Conversando com minha grande família
Introdução
Conversando com minha
grande família
Introdução
Gerar, educar, manter uma família é
um desafio enorme que exige dedicação, continuidade, amor e severidade,
tolerância e disciplina, educação dentro e fora de casa, cuidados amplos e irrestritos.
Aprendemos e nos conhecemos que nunca fomos perfeitos, ao contrário, erramos
muito. Não somos educados para a formação de filhos a menos que tenhamos
profissões e cursos permanentes. A Humanidade muda constantemente exigindo
novas estratégias, soluções. É impossível para pessoas leigas fazerem e
aprenderem tudo o que é novidade objetiva, cenários mutantes, desafios
permanentes.
Assim como a Natureza aposta de
inúmeras maneiras na aleatoriedade para garantir a sobrevivência daqueles
melhores adaptados ao que o Grande Arquiteto impõe, assim também precisamos ser
serenos, lúcido, estudiosos permanentes e dedicados às nossas famílias,
principalmente os filhos e filhas.
Esse livro procura mostrar isso na
experiência de uma pessoa idosa que enfrentou o desafio de formar uma família
com uma companheira corajosa e disposta a acompanhar que agora se atreve a
escrever registrando tudo o que sabe.
Sumário
Conversando com minha grande família
O DESAFIO DE ESCREVER, LER, FALAR, SENTIR, SABER
Quem sou eu e o que faço questão de deixar como
herança
Minha história profissional e social
Pensando na minha vida colegial e universitária
Eventos decisivos – o casamento e a paternidade
Religiões –
Religiosidade – um pouco de História e a Família
Caminhar entre a praia e a cidade
de Laguna
Minha primeira máquina de
fotografar
Recomendações dos pais de hoje
Episódios marcantes da infância
Gibis e desenhos animados – que saudades
A Família – minhas origens – paradigmas familiares
Privilégios de berço – pais dedicados
O tempo, uma experiência pessoal
A educação e a importância da compreensão do ser humano
Uma responsabilidade essencial – ensinar a pensar
O desafio pessoal de nascer, crescer, viver e envelhecer
Prazeres culturais, esportivos e os vícios
As crianças, os jovens, os adultos e as pessoas idosas
As festas de
final de ano e as férias
Lembranças
divertidas das crianças
Temos uma longa sequência de temas para ações a favor de
nossas vidas ao envelhecer.
O Comportamento da pessoa idosa
Saúde – uma preocupação crescente
Segurança – atitudes - planejamento
Coisas de andarilho, ciclista, escalador e amante da
natureza
Conclusões e ponderações finais
Treinamento para a vida com deficiências
A obrigação de tomar decisões rápidas
Saúde e a dependência de tratamentos, remédios e assistência
pessoal
Direitos e Deveres Humanos no Século 21
Por uma política universal de planejamento familiar
Por uma política universal de planejamento familiar
Limites humanos, profissões, carreiras, subir descer
montanhas sem cair?
O exemplo de meus pais e o que posso recomendar
A nossa família e dela dependemos mais e mais
Não podendo concluir sem lembranças alegres
Lembranças especiais dos meus pais
Artes e maldades ingênuas a favor da alegria
A perda prematura do pai e a sobrevivência da família
A vida me
ensinou
Aprendi muito sobre ética, moral,
ideologias, engajamento político, filosofia, ser e viver. Por sorte nasci em
Blumenau, uma cidade singular, assim podendo, graças aos meus pais, estudar nos
melhores colégios e conviver com pessoas marcadas pelos seus erros e acertos.
A partir dos primeiros passos lúcidos
exercitei minha curiosidade, sempre ao lado da mana Soneca.
A natureza e florestas que abraçavam
minha cidade natal eram exuberantes e o Rio Itajaí Açu e seus afluentes davam
aulas de império da vida verde e cheia de outras cores.
Aprendi muito, assim espero.
O Repórter Esso e o Repórter
Catarinense na PRC4, todo final de dia, Jornais e a revista O Cruzeiro eram a
bíblia caseira. Religião Católica nas escolas com todo o rigor de aulas que não
se repetiam, mas sempre acrescentavam algo ao conhecimento cristão.
Sob todos os aspectos fui um ser
humano privilegiado e assim agora parece-me importante registrar o que via e
aprendi desde a década de quarenta do século
O essencial para mim foi entender
cada vez mais e melhor o comportamento humano. par e passo vi, ouvi,
participai, estudei, procurei entender os efeitos das frágeis convicções
humanas, normalmente volúveis e como distas.
é muito fácil omitir-se, para que se
envolver?
Já no século 21, agora entrando para
o ocaso da vida, procuro orientar quem eu posso para a necessidade de sangue
frio, paciência, cuidado com os fanáticos e o engajamento inútil.
Vi muitos amigos idealistas se
perderem em lutas que, tenho certeza, agora se estivessem vivos e sadios teriam
evitado.
a Democracia tem defeitos graves, mas
estimula uma condição humana essencial, a liberdade. de eleição em eleição
poderemos mudar nosso país e sempre repensar critérios de decisão.
Nada pior do que o fanatismo, a
radicalização.
Pensar, estudar sempre, selecionar
bons livros, mas não excluir outros que possam criar contraditórios, usar
sempre o tribunal intelectual é essencial à nossa evolução.
Filosofias milenares são
interessantes, mas de modo geral excessivamente anacrônicas. Tudo é válido para
a o crescimento intelectual.
Procurei fundamentar o que escrevi
com o máximo de referências, bibliografia, citações etc. Afinal, diante de
tantos gênios da Humanidade nada mais justo que lembrá-los e aproveitá-los para
apreender e ensinar.
É importante lembrar que o século 21
A importância da família
Nesses tempos modernos nota-se uma contracultura
refratária à ideia de formação de uma boa família, responsável, saudável. Basta
ver quem a mídia comercial endeusa para s perceber modismos negativos, ruins.
Não podemos esquecer que a mídia comercial depende de manchetes e famosos para
faturar.
As famílias são afetadas
Com certeza esse lodaçal também viabilizou a
existência de famílias destroçadas que agora têm filhos.
A responsabilidade das escolas é proporcional ao
ambiente em que existem. Principalmente no ensino do primeiro grau as
professoras e professores precisam ser educadores.
