos mestres? Os mestres dos mestres dos mestres?

Encontramos ruínas de fortalezas, palácios, templos e até cemitérios, o que dizem:

Somos descendentes de ETs?

E os ETs descendem de que espécies de vida no Universo:

Nosso horizonte é restrito, acanhado, limitadíssimo.

Como seria bom conhecer a História da Humanidade, da evolução do pensamento humano.

É fácil dar explicações, cansamos de ouvir, foi obra de Deus!

O que as pessoas entendem pela palavra Deus?

O que falo é entendido precisamente?

O que meu interlocutor ouve é precisamente o que eu digo:

Temos dicionários iguais?

E os sábios da Humanidade desconhecidos, deles não temos monumentos, arcos do triunfo, templos...

Com certeza a quantidade de gênios universais foi muito maior do que os conhecidos.

Mas a terra é violenta. Civilizações forma destruídas se praticamente deixar vestígios.

Existiram, mas talvez tenham sido proveitosas à evolução da Humanidade. Nelas grandes pensadores criaram teorias, práticas, ciências. Que teriam sido?

O nome deles não é importante. Aliás, o nome é uma forma de arquivar pessoas.

O que importa para nós?

É morrer na certeza de termos cumprido nossas melhores missões.

Quem as definiu?

 

Limites humanos, profissões, carreiras, subir descer montanhas sem cair?

 

Qual é o limite de coerência e de competência de qualquer ser humano?

Existe o “super homem” ou a” super mulher”?

Alguém é perfeito?

Podemos manter permanentemente a vitalidade juvenil?

O envelhecimento significa o quê?

Obviamente não; todos têm limitações e a capacidade e competência de qualquer “homo sapiens sapiens” segue um gráfico com eixos e parâmetros bem definidos. O envelhecimento sinaliza limitações que fogem à percepção da maioria das pessoas, criando situações constrangedoras e perigosas.

Com certeza a evolução da Medicina promete soluções mágicas, mas até elas chegarem a bons padrões haverá necessidade de muitos cuidados.

Ao longo da história, principalmente nessas últimas décadas, pessoas que começaram com propostas morais, ´éticas, políticas, sociais e familiares de excelente nível mostraram que a vida é de fato um enredo de teatro ao longo do qual encenamos peças difíceis, terminando, muitas vezes, em comportamentos típicos de tragédias gregas ou brasileiras, simplesmente. Ou seja, o famoso “amadurecimento” parece ser sinônimo de hipocrisia e cinismo da pior espécie na maioria dos casos.

Grandes filmes mostram pessoas ilustres no ocaso de suas vidas, poucas mantiveram a dignidade e qualidade de seus discursos mais lúcidos. Outras amargaram isolamentos dolorosos (Le Promeneur du Champ de Mars) e (O general em seu labirinto).

Vencedores que têm sucesso em suas carreiras souberam escalar montanhas e também aprenderam a descer delas, se souberam manter a dignidade no ocaso de profissões e vidas.

A democracia criou uma oportunidade muito especial de se entender até onde os líderes conseguem sustentar confissões éticas e quanto conseguem suportar quando seus interesses pessoais, vícios e convicções íntimas pedirem caminhos diferentes. Mais ainda, é muito evidente a degradação quando no ápice de suas posições mostram que de fato o Poder corrompe.

A força pessoal é sempre testada em qualquer lugar, da família à empresa, em clubes e partidos políticos, inclusive em sociedades religiosas.

Somos “humanos, demasiadamente humanos” (Nietzsche).

O que isto significa quando pensamos em ética e moral?

A angústia e estados depressivos aparecem, são doenças psicossomáticas que surgem quando contrariamos o que acreditamos sinceramente.

Algo simples e elucidativo está nos ensinamentos de Sigmund Freud ao mostrar como o nosso comportamento reage ao nosso íntimo, nossa educação, ao diagramatisar nossas decisões como uma divisão entre os três segmentos de influência e decisão comportamental:

Ego, Id, Superego marcam nossas existências e em torno dessa simplificação máxima inúmeras lógicas, teses, alternativas aparecera. O Dr. Freud foi um cidadão benemérito da Humanidade, ainda que não tenha recebido títulos pomposos e medalhas de ouro.

As teses do Sigmund Freud o ilustram o que desde sabemos: temos uma “voz da consciência” e outras mensagens que simplesmente mal percebemos. Nossos ilustres chefes e as Suas Excelências, tão humanos quanto todos nós, também as têm. A demonstração é a figura até patética que percebemos entre pessoas que se julgavam acima das leis humanas ou assumidamente se afastam de discursos antigos.

Precisamos, portanto, principalmente diante daqueles a quem amamos, praticar a honestidade intelectual, um imperativo categórico (Kant por Fernando Savater: La aventura del pensamiento avi.), dominante, ou pelo menos desejável. O exercício do diálogo sincero, franco, é um tremendo filtro de amizades.

Nem sempre o divã será necessário se tivermos relacionamentos sinceros com pessoas amigas e competentes.

O relacionamento conquistado com base em mentiras é frágil, pode se transformar em ódios irreversíveis.

Insistindo, ter amigos e amigas dispostos a conversar com sinceridade é um privilégio inestimável. Eles nos ajudam em momentos importantes, pois, afinal, quais são os nossos limites?

Exatamente por termos limitações e desconhecermos plenamente a nós mesmos é importante alguns cuidados diante de decisões que afetarão nossa vida inteira.

A prudência sugere meditação, reflexões demoradas e repetidas, autocríticas que levam à percepção de que tudo o que pretendemos poderá não acontecer. Isso é perfeitamente normal, mas a vaidade e a ingenuidade bloqueiam análises pessoais importantes.

Todos, vivendo muito, passarão por momentos extremos em muitos sentidos.

Como enfrentaremos as adversidades? Elas são inevitáveis, a menos que sejamos os primeiros dos obituários.

E no início de nossas vidas profissionais? As dúvidas costumam ser enormes.

O que realmente desejamos, ser? Felizes, no mínimo?

O que podemos alcançar, conquistar? Proteger? Cuidar? Ter? Aprimorar?

Aqueles que dependem de nós precisam da força e competência que tivermos. Colocá-los em risco, sabendo que não suportaremos derrotas, é uma tremenda irresponsabilidade. Por outro lado, devemos treiná-los, prepará-los para os momentos ruins.

O ser humano que se fragiliza torna-se parte dos problemas da vida dos demais, muitas vezes exigindo atenção que seria necessária a pessoas amigas que realmente anseiam pelo apoio de todos.

É uma cena típica de grandes acidentes ver indivíduos que deles saíram ilesos criarem pânico, confusão, exigirem atenção enquanto à volta deles, às vezes por falta de alguns segundos de cuidados, outros acabam morrendo ou agravando suas lesões.

Sempre a avaliação de cenários e análise de prioridades são essenciais a qualquer líder, se essa for a sua condição de existência. Melhor dizendo, saber escolher criteriosamente o caminho a percorrer é o desafio de todo ser humano consciente e capaz. Naturalmente poderá errar, mas a preocupação em agir corretamente é o melhor indicador de bom caráter.

Podemos escolher, ser grandes ou pequenos, frágeis ou fortes. Isso depende muito mais de nossos códigos éticos e personalidade do que exatamente da riqueza material ou força física.

Construímos nossas capacidades e competências ao longo de nossa existência. O capricho nessa obra compensa.

Entre as muitas decisões que devemos tomar está a vida profissional.

A opção por uma profissão é algo de extrema importância na existência pessoal, social, profissional, religiosa etc. de qualquer um. Cada atividade profissional exige um padrão mental, físico, comportamental e moral.

Um jovem desenvolve seus desejos pelos exemplos familiares e diante do que a Mídia, amizades e escolas ensinam.

É importante compreender que a opção de emprego, empresa, submissão ou não etc. afetam o relacionamento familiar.

O casamento normalmente acontece em momentos de paixão. A vida mergulha o casal em rotinas pesadas.

Tanto sob o ponto de vista social quanto familiar o compromisso de trabalhar e sustentar famílias exige muito de todo ser humano, mais ainda quando tem pretensões maiores.

Muitas vocações e profissões não mostram visibilidade adequada. As percepções podem enganar e insinuar caminhos equivocados. Por isso tudo é importante o apoio de especialistas, se possível, e na hora de adotar um circuito que levará ao diploma é aconselhável quando possível.

Infelizmente os vestibulares testam conhecimentos, não avaliam e selecionam de acordo com vocações em potencial.

Lamentavelmente os testes vocacionais saíram de moda, ou melhor, poderiam ser mais valorizados e aperfeiçoados. Eles existem na admissão a empresas, mas aí o candidato já terá perdido muitos anos em alguma escola profissionalizante, Universidade, estudos talvez tediosos.

Na maioria dos vestibulares, o que vale é a capacidade de memória e o volume de conhecimentos, eventualmente raciocínio.

Diplomas confundem, dão a percepção de que o jovem ou adulto pode fazer e quer. As frustrações serão violentas se ao longo da vida o candidato a alguma profissão perceber que não alcança o nível desejado ou terá feito opções que não gosta. Recomeçar frequentemente é mais saudável do que insistir em caminhos errados, com a vantagem de partir com uma formação que os companheiros da futura profissão raramente terão.

Felizmente vivemos numa época em que refazer a vida profissional (inclusive com o Ensino a Distância) é possível, assim como todas as outras.

A rigidez de compromissos típicos de antigamente deu lugar a uma sociedade dinâmica, que, entretanto, cobra um preço elevado no relacionamento familiar, onde os prazos e compromissos são bem concretos e de extrema importância para as pessoas que dependem de nós.

É, portanto, essencial saber que potencial temos e o preço que estamos dispostos a pagar na conquista de uma carreira. Graças à internet existem portais que dão um apoio que poderá ajudar muito, isso sem falar de especialistas nessa arte do bem querer uma profissão.

Nem sempre existe sinceridade na oferta de oportunidades de trabalho assim como naturalmente criamos imagens que talvez não interessem aos empregadores. Frequentemente as opções não satisfazem o ambiente social em que vivemos. O corporativismo bloqueia análises que poderiam ajudar muito. Podemos enfrentar a resistência de pessoas que se encontram em espaços que não são capazes de sustentar.

Em qualquer atividade humana as barreiras explícitas e discretas afetam o trabalhador. Note-se que obstáculos existem para serem vencidos, abandonados ou aceitos. Tudo depende de nossa capacidade de enfrentá-los.

No Brasil o debate em torno do atendimento médico (por exemplo, o Programa Mais Médicos) foi antológico. Revelou um comportamento e situação de atendimento que poucos brasileiros que vivem em grandes cidades conheciam. Apesar de muitas faculdades de Medicina mantidas pelos contribuintes os resultados a favor do povo brasileiro e do cidadão comum são pequenos. A importação de médicos e o compromisso deles de trabalharem onde nossos profissionais não aceitavam viver foi a revelação de que muito precisa ser corrigido.

O que sabemos, mesmo com todos os benefícios razoáveis de uma família “classe média” vivendo em um centro com muitos recursos, é que não é difícil encontrar profissionais sem vocação, apesar de eventualmente serem bem preparados. Um profissional desmotivado é perigoso, mais ainda quando lida com pessoas no limite de resistência.

A opção errada de vida gera prejuízos para todos, possivelmente maior para aqueles que erraram ao escolher uma profissão, uma cidade para viver, amigos etc.

O desprezo pela realidade é um erro primário.

E os vícios culturais e comportamentais em família?

Viver alienadamente é muito mais “gostoso” do que enfrentar a realidade. Talvez por consequência de milhões de anos extremamente difíceis o ser humano evoluiu, mas transformou-se reforçando um padrão de comportamento alheio ao ambiente em que existe.

Um dos vícios culturais mais desastrosos é o desprezo pela prudência financeira.

Inacreditavelmente casais mimados esquecem custos e benefícios de suas atividades. O que aprendem? O que podem provocar?

O exemplo é fundamental, educamos principalmente mostrando pelas nossas atitudes o que deve ser feito. O exemplo também alertará a família para erros notáveis.

A diferença entre casais responsáveis e outros é impressionante, principalmente na educação dos filhos.

Disciplina, higiene, segurança, planejamento de vida, cuidados e valores bem transmitidos evitam desmontes que acontecem com facilidade quando os pais fogem da compreensão de suas limitações.

A felicidade não se conquista com facilidades.

Ao contrário, deve-se valorizar cada conquista difícil que tenha significado muitos sacrifícios. Talvez um dos grandes equívocos de qualquer casal já comece na famosa “Lua de Mel”, frequentemente relativamente deslumbrante para, ao retorno, enfrentarem o choque de realidade criando frustrações que poderão perdurar e destruir um casal.

Existem limites que educam, excessos que desmoralizam, deseducam.

Tudo, em tudo, sempre e em qualquer atividade devemos respeitar limites de prudência ou ter consciência do que a derrota significará.

A pior derrota é a luta que se perde em batalhas subdimensionadas...

A burrice dói quando a percebemos.

Ser feliz significa equilíbrio emocional, estar de bem com a vida. Momentos de muita alegria são insustentáveis, mas inesquecíveis quando merecidos.

Temos limites até para o prazer e é bom saber que o tempo vida é a soma dos momentos que não esquecemos.

 


 

 

O exemplo de meus pais e o que posso recomendar

 

Felizmente tive um pai e uma mãe dedicados e incrivelmente responsáveis.  Eu e minha irmã Sônia Maria, nós dois principalmente, fomos testemunhas das preocupações objetivas com a sobrevivência de nossos avós, tios e tias.

Meu pai faleceu cedo me questionando do porquê estava ao lado dele quando deveria estar em Itajubá, estudando. Minha mãe ainda viveu bastante, envelhecendo, tornando-se cadeirante, perdendo a lucidez por um erro médico e gradativamente enfraquecendo e cobrando assistência. Foram anos dolorosos em que eu e minha esposa Tânia[87] sentimos que iríamos perder a mãe de forma sofrida. Minha sogra Jovita de câncer e minha mãe terminou sua existência com um ataque cardíaco.