Condomínios de luxo ou favelas podem ser ambientes de
dominação de criminosos. Isso é uma barreira imensa pois as crianças e os
jovens quando saem de casa muitas vezes caem nos locais de dominação de
quadrilhas extremamente perigosas.
Nossos governantes, talvez alguns subordinados a
máfias, milícias, traficantes, estelionatários e outros bandidos não raros trabalham
para dar cobertura a criminosos. A jurisprudência e a organização do Poder
Judiciário sofrem a influência de gente da pior espécie, pessoas que muitas
vezes têm recursos para sustentar boas bancas de advogados e usar o que nossa
Constituição Federal idílica estabeleceu.
Tudo sobrecarrega quem é responsável por crianças.
Não posso esquecer uma entrega de presentes de Natal
em uma escola primária em Curitiba com o Lions quando a professora pediu que
tomássemos cuidado com nossos discursos. Algumas crianças eram filhas de
traficantes...
A degradação da periferia das cidades vem dos temos da
Lei áurea quando milhões de escravos foram liberados sem um programa
profissionalizante e recursos para viverem sem grilhões de ferro. Ou muito
antes, afinal naqueles tempos a miséria colonial fazia fortunas para os donos
das senzalas.
A lógica de urbanismo chegou a elitizar as cidades. No
Brasil esse foi um tema de estudos mas carente de soluções {
Essas
contradições existem no mundo todo, talvez com alguma nobre exceção.
Felizmente
no Brasil temos, pelo menos, a miscigenação típica dos povos lusitanos.
O DESAFIO
DE ESCREVER, LER, FALAR, SENTIR, SABER
A ética se faz necessária porque os desejos
humanos conflitam, e a principal causa desse conflito é o egoísmo: a maioria
das pessoas está mais interessada no próprio bem-estar do que no bem-estar
alheio. Contudo, também podemos encontrar conflito onde não há egoísmo algum.
Um homem pode desejar que todos sejam católicos; outro, que todos se tornem
calvinistas. Esses desejos destituídos de egoísmo muitas vezes vêm implícitos
nos conflitos sociais. A ética possui objetivo duplo: em primeiro lugar,
encontrar um critério que nos permita distinguir os desejos bons dos desejos
maus; depois, mediante o louvor e a censura, promover aqueles e desestimular
estes. A parte ética da doutrina utilitarista, logicamente independente de sua
parte
Russell, Bertrand. Box História da filosofia
ocidental (pp. 1209-1210). Nova Fronteira. Edição do Kindle.
Comunicar, ouvir, entender, aprender, saber,
escrever, ser, quantos desafios precisamos vender ao longo da vida se quisermos
ser bons pais, mestres, palestrantes, estudantes, líderes etc.
Lecionei, somando períodos, durante 13 anos. fiz
inúmeras palestras para todo tipo de público. Estudei sempre. Aceitei ler
livros misteriosos para mim. participei de campanhas políticas e fui
entrevistado exaustivamente para descobrir depois que os piores momentos foram
divulgados, sem que o resto fosse mostrado. Na mídia entendi que a ironia é o
pior caminho. Engenheiro eletricista precisei saber que um vocabulário mínimo e
objetivo é essencial. Ordens mal-entendidas podem matar. Relatos de grandes acidentes mostram após
análises de especialistas que o pessoal não estava preparado, descuidou-se,
comunicou-se mal ou tardiamente etc. Documentários mostram o que pode acontecer
quando as pessoas se relacionam mal.
Médicos podem errar ao prescrever remédios e tratamentos porque o
paciente não soube descrever o que sentia. Governantes erram porque
simplesmente não entendem seus desafios...
Temos paixões[1],
poderemos ser honestos e corretos na comunicação?
A comunicação tecnicamente é um processo
intelectual e físico que se tornou ciências com muitas especialidades.[2]
Sempre que falamos usamos dicionários
pessoais, formamos frases de acordo com métodos que aprendemos, o som se
propaga, quem ouve, se ouve, deverá transformar tudo em códigos para o cérebro
que possuem, lá dentro os sons serão processados de acordo com os chips
orgânicos de cada um, o ouvinte localizará em seu arquivo o que a mensagem
poderá ser, o ser humano ouvinte submeterá o que ouviu ao crivo de seus
preconceitos, conhecimentos, vontades e determinará a resposta que poderá ser
prudente, pacífica, violenta, didática etc. O ouvinte transformará tudo em som
ou sinais, talvez escritos e o processo de compreensão será agora de quem
iniciou a comunicação. Esse é um modelo do que fazemos diariamente. não é
simples. Notem que as crianças, no auge da saúde intelectual, demoraram a
aprender a se comunicar.
Escrevi esse livro para dizer a quem o ler o
que aprendi após quase oito décadas de vida. Não é fácil, até porque invadimos
espaços de doutores, especialistas, mestres em cada detalhe.
Sinto que é necessário, o saber viver e morrer
é a melhor ciência que poderemos ter será saber ensinar e dar ordens,
sugestões, exemplos.
As religiões e ideologias são dogmáticas, o
pensamento é livre e a comunicação uma grande responsabilidade de que transmite
e de quem recebe a expressão do pensamento.
Sobre capacidade de comunicação tenho
experiências interessantes, a mais frequente é dar uma aula ou palestra e pedir
a cada ouvinte que escreva um relato do que ouviu. Os resultados inicialmente
me assustavam, mais adiante aceitei isso como rotina.
A certeza que tenho é de que o essencial é
motivar positivamente para o que pretendemos ensinar.
A vida profissional ou afetiva se encarregará
de potencializar o que dissemos, inclusive inibindo se dizemos coisas negativas
para o aluno, para a plateia.
Os livros são nosso instrumento de libertação
de padroes distantes de comunicação.
Podemos planejar um roteiro intelectual, um
roteiro de prazeres e conhecimentos com critérios pessoais.
Os sistemas televisivos compactam e aceleram
conhecimentos que podem até nos deixarem doentes.
A felicidade ou a tristeza podem ser a nossa
opção.
maravilhosamente temos agora a possibilidade
de aquisição de livros digitais, muitos até gratuitos. temos condição de fazer
e andar com a nossa biblioteca sem alergias e espaços caríssimos, ou melhor,
bibliotecas convencionais são estáticas.
Se tivermos competência ou simplesmente
coragem de escrever existem recursos de difusão de nossas ideias de baixíssimo
custo, sem censura exceto para trabalhos absurdos.
As grandes distinções literárias têm dono, são
pessoas extraordinárias. Nós, por mais simples e até ignorantes que sejamos
sempre poderemos acrescentar algo. É só não ter medo da opinião alheia.
Devemos, contudo, sempre e acima de tudo
evitar a lógica do rebanho, do curral, do isolamento intelectual.
Quem lê assusta pregadores.
o cemitério intelectual precede a morte
material.
é extremamente triste ver pessoas que amamos
se submeterem a pessoas medíocres.
Ao longo da História da Humanidade queimar
bibliotecas
Em muitos países obras de arte, bibliotecas,
livros queimaram em grandes incêndios guerreiros, e aqui?
Vivemos uma onda religiosa forte, talvez isso
iniba a sensibilidade dos brasileiros pela sua cultura.
Nada é impossível, principalmente sob a
gerência de pessoas incompetentes e a liderança de fanáticos.
A Alemanha era um país considerado muito culto
e desenvolvido. o Nazismo emponderou gente grosseira. O resultado foi a Segunda
Guerra Mundial, Holocausto, expurgos e queima de livros...
O totalitarismo[4]
afetou muitos países es elites culturais destruídas.
Insistindo na questão?
Qual é a importância de ler bons livros?
Ao longo da vida semeamos cultura em nossas
mentes. ao final dessa jornada colheremos o que gostamos, aprendemos, tememos,
memorizamos nitidamente ou subliminarmente.
Se o cérebro que possuirmos for um bom
celeiro, teremos muito para refletir, sonhar, ensinar.
Com certeza além da boa leitura acumularemos
experiências que poderão ser valiosíssimas. Somando tudo a pessoa idosa poderá
ser sábia oumenos, muitas vezes até perigosa.
De alguma forma no caminho estremos em
inúmeros momentos de inflexão.
Para mim, estudante de cursinho em São Paulo,
um desses instantes foi a pergunta de um amigo do ITA: que livros havia lido?
Isso mexeu com os meus brios de pensador
amador.
Quem sou
eu e o que faço questão de deixar como herança
Fui sempre ou quase sempre um aluno exemplar,
ou melhor, disciplinado. No Colégio Santo Antônio cheguei a ser saudado como
aluno disciplinado na conclusão do curso ginasial.
Se nas salas de aula procurava aprender e me
submeter a padrões de comportamento, fora fui, acima de tudo, entre rebelde e
extremamente curioso, experimentador do que aprendia.
Queria entender, ver, testar.
isso foi uma constante em minha vida.
Nos empregos que tive certamente escapei do
que pretendiam que eu fosse.
Testes e laboratório eram minha paixão.
Em Blumenau era normal os garotos da classe
média ou rica terem suas oficinas, laboratórios, coleções valiosas etc.
Via tudo aquilo pensando em um dia, se
possível, ter algo parecido em minha casa.
As bicicletas foram parte integrante de mina
existência em Blumenau. por recomendação médica (pernas tortas) ganhei meu
primeiro triciclo muito cedo e daí para a bicicleta o avanço foi natural e
fantástico. usei minha Erlan enquanto estive em minha cidade natal para tudo.
assim conhece tudo sobre a cidade desde que pudesse pedalar até lá.
Infelizmente quando quisemos comprar uma casa
em Curitiba não a encontramos em localização favorável e com espaços para oficinas.
compensei isso sendo aquarista, cultivando folhagens na garagem e passarinhos
em viveiro e gaiolas.
Astronomia foi uma paixão que começou no
Planetário de São Paulo (saudades das noites de Blumenau) e em Curitiba isso
foi possível durante alguns anos até a nebulosidade e brilho da cidade inibirem
esse prazer.
No esporte aprendi a gostar do automobilismo,
uma competição em que a Tecnologia é fundamental.
A vida passa, agora acúmulo vasos na sacada do
apartamento com saudades dos tempos em que sonhava ter um zoológico no telhado,
laje da casa.
Naturalmente tivemos animais de estimação. os
cachorrinhos foram uma paixão que cresceu com o tempo. Viajando muito não
dediquei a eles o carinho que precisavam, exceto após a aposentadoria.
Netos supriram curiosidades, especialmente a
Lu que nasceu quando já podia dedicar a ela um dia da semana, que maravilha”
No Lions o trabalho social do clube em que
estava, estive em três clubes, foi de prazeres imensos.
Ver, saber, querer entender lugares mais
simples e alguns carentes valeu.
Fotografar, gravar e filmar marcaram a minha
vida. Minha primeira máquina fotográfica foi uma Agfa Isola, paga com um ano de
economias espartanas de mesadas quando tinha 15 anos.
A segunda comprei em Itajubá, uma tcheca
simulando uma Rolleiflex,
usando parte do dinheiro que ganhara para despesas na cidade. Meu pai não
gostou muito. Sucessivamente comprei e
virei maníaco por filmagens e fotografias, principalmente a partir das
maravilhosas máquinas digitais. chegou a ser uma obsessão que incomodou muita
gente.
Agora quero fazer livros. Pandemia e
restrições de mobilidade pela velhice mostraram um caminho delicioso, escrever
livros, algo que teve o empurrão dos meus maiores amigos e amigas da Academia
de Letras José de Alencar, fantástico.
Dos livros a paixão nasceu com o tempo e se
fortaleceu ao longo da vida. agora, livre da necessidade dos estudos
profissionais, posso resgatar livros que já não tinha mais e ler outros, mais
uma vez agradecendo a tecnologia digital, sem poder usar livros de papel,
livros sem acessibilidade para um velho com deficiência sensorial, fico na
frente das minhas ferramentas de leitura me deliciando com os ebooks que posso
comprar, gosto de comprar de ver com prazer uma biblioteca que seria impossível
(espaço, alergia, custo, dificuldade para ler).
É muito bom rever Hermann Hesse[5],
Bertrand Russel, Hannah Arendt, Gore Vidal, Mario Vargas Llosa, Eric Hobsbawm,
...
Ler livros é tão importante para mim quanto
fazer minhas refeições, assim não esqueço, por exemplo, os livros Lobo da
Estepe[6]
e Demian[7]
que li em meu quarto, no terceiro piso da casa em que vivíamos na Rua 4 de
Fevereiro em Blumenau, quarto com o teto inclinado pelo telhado, em tardes
quentes e modorrentas.