Poderíamos ter feito mais, lamentavelmente os desafios daquela época foram pesadíssimos...

O resultado disso foi a necessidade de dedicação da Sônia Maria que passou a acumular responsabilidades imensas, entre elas educar o meu irmão.

Pedrinho assumiu no final da vida da Chiquinha.

 

A nossa família e dela dependemos mais e mais

 

Temos um filho e duas filhas que serão nosso amparo e sabemos que continuaremos envelhecendo no seio de uma família amorosa.

Esperamos que os exemplos que demos sejam duradouros e se multipliquem no futuro.

A opção de priorizar a própria família é natural e justa.

Com certeza outros caminhos existem, do religioso ao aventureito.

Envelhecemos, envelheceremos mais, o que procurar?

Trabalhei muito para a construção da Usina de Caxias da Copel. Tivemos resistência feroz de ONGs e padres. Um deles, Monsenhor, foi objeto de atenção especial. Sua liderança era incontestável. Nosso pessoal percebeu que ele queria uma estatueta para mostrar como símbolo de sua devoção. Ela foi dada a esse senhor. Poucos anos mais adoeceu e ficou intenado em um hospital em Curitiba. Ele, triste, lamentava o esquecimento de seu povo...

Sentimentos de afeto exigem convivência, intimidades que só a família pode gerar.

Um filme (Guédiguian)  sobre o final da vida de François Mitterrand (François Mitterrand, s.d.) é extremamente didático. Ele mandou na França e entre seus correligionários. A angústia de seus últimos dias mostra muito da natureza humana.

Unir a família e criar sentimentos positivos é nossa obrigação. Obviamente existirão sempre mágoas e alegrias, para que valorizar o rancor?

Precisamos aprender a viver e não esquecendo nunca que ao final quem estará na alça do nosso funeral será pelo menos um parente mais dedicado. E após a morte seremos bons ou maus paradigmas. O que será melhor?

 

Não podendo concluir sem lembranças alegres

 

Lembranças especiais dos meus pais

 

A personalidade do meu pai e a da minha mãe era eram completamente diferentes, distintas, fáceis de perceber até mesmo para nós ainda crianças.

Os dois tinham em comum o senso de disciplina, trabalho, perseverança, coragem e paixão entre eles.

Mas os hábitos e maneira de ser mostravam duas pessoas complexas e diferentes.

O pai, eletricista e lojista, cuidava da sua Instaladora de Blumenau fazendo consertos, gerenciando eletricistas e atendendo as necessidades de balcão.

De dia o pai se dedicava mais ao atendimento pessoal de quem aparecia e de noite aos projetos, livro caixa, arrumação de prateleiras.

A mãe era a pessoa que mandava em casa, uma casa enorme com flores, um pé de hibisco no galinheiro, os canteiros dentro e fora da casa e um casal de peraltas.

E o pai, após a morte do vô João Cascaes, indo mensalmente à Florianópolis para cuidar das irmãs, vó e a Instaladora na Rua Trajano, quase em frente ao Café Chiquinho.

Minha mãe tinha como principal atenção com seus pais mandar mensalmente uma sortida cesta de alimentos para Laguna.

Na loja em Blumenau que passei a frequentar diariamente completando 13 anos percebi detalhes do pai. Alguns já conhecia como o indefectível cafezinho no Café Pinguim e a preocupação com seus passarinhos.

Divertido era sentir os papos e preocupações como ouvi uma vez o pai falando da mãe ao telefone e dizendo que ela estava corrichando. Essa canarinha era uma paixão.

Comprou se primeiro carro para procurar melhor um canário que lhe roubaram, achou.

Já no final da vida quando um freguês queria pechinchar ele orientava o indivíduo para ir a outra loja e sumia atrás, onde, num pequeno quintal, ia ver seus passarinhos num viveiro que fizera.

Na última semana fora do hospital saiu com os amigos Araújo e Alfredo para ver brigas de canários.

Quando o Jânio proibiu as rinhas e brigas e galos ficou furioso e comentava “será que o Presidente não tem coisa melhor para fazer?”. Aliás, Jânio Quadros não era seu candidato preferido à Presidência. Perguntado para ele em quem votaria ou votara ele respondia dizendo que comerciante não pode externar suas convicções políticas...

Divertido foi uma vez observar o pai atendendo duas prostitutas, todo lampeiro deu uma atenção especial a elas que queriam comprar um abajur. Quando finalmente decidiram o velho Pedro disse que ela, a luminária de cabeceira, iluminava bem. Olharam bem para o pai e repetiram o que ele dissera. Rindo disseram que assim não queriam mais comprar e saíram rindo. E rindo ficamos nós da comunicação errada na hora errada no lugar errado.

O pai dava canseira em representantes comerciais. Ouvia sem dizer nada e quando paravam por canseira ele puxava um cigarro, acendia, dava uma tragada e começava a falar...o

O que era bonito ficou chato. A professora Chiquinha comprou material escolar e mostrou para os filhos que festejaram. Definiu horário das aulas e as letras começaram a surgir no caderno de caligrafia.  Isso foi só o começo. Alguns anos mais tarde ela decidiu que eu deveria aprender a fazer a raiz quadrada. Uma semana e nada de aprender. Perdeu a paciência e entre a segunda e a terceira eu lhe disse que “descobri”. Sentei e resolvi todos os exercícios.

A disciplinadora não pensava muito antes de castigar. Eu, mais velho, tinha prioridade para alegria de minha irmã, até que uma noite ela gritou para valer. Mamãe que arrumava nossos quartos no terceiro piso desceu as escadas fumegando. Eu obviamente fugi e a mana dando pulinhos e apontando para onde eu tinha ido. O que aconteceu a seguir me deu um prazer imenso, ela apanhou em meu lugar pelo susto que dera à mãe.

A velha Chica fazia tudo, de macarrão a bolos. Cozinhava pior do que sabia pois o pai não gostava de temperos. Era fã do bife com arroz e salada de cebola e nos finais de semana o indefectível frango assado e canja de noite.

Dia especial era quando meu padrinho ia almoçar conosco. A mãe fazia duas tainhas assadas, prato predileto dele, uma para nós e a outra para o Dr. Leitão. Baiano, a pimenta malagueta ele comia como se fosse um doce. O orgulho da mãe era ver a satisfação dele.

Complicação aconteceu quando a Chiquinha quis aprender a dirigir carro (um Aero Wiliys  (Google)). Já nos treinamentos a mãe não se mostrou muito apta. Adorava acelerar quando era para frear. Não deu outra, com o nosso primo segundo Lindomar, após muito sofrimento dos instrutores, foi para a delegacia pegar sua careira. Ao entrar no pátio deu uma pequena batida no muro, acelerou e quase soltou os presos (isso depois dela dizer que pegaria sua carteira ou soltaria os presos...).

A sequela para a mãe foi a primeira pancada em uma das pernas, lesão que se agravou em outros acidentes, principalmente caindo de um ônibus em Camboriú e batendo com os joelhos na calçada.

Mãe extremosa era nossa enfermeira em uma época em poucas vacinas existiam.  Os remédios para quem tinha bronquite eram clássicos: colubiazol, Vick Vaporube, cataplasmas, xaropes etc. e o sermão de que eu não deveria ter feito isso ou aquilo. O Dr. Câmara vivia lá em casa.

A Soneca tinha problemas crônicos por causa das amígdalas que acabaram sendo extraídas quando já era mocinha. O intestino dela era chatinho. Não comia cebola e outros bons temperos.

Catapora, cachumba, sarampo e outras tinham uma vantagem. Não ir à aula. Desvantagem, sobrecarregar a mãe.

Nossa mãe trabalhava dia e noite e ainda bordava para a Casa Meyer (Secretaria de Cultura e Relações Institucionais). As toalhas eram lindíssimas. Algumas realmente trabalhosas e obra da artista que ela era.  Depois de casados, eu e a Tânia ganhamos algumas dessas obras, nem sombra, contudo, do que ela fez em tempos mais saudáveis.

Mãe e pai se completavam e isso significou uma tragédia quando o pai faleceu tão cedo.

 

 

Artes e maldades ingênuas a favor da alegria

 

Pregar peças foi uma arte que presenciei, vivenciei, pratiquei e fui vítima. Principalmente a família Baião parecia ser fonte inesgotável de peças e gozação mútua. Meu pai não ficava longe disso e minha irmã foi mestre.

Talvez uma clássica aconteceu em Laguna no casamento de um casal de tios. Reuniram a família e convidados em volta de caixa que os nubentes tiveram que abrir. Cheia de coisas caseiras, tais como rolo de fazer macarrão, uma quantidade enorme de papel higiênico.

No casamento seguinte que não demorou muito a caixa foi devolvida com papel higiênico usado...

Botar pedra de gelo dentro da calça ou calção era rotina.

Soneca aprontou muitas em Blumenau, como, por exemplo, pedir para uma prima comprar anzol elétrico, coitada, foi longe.

Jogar bombinhas nos pedestres embaixo era rotina, até virar notícia, assim ela e a Niraci tiveram que mudar a festa.

As brincadeiras aconteciam sempre. Meu pai bobou uma farinheira, sem farinha, na bolsa da minha mãe. No cinema ela descobriu o que levava. Ela, por sua vez, um dia prendeu 3 camundongos na chave da casa. Meu pai pegou os bichinhos.

Noite de São João era quando queimávamos um estoque de bombinhas e pequenos fogos de artifício de cima da janela da sala. Uma noite a mãe jogou uma bombinha no WC em que meu pai estava. Ele detestava fogos de artificio...minha mãe contava as artes que ela e o tio Juca pregavam em Laguna, entre elas buracos camuflados para pegar as mulheres que lavavam roupa.

O pai nos disse que quando criança, em visita à avó dele com a vó Angelina, elas lhe pediram para buscar um bolo. No caminho o moleque juntou estrume de cavalo, deu formato de bolo e cobriu cuidadosamente com pedaços de folha de bananeira. Parece que foi castigado.

E a Sônia quase matou a vó que dormia lá em casa, deixou um aspirador no quarto e ligou o aparelho ela dormia...

Das peças de minha irmã e do Pedrinho nem minha falecida sogra Jovita escapou. Um dia a convenceram de que deveria pôr em volta do pé casacas de laranja para curar uma dor que ela sentiu. Três dias depois ela apareceu na loja e perguntou se ainda seria necessário usar aquele tratamento. Coitada!

Na Rua Quinze de Novembro a loja era base de ares que a Sônia )as duas) pregavam nos passantes, uma delas embrulhar cuidadosamente ratos e outras porcarias em caixa de papelão para presente e ficar observando o que aconteceria com que as pegasse.

Eu e a Soneca já mocinha uma vez tivemos ao mesmo tempo a ideia de jogar água um no outro. Os dois copos quebraram, fiquei com cicatriz na mão direita, a comida sobre a mesa teve de ser jogada fora...

E a Niraci com a Sônia descobriram que tomar cinzano (Cinzano) levantava a pressão, elas tinham pressão baixa e assim o estoque lá de casa sumia.

Legal foi a forma como acabei conhecendo a turma da Sônia Medeiros. A família dela promovia festinhas que a Sônia Maria lutava para participar, ou seja, convencer seu irmão mais velho. Beleza! O preço era engraxar meus sapatos. Na penúltima festinha comecei a namorar com a Tânia e assim casei tendo a Sônia como testemunha...


 

A perda prematura do pai e a sobrevivência da família

 

Nossas famílias (minha e de minha esposa) perderam os pais muito cedo. Em 1966 Pedro Cascaes faleceu após curto período de conhecimento do câncer que o fulminou e minha mãe não estava preparada para o desafio da viuvez.

Minha irmã viu-se obrigada a cuidar dos negócios familiares ainda muito jovem pois todos aceitavam o fato de que eu, sendo casado, estudante em Minas Gerais e com uma filha recém-nascida deveria continuar os estudos.

Meu irmão, o Pedrinho para nós, era criança. Sentiu demais a falta do pai, o que lhe afetou a vida posterior de forma decisiva.

Com certeza o Pedro Cascaes não sonhava que isso pudesse acontecer. Tinha muita saúde, escapara com vida até da Gripe Espanhola que contraiu na infância, sucumbiu ao câncer. Fumava demais.

Pedro que os amigos chamavam de Pedrinho era espartano, lúcido, cauteloso, trabalhador e vivia para as famílias, em casa e em Florianópolis.

Deixou muito dinheiro e logo minha mãe e a Soneca mostraram o que fazer com o dinheiro. Compraram um belo carro, mais tarde um apartamento em Camboriú que muito pouco não se transformou em tragédia. O bloco de quatro pavimentos onde estava esse sonho de lazer desabou meio mês antes de ser ocupado.

Ir passar férias em Santa Catarina ganhou outra dimensão para nós em Curitiba.

O estilo folgado era o prêmio que meu pai sonhava ter após a minha formatura, imagino.

Minha irmã assumiu responsabilidades enormes soube cuidar da mãe enquanto aguentou. A velhinha era uma fera quando provocada.

NO principal reflexo da ausência do pai foi a educação do meu irmão. Ele unia suas gaiatices com o trabalho e seu estilo de líder o envolveu em atividades políticas que meu pai abominaria, imagino!

De longe vimos tudo isso e por azar quando o mano foi estudar no CEFET em Curitiba, 1972, mudamos para Florianópolis onde fiz mestrado. A liberdade que usufruiu em Curitiba levou o Pedrinho para amigos laboriosos e modernos. Vendeu até sandália na feirinha. Repetiu lá o que fizera em Blumenau vendendo limão do quintal de casa de um amigo. Eles foram surpreendidos pela mãe, insistentemente convidada a comprar as frutas.  Naturalmente tudo virou piada pois os vendedores deviam ter algo em torno de 5 a 6 anos.

Infelizmente nem tudo eram alegrias, mas situações divertidas aconteceram quando o Pedrinho pode dirigir carros e cuidar de uma loja na Rua 15. Um dia minha mãe foi ao dentista, Dr. Tonolli, e da cadeira de trabalho dele viu um carro atolado na prainha sendo empurrado por pessoas com o uniforme da Instaladora.  Era meu irmão que tinha atolado por lá durante a noite com uma namorada...

Os negócios prosperaram até a criação do Plano Real, foi um desastre em Blumenau.

Antes disso, contudo, compraram um apartamento no Edifício Aquarius em Balneário de Camboriú, lugar que minhas filhas aproveitaram ao máximo.

Quando foi possível eu e a Tânia passamos a ter nosso ninho num conjunto que tinha até piscina. A partir daí a praia perdeu importância e a Isabela e a Juliana ganharam um lugar especial. O Caio Lúcio também, praia para quê?

Isabela até ajudou o porteiro a controlar a cancela... O Caio um dia fez xixi na cabeça do zelador... as artes e festas eram rotina que eu aproveitava nos finais e semana e nas férias.

Deixando amenidades de lado fico pensando no que vemos agora, diariamente, com as viúvas, órfãos, pessoas que perdem a estrutura emocional e material morrendo de Covid e outras doenças por falta de atendimento pleno.

A tristeza é uma sombra diária...

 

 

 

 

 


 

 

Utopias? Podemos sonhar?

 

Temos do DICIO – https://www.dicio.com.br/utopia/

utopia

Significado de Utopia

Situação ou local idealizado, onde tudo acontece de maneira perfeita ou ideal.

Local ou situação ideal onde tudo é perfeito, harmônico e feliz; refere-se especialmente a um tipo de sociedade com uma situação econômica e social ideal.

O que está no âmbito do irrealizável; que tende a não se realizar; quimera, sonho; fantasia.

Situações determinadas em que os indivíduos estão em estado pleno de felicidade e harmonia.

[Política] P.ext. Qualquer situação imaginativa que, remetendo ao que é ideal e priorizando a qualidade de vida, garante uma sociedade mais justa e com políticas públicas igualitárias.

 

Em muitas nações podemos encontrar civilizações que vivem em situação que no século 18 eram revolucionárias e na maioria da Humanidade pareciam utopia.

Estamos em momentos terríveis graças à pandemia e retrocessos ideológicos, mas esse teste reforça a necessidade de retomarmos os ideais de paz, harmonia, amor ao próximo, tolerância, união entre povos e finalmente os sonhos de liberdade, igualdade e fraternidade.

 

 

 

 

Referências

 

Uso exaustivamente a “Wikipédia, Enciclopédia Livre,” para não vincular o que pretendo dizer a qualquer referência clássica, principalmente a Acadêmica. Raramente cito pessoas e obras que considero realmente especiais, além de outras que dispensam apresentação, como a Bíblia, por exemplo.

Acrescente-se a essa fonte de referência valiosíssima os livros que ainda tenho e muitos já distantes. Outros simplesmente esqueci, o que lamento tremendamente.

Documentos, teses, estudos e jornais acadêmicos e portais especiais são citados e merecem atenção.

O conhecimento e as dúvidas humanas crescem exponencialmente (List of countries by number of scientific and technical journal articles) o que gera publicações muito além da nossa capacidade de leitura, mas com método e objetivos claros podemos seguir caminhos compensadores.

 

 

 

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[1] As pessoas interessadas em política, com exceção dos políticos, têm convicções apaixonadas sobre inúmeras questões que podem parecer não passíveis de decisões racionais a qualquer indivíduo não preconceituoso. Trabalhadores voluntários em uma eleição disputada sempre acreditam que seu lado vencerá, não importa que razão possa existir para esperar a derrota.

Russel, Bertrand. Ensaios Céticos . L&PM Pocket. Edição do Kindle.

[2] Para Wittgenstein, a linguagem é a totalidade das proposições[39]. Seguindo Frege, ele não só considera a proposição como a menor unidade linguística, mas também a assume como sendo o conceito fundamental da sua teoria da linguagem. De fato, o autor do Tractatus transforma a proposição no objeto de sua análise crítica e no ponto de partida de suas investigações sobre a linguagem. Já nos NB, em 22/01/1915, ele escreveu que todo o seu trabalho consiste em explicar a natureza das proposições. Neste contexto, explicar a essência das proposições nada mais é do que estabelecer as condições necessárias para a existência da linguagem. Repare-se que, sendo assim, fica claro que o interesse wittgensteiniano não incide sobre as características que algumas linguagens podem possuir, mas seu objetivo é esclarecer as características essenciais que, sob o ponto de vista lógico, toda e qualquer linguagem deve obrigatoriamente possuir.

de Júnior, Gerson Francisco Arruda. 10 lições sobre Wittgenstein . Editora Vozes. Edição do Kindle.

[3] A antiga e recente história das bibliotecas é marcada por fatos de pura resistência do conhecimento. Ela vem sofrendo ao longo dos anos a ação do tempo, as guerras, a censura, e mesmo assim elas conseguiram sobreviver a todos os ataques. Na Idade Média, por exemplo, as bibliotecas quase foram extintas, vindo principalmente pela ação de censura da Igreja Católica. Mas, contraditoriamente, foram nos mosteiros, preservadas em esconderijos, e que elas conseguiram mais uma vez se salvar. Um bom exemplo desse tipo de operação medieval foi resgatado no romance "0 nome da Rosa", de autoria de Umberto Eco. Na verdade, as bibliotecas são a metáfora do fênix, que, segundo a tradição egípcia, era uma ave fabulosa que durava muitos séculos e, quando queimada, renascia das próprias cinzas.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_das_bibliotecas

[4] a velha doutrina socialista de que quem não trabalha não come. Ou, para citar outro exemplo, quando Stálin decidiu reescrever a história da Revolução Russa, a propaganda da sua nova versão consistiu em destruir, juntamente com os livros e documentos, os seus autores e leitores: a publicação, em 1938, da nova história oficial do Partido Comunista assinalou o fim do superexpurgo que havia dizimado toda uma geração de intelectuais soviéticos. Da mesma forma, nos territórios ocupados da Europa oriental, os nazistas se utilizaram, no início, de propaganda antissemita principalmente para assegurar um controle mais firme da população. Não precisaram lançar mão do terror para nele apoiar a sua propaganda, nem o fizeram. Quando liquidaram a maioria dos intelectuais poloneses, não o fizeram devido à sua oposição, mas porque, segundo a doutrina nazista, os poloneses não tinham intelecto; e, quando planejaram levar para a Alemanha as crianças de olhos azuis e cabelos louros, não pretendiam com isso aterrorizar a população, mas apenas salvar “o sangue germânico”.3

 

Arendt, Hannah. Origens do totalitarismo (pp. 447-448). Companhia de Bolso. Edição do Kindle.

[5] "Eu imploro que você não pense que estou falando ironicamente." Senhor, nada está mais longe do meu propósito do que querer rir de alguma forma desta civilidade e desta ordem. É verdade que vivo num mundo diferente, não este, e talvez não aguentasse um só dia numa casa com tantas araucárias. Mas, embora eu seja um velho e pobre lobo das estepes, ainda sou filho de uma mãe, e minha mãe também era burguesa e cultivava flores: e ela cuidava dos quartos e da escada, dos móveis e das cortinas. E ele tentou dar sua casa y vida o mais organizada, limpa e honesta possível.

 

Hesse, Hermann . Lobo da Estepe: Grande obra literária, romance curto más profundo, em que o autor combina alguns elementos fantásticos com seus próprios pensamentos e ideias. (p. 15). Edição do Kindle.

[6] INTRODUÇÃO Este livro contém as anotações que restam daquele homem, a quem, com uma expressão que ele próprio muitas vezes utilizou, chamamos de lobo da estepe. Não há necessidade de examinar se o seu manuscrito requer um prefácio introdutório; De qualquer modo, é necessário acrescentar algumas folhas às folhas do lobo da estepe, nas quais devo tentar estampar minha memória de tal indivíduo. O que sei dele não é muito, e seu passado e sua origem permaneceram especialmente desconhecidos para mim. Mas de sua personalidade guardo uma forte impressão, e como devo confessar, apesar de tudo, uma lembrança agradável. O lobo da estepe era um homem

Hesse, Hermann . Lobo da Estepe: Grande obra literária, romance curto más profundo, em que o autor combina alguns elementos fantásticos com seus próprios pensamentos e ideias. (p. 3). Edição do Kindle.

[7] All I really wanted was to try and live the life that was spontaneously welling up within me. Why was that so very difficult? To tell my story I have to start far in the past. If I could, I’d have to go back much farther yet, to the very earliest years of my childhood and even beyond them to my distant origins. When authors write novels, they usually act as if they were God and could completely survey and comprehend some person’s history and present it as if God were telling it to Himself, totally unveiled, in its essence at all points. I can’t, any more than those authors can. But my story is more important to me than any author’s is to him, because it’s my own; it’s the story of a human being—not an invented, potential, ideal, or otherwise nonexistent person, but a real, unique, living one. To be sure, people today have less of an idea than ever before what a really living person is; in fact, human beings, each one of whom is a priceless, unique experiment of nature, are being shot to death in car-loads.1 If we weren’t something more than unique individuals, if we could really be totally dispatched from the world by a bullet, it would no longer make sense to tell stories. But each person is not only himself, he is also the unique, very special point, important and noteworthy in every instance, where the phenomena of the world meet, once only and never again in the same way. And so every person’s story is important, eternal, divine; and so every person, to the extent that he lives and fulfills nature’s will, is wondrous and deserving of full attention. In each of us spirit has become form, in each of us the created being suffers, in each of us a redeemer is crucified.

Hesse, Hermann; Editors, GP. Demian . GENERAL PRESS. Edição do Kindle.

[8] Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Eletrobras Cepel) foi criado em 1974 e sua sede é localizada no Rio de Janeiro (Ilha do Fundão). Foi Instituído por Escritura Pública, publicada em 21/01/1974, e celebrada pelas empresas EletrobrasChesfFurnasEletronorte e Eletrosul, como parte do Grupo Eletrobras. Conta com mais de 45 anos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) relacionado a geração, transmissão e distribuição de energia elétrica e sendo considerado o maior centro de pesquisas em energia elétrica do Hemisfério Sul.

Conta com 30 laboratórios, sendo 20 deles localizados na Ilha do Fundão, enquanto que outros 10 são localizados em AdrianópolisNova Iguaçu (próximo ao Rio de Janeiro), onde são efetuados trabalhos envolvendo alta tensão, alta corrente, alta potência, certificação de equipamentos, etc.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Eletrobras_Cepel

[9] Década de 1990: Windows 95 domina o mundo e a Internet surge

A partir da década de 1990, o computador pessoal encontrou seu formato e experiências mais extravagantes de hardware. Além disso, o design ganhou uma nova cara: o PC passou a ser formado por gabinete, monitor, teclado e mouse.15 de ago. de 2019

Dia da Informática: veja a evolução dos PCs ao longo das ...

 

[10] Livro digital (livro eletrónico/eletrônico ou o anglicismo e-book) é qualquer conteúdo de informação, semelhante a um livro, em formato digital, que pode ser lido em equipamentos eletrônicos - computadores, PDAs, Leitor de livros digitais ou até mesmo celulares que suportem esse recurso, existindo ou não sua versão em ...

Livro digital – Wikipédia, a enciclopédia livre

 

 

[11] Brasil. No caso dos territórios atlânticos de colonização anterior a brasileira, como  os Arquipélagos da Madeira e dos Açores,  estes passaram a constituir fontes intermitentes de envio de contingentes populacionais que, retomando o ciclo da procura de melhores condições de vida fora das fronteiras nacionais, dirigiram-se para o Brasil (em meados do século XVIII), em particular aos estados do Sul: Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A presença de açorianos em terras brasileiras é tão antiga, que a saga migratória destas populações alinha-se à própria história dos cinco séculos  do Brasil.  Gaspar Frutuoso (apud AGUIAR 1976:6) registra a instalação de pioneiros açorianos na Bahia em 1579. Já,  Abreu e Lima (apud BOLÉO, 1945), faz referência à chegada de colonos açorianos no Maranhão e Pará em 1621.

Lacerda, Eugenio. O Atlântico Açoriano: Uma antropologia da açorianidade . Edição do Kindle.

[12] https://www.heraldrysinstitute.com/lang/pt/cognomi/Gandolfi/idc/1595

Gandolfi

A família é sem dúvida uma das mais antigas de Carpi, levando suas origens até a segunda metade do século. XIII. No entanto, não é possível tecer uma genealogia que a partir de Marino, pai de dois filhos, Pellegrino, que já morreu em 1422, e Virgílio, já em 1455, progenitores de dois ramos que se multiplicaram e se distinguiram com os apelidos de Ferrari e Virgili. O último ramo foi extinto no século. XVII, o outro, depois de assumir o sobrenome primitivo e dar origem a novas ramificações distintas com os novos nomes de Bagotti e Bagottini, mas ainda extintos, ainda está florescendo em Carpi. Um ramo da família, no segundo. XV, ele também transplantou para Modena, dando origem a uma família de distintos entalhadores e mestres de embutimento. Durante os séculos XVII e XVIII, eles compraram muito em prosperidade e em censo e, portanto, a Comunidade de Carpi, em

[13] caso, se não tivesse havido a imigração maciça de italianos dos anos 1880 em diante, a história de São Paulo ou do Brasil teria sido muito diferente? A minha primeira resposta é que a Abolição teria sido muito mais complicada. A afirmação convencional nessa área é que “a Abolição tornou possível a imigração maciça”, quando um mínimo de atenção à cronologia e à história política do processo deixa evidente que a afirmação oposta é a correta: a imigração em grande escala tornou possível a Abolição em 1888.104 Os fazendeiros paulistas tiveram sorte considerável quando a crise da escravidão coincidiu com o que Gino Luzzato chamou “os anos mais críticos da economia italiana” e conseguiram importar as grandes levas de imigrantes que permitiram uma transição relativamente tranquila ao trabalho livre e uma vasta expansão posterior da cafeicultura no estado.105

Matos, Maria Izilda S. de; Menezes, Lená Medeiros de; Gomes, Edgar da Silva; Pereira, Syrléa Marques. Italianos no Brasil: . eManuscrito. Edição do Kindle.