Envelheci, agora dia a dia sinto que as
dificuldades da idade aumentam. essa condição de vida é desagradável, até
porque vamos perdendo entes queridos, amigos e amigas, vendo pessoas
importantes deixando a vida ativa que desenvolviam. O Covid agravou
violentamente um período de vida que parecia compensador, agradável...
Posso ainda escrever ler aumentando ao máximo
as letras e, portanto, usando textos
digitalizados.
Os programas de TV ficam confusos, preciso de
assistente humano para ter certeza do que ouvi.
Sou o João das Dores, sempre com alguma coisa
doendo.
E esse João concentra agora suas atenções na
herança intelectual, que considero importantíssima.
Infelizmente meu pai morrei ainda querendo
conversar comigo, fosse hoje teria outras formas de falar, escrever, orientar o
filho rebelde à distância.
Minha história
profissional e social
Fui diretor da URBS e no Governo de
Roberto Requião pudemos fazer muito, entre os trabalhos de destaque a
padronização do layout dos ônibus, recapeamento de canaletas, novos terminais
e, principalmente, a construção do Terminal do SITES e a colocação em operação
da frota para transporte de crianças PcD.
Em Blumenau parte da equipe da URBS
fez mudanças excepcionais no transporte coletivo urbano na época do primeiro
mandato como prefeito Décio Lima e da implantação do Projeto Blumenau Século
21.
Tive a oportunidade na diretoria e
Presidência da COPEL de iniciar (com o apoio de pessoas extraordinárias)
diversos projetos e mudanças radicais. Criamos a COMPAGAS, o SIMEPAR, iniciar
as obras da Usina Hidrelétrica de Caxias, derivação do Rio Jordão, implantação
do anel de fibra ótica no Paraná, Qualidade Total na COPEL, intranet, medição
trimestral de consumo de energia elétrica (logo desfeita com a diretoria que me
sucedeu), linhas de distribuição semi-isoladas etc.
A luta contra a privatização (doação)
da COPEL e não aceitar esquecer a COMPAGAS
Tudo isso também mostrou a crueldade
da política estadual, a violência de perder eleições e sentir que tudo era
feito para apagar a memória do governo anterior. Nesse sentido até a debandada
de amigos que estimava muito aconteceu, eram pessoas amigas?
Em duas e meia décadas o mundo mudou
mais do que poderíamos imaginar. O que mais afetou todos nós foi, com certeza,
a universalização da Internet. Esse sistema de comunicação viabilizou a
inclusão pessoal sem fronteiras.
Sabia que não agradara a todos, o
desafio era ser competente em pouco tempo.
Consegui muito, sofri mais.
Felizmente continuei trabalhando.
Lecionei, fui consultor de empresas, palestrante, diretor de uma empresa de
energia industrial, escrevi durante anos artigos para jornal, apresentador de
programa de TV comunitária, conselheiro do CEPEL[8],
criador e diretor de ONGs, e, principalmente, participeis da Maçonaria.
Membro do Lions consegui maximizar
minha atuação em trabalhos sociais.
Viajei muito pelo Brasil e exterior.
Aprendi muito.
Gastei minhas férias acumuladas em
Camboriú, onde, no terceiro dia, saí para comprar um caderno e caneta para
escrever o livro “Conversando com meus filhos”.
A vida familiar foi um grande
desafio. Períodos bons e maus, tristezas e alegrias.
Senti as doenças de parentes
próximos, falecimentos dolorosos. também virei paciente de tratamentos de
doenças típicas da idade e relaxamentos com a saúde.
Agora escrevo livros graças ao
potencial dos computadores, softwares e de tudo o que posso expressar via,
principalmente, livros digitais
Na década de noventa percebi o
potencial fantástico da WEB[9] para
inclusão das pessoas com deficiência. Isso me levou a fazer contatos com
autoridades da FIEP, CEFET, CEPEL, Memória da Eletricidade etc. para a criação de cursos a distância e
livros digitais[10].
Lamentavelmente software não era minha especialidade, patinava quando me
questionavam como fazer, agora
Pensando
na minha vida colegial e universitária
Sou descendente de açorianos[11],
alemães e italianos[12].
Nessa condição após a Segunda Guerra Mundial fui motivo de muita gozação,
galego e de olhos azuis...
Nunca é demais lembrar que a imigração
facilitou a abolição da escravatura no Brasil[13]. As
senzalas foram substituídas pelos cortiços...
Santa Catarina foi a esperança
A base cultural em que me formei teve uma contribuição
excepcional do povo de Blumenau. Os blumenauenses das décadas de quarenta a
sessenta eram bem caracterizados
No Colégio Santo Antônio vi todas essas
facetas, talvez de refugiados vestidos de frades franciscanos.
Blumenau era uma vitrine mais elaborada do
fascismo que os getulistas tentaram aplicar aos brasileiros. Aliás, aqui,
Brasil, dizia meu pai que qualquer ideologia seria desmoralizada pela maneira
de ser dos brasileiros, o que não deixa de ser uma virtude importantíssima num
planeta que abriga uma espécie de vida tão cheia de certezas, quanto o é o ser
humano.
Entre defeitos e virtudes meu segundo lar
cultural foi o Colégio Santo Antônio. A disciplina era forte, menos do que em
minha casa. Assim lá vivi e convivi com pessoas excepcionais (em todos os
sentidos). Mais uma vez a heterogeneidade entre professores demonstrava a
fragilidade dos dogmas, ideologias, religiões, morais e éticos que ao longo da
história foram construídos e se construiu para agora dividir o mundo, nações,
famílias e até grupos circunstanciais presos a catecismos que aceitam, por mais
idiotas que sejam.
É incrível a fragilidade[14] de
gente aparentemente culta, capaz de afirmar e fazer juramentos falsos. Pessoas
que declararam crenças absolutamente anacrônicas e distantes de suas vidas
particulares e sociais, onde demonstram inequivocamente que só aproveitam de
tudo o que dizem acreditar e declaram o que lhes convêm.
O processo de racionalização
Formamos nossa personalidade, que tal crescer
em cidades com múltiplas personalidades?
Creio que minhas experiências juvenis foram
didáticas.
É bom reafirmar, contudo, aspectos pessoais
que me afetaram profundamente.
Primeiro minha ficha clínica.