[14] Em 2019 haviam no Brasil cerca de três centenas de células neonazistas,[54] número esse que resulta de um crescimento de cerca de duzentos porcento em menos de quinze anos.[55]

Muitas vezes faz-se uma associação entre esses grupos e os descendentes de alemães do Sul. O historiador Rafael Athaides assevera que não há justificativa em se fazer essa conexão. Athaides acha pouco provável que haja qualquer ligação, pois um levantamento do perfil dos indivíduos presos por neonazismo mostra que nenhum deles é descendente de nazistas históricos. Trata-se de jovens desajustados, "desprovidos de referencial identitário e que manipulam os signos do nazismo no mundo". Responsabilizar os descendentes de alemães do Sul pela sustentação de grupos separatistas e neonazistas acontece mesmo quando práticas qualificadas como "neonazistas" são praticadas por caboclos do interior do Pará.[8] Embora não haja uma correlação com etnias específicas, ao menos um estudo aponta que os estados com maior prevalência de grupos neonazistas no Brasil são São PauloSanta CatarinaParaná e Rio Grande do Sul.[54]

https://pt.wikipedia.org/wiki/Nazismo_no_Brasil#Neonazismo_no_Brasil

 

 

[15] Como podem as profissões tradicionais se encaixarem no cenário de mudanças constantes previstos para os próximos anos? É possível que algumas profissões, que hoje parecem essenciais, se tornem obsoletas e sejam abandonadas? Não podemos ser deixados para trás na corrida do mercado de trabalho. ​É importante se atualizar nesta discussão cada vez mais proeminente.

Davila, Priscila. Profissões do futuro: Você está no caminho certo ao escolher sua profissão? . Edição do Kindle.

[16] Quando um gigante chamado Golias saiu do acampamento dos filisteus protegido por capacete e armadura de bronze, os guerreiros de Israel enxergavam nele um obstáculo imbatível. Ninguém se atreveu a enfrentá-lo. Sem medo, Davi, um pastor que nunca havia empunhado uma espada, avançou contra Golias, que, com sua espada e armadura, também correu em direção ao oponente. Davi, contando com sua atiradeira, arremessou uma pedra que feriu mortalmente o inimigo na fronte. O pequeno venceu o gigante. Superdicas para o jovem escolher bem sua profissão tem uma mensagem implícita a todo jovem que, ao lê-lo com o devido interesse e atenção, perceberá com clareza: VOCÊ VAI CONSEGUIR!

REINALDO POLITO. Superdicas para o jovem escolher bem sua profissão (p. 9). Edição do Kindle.

[17] Vamos definir bem estes dois elementos: Vocação Cada pessoa possui seu jeito próprio. Tem gente que faz contas facilmente, outras não têm nenhuma intimidade com a Matemática. Alguns escrevem um texto sem esforço, enquanto há quem demore horas para rabiscar algumas linhas. Por algum motivo, que talvez a genética explique, cada ser humano nasce com mais habilidades para determinadas atividades e menos para outras. Quando essas habilidades são aplicadas a uma atividade profissional, isso é o que chamamos de vocação.

Alves Filho, Francisco. 7 passos para escolher a profissão: Orientação para ajudar na hora de decidir . Edição do Kindle.

[18] Metamorfose significa mudança, é a transformação de um ser em outro. De uma forma em outra. No sentido figurado metamorfose é a mudança considerável que ocorre no caráter, no estado ou na aparência de uma pessoa. É a transmutação física ou moral. Significado de Metamorfose (O que é, Conceito e Definição)

[19] conscientes ou não, é a capacidade que ela tem de romper com o casulo que a envolve e se transformar de dentro para fora em outro ser. Todos nós, seres humanos, somos aprisionados por um casulo que só aumenta à medida que o nosso corpo cresce e que a nossa personalidade se forma. O casulo que nos aprisiona é denominado neste livro como ego e nos causa dor, porque não estamos suficientemente despertos para reconhecê-lo. Todos nós, a não ser que estejamos despertos e alertas, carregamos certa quantidade de insanidade dentro de nossas mentes. O bom de tudo é que também temos a possibilidade de romper com o casulo de insanidade que tanto nos aprisiona. Nos dias atuais, esta possibilidade tornou-se uma necessidade imperativa. Ou despertamos para uma nova consciência ou seremos extintos como raça. Este capítulo, “Borboletas do gênero humano”, faz uma comparação entre a metamorfose sofrida pelas borboletas com a radical transformação interna que se dá no processo evolutivo do despertar para uma nova consciência nos humanos. E, neste momento da história da humanidade, a raça humana precisa necessariamente passar por uma mudança radical e completa, que pode ser comparada com a metamorfose de uma borboleta. A consciência precisa evoluir na humanidade, pois estamos ameaçados como raça. E, o pior de tudo, é que estamos intimidados por nossas mentes. E a humanidade precisa reconhecer isso para nos livrar de nossos egos.

Spies, Rose. Metamorfose humana; evoluir ou morrer (pp. 9-10). Autografia. Edição do Kindle.

[20] público. Foi em 1965 que o psicólogo e cientista da computação J. C. R. Licklider (1915-1990) – considerado por muitos um dos maiores visionários da História da Computação – escreveu em seu livro Libraries of the Future (Bibliotecas do Futuro) que “as pessoas tendem a superestimar o que pode ser feito em um ano e subestimar o que pode ser feito em cinco ou dez anos”. E a História tem mostrado que Lick (como ele era conhecido) estava correto. Neste livro, no qual falamos de um futuro que já está aqui, à nossa volta – um futuro presente – embarcamos em uma jornada que visita a Pré-História, as civilizações antigas do Oriente e do Ocidente, atravessando a Idade Média, o Renascimento, a Revolução Científica e as (até agora) quatro Revoluções Industriais. Nosso objetivo é apresentar a explosão de novas tecnologias que estamos vivenciando agora como nada mais que a consequência natural do trabalho desenvolvido ao longo da História por centenas de inventores, cientistas, empreendedores, pioneiros e exploradores. Essa é a natureza da nossa Civilização, que atingiu um estágio onde a velocidade da inovação e os riscos apresentados à nossa própria sobrevivência são reais e precisam ser contemplados.

Perelmuter, Guy. Futuro presente (pp. 11-12). Companhia Editora Nacional. Edição do Kindle.

[21] Falar sobre a família e os seus desafios no Séc. XXI foi provocante e desafiador, já que não temos filhos e um dia nos disseram que não poderíamos jamais aconselhar ou dar palestra para quem os tinha, pois a convivência é tudo. Entretanto, nossos acusadores se esqueceram de que muitas vezes, a visão melhor é a de quem está do lado de fora, que um dia fomos filhos, convivemos como filhos, vimos e vemos como filhos, e tudo o que escrevemos foi feito como filhos, que somos. Minha geração falhou na educação de seus filhos, entretanto ainda há tempo de ajudar a geração atual a acertar, e como os pais precisamos reconhecer isto, pois nossos filhos já deram início a uma nova geração, e senão os ajudarmos, pergunto: O que será da geração que está sendo construída? É preciso reconhecer que erramos e perceber os nossos erros e as nossas falhas, ainda que advindo de famílias com criações diferentes.

Paixão, William. A FAMÍLIA E OS DESAFIOS DO SÉC. XXI: Família, Educação Religiosa . P192. A família e os desafios do século XXI. William Paixão. Torres: Editora Illuminare, 2018.. Edição do Kindle.

[22] 13. Ameaças e soluções Ampliemos nosso escopo. Até o momento, este livro apresentou duas metas principais. Na parte i, examinamos as forças de aceleração e vimos como a convergência de tecnologias está desencadeando ondas de mudança sem paralelo na história em sua capacidade disruptiva. Na parte ii, acompanhamos a propagação dessas ondas pela sociedade, prestando especial atenção a seu impacto em nossa vida diária. Em ambos os casos, mantivemos o escopo de nosso exame limitado aos próximos dez anos. Na parte iii, ampliamos nossos horizontes em duas direções fundamentais. Neste capítulo, vamos focar nas disrupções de nossa disrupção — isto é, uma série de riscos ambientais, econômicos e existenciais que ameaçam o progresso feito até aqui. Obviamente, cada uma dessas categorias é densa o bastante para encher um livro. Nosso objetivo não são os detalhes exatos. De preferência, queremos delinear o problema, em seguida examinar as maneiras pelas quais as tecnologias convergentes podem oferecer soluções. No capítulo a seguir, consideramos as consequências a longo prazo, expandindo nosso foco da próxima década para o século adiante. Vamos explorar cinco grandes migrações causadas (em grande parte) pela tecnologia que começam a ocorrer. Analisaremos os deslocamentos por motivos econômicos, as sublevações ocasionadas

Diamandis, Peter H.; Kotler, Steven. O futuro é mais rápido do que você pensa (pp. 290-291). Objetiva. Edição do Kindle.

[23] Em outubro de 1940, o dr. John MacCurdy foi de carro até um bairro pobre que havia sido particularmente atingido, no sudeste de Londres. Só restava uma colcha de retalhos de crateras e prédios desmoronados. Se havia um lugar que claramente poderia estar envolto em um pandemônio, era aquele. E o que o psiquiatra viu, momentos depois de um violento ataque aéreo? “Garotinhos continuavam brincando nas calçadas, consumidores iam às compras, um policial coordenava o tráfego aparentando um tédio majestoso, e os ciclistas desafiavam a morte e as leis do trânsito. Ninguém, até onde pude ver, sequer olhava para o céu.”5 Na verdade, se há algo em comum em todos os relatos sobre a Blitz é a descrição de uma estranha serenidade que se estabeleceu em Londres naqueles meses. Ao entrevistar um casal de ingleses na cozinha da casa deles, um jornalista norte-americano observou que os dois tomavam chá até mesmo com as janelas estremecendo nos batentes. “Não estavam com medo?”, quis saber o jornalista. “Ah, não”, foi a resposta. “Se estivéssemos, que diferença nos faria?”6

 

Bregman, Rutger. Humanidade (p. 11). Crítica. Edição do Kindle.

[24] STEPHEN HAWKING foi por trinta anos professor lucasiano da Universidade de Cambridge – uma das mais prestigiosas cátedras de matemática do mundo, já ocupada por Isaac Newton –, exerceu o cargo de diretor de pesquisa do Departamento de Matemática Aplicada e Física Teórica e fundou o Centro de Cosmologia Teórica da instituição. Considerado um dos físicos mais importantes da história, recebeu inúmeros prêmios e honrarias, incluindo a Medalha Presidencial da Liberdade, a maior condecoração civil dos Estados Unidos. Além de Minha breve história, seus livros para o público geral são O universo numa casca de noz, Buracos negros e Uma breve história do tempo, lançados pela Intrínseca, e também O grande projeto e a coletânea de ensaios Buracos negros, universos-bebês. Hawking morreu em 2018, aos 76 anos, em Cambridge.

Hawking, Stephen. Minha breve história (pp. 109-110). Intrínseca. Edição do Kindle.

[25] Força do ego. Um fator importante ao lidar com uma crise, e que difere de pessoa para pessoa, é algo que os psicólogos chamam de “força do ego”. Essa força inclui a autoconfiança, mas é muito mais abrangente. Significa termos um senso de nós mesmos, um senso de propósito, e nos aceitarmos como somos, como pessoas orgulhosamente independentes que não dependem de outros para obter aprovação ou sobreviver. A força do ego inclui conseguir tolerar fortes emoções, manter-se focado sob estresse, expressar-se livremente, perceber a realidade de modo acurado e tomar decisões sensatas. Essas qualidades inter-relacionadas são essenciais para explorar novas soluções e superar o medo paralisante que com frequência surge em uma crise. A força do ego começa a se desenvolver na infância, especialmente a partir de pais que aceitam o filho como ele é, sem esperar que ele realize seus sonhos ou que seja mais velho ou mais novo do que realmente é. Pais que ajudam a criança a aprender como tolerar frustrações ao não dar tudo que ela deseja, mas sem tampouco privá-la de tudo que quer. Todo esse contexto está envolvido na força do ego, que nos ajuda a superar crises.

Diamond, Jared. Reviravolta: Como indivíduos e nações bem-sucedidas se recuperam das crises (pp. 55-56). Record. Edição do Kindle.

[26] Na Idade Média, a lepra era uma doença muito comum: estima-se que em algumas regiões uma em cada 30 pessoas estava infectada. Mas repentinamente, na passagem do século XV a XVI, a lepra diminuiu na maior parte do continente.13 de jun. de 2013 -

Europeus desenvolveram resistência à lepra no final da Idade ...

 

[27] a dependência. Já que não temos como adivinhar, então, quando a vida se oferece inteira para nós, temos que vivê-la, de maneira que nunca nos esqueçamos do que estamos fazendo com ela. É preciso que se viva de modo que tenhamos orgulho bem mais tarde, pela maneira como vivemos, e que tudo pode ser modificado, enfrentado. Mas como ainda não aprendemos a fazer o tempo voltar,  espero o dia em que as pessoas descubram que o sentimento é muito mais importante e necessário em nossa vida, do que o capitalismo idealizado pelo homem.

Oliveira, Miriam de Sales; Autores, Vários. Os 7 Pecados Capitais . Pimenta Malagueta. Edição do Kindle.

[28] Bem-vindo à corrida. Bem-vindo a um mundo em que a geração do milênio descobriu telefones celulares e mídias sociais e em que toda criança sabe como tocar em um aplicativo e ficar na frente da câmera para tirar uma selfie. Bem-vindo na corrida dos ratos por atenção, a luta contra a negligência e a competição por fama e fortuna. Bem-vindo a um mundo em que todos desejam ser a estrela mais sexy, mais bem sucedida, mais impressionante, mais popular, mais habilidosa do Guinness Book of Records, e tenham milhões de pessoas no Twitter, Instagram, Facebook e YouTube. A questão é: você vai tentar ou vai deixar tudo ir? Você se importará mais com o que Deus pensa de você ou do mundo? A escolha é sua.

Ruiz, Carlos. Os 7 pecados capitais: Compreensão e arrependimento dos 7 piores vícios . Edição do Kindle.

[29] Lo principal entre las ideas del tantra es que el universo es la manifestación de la realidad divina última. Lo que eso significa en términos de los chakras es que tu propio cuerpo es un microcosmos del universo mayor, y la energía divina que manifiesta el universo también actúa en el cuerpo del practicante individual. Trabajar con los chakras puede ser tremendamente liberador, pero esta aproximación no está exenta de peligros. Entre otras cosas, puede tener efectos no deseados en su bienestar psicológico. Es por eso que las prácticas que involucran el cuerpo sutil son tradicionalmente hechas con la guía cercana de un maestro espiritual calificado que puede corregir cualquier error que cometa un estudiante, ver los puntos ciegos de su ego, y ayudarle a mantenerse alejado de los peligros comunes, así como a resolver cualquier problema que pueda surgir. Así que si te encuentras deseando entrar en los chakras más profundamente como resultado de la lectura de este libro, te recomiendo encarecidamente que encuentres un maestro que te pueda guiar en tu práctica.

Morello, Tai. Chakras para Principiantes: Cómo equilibrar sus chakras, irradiar energía y sanarse a sí mismo (Spanish Edition) (p. 7). Edição do Kindle.

[30] 60 frases de sinceridade para quem não abre mão da verdade - Falar a verdade e ser fiel ao que acredita deveria ser algo que todo mundo faz. No entanto, ser sincero é uma qualidade rara que poucas pessoas têm. Inclusive, existe uma linha muito tênue entre ser honesto e ser mal-educado. – https://www.99frases.com.br/frases-de-sinceridade/

 

[31] Razões para que estejas onde estás Há necessidade, contudo, de que te prepares para viver no mundo, no seio da tua família, contatando-a de algum modo, a fim de retirares proveito dessa relação. O Criador não te alocou por mero acaso nessa ou naquela vinculação genética. Existem imponderáveis razões para que estejas convivendo com quem convives. Entenderás que é no seio familiar onde o Criador te situa para que aprendas a conviver com os teus irmãos da macroscópica humanidade. Como o Cristo deixou claro que aquele que não consegue ser fiel nas coisas mínimas, também não o será nas coisas máximas1, cabe a ti aperfeiçoar teus pensamentos e raciocínios na tua micro-humanidade doméstica, para que consigas, no tempo, atuar com proveito na ampla humanidade. Importante é que consigas identificar, na relação com os teus consanguíneos, o que é que Deus espera de ti, o que deves realizar nesse contexto para que se torne exitosa a tua presente existência terrestre.

José Raul Teixeira; Camilo (Espírito). Minha família, o mundo e eu (pp. 11-12). Editora Fráter. Edição do Kindle.

[32] Que você seja sempre uma referência positiva na vida de seus filhos. Dialogue, estabeleça regras, perdoe, seja terno mas firme, discipline, doe seu tempo, reconcilie, tolere, escolha bem as palavras, exerça a generosidade, elogie, demonstre humildade, abra mão, seja amigo. E, mais do que tudo, ame. Pois, sem dúvida alguma, não há entre pais e filhos vínculo maior, mais importante, influente e duradouro do que o amor.

Poli, Cris. Pais admiráveis educam pelo exemplo (p. 144). Editora Mundo Cristão. Edição do Kindle.

[33] Em síntese, o grande desafio brasileiro para o século XXI será definir e executar uma política de desenvolvimento verdadeiramente sustentável - enfrentando inclusive a difícil tarefa de questionar os modelos de crescimento voltados unicamente para o econômico e descuidados do ambiental e social.

Os desafios do século XXI - SciELO

 

[34] O professor é sem dúvidas uma peça fundamental no processo ensino e aprendizagem, pois a missão do docente não é apenas de repassar conteúdos, fórmulas e regras, mas vai muito além, ele precisa desenvolver diversos papéis dentro da sala de aula, bem como saber lidar com cada aluno conforme a sua individualidade. Ao longo do tempo, esse profissional da educação sentiu-se obrigado a mudar sua didática e metodologia a fim de conseguir engajar-se no mundo moderno, que está em constante movimento e transformação seguindo as mudanças das sociedades. De fato, muitas das concepções tidas pelos mestres há algum tempo, caíram no obsoleto atualmente. Deste modo, foi a partir dessa perspectiva que a inovação e o aperfeiçoamento do seu trabalho tornaram-se tão necessários. Em meados de 2020, o mundo vivenciou uma realidade considerada atípica, ao se ter

https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/viewFile/3250/5104

[35] O meio ambiente nos fornece os mais variados recursos naturais que não apenas é essencial para a sobrevivência da humanidade como possibilitou o desenvolvimento econômico e tecnológico mundial, o que incrementou o consumo desses recursos como, por exemplo, água e solo. Com a revolução industrial, ocorrida entre os séculos XVIII E XIX, a demanda dos insumos contidos no meio ambiente, elevou-se, e as consequências passaram a ser sentidas de maneira mais drástica devido a poluição de rios, solos, ar, tendo em alguns casos mundialmente conhecidos consequências diretas no agravo à saúde das populações, inclusive casos de óbitos.

Júnior, Antônio Pereira. As múltiplas visões do Meio Ambiente e os Impactos Ambientais (p. 4). Simplíssimo Livros. Edição do Kindle.

[36] Nas últimas décadas, a preocupação com o meio natural tem sido observada. O ser humano pôde perceber que as agressões que fez à natureza trarão resultados que serão sentidos por ele mesmo. Isso só foi possível porque as novas tecnologias começaram a associar doenças e desequilíbrio ecológico à ação humana. A destruição deliberada de terrenos agrícolas e outros danos causados ao ambiente em tempos de conflito armado prejudicam os ecossistemas e os recursos naturais, razão pela qual a Assembleia Geral da ONU estabeleceu a data de 6 de novembro como o Dia Internacional para a Prevenção e Exploração do Meio Ambiente em Tempo de Guerra e de Conflito Armado, com o objetivo, segundo o ex-secretário-geral da ONU, Koffi Anan, de salientar “as consequências da guerra para o ambiente e a importância de não explorar nem danificar irrefletidamente os ecossistemas para alcançar objetivos militares”. A data é comemorada como dia de reflexão, uma vez que para a humanidade a guerra é sinônimo de mortes e danos materiais, mas muitos esquecem a destruição ambiental causada pela guerra. Em geral, os estragos ao meio natural não são oficialmente registrados. Na verdade, o impacto das guerras tem contribuído para as catástrofes ambientais: seca, inundações, ciclones, incêndios. Os desastres climáticos estão mais frequentes e intensos com o aquecimento global provocado pelas atividades humanas, entre as quais se destacam as ações militares.

Daniel, Zina. O impacto das guerras no meio ambiente: A importância da educação ambiental nas Forças Armadas Angolanas (pp. 15-16). Edição do Kindle.

[37] A Universidade Federal de Itajubá foi fundada em 1913 pelo advogado Theodomiro Carneiro Santiago. Inicialmente denominada Instituto Eletrotécnico e Mecânico de Itajubá (IEMI), iniciou as suas atividades no dia 16 de março do referido ano, tendo a inauguração oficial ocorrido em 23 de novembro, com a presença do presidente Hermes da Fonseca.

Desde logo o IEMI se destacou na formação de profissionais especializados em sistemas de energia, notadamente em geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.

Prédio central da Universidade Federal de Itajubá - UNIFEI

O então instituto foi oficializado pelo Governo Federal em 5 de janeiro de 1917, por meio da Lei 3 232[11], sancionada pelo Presidente Wenceslau Braz, que reconheceu o Curso de Engenheiros Eletricistas e Mecânicos. O curso tinha, inicialmente, a duração de três anos, tendo passado para quatro anos em 1923. Em 1936 foi alterado o currículo do curso, que passou a ter a duração de cinco anos, e o Instituto foi equiparado à Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Em 15 de março daquele ano, o nome da instituição foi alterado para Instituto Eletrotécnico de Itajubá - IEI. Em 30 de janeiro de 1956 o IEI foi federalizado (embora a denominação de Escola Federal de Engenharia só tenha sido adotada em 1968) pela Lei 2.721[12], sancionada por Nereu Ramos, presidente em exercício.

Em 16 de abril de 1968, o Decreto 62.567[13] alterou sua denominação para Escola Federal de Engenharia de Itajubá - EFEI e, em 24 de abril de 2002, foi transformada em Universidade, com a denominação atual, adotando a sigla UNIFEI, por meio da Lei 10.435[14], sancionada pelo então Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso. A primeira eleição para reitor deu-se em 2004, assumindo o Prof. Renato de Aquino Faria Nunes e seu vice, Prof. Paulo Shigueme Ide, os quais foram reeleitos em 2008.

 

[38] Dialogar com famílias sensibilizadas por alguma realidade problemática, por alguma situação preocupante, requer tato, carinho e muita, mas muita destreza com as palavras. Existe uma certa polidez que costumo adotar para selecionar o que precisa ser dito e dizer da melhor maneira possível. Muitos diriam ser esse o “discurso politicamente correto”, mas vai muito além disso, é sobre abrir o diálogo, sobre se fazer bem-vindo. Acredito que a aprendizagem pela via afetiva é sempre mais eficaz, por isso, o carinho com as palavras fortalece a mensagem e aumenta as chances de sermos ouvidos e entendidos. As chances de ensinarmos algo a alguém, chegando primeiro ao coração e depois ao cérebro são sempre maiores. Desarmar as barreiras, baixar a guarda do nosso interlocutor é crucial para o fortalecimento do diálogo. Foi pensando no diálogo entre mães, no diálogo entre mães e seus filhos, entre mães e seus companheiros e companheiras, que veio a ideia de um guia, um compêndio de dicas, as minhas advertências à mãe moderna. Um manual que sirva a mães, pais, avós, avôs, tias, tios, madrinhas, enfim, a todos aqueles que nascem junto com o bebê. Toda vez que, durante a sua leitura, encontrar a palavra mãe, há grandes chances de que eu esteja também me referindo a todos aqueles que receberam títulos após a maternidade. Este guia pretende facilitar o diálogo, abrir caminho para o afeto, entre todos os envolvidos na tarefa de dar luz a uma criança.

 

Queres, Camila . O Guia da Mãe Moderna: 75 Dicas de uma Diretora Escolar (pp. 4-5). Edição do Kindle.

[39] Os pais querem sempre o melhor para seus filhos e, por isso, acabam depositando todos os seus planos e expectativas em cima deles. Nesse contexto, ser filho único pode ser um grande desafio, uma vez que toda essa pressão recai apenas sobre ele.

https://www.sbie.com.br/blog/conheca-sindrome-do-filho-unico-e-seus-impactos-dentro-de-uma-familia/

[40] Uma em cada onze crianças com mais de oito anos de idade está infeliz, segundo um estudo divulgado em janeiro deste ano pela Children’s Society, organização centenária de proteção infantil. Apesar de ...

 

Leia mais em: https://veja.abril.com.br/saude/por-que-as-criancas-estao-cada-vez-mais-infelizes/

[41] Você tem que estar muito bem escondido no fundo do seu quarto de oração para não notar que as questões sobre família estão se reescrevendo, pelo menos em certas jurisdições. Meu próprio núcleo familiar está rapidamente se tornando uma raridade. Pense em todos os novos termos que podemos escolher para definir a nós mesmos: pais gays casados. Pais heterossexuais não casados. Pais solteiros por opção. Padrastos, madrastas, irmãos postiços, irmãs postiças, meio-irmão, meia-irmã – quem ainda conta como filho único?

Sandler, Lauren. Primeiro e único (p. 206). Leya. Edição do Kindle.

[42] Introdução Parece que você ouve o tempo todo, de quase todos que você conhece "Estou tão estressado!". As pressões do dia a dia estão em todo lugar. São essas pressões que causam estresse e ansiedade, e muitas vezes não estamos preparados para lidar com os estímulos externos que provocam a ansiedade e outros sentimentos que podem nos deixar doentes, sim doentes. As estatísticas são impressionantes, de acordo com um levantamento realizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o estresse atinge cerca de 90% da população. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Saúde Mental mostrou que transtorno de ansiedade é o principal problema de saúde mental, que é mais comum entre as mulheres, estão perdendo apenas para o abuso de álcool e drogas entre os homens. As mulheres sofrem de estresse e ansiedade quase o dobro se comparado aos homens. Transtorno de ansiedade é a doença mental mais comum na América, superando até mesmo a depressão. Também é mais comum entre adultos com mais de 65 anos de idade. Sofredores de ansiedade vão a uma média de cinco médicos antes de serem diagnosticados com sucesso. Infelizmente, o estresse e a ansiedade andam de mãos dadas. Um dos principais sintomas do estresse é a ansiedade. E o estresse é responsável por 80% de todas as doenças, direta ou indiretamente.

Melhor, Editora Você. Estresse: Sintomas e Tratamento para Estresse . Edição do Kindle.

[43] família (do termo latino familia) é um agrupamento humano formado por duas ou mais pessoas com ligações biológicasancestraislegais ou afetivas que, geralmente, vivem ou viveram na mesma casa. Pode ser formada por pessoas solteiras, casais heterossexuais, casais homossexuais, entre outras constituições presentes em diferentes contextos sociais. Constitui uma das unidades básicas da sociedade.