A saúde pessoal foi um fator marcante e
decisivo na construção e percepção de minhas crenças. Desde muito cedo a
alergia e bronquite “Tosse de Cachorro” (Laringite estridulosa ou “Tosse de
cachorro” Uma doença de inverno?) foi uma limitação violenta, levando meus pais
a exercerem uma vigilância severa sobre o que fazia.
Mostrei logo minhas limitações esportivas e a
maravilhosa vida de ciclista inveterado.
Era um tremendo “perna de pau” e assim acabei
tendo nos passeios de bicicleta o meu lazer e esporte favorito (Brasil Não
Motorizado), algo que viabilizava o gosto por esportes radicais, nunca
confessados aos meus pais. Imagino qual seria a reação de minha mãe se, ao
longo dos anos, soubesse em detalhes o que o filho fazia em todos os lugares em
que viveu...
Com certeza tive o privilégio de estudar em
São Paulo, capital, onde passei um ano (1963) frequentando o cursinho
pré-vestibular Di Túlio, na rua Conde de Sarzedas, na Liberdade. Neste ano de
dúvidas imensas ou simples apatia profissional aprendi muito conhecendo a
cidade de São Paulo e suas atrações gratuitas, das apresentações da Orquestra
Sinfônica no Teatro Municipal ao Planetário no Ibirapuera onde revia as
estrelas que deixara em Blumenau.
Vestibular, Itajubá e tudo o que aconteceu a
partir de 1964 serviram para educar e temperar conhecimentos e ideais, entre
eles o mais nobre, cuidar de minha família.
Maravilhosamente tudo contribuiu para agora
escrever este livro, ser autodidata pode desmerecer o que se faz no mundo
acadêmico, mas, se feito de coração e com base em bons livros, filmes e na
grande escola que é a vida pode merecer registro...
Para reforçar o que imagino ser essencial à
qualidade de vida sugiro uma leitura dos livros de Domenico de Mais, entre eles
E a vida profissional?
Nesse livro considero um destaque a recomendação
de que devemos saber escolher a profissão[15],
decisão normalmente do jovem, lembrando que devemos ter prazer[16]
com a profissão[17]
eleita...
Note-se, contudo, que existem profissões
intuitivas e outras imperceptíveis aos jovens,
Pior ainda é a criação de ilusões em relação
ao tipo de vida profissional pretendida.
Temos profissionais capazes de orientar
pretendentes a vestibulares e opções de sustentação pessoal e familiar. Sempre
que dúvidas assaltarem as mentes de pessoas prestes a entrar em cursos
demorados e eventualmente caros de profissionalização é prudente a submissão a
testes vocacionais
Muitos animais passam por estágios de
existência surpreendentemente diferentes entre si.
Intelectualmente os seres humanos agora
mostram os efeitos da longa vida, em metamorfoses[18]
nítidas.
Mudamos muito ao longo da vida[19].
Poderíamos dizer até que sofremos metamorfoses significativas em função dos
hormônios, por exemplo.
Educação, escolas, esportes, namoros,
trabalhos, religião etc. afetam profundamente qualquer ser humano.
Esse é um fenômeno encantador para a família
bem-sucedida ou um processo dramático quando acidentes, ambientes hostis,
decisões erradas, maus exemplos e deseducação afetam nossas crianças.
Elas nascem e vivem num mundo dinâmico[20],
mutante. O desafio é sempre educar para a sobrevivência, para o flutuo[21].
Foi-se o tempo das tradições arraigadas, hoje
objeto de interesse de turistas desesperados de celular em punho fazendo
selfies em ambientes diferentes. Civilizações mal conhecidas pelos visitantes e
trágicas para a Humanidade.
Todos os povos precisam evoluir.
É importante avaliar com cuidado o zelo pela
conservação de culturas antigas, deixando-as intocáveis. Dificilmente
sobreviverão ao que deverá acontecer até em futuro próximo e, de modo geral, se
ainda têm hábitos selvagens.
A Humanidade é objeto de novas análises que
devem ser estudadas, se possível, pois a vida moderna dá pouco tempo para
aprendizados mais demorados.
Alguns sociólogos e filósofos se dedicaram a
esse desafio {
O futuro tecnológico[22]
avança em velocidade crescente, assustadora, até. Será que os educadores e os
jovens estão preparados paras mudanças, a necessidade de se reeducarem sempre?
Felizmente as facilidades de aprendizado e
conhecimentos essenciais são incomparáveis às existentes há poucas décadas. e o
que existirá em poucos anos será muito superior ao que dispomos agora. Crianças
e jovens serão diferentes, aceleradas pela Tecnologia
A Humanidade tem infinitas histórias de seres
humanos que sobreviveram a tragédia, principalmente crianças. a pureza infantil
superava a maldade dos adultos[23].
O cinema é fonte inesgotável de exemplos de
capacidade humana de sobrevivência.
Vi e até vivi frações de filmes que assisti.
Documentários mostram que a vida pode ser mais apaixonante que a ficção. é
muito difícil mostrar detalhes subjetivos e sensoriais.
Em um filme inesquecível, menos o nome (para
mim sempre um mistério não lembrar). Começava com o personagem já adulto num
balanço e indo e vindo sem parar, o rosto mostrava que era uma pessoa com
deficiência intelectual. Era feliz. Um cientista descobriu um remédio que
recuperava a inteligência. Nosso amante do balanço tornou-se um gênio;
dedicou-se à pesquisa de seu problema original. Concluiu que o efeito do
tratamento que fizera acabaria. O filme terminou mostrando nosso artista mais
uma vez no balanço, muito feliz.
Deve ter sido entremente doloroso para Stephen
Hawking[24]
descobrir que estava com esclerose lateral amiotrófica, era um gênio, morreu
trabalhando
Outro filme memorável
Era vaidoso, queria vencer. Sabia que tinha
limitações, não desisti[25].
Nascer com limitações intelectuais derruba
algumas barreiras. Podemos optar por não fazer nada, mas se quisermos lutar...
Na Europa, após o final da endemia de
hanseníase[26],
de forma acelerada e espontânea, os leprosários se transformaram em hospícios.
Seus responsáveis, provavelmente apenas alguns, vendiam direitos de visitas
para que a população se divertisse vendo o que faziam dentro daqueles
presídios.
Pessoas com deficiências se tornavam atrações.
Os reis sempre tinham seus “espécimes” favoritos. distraiam a corte...
A crueldade era rotina em nações que se
entendiam como civilizadas.
Ter limitações não significa não entender as
humilhações. Elas podem machucar muito, mas os palhaços não podem chorar. Quem
as têm e não sabe?
Nietsche escreveu muito sobre burgueses
idiotas.
Não ser bem aquinhoado pelo cérebro me deu
tranquilidade. Nas salas de aula olhava em volta para ver a competição dos
melhores, sempre quase se matando para demonstrar seus atributos intelectuais.
Quando era o melhor eu me surpreendia, euuu?
Cheguei a procurar a secretaria do Colégio
Santo Antônio para reclamar da classificação que tiveram num mês, terceiro
Lugar? Realmente estava errada, fui rebaixado.
Aprendi muito quando minha mãe queimou meus
gibis quando tirei 10 em matem ética, a escola era de 100 a dez. Dancei que nem
índio em volta da fogueira. O pior foi tirar 100 no mês seguinte, minha mãe
disse e repetiu que ela tinha razão. burro!
Vejo a frustração de quem perde grandes
competições individuais e coletivas. Será que eles não pensam que vencer tem um
peso colossal? não basta poder competir? afinal chegar aonde estão já foi um
calvário. Devem ter acumulado fortunas suficientes para poder cuidar de suas
famílias.
Com certeza é bom viver sob o império de bons
ideais. São saudáveis, necessários a todos. Graças a essas pessoas todos
poderão aspirar um futuro melhor.
Os Pecados Capitais são um resumo do que
ofende a inteligência suprema do universo e a mais simples entre nós. Ou, pelo
menos, assim imagino a vida sadia[27].
Sabe o que realmente quer[28]?
Temos chacras[29]?
vamos vier sabendo administrar nossos centros de estímulos?
Vamos reencarnar? é viver para o aprimoramento
do espírito.
Temos medo de guerras? Quem quer se matar e
matar? Cuidado com os fanatismos.
Não é preciso ser genial para entender
limites.
O respeito obtido por força de dinheiro,
poder, rituais, hierarquias, tirania, dogmas, cor, cultura etc. é frágil. Nosso
cérebro pode mentir, mas podendo pensar dará ao corpo sensações ruins.
Sinceridade[30] é
honestidade intelectual e não têm preço.
Eventos
decisivos – o casamento e a paternidade
Precisamos entender muito mais do que sabemos
quando desejamos criar uma família. O acasalamento tem uma enorme dose sensual,
afetiva, natural, mas carente de conhecimentos que tornam essa união um
processo cheio de formalismos para a consolidação de um relacionamento que os
mais velhos sabem que não será tão simples. A Lua de Mel não ajuda essa
percepção, a realidade poderá ser duríssima, mais ainda se logo vierem os
filhos. Infelizmente esse processo é muito malconduzido por aqueles que mandam
na educação em nosso país.
A virgindade perde importância na sociedade
moderna e as uniões experimentais crescem. Isso é positivo pois se nessas
condições os véus parecem até piada, as promessas dos noivos acontecem num
clima de maior consciência da importância da união.
A expectativa de vida cresce (exceto na
pandemia); nossas crianças talvez tenham e conheçam muitas gerações de
descendentes.
Se foram bem-sucedidos ou não na educação de
suas crianças devem estar sabendo e aceitando responsabilidades que durarão
décadas.
Nossos filhos e filhas entenderão as mudanças,
saberão enfrentar a vida?
A responsabilidade dos pais não termina nunca,
mais ainda se forem pessoas lúcidas. O que dizer e fazer em casos extremos?
Talvez tenhamos errado ao querer ser pais
modernos, sem religiões ou crenças superadas. Quem acredita em Deus não deve
esquecer que acima de tudo temos missões[31].
Pior ainda, quem sabe tenhamos dado exemplos
Nossas pequenas borboletas crescem em
florestas mutantes...
Não podemos esquecer nunca que nossas crianças
nascem sentindo os pais[32],
o cheiro, o calor e gradativamente aprendem suas primeiras lições observando
mães, antes de mais nada. Os pais serão essenciais na juventude, na época de
conversar, de saber o que o velho faz...
As mudanças necessárias são urgentes[33],
como educar para a inclusão, aprimoramento dos serviços essenciais, segurança
alimentar, educação formal[34],
Sustentabilidade[35],
democracia e Direitos Humanos?
Que padrões filosóficos, morais, éticos
deveremos transmitir?
Teremos mais guerras[36]?
Os jovens estão sendo educados para tudo isso?
A mídia cultural está sendo otimizada?
A responsabilidade das pessoas idosas cresce à
medida que a família aumenta e a certeza das dificuldades que terão assusta.
Com certeza isso também possui limiares,
limites e ao final da vida, se for longa, na senilidade os filhos cuidarão dos
pais.
Casamo-nos cedo. Tão cedo que meus colegas de
república custaram a acreditar que eu me casara. Isso só aconteceu quando
comecei a vender meus livros e a minha prancheta de desenho...
Minha companheira, Tânia, foi extremamente
valente. Em agosto voltou de Blumenau para morar comigo para o que desse e
viesse.
Aprendemos a sobreviver fazendo o possível
para que eu não deixasse meus estudos de Engenharia na EFEI (entrei no IEI e
saí na EFEI)[37],
agora UNIFEI
O desafio foi imenso, mas vencemos. Com
certeza muitos amigos foram extremamente importantes assim como a aceitação de
nossa união pela minha mãe que logo enviuvou e minha irmã.
Logo vieram as filhas, ou melhor, a loirinha
que não nos deu maiores trabalhos além daqueles que qualquer criança sadia e
com uma personalidade um tanto rebelde dá.
O caçula nasceu alguns anos mais tarde, quando
a filhas já estavam na puberdade.
O maior desafio material foi durante os
primeiros anos de casamento.
Sustentá-las, cuidar da saúde delas (duas
meninas), educar foi o foco de nossas vidas. Acima de tudo procuramos aprender[38]
a ser pais.
Eu, hoje aposentado, com netos e netas,
bisnetas e bisneto sobra a questão: transmiti a nossos descendentes o que seria
justo, correto, minha mensagem de pai, avô e bisavô?
Tive sucesso profissional. De uma certa forma
isto ajudou muito. Sinto que meu time se orgulha do velho. Serve-lhes também de
suporte moral nas lutas da vida.