A família representa um grupo social primário que influencia e é influenciado por outras pessoas e instituições. É formado por pessoas, ou um número de grupos domésticos ligados por descendência (demonstrada ou estipulada) a partir de um ancestral comum, matrimónio ou adoção. Nesse sentido o termo confunde-se com clã. Dentro de uma família, existe, sempre, algum grau de parentesco. Membros de uma família, geralmente pai, mãe e filhos e seus descendentes, costumam compartilhar do mesmo sobrenome, herdado dos ascendentes diretos. A família é unida por múltiplos laços capazes de manter os membros moralmente, materialmente e reciprocamente durante uma vida e durante as gerações. Fonte Wikipédia

 

 

[44] O Código Civil concentra, no art. 1.571, o rol de causas extintivas da sociedade conjugal e do casamento, da forma seguinte: a) sociedade conjugal: morte de um dos cônjuges; nulidade ou anulação do casamento; separação judicial; divórcio; b) casamento: morte de um dos cônjuges; c) divórcio; d) morte presumida.30 de jun. de 2009

Dissolução da sociedade conjugal no código civil 2002 ...

https://www.editorajc.com.br › ...

 

 

[45] Os conceitos da vida e do mundo que chamamos "filosóficos" são produto de dois fatores: um, constituído de fatores religiosos e éticos herdados; o outro, pela espécie de investigação que podemos denominar "científica", empregando a palavra em seu sentido mais amplo. Os filósofos, individualmente, têm diferido amplamente quanto às proporções em que esses dois fatores entraram em seu sistema, mas é a presença de ambos que, em certo grau, caracteriza a filosofia.

Bertrand Russell. A Filosofia entre a Religião e a Ciência (Portuguese Edition) (Locais do Kindle 1-3). Edição do Kindle.

[46] Ditos e setas 1. A ociosidade é a mãe de toda psicologia. Como? Seria a psicologia um – vício? 2. Mesmo o mais corajoso de nós apenas raramente possui a coragem para aquilo que realmente sabe... 3. Para viver sozinho é preciso ser um animal ou um deus – afirma Aristóteles.[6] Falta mencionar o terceiro caso: é preciso ser as duas coisas – filósofo... 4. “Toda verdade é simples.” – Não é isto uma sofisticada mentira?[7]

Nietzsche, Friedrich. Crepúsculo dos ídolos (p. 8). L&PM Editores. Edição do Kindle.

[47] Religious Strife “There is something of God in every man, let us affirm it more certainly than ever, but surrounded as we are by millions of new-made graves and with the voices of the hungry and the dispossessed in our ears, let us not easily accept the impious hope that the natural goodness of ourselves is sufficient stuff out of which to fashion a better world.” - Gilbert H. Kilpack The prelude to the Quakers’ story goes all the way back to the mid-17th century – more precisely, the English Civil War. Unlike most wars, the seed of the war had not been planted by revolutionaries who sought to usurp the throne with their own brand of government. Rather, the discontented public had become piqued by the overbearing religious authority. It would not be long before the brewing tension escalated into violent conflict. Critics of the monarch

Charles River Editors. The Quakers: The History and Legacy of the Religious Society of Friends . Charles River Editors. Edição do Kindle.

[48] OS QUAKERS DA PENSILVÂNIA E OUTROS GRUPOS Além dos puritanos, as colônias receberam outros grupos religiosos como os quakers (ou sociedades de amigos), o grupo mais liberal que surgiu com a Reforma. Tratar-se por “tu”, sem nenhum título, sendo cada homem sacerdote de si mesmo, eis um dos princípios dos quakers que valeu até a admiração do pensador Voltaire no Dicionário filosófico. Ao iniciar sua pregação no Novo Mundo, os quakers encontraram grande oposição dos líderes puritanos. Alguns foram até mortos como subversivos, ao mesmo tempo em que suas ideias encontravam eco entre os desencantados com a rígida disciplina puritana.

Karnal, Leandro; Morais, Marcus Vinícius de; Fernandes, Luiz Estevam; Purdy, Sean. História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI (p. 64). Contexto. Edição do Kindle.

[49] religião na Roma Antiga caracterizou-se pelo politeísmo, com elementos que combinaram influências de diversos cultos ao longo de sua história. Desse modo, em sua origem, crenças etruscasgregas e orientais foram sendo incorporadas aos costumes já tradicionais de acordo com sua efetividade.

A ideia de efetividade de um ritual para agradar a um deus ou deuses é a ideia que permeia o cenário religioso da época. A noção de nossa sociedade de tradição judaico-cristã quanto à religião liga os rituais à , algo que não era levado em conta pelos romanos. Para eles os deuses simplesmente existiam, não havia necessidade de questionar esse fato.

Os deuses dos antigos romanos, à semelhança dos antigos gregos, eram antropomórficos, ou seja, eram representados com a forma humana e possuíam características como qualidades e defeitos de seres humanos.

O Estado romano propagava uma religião oficial que prestava culto aos grandes deuses, como, por exemplo, Júpiter, pai dos deuses; Marte, deus da guerra, ou Minerva, deusa da sabedoria e da justiça. Em honra desses deuses eram realizados festivais, jogos, sacrifícios e outras cerimônias. Posteriormente, diante da expansão militar que conduziu ao império, muitos deuses das regiões conquistadas também foram incorporados aos cultos romanos, assim como alguns deuses romanos foram incorporados às regiões conquistadas.

No âmbito privado, os cidadãos, por sua vez, tradicionalmente buscavam proteção nos espíritos domésticos, os chamados lares, e nos espíritos dos antepassados, os penates, aos quais rendiam culto dentro de casa.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%A3o_na_Roma_Antiga

 

[50] 23E falou o SENHOR a Moisés, dizendo: 24Fala a toda esta congregação, dizendo: Subi do derredor da habitação de Coré, Datã e Abirão. 25Então Moisés levantou-se, e foi a Datã e a Abirão; e após ele seguiram os anciãos de Israel. 26E falou à congregação, dizendo: Desviai-vos, peço-vos, das tendas destes homens ímpios, e não toqueis nada do que é seu para que porventura não pereçais em todos os seus pecados. 27Subiram, pois, do derredor da habitação de Coré, Datã e Abirão. E Datã e Abirão saíram, e se puseram à porta das suas tendas, juntamente com as suas mulheres, e seus filhos, e suas crianças. 28Então disse Moisés: Nisto conhecereis que o SENHOR me enviou a fazer todos estes feitos, que de meu coração não procedem. 29Se estes morrerem como morrem todos os homens, e se forem visitados como são visitados todos os homens, então o SENHOR não me enviou. 30Mas, se o SENHOR criar alguma coisa nova, e a terra abrir a sua boca e os tragar com tudo o que é seu, e vivos descerem ao abismo, então conhecereis que estes homens irritaram ao SENHOR. 31E aconteceu que, acabando ele de falar todas estas palavras, a terra que estava debaixo deles se fendeu. 32E a terra abriu a sua boca, e os tragou com as suas casas, como também a todos os homens que pertenciam a Coré, e a todos os seus bens. 33E eles e tudo o que era seu desceram

de Almeida, João Ferreira. Bíblia Sagrada (pp. 278-279). Edição do Kindle.

[51] Podemos dizer que o Brasil está envelhecendo. São Paulo é o Estado com o maior número de idosos: 5,4 milhões. Em seguida, vem Minas Gerais, com 2,6 milhões, e Rio de Janeiro, com 2,4 milhões. O fato de os três Estados mais populosos da região Sudeste abrigarem o maior número de idosos também reflete uma tendência registrada entre as regiões do Brasil: enquanto a população do Sudeste envelhece, a do Norte está cada vez mais jovem em termos relativos. De acordo com a Pnad, 57,6% da população nortista tem menos de 30 anos. Existe no Brasil uma melhoria da qualidade de vida, há mais assistência médica e remédios, a alimentação está melhor e as pessoas fazem mais atividades físicas. Isso contribui para uma população mais idosa. Ao mesmo tempo, há uma redução da natalidade.

Figueira, Emílio. PSICOLOGIA DO ENVELHECIMENTO PARA LEIGOS: Como Conviver e Cuidar De Pessoas Idosas! (pp. 3-4). Figueira Digital. Edição do Kindle.

[52] Na China e no Japão, a velhice é sinônimo de sabedoria e respeito. ... Na antiga China, o filósofo Confúcio ( que viveu entre os anos 551–479 a.C) já apregoava que as famílias deveriam obedecer e respeitar ao individuo mais idoso. Na tradição japonesa é festejado de forma solene o aniversário do idoso.28 de jun. de 2013

O olhar ao idoso no Japão e na China, por Silvia Masc - UFJF

 

 

[53] aumento da expectativa de vida significa um ganho em termos de qualidade de vida, mas significa também o risco de o ser humano conviver com doenças crônico-degenerativas, incapacidades e dependências que podem se instalar à medida que o indivíduo vai envelhecendo. A presente publicação aborda assuntos que têm como objetivo contribuir para que o idoso seja mais bem cuidado durante seu envelhecimento. Ainda que velhice não seja sinônimo de doença, sabemos que, à medida que o indivíduo vai envelhecendo, vai ficando mais vulnerável e mais sujeito a patologias. Muitas dessas enfermidades podem deixá-lo fragilizado. Para uma proporção significativa de idosos frágeis, a presença de cuidadores formais ou informais comprometidos é a melhor forma de apoio que essas pessoas podem ter na vida. Na maioria das vezes, é a família que assume o papel de auxiliar na realização de tarefas instrumentais e afetivas para o idoso que está experimentando perdas físicas ou cognitivas. A prestação de cuidados aos idosos tem consequências graves para a unidade familiar em geral, até mesmo porque geralmente os familiares não estão qualificados e/ou preparados para esse tipo de atividade. Daí a necessidade da aquisição de conhecimentos para poder assumir a responsabilidade de dar apoio e ajudar para satisfazer às necessidades, visando à melhoria da qualidade de vida, zelando pelo bem-estar, pela saúde, alimentação, higiene pessoal, educação, cultura, recreação e pelo lazer do idoso assistido.

Newton Luiz Terra. Cuidando do seu idoso . EDIPUCRS. Edição do Kindle.

[54] A população mundial está envelhecendo. Em todo o mundo, as pessoas estão vivendo mais tempo graças aos avanços na saúde, nutrição e tecnologia. Esta mudança da população traz consigo incríveis possibilidades – mas também um novo conjunto de desafios. O escritor e estudioso Jared Diamond examina as enormes diferenças de como as comunidades em todo o planeta veem e tratam seus cidadãos idosos.

Liz Jacobs *

O escritor e estudioso Jared Diamond (TED Talk: Como as sociedades podem envelhecer melhor) examina as enormes diferenças de como as comunidades em todo o planeta veem e tratam seus cidadãos idosos. Alguns grupos reverenciam e respeitam os seus membros mais velhos, enquanto outros os olham como senis e incompetentes, tornando-os alvo de piadas. Em algumas sociedades, os filhos cuidam de seus pais em casa; em outras, os filhos colocam seus pais em casas onde outras pessoas cuidam deles. Algumas culturas veem seus idosos como um fardo e gasto e optam por abordagens mais violentas para atendimento ao idoso. Aqui está uma amostra de como as pessoas em todo o mundo tratam o pessoal mais velho.

https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/o-envelhecer-em-diferentes-partes-do-mundo/

[55] O conceito de Segurança Jurídica pode ser: Teoria geral do direito. a)Princípio geral do direito mantido através das regras de regulagem do sistema: ‘não se pode deixar de obedecer comando do poder público, alegando sua invalidade´, inferidas dedutivamente do princípio da presunção júris tantum da veracidade e legitimidade dos atos do Poder Público, e `deve-se respeitar o caso julgado´, que é o princípio da coisa julgada pelo qual, tendo havido decisão judicial definitiva, para prestigiar o órgão judicante que a prolatou, se garantirá a impossibilidade de sua reforma e a sua executoriedade, pois terá força vinculante para as partes, devido a presunção absoluta(jure et de jure) de veracidade e licitude, absorvendo, portanto, a possível inconstitucionalidade que, porventura, tiver(Carlos Ayres Britto). As regras, de calibragem, na lição de Ferraz Jr., conferindo à norma inconstitucional a mesma eficácia do preceito válido, estabelecerem que seu destinatário não poderá substrair-se ao seu vínculo; b) possibilidade de prever os efeitos asseguradores de direitos e garantias individuais ou coletivos que o direito comunica à conduta humana(Eduardo M. Ferreira Jardim); c) princípio que decorre da determinabilidade das Leis e da proteção da confiança, consubstanciado na existência de normas estáveis e previsíveis quanto aos seus efeitos(Canotilho); d) garantia da aplicação objetiva da Lei, de maneira que as pessoas possam saber quais são as suas obrigações e seus direitos(Emílio Fernandez Vazquez). (DINIZ, 1998, p.279)

Bretas, Hugo Rios. O Idoso no Sistema Jurídico (pp. 33-34). Editora Dialética. Edição do Kindle.

[56] ser outra senão minhas próprias aventuras de criança. Morei numa casa que tinha um grande quintal, e eu passava horas em cima de árvores, ou cutucando a terra para encontrar tatus-bolas e minhocas. Chegava à noite e dizia ao meu pai: “Eu gosto tanto de brincar, acho que não quero crescer!”. Cresci, é claro, mas não demorei muito a perceber que o brincar não escaparia tão fácil do meu universo adulto, e fui aprendendo a usufruí-lo e desfrutá-lo, até transformá-lo em meu trabalho. Passei a aprender com crianças e adultos o que sabiam brincar, e o meu envolvimento era tanto, que esquecia o bloquinho de notas abandonado no chão e me jogava no meio da roda com a criançada, recuperando aquele desejo da minha infância de “nunca crescer”. Pesquisar tornou-se sinônimo de brincar, encontrar pessoas, conversar, e muitas vezes de despertar uma série de lembranças.

Meirelles, Renata. Giramundo e outros brinquedos e brincadeiras dos meninos do Brasil (pp. 8-9). Editora Terceiro Nome. Edição do Kindle.

[57] verdade, os nazistas já haviam dado início à política homicida colocando em prática os princípios da eugenia, eliminando a partir de 1.º de setembro de 1939 os menores excepcionais e os deficientes mentais (calcula-se em 70 mil vítimas), classificados como “indignos de terem direito à vida”. Para isso, Hitler havia nomeado o doutor Karl Brandt como executor-mor do programa da eutanásia coletiva. O massacre da população judaica ficou conhecido como Holocausto, mas, de fato, era apenas uma das partes de um projeto bem mais amplo de assassinato em massa desenvolvido pelos nazistas. Segundo o Código 10, preparado pelo chefe do Serviço de Segurança da SS, Reinhard Heydrich, deveriam ser mortos, além dos judeus, os comunistas, os homossexuais, os ciganos, as testemunhas de Jeová, e a intelligentsia do mundo eslavo (professores, jornalistas, escritores, sábios, etc.).

Schilling, Voltaire. Holocausto - Das origens do povo judeu ao genocídio nazista (p. 66). AGE. Edição do Kindle.

[58] Não há nada mais angustiante do que testemunhar uma criança sofrer trauma. Seja por abuso, abandono, negligência, perda de família, bullying, fome, ou doença, as dificuldades causam impactos no cérebro em desenvolvimento e têm efeitos duradouros ao longo da vida de uma pessoa. Uma experiência angustiante ou assustadora pode desafiar a sensação de segurança do seu filho e a previsibilidade do mundo dele. O cérebro em desenvolvimento de uma criança pequena é profundamente marcado por um trauma, deixando sua marca através de uma série de vias neurais que regem e sobrecarregando a produção de hormônios e neurotransmissores, entre outros efeitos fisiológicos. Além disso, a criança mais nova enfrenta a carga adicional de sofrer um trauma sem o raciocínio verbal para compreender ou nomear o que está acontecendo.

J. Olsen, Katherine. Eu Não Estou Bem: Como Identificar Se Seu Filho Tem Transtorno De Ansiedade, Como Lidar Com Ele E Tratá-lo Da Melhor Maneira (p. 34). Edição do Kindle.

[59] "Existem pesquisas modernas que mostram que as pessoas infelizes correm o risco de ter mais doenças emocionais e físicas, como infecções e degenerações", cita. "A pessoa infeliz tem uma depressão no sistema imunológico. Com isso, as doenças infecciosas a afetam com muito mais frequência e intensidade.10 de nov. de 2005

Infelicidade pode trazer consequências sérias | Gazeta Digital

 

[60] Batimentos cardíacos acelerados, cansaço, insônia, nervosismo, irritabilidade, sudorese, dores de cabeça, preocupação excessiva com o futuro, problemas cutâneos, tristeza, culpa, desmotivação.... Você tem apresentado estes sintomas nos últimos dias? Se sim, CUIDADO! Você pode estar sofrendo com os MALES DO SÉCULO!

Este ebook tem como principal objetivo promover a conscientização sobre a importância do enfrentamento do que podemos considerar hoje como os males do século: Estresse, Ansiedade e Depressão, sendo a Depressão, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o nosso grande mal do século. No decorrer desta leitura, você conhecerá os conceitos, causas, sintomas e tratamento do Estresse, da Ansiedade e da Depressão, além de se apoiar em 10 passos para o enfrentamento destes, através de técnicas da Psicologia, da Hipnose, do Coaching e outros. Na oportunidade, você também conhecerá os meus trabalhos e depoimentos de ex pacientes que seguiram os 10 passos deste ebook e obtiveram resultados positivos, o que contribuiu para uma maior qualidade de vida, além de receber dicas de livros e filmes.

Maciel, Juliana. Estresse, Ansiedade e Depressão: 10 passos para vencer os Males do Século: Com Técnicas da Psicologia, da Hipnose e do Coaching . UNKNOWN. Edição do Kindle.

[61] A inteligencia emocional faz você ser saudável mentalmente, controlar ansiedade, irritação, tristeza, ciúmes, etc. A inteligência emocional faz você controlar suas emoções, e logo, sua vida em geral.  Você é o que pensa, suas emoções regem sua personalidade e seu dia a dia, com as emoções descoroladas, sua vida estrá sempre em desordem. Nesse livro, por Mario de Andrade, você aprenderá o que é e como desenvolver inteligência emocional, passo a passo e com pessoalidade para você.

Andrade, Mario de. Inteligência Emocional: Não deixe suas emoções te dominar (p. 2). Edição do Kindle.

[62] de figura. Existe um mito de que os ciganos gostam muito de ouro e dinheiro. Esse pensamento encontra sintonia na tradição cigana, sem dúvida. Mas, na verdade, o que eles amam mesmo é a liberdade de viver no mundo como ciganos. E são verdadeiros deuses do amor! São famosos nossos filtros e vasos do amor. O amor, para os ciganos, é coisa sagrada. Entidades ciganas se manifestam onde são bem-vindas e podem ter liberdade de expressão corporal e verbal. Isso pode ocorrer nos centros de umbanda ou em reuniões esotéricas. Aos lugares onde somos solicitadas sempre procuramos levar energia de paz e alegria.

Pereira, Cristina da Costa. Os ciganos ainda estão na estrada (p. 118). Rocco Digital. Edição do Kindle.

[63] heróis no palco irradiado do mundo. Quando Carmen Miranda morreu, em 1957, as coisas já estavam mudando de novo. Se o seu mundo foi o do cinema, a tragédia íntima da sua morte se tornou o primeiro grande espetáculo transmitido ao vivo pela televisão brasileira e visto simultaneamente por multidões por toda parte em que houvesse um receptor. Assim como, na Copa do Mundo de 1958, magotes de gentes se espremiam para assistir na telinha à retransmissão filmada dos jogos do Brasil. A televisão herdava do rádio e do cinema as funções de máquina de fazer mitos, se aproveitando da maior intimidade com que disputaria o espaço doméstico e o cotidiano dos seus espectadores. Relembremos agora o tênue filete de fumaça do cocheiro que penetrou o bonde em que viajava Machado de Assis no início do nosso percurso, causando-lhe um desconfortável sentimento de invasão da privacidade. Comparemos esse filete esvoaçante com o facho de luz que partindo da tela da tv invade o interior das casas. Mais que isso, consideremos todo o fluxo de informações, imagens, ícones, sons, ruídos, condicionamentos, publicidade, discursos, notícias, filmes, novelas, comédias, debates, programas de auditório, esportes, gastronomia, curiosidades, turismo, entrevistas, fofocas, rádio, discos, redes, telefone, jornais, revistas, gibis, panfletos, formulários, livros, almanaques, agendas, enciclopédias, listas, catálogos, cadastros, manuais, mala direta e extratos bancários, que entram nos lares sem parar, pelos olhos, ouvidos, boca, tato e olfato todo dia e o dia todo. E o que entra no seu lar, entra no do vizinho, e no vizinho do vizinho e por todo lado pelos milhares de quilômetros quadrados das grandes conurbações metropolitanas e pelas suas congêneres pelo mundo afora. O que diria Machado agora? É difícil imaginar. Mas Carlos Drummond percebeu que hoje ninguém mais está só, nem que queira nem que não queira. A invasão da privacidade não é mais uma possibilidade, uma negociação ou uma arbitrariedade. Ela é uma condição histórica.

Vários autores. História da vida privada no Brasil – Vol. 3 (pp. 596-597). Companhia das Letras. Edição do Kindle.

[64] A criança que costuma ler, que gosta de livros de histórias ou de poesia, geralmente escreve melhor e dispõe de um repertório mais amplo de informações, sim. Mas essa não é a principal função que a literatura cumpre junto a seu leitor. Mesmo sem precisar discorrer sobre a função da literatura, sabemos que é o fato de ela propiciar determinadas experiências com a linguagem e com os sentidos – no espaço de liberdade que só a leitura possibilita, e que instituição nenhuma consegue oferecer – que a torna importante para uma criança. Nos últimos anos do século XX, a noção da importância da literatura infantil na formação de pequenos leitores consolidou-se, integrando a pauta das políticas públicas de educação e cultura. Se ainda estamos longe de constituir um país de leitores, se os problemas da qualidade da educação fundamental são grandes e persistentes, a escola e o gênero, no entanto, já não são os mesmos que eram nos anos 1980. Passaram ambos por modificações conceituais e funcionais que alteraram seus perfis. A importância de aproximar as crianças dos livros de literatura infantil é hoje praticamente um consenso. A sociedade absorveu a ideia que, décadas atrás, era ainda objeto de pregação. Eram feitos esforços de convencimento para que pais e professores promovessem, entre os pequenos, a leitura de bons livros. Hoje, reflexões a respeito do assunto envolvem estudantes e estudiosos na produção de ensaios, dissertações, teses, que discutem diferentes aspectos da literatura infantil e contam com poder de irradiação. No entanto, entre a adoção de um conceito, o desenvolvimento de análises e a construção do cenário idealizado por aqueles que se empenham em semear livros a mão-cheia, parafraseando Castro Alves, a distância é grande.

Cademartori, Ligia. O que é literatura infantil (Primeiros Passos) (pp. 5-6). Brasiliense. Edição do Kindle.

[65] A “disciplinarização” do ensino da literatura infantil: de saber escolar a uma teorização Pensar a história do ensino por meio da disciplina escolar é buscar compreender, como explica Chervel (1990), um aspecto lacunar na historiografia da educação. No caso do Brasil, ainda que desde os anos de 1990 pesquisas desse tipo venham ganhando força e se expandindo rapidamente, algumas disciplinas permanecem inexploradas pelos historiadores da educação. Esse era o caso do ensino da literatura infantil na formação de professores primários no estado de São Paulo, decorrente da criação da matéria/ disciplina “Literatura infantil” nos Cursos Normais. Possivelmente pelo pouco espaço que essa matéria/ disciplina ocupou na formação de professores, configurando-se, no conjunto das demais, como aparentemente pouco relevante ou sem grandes efeitos na amplitude formativa que se pretendia aos professores primários, o ensino da literatura infantil e os dispositivos legais de sua institucionalização eram, até então, apenas objeto de pequenas menções em algumas pesquisas. Visto dessa perspectiva, o ensino da literatura infantil pode suscitar a ideia de algo sem importância para a história da formação de professores e para a História da Educação em geral. No entanto, conforme explica Chervel (1990), as disciplinas somente podem ter a sua importância questionada se estudadas na sua “economia interna”. Uma vez que qualquer que seja a disciplina, ela sempre está no centro da ação em torno da qual se coloca em exercício as finalidades educativas, por isso não há disciplina que não seja relevante para se entender o curso histórico da educação (Chervel, 1990).

Oliveira, Fernando Rodrigues de. História do ensino da literatura infantil na formação de professores no estado de São Paulo (1947-2003) (pp. 421-422). SciELO - Editora UNESP. Edição do Kindle.

[66] Gibi originalmente foi o título de uma em revista em quadrinhos brasileira lançada em 1939, publicada pelo grupo Globo. O termo gibi significava moleque, negrinho, porém com a popularização, no Brasil tornou-se sinônimo de "revista em quadrinhos" (revista de banda desenhada, em Portugal).[1] Fenômeno gramatical conhecido por metonímia.A revista Gibi era concorrente da revista Mirim de Adolfo Aizen. Este editor, futuro fundador da EBAL, foi o pioneiro dos quadrinhos publicados como suplemento de jornal no Brasil (ideia que retirara de uma viagem aos Estados unidos), com o seu Suplemento Juvenil que acompanhava o jornal "A Nação". Mais tarde, o jornal O Globo copiou a ideia e lançou um suplemento chamado "O Globo Juvenil".[2]O Gibi teve originalmente em suas páginas tiras diárias e pranchas dominicais[3] Charlie ChanBrucutuFerdinando (Família Buscapé)[4] e vários outros personagens das histórias em quadrinhos.No ano de 1974 a antiga Rio Gráfica Editora (atualmente conhecida como Editora Globo) teve a iniciativa de relançar nas bancas brasileiras a revista Gibi.Em outubro de 1993, a Editora Globo lançou outra revista com um título homônimo.[5] A editora publicava periodicamente alguma revista com o título para não perder os direitos sobre ele.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Gibi_(revista_em_quadrinhos)

[67] Desde o surgimento dos primeiros curtas-metragens em preto e branco, como Mickey Mouse, O gato Felix, Popeye e Betty Boop, até os longas-metragens como Branca de Neve e os sete anões, Kiriku ou O castelo no céu, muitas gerações de espectadores puderam mergulhar nesses universos mágicos. Nós nos emocionamos quando Bambi perdeu sua mãe, rimos com as perseguições mútuas de Tom & Jerry, ficamos maravilhados pela beleza das imagens e das músicas do filme Fantasia. Se Walt Disney elevou o desenho animado ao posto de arte maior, para o grande público a técnica utilizada para sua composição ainda é um mistério. Como os artistas e os técnicos fazem esses filmes? Ilustrado por diversos documentos e imagens, este livro apresenta as diferentes etapas de realização de um desenho animado. Vamos até os bastidores, há muitas coisas a descobrir!

Knoertzer, Jean. O desenho animado - do sonho à realidade . Babelcube Inc.. Edição do Kindle.

[68] o bom humor, a tecnologia de ponta e a boa arte, mas... encontrava-me no meio de um ensaio sobre a teoria marxista da alienação do trabalho. Para o jovem Marx, a injustiça do sistema capitalista não residia apenas no capitalismo oprimir o trabalhador, mas também no fato de que se apoderava do fruto do seu trabalho, o vendia e usava o lucro para inventar novas maneiras de explorar o trabalhador. Monstros SA era essa mesma história, ocupando a criança o lugar do proletariado e o monstro o do capitalista. A empresa roubava os gritos das crianças, usava-os como energia para a sua tecnologia e com essa tecnologia, inventava novas maneiras de oprimir as crianças com o terrível “Extractor de Gritos”.