Seria suficiente, contudo, mostrar-lhes meu
“curriculum vitae”? Vejo em seus olhos tantas dúvidas, tantas questões ...
O Mundo se transforma. Minha geração começou
na Segunda Guerra Mundial, viveu a Guerra Fria e todas as suas lutas. Saímos de
um padrão clássico para a revolta de um James Dean, a revolução Elvis, Beatles,
Hippies e outras.
A guerra do Vietnam frequentava nossas aulas.
Brasileiros viemos do Estado Novo, Democracia, ditadura e agora outra vez a
democracia. Haja fôlego!
Tudo isso confundiu, criou modas, épocas.
O que ensinar? política? sociologia? religião?
Deus como ficou neste carnaval de ideias, filosofias?
É tentando explicar alguma coisa, na
perspectiva dos meus 77 anos e com a preocupação registrar minhas opiniões que escrevi
este livro. Espero ajudá-los a serem felizes e suficientemente bem-sucedidos.
Preocupa-me que tenham sucesso como pais e cidadãos.
Lecionando tive muitos alunos. Na condição de
engenheiro convivi com inúmeros profissionais. Professor e exercendo minha
profissão tive companheiros, centenas ou milhares de jovens e adultos que de
uma forma ou de outra viram e ouviram meus discursos, sentiram minhas ordens,
escutaram e fizeram muito. Esses filhos adotivos também me preocupam. Aprendi a
amá-los e respeitá-los. Sei que muitas vezes falhei como educador. Nem sempre a
imagem material correspondeu ao que sentia. Muitas mensagens ficaram
prejudicadas pela necessidade operacional, pela luta do dia a dia.
Eles foram minha grande família, pela qual
também me sinto responsável. Espero aqui corrigir falhas de comunicação,
dar-lhes mais uma vez propostas, ideias, visões de um ser humano que
inicialmente lutou, riu, chorou, sofreu muito em muitas decisões tomadas e por
outras deixadas de lado.
Antes de mais nada quero que a minha pequena e
a grande família sejam harmônicas, amorosas e felizes.
Este livro faz com letras o que meu pai me deu
com intermináveis conversas. Tive a grande felicidade de ouvi-lo durante anos.
À mesa do almoço, durante a janta, em sua loja ou andando ao seu lado tive a
grande sorte de aprender lições maduras, inteligentes. Conversávamos sobre
política, religião, história, comportamento. Eu menino e ele, meu pai, com toda
a paciência e tolerância que lhe era peculiar discutíamos durante horas os
problemas do Mundo.
Minha querida mãe foi o exemplo de pessoa
guerreira, corajosa e incrivelmente laboriosa. Em sua simplicidade tinha
consciência de seus desejos, pacientemente subordinados a uma personalidade
muito forte, a de meu pai. Ela me mostrou toda a força e coragem que uma mulher
pode ter. Longe da imagem cândida e frágil estabelecida para as mulheres, ela
brigava, trabalhava duro, enfrentava qualquer situação sem medo e com uma garra
de fazer inveja à maioria dos grandes homens que conheci. Infelizmente já
faleceram, mas a lembrança deles será eterna enquanto eu viver.
Os dois foram um exemplo de seriedade,
trabalho e responsabilidade muito raro.
A essas pessoas extraordinárias e à minha
esposa, companheira dessa epopeia, quero dedicar este trabalho de registro de
memórias e conselhos, sugestões...
Saiba educar seus filhos
O que significa educar um filho ou filha? será que fazendo
todas as suas vontades ele ou ela saberá e poderá ser feliz? onde e quando
aprenderá a obedecer? comandar? viver em sua própria família?
No mundo atual, nas cidades principalmente, as famílias
encolhem e a síndrome do filho único[39]
aparece.
Toda criança é singular, tem um padrão de personalidade,
saúde física e mental, capacidades e limitações. este ser humano sendo único
dependerá muito de sua família, seus pais, ambiente social, escolas etc. nessas
condições os pais, tendo recursos deverão procurar apoio especializado na
evidência de dificuldades maiores. e as pessoas carentes?
no Brasil, aqui nascemos e vivemos, há muito a ser feito.
sorte de quem foi abençoado e pode exercer seus planos pessoais.
Gerar e criar uma família numerosa é algo complexo. se as
crianças são diferentes entre si, e isso é inevitável, cada uma deverá ter
cuidados específicos. um erro com e a ironia da afirmação:” todos receberam a
mesma educação, por que são tão diferentes?”.
Para a maioria dos postos de trabalho exige-se certificados
diversos, entre eles formação profissional. e para casar-se?
o romantismo do namoro e casamento induz os futuros pais a
comportamentos simulados, camuflagens, ilusões, mentiras.
Essa dinâmica da vida é até importante. quem gostaria de
ficar imaginando seu par obeso (obesa), sem o dinheiro para os luxos da vida?
O que dizer para netos, netas, bisnetos e bisnetas?
O fundamental é que entendam que errar é humano, repetir
erros é burrice. esse velho chavão
sempre valerá; mais ainda quando o erro feira moda política, como agora
sentimos o negacionismo.
Erros sistemáticos desmontam famílias e sempre que alguém
casa diversas vezes podermos imaginar que seus pais educaram mal essa pessoa.
que conselhos, orientações?
A educação sempre aparece nos casos de infelicidades.
Há muito a ser pensado sobre a infelicidade[40],
inclusive enquanto crianças.
A complexidade[41]
das famílias aumenta, o que fazer?
O desafio é sustentar, cuidar, manter a família e rendimentos
suficientes, pelo menos, para garantir habitação, saúde, educação, segurança em
geral para a família. atualmente é normal o casal trabalhar fora de casa. ou
seja, as crianças acabam educadas por pessoas estranhas aos pais.
pior ainda, que filhos terão pais stressados[42]?
Não esqueça, o exemplo é a forma mais eficaz de educar...
O que é uma família[43]
A união de um casal pressupõe a formação de uma família
maior, somando as duas de origem. A partir daí as responsabilidades só aumentam
à medida que os filhos aparecerem.
Antes de mais nada é importante observar estatísticas sobre o
casamento que nos ajudam a entender a finalidade da união conjugal bem-sucedida
O EGOISMO DOS PAIS PODE SER UM PESADELO COM INÚMERAS
CONSEQUÊWNCIA PARA SEUS FILHOS.