Shaw, Kurt. Cinema Infantil e Educação Popular . Shine a Light. Edição do Kindle.

[69] [69] Significado de Gafe

substantivo femininoAção e/ou dito que denota indiscrição; comportamento impensado cujo resultado pode ser desastroso; mancada.Etimologia (origem da palavra gafe). Do francês gaffe.Sinônimos de Gafe

Gafe é sinônimo de: rataatrapalhaçãomancada Definição de Gafe Classe gramatical: substantivo feminino
Flexão do verbo 
gafar na: 1ª pessoa do singular do presente do subjuntivo, 3ª pessoa do singular do presente do subjuntivo, 3ª pessoa do singular do imperativo afirmativo, 3ª pessoa do singular do imperativo negativo
Separação silábica: ga-fe
Plural: 
gafes

[70] Algumas pessoas cometem tantas gafes que chegam a excelência. Outras mais modestas, nem por isso menos importantes, conseguem um lugar de honra sem muito esforço. As gafes podem ser classificadas nas categorias: Ouro, Prata e bronze, mas, também, não podemos ignorar outras possíveis classificações. Tais categorias seriam destinadas aos desavisados, distraídos ou lerdos mesmos. Não importa onde e quando, eles estão ali para arrasar com qualquer um. Sempre!

 

Alves, Rosilene. Foi você! . Viseu. Edição do Kindle.

[71] barco. Maturidade emocional tem menos a ver com um traço específico e mais com uma forma de lidar com a vida que pode vir embalada em senso de humor, vivacidade e divertimento. E isso pode ser feito por pessoas com qualquer tipo de personalidade, sejam elas introvertidas ou extrovertidas, ráticas ou intuitivas, racionais ou emotivas, e em qualquer fase da vida.

 

Mattos, Frederico. Maturidade emocional (p. 12). Paidós. Edição do Kindle.

[72] A importância que Sigmund Freud atribuía aos chistes era antiga, remonta aos primórdios de seus estudos da psicanálise. Em cartas dessa época ele fala de seu interesse pelos chistes – piadas – e confessa que colecionava uma série delas sobre judeus. Ele também costumava temperar suas inquietações fundamentais com o relato de chistes. Em 1905, publicou o livro O Chiste e sua Relação com o Inconsciente, no qual tentava desvendar o que é o riso do ponto de vista psíquico, além dos motivos inconscientes para os chistes tendenciosos e preconceituosos.

Freud, Sigmund. O Chiste e sua Relação com o Inconsciente (Freud Essencial) (p. 2). Lebooks Editora. Edição do Kindle.

Significado de Renitente

Adjetivo Que tende a renitir; que é obstinado; que não desiste nem se conforma; inconformado. substantivo masculino Indivíduo que teima; aquele que não se conforma; obstinado.Etimologia (origem da palavra renitente). Do latim renitens. entis.

Sinônimos de Renitente

Renitente é sinônimo de: persistenteobstinadoteimosoinsistenterecalcitranteinconformado

 

[74] filosofia do tempo, muitas vezes indissociada do conceito de espaço como filosofia do espaço e do tempo, é o ramo da filosofia preocupada com as questões que envolvem a ontologiaepistemologia e caráter do tempo e do espaço. Embora essas ideias tenham sido centrais para a filosofia desde o seu início, a filosofia do espaço e do tempo foi uma inspiração e um aspecto central da filosofia analítica inicial. O assunto enfoca uma série de questões básicas, incluindo se o tempo e o espaço existem independentemente da mente, se existem independentemente um do outro, o que explica o fluxo aparentemente unidirecional do tempo, se existem outros momentos além do momento atual e perguntas sobre a natureza da identidade (particularmente a natureza da identidade ao longo do tempo).

Fonte Wikipédia

[75] Psicopata é a designação atribuída a um indivíduo com um padrão comportamental e/ou traço de personalidade, caracterizada em parte por um comportamento antissocial, diminuição da capacidade de empatia/remorso e baixo controle comportamental ou, por outro, pela presença de uma atitude de dominância desmedida. Esse tipo de comportamento agonista é relacionado com a ocorrência de delinquência, crime, falta de remorso e dominância, mas também é associado com competência social e liderança. A psicopatia, descrita como um padrão de alta ocorrência de comportamentos violentos e manipulatórios, é frequentemente considerada uma expressão patológica da agressão instrumental, além da falta de remorso e de empatia.  Fonte Wikipédia

[76] Rinaldo Victor De Lamare (Santos2 de janeiro de 1910 — Rio de Janeiro28 de abril de 2002)[1] foi um médico pediatra brasileiro.

É o autor do livro A Vida do Bebê que, com mais de cinco milhões de exemplares vendidos, é considerado como uma verdadeira Bíblia para as mães brasileiras.[2]

Ao final da vida, costumava afirmar que havia presenciado três momentos decisivos da medicina do século XX, em favor das crianças: a descoberta dos antibióticos, a criação de importantes vacinas e as campanhas em prol do aleitamento materno.[carece de fontes]

Fonte Wikipédia

[77] A CRIANÇA E SUAS FORMAS DE BRINCAR: OS BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS DE TODOS OS TEMPOS O brinquedo sempre faz lembrar um tempo e uma história situados em um contexto espacial, histórico e cultural. É notável o quanto esses componentes estão conectados ao mundo das brincadeiras infantis. Ao longo da pesquisa de campo, da qual resultou este trabalho, foi possível perceber que as pessoas não se esqueceram do que é ser criança, seja relatando suas brincadeiras da época de infância, construindo brinquedos, revivendo jogos ou cantando cantigas. Os seus relatos são testemunhos vivos dos sentidos e significados que ainda carregam nos seus mundos de adultos, do universo fantástico das brincadeiras infantis: cheios de encantos, fantasias, diversidades e total simbiose com o mundo circundante. Eram as águas dos rios e de açudes, as terras molhadas pelas chuvas de inverno, os ventos de agosto, os frutos e galhos das diversas árvores potiguares que forneciam o espaço e a matéria-prima para as vivências das brincadeiras e a confecção dos brinquedos.  https://memoria.ifrn.edu.br/bitstream/handle/1044/1067/Brinquedos%20e%20Brincadeiras%20-%20Ebook.pdf?sequence=1&isAllowed=y

[78] Nosso imaginário é um céu aberto, aberto às luzes e às sombras da existência. Sujeito às luzes e às sombras da natureza humana e da vida. Nosso imaginário é uma grande fonte de sabedoria, e quanto mais próximo da consciência, mais torna-se fonte de criatividade e realizações. Em nosso imaginário moram nossas mais profundas crenças, ilusões, feridas, fantasias, percepções, projeções, projetos e sonhos. Em nossa infância, nutrimos e somos nutridos por nosso imaginário. Emocionamo-nos a partir das imagens que captamos e sentimos. Criamos a partir de nossas emoções. A fonte de todas as emoções e criações humanas é a imaginação.

Guttmann, Mônica. O imaginário da criança dentro de nós (Psicologia e Educação) (p. 4). Paulus Editora. Edição do Kindle.

[79]  nada mais nostálgico do que lembrar os brinquedos que marcaram a infância. O pião é um desses produtos lúdicos e divertidos que, apesar de ser muito representativo para as crianças, não tem idade limite para o manuseio. Com origem desconhecida, acredita-se que exista desde 4.000 a.C. No Brasil, a IMC fabrica o pião sonoro desde 1934 e promoveu várias mudanças até chegar à versão de alumínio.“O pião diverte gerações há mais de 80 anos”, conta Iggor Magri, atual proprietário da IMC. Segundo ele, a ideia de produzir o pião surgiu com o bisavô. Ele queria construir um brinquedo para integrar os outros itens da fábrica, que, na época, produzia acessórios para bicicletas e artigos de armarinhos.“Como meu bisavô era ferramenteiro, desenhou e fez alguns esboços. Depois de várias tentativas, alcançou o resultado que existe hoje”, explica o empresário e bisneto.Mas o pião da IMC não nasceu sendo fabricado com alumínio. O objeto já foi feito com material mais duro, como o latão, e a pintura também foi modificada – do antigo branco até receber a faixa colorida. https://revistaaluminio.com.br/dia-das-criancas-piao-de-aluminio-encanta-geracoes-no-brasil/

 

[80] Como se todos este ocorridos fossem pesados demais, a natureza respondeu pela cidade - Laguna chorou, ela chorou sim, pois na noite daquele fatídico dia (23.03.1980), uma fina camada de orvalho invadiu toda a cidade de Laguna, demonstrando toda tristeza e penar que se passava nesta cidade, trazendo assim um fim de dia dos mais triste a esta terra divina.

brunini junior, oswaldo. O dia em que Laguna (SC - BR) chorou: Uma das historias da cidade de Laguna (SC - BR) . Unknown. Edição do Kindle.

[81] Quando há lesão na mácula, a região central das imagens é bloqueada, ocorrendo perda progressiva da visão central. Os indivíduos acometidos pela DMRI podem manter alguma visão periférica, porém a habilidade para a execução de atividades mais refinadas fica prejudicada.8 de jul. de 2020

Degeneração Macular DMRI - IORJ

 

 

[82] Na medicina, um stent ou estente é uma endoprótese expansível, caracterizada como um tubo (geralmente de metal, principalmente nitinol, aço e ligas de cromo e cobalto) perfurado (em forma de malha) que é inserido em um conduto do corpo para prevenir ou impedir a constrição do fluxo no local causada por entupimento das ...

Stent – Wikipédia, a enciclopédia livre

 

 

[83] Cognição é uma palavra associada ao processo de aprendizado e elaboração do conhecimento. É a partir do processo cognitivo que o ser humano consegue desenvolver suas capacidades intelectuais e emocionais, isto é, linguagem, pensamento, memória, raciocínio, capacidade de compreensão, percepção etc.4 de dez. de 2019

Afinal, qual o significado de cognitivo e o que ele abrange ...

 

 

[84] Acho que foi em 1985.... passamos o Natal lá ...chegamos em dezembro e voltamos em fevereiro......Foram 62 dias de internação sendo 31 na UTI.. ...O hospital foi o Sírio Libanês....Segundo os médicos, de 1000 casos escapa um....e a mãe sobreviveu....provavelmente em consequência de uma juventude saudável que o vô dava aos filhos em Laguna levando-os sempre ao Mar Grosso....e o tratamento de primeira do hospital......O plano de saúde era o Saúde.Bradesco.... comentário de minha irmã Sônia Maria

[85] Exibindo resultados para acidentes domésticos com pessoas idosas
Em vez disso, pesquisar por acidentes domésyticos com pessoas idosasAndar sobre pisos molhados, úmidos ou encerados; Andar só de meias ou usar chinelos e sapatos mal ajustados; Móveis ou objetos espalhados pelo meio do caminho; Escadas com degraus de tamanhos diferentes, ou degraus altos; Tapetes sem superfície antiderrapantes; Banheira ou chuveiro sem barras de apoio ou tapete ...
acidentes domésticos nos idosos

 

 

[86] Hawking era portador de esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma doença neurodegenerativa que paralisa progressivamente os músculos do corpo, mas que mais frequentemente não afeta as funções cognitivas. A ELA ainda não possui cura. A doença foi detectada quando tinha 21 anos. Em 1985 Hawking teve que submeter-se a uma traqueostomia após ter contraído pneumonia visitando o CERN na Suíça e, desde então, utilizava um sintetizador de voz para se comunicar. Gradualmente, foi perdendo o movimento dos braços e pernas, assim como do resto da musculatura voluntária, incluindo a força para manter a cabeça erguida, de modo que sua mobilidade era praticamente nula. Em 2005 Hawking usava os músculos da bochecha para controlar o sintetizador, e em 2009 já não podia mais controlar a cadeira de rodas elétrica. Desde então outros grupos de cientistas estudaram formas de evitar que Hawking sofresse de síndrome do encarceramento, cogitando traduzir os pensamentos ou expressões de Hawking em fala. A versão mais recente, desenvolvida pela Intel e cedida a Hawking em 2013, rastreava o movimento dos olhos do cientista para gerar palavras, embora o cientista tenha afirmado em seu site oficial que preferia usar o "cheek tracking" (rastreamento da bochecha) para utilizar a interface ACAT (Sistema desenvolvido pela Intel). "No entanto, embora eles funcionem bem para outras pessoas, eu ainda acho que o interruptor na minha bochecha é mais fácil e menos cansativo de usar".Wikipédia

[87] Mestrado na Universidade Tecnológica Federal Do Paraná - UTFPR PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TECNOLOGIA-PPGTE. Dissertação: O INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO LACTEC - NA GÊNESE DO PROCESSO TECNOLÓGICO PARANAENSE: UMA CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DA HISTÓRIA DA TÉCNICA E DA TECNOLOGIA , Dissertação apresentada e aprovada em dezembro de 2005 para título de Mestre em Tecnologia. Linha de Pesquisa TECNOLOGIA E TRABALHO. Orientadora: Profª. Dra. Maria Vilma Rodrigues Nadal Curso de Pós-Graduação/Especialização em Magistério Superior na Universidade TUIUTI do Paraná ministrado pelo Centro de Pós - Graduação, Pesquisa e Extensão, (CEPPE) Monografia para docência O CIDADÃO CURITIBANO E SUAS INTER-RELAÇÕES SÓCIO-CULTURAIS NA ATUAL CONJUNTURA BRASILEIRA defendida em dezembro de 1999. Bacharel e licenciada em CIÊNCIAS SOCIAIS pela Universidade Federal do Paraná, UFPR, curso concluído em 1976. Curso de Normalista pela Escola Normal D. Pedro II, Blumenau, concluído em 1965.



 





 

 

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