O romantismo pode ocultar tendências negativas ao que será
necessário. A ignorância dos casais novos é um pesadelo social respeitável
O fator essencial de uma família é a intimidade nata, o mútuo
conhecimento, o cenário que vem do nascimento ao final da vida dos seres
humanos. Tudo isso cria afetos e desafetos, mas sempre com a esperança da maior
união, necessária à sobrevivência de todos.
No ambiente familiar somos educados. Nele teremos
aprendizados éticos que se revelarão ao longo da vida.
Não somos indiferentes a incidentes familiares e ,
naturalmente, a acidentes, doenças, heranças genéticas e tudo mais.
Isso também revela conceitos de crime e castigo que herdamos
e não escolhemos.
Nossa sociedade tem o viés disciplinador, daí a existência do
aparato policial, jurídico, da organização social. Somos afetados tremendamente
pelas decisões externas à família. Isso exige dos pais, acima de tudo, a
compreensão da importância que possuem.
Lamentavelmente a sociedade moderna ocidental coisificou a
vida. Somos objeto de interesses comerciais, políticos, religiosos e até outros
que afetam nossos comportamentos. A família precisa preparar seus componentes
para a sobrevivência em selvas de pedra.
A evolução da Humanidade a partir de sua existência técnica
mostra padrões de união e criação de filhos. Essa evolução foi possível graças
à necessidade de sobrevivência coletiva e isso criou oportunidades de
diferenciação de tribos, nações, de povos com características próprias. Algumas
nações avançaram mais que outras e agora existem com padrões até severos
conservadores, assim como outras exploraram o individualismo, a criatividade, a
competição dentro de regras sociais suportáveis.
A população da Terra cresce sem parar assim como suas
necessidades de consumo. A hipótese da saturação afeta as crianças, as famílias
que são pressionadas de diversas formas.
As exigências coletivas mostram a importância absoluta da
existência de famílias inteligentes, sadias em todos os aspectos.
Religiões – Religiosidade – um pouco de História e a
Família
É normal famílias serem fiéis de alguma religião. a educação,
moral, ética e rituais tornam-se naturais, familiares. Submissão ou rebeldia,
entre esses dois extremos o comportamento se desenvolverá para todos.
A lógica da vida social, política, profissional e até
pastoral será definida no berço, na evolução das crianças e jovens.
Migrantes levam e trazem religiões.
Dificilmente alguém não se identificará com alguma religião
já existente. As variantes das grandes religiões são inúmeras e principalmente
aquelas que não têm comando centralizado (Papas, por exemplo) se multiplicam
continuamente.
O que é essencial é evitar traumas e complexos de culpa
extremos. não é difícil errar.
Nossos descendentes farão opções? O que será fundamental em
suas decisões?
Pais e educadores normalmente padronizam sugestões e
imposições. isso é eficaz?
E as ideologias, sociedades secretas, clubes etc. e até
círculo de amigos e amigas, que influência terão?
Filosofia[45]
ou Religião[46]?
Discutir, conversar sobre religião e filosofia é estimulante,
exceto se as pessoas forem fanáticas.
Queremos que todos sejam felizes, bem-sucedidos...
Vale a pena duvidar...
Os Quakers[47]
enfrentaram o radicalismo com a coragem de propor uma organização religiosa que
partia do princípio da liberdade de crenças sem conflitos[48].
Nos tempos imperiais de Roma as religiões eram nitidamente
sensíveis a hipóteses de submissão a deuses[49]
que perduram em nossa sociedade, ai dos ímpios[50].
Sempre será coragem enfrentar os deuses em defesa de suas
crenças. coragem não é lutar na certeza da vitória. Nossos filhos devem ser
valentes e briosos, essa é minha esperança.
Os pais precisarão dos filhos
Vimos em nossa família a grande importância dos filhos para a
sobrevivência de nossos avós. Mãe Chiquinha temia perder assistência e sempre
que nos encontrava perguntava se continuaríamos a ajudá-la. A insegurança dela
não inibiu a seu gênio terrível agravado pelas deficiências que adquiriu
batendo de carro em uma delegacia de Blumenau, caindo de um ônibus em Balneário
de Camboriú, lá também a crença dos médicos na UTI de que estava enfartando
quando na realidade tinha uma infecção no pericárdio, salva em São Paulo graças
ao apoio da família e o golpe de misericórdia, um tratamento emergencial do
coração quando estava com desidratação.
Minha avó paterna enviuvou em 1954 e até morrer em 1966
dependeu dos filhos mais e mais. A avó materna e meu avô morreram quase
centenários, mas isso só foi possível porque os filhos e filhas lhes deram
carinho e apoio material até o final da vida deles.
Os exemplos familiares são inúmeros (família enorme) e agora
nós, eu e minha esposa, sentimos que nosso tempo de carência afetiva está
chegando.
Com certeza vamos ficando desagradáveis à medida que a paciência
e a lucidez se esvaem. Ano a ano, contudo, precisamos mais e mais dos filhos,
netos, bisnetos...
A vida de um casal que atinge algumas dezenas de convivência
é uma sucessão de desafios, alguns realmente assustadores. Sobreviver pode
significar superar crises, doenças, rivalidades, diferenças que duas pessoas
têm, pois, a vida de cada um é singular, efeito de famílias diferentes.
Vencemos muitos obstáculos e temos muito orgulho disso tudo,
principalmente de nossos descendentes.
São todos iguais? Não, muito diferentes e eles também sobem
montanhas difíceis.
Gradativamente os mais velhos viram espectadores, menos
agentes e mais pacientes. Vivemos em tempos terríveis de pandemia e crises
políticas, todos são afetados.
Muitos idosos sobreviverão. Nossas crianças serão idosas e
muitos precisarão de apoio[51].
A lei principal é sobreviver com dignidade e amor. As pessoas
idosas merecem respeito[52],
principalmente de suas famílias[53].
Esse é um desafio da Humanidade no século xxI quando a
tecnologia e novas estruturas de saúde ampliam a expectativa de vida[54]
do ser humano.
No Brasil[55]
temos leis, estatutos, instituições, adesão a tratados internacionais etc. E
daí? Sentimos que modismos e oportunismos políticos podem mudar tudo em pouco
tempo...
Detalhes
da vida[56] de qualquer um podem explicar muito,
assim é importante saber mais de quem teve a ousadia de escrever esse livro.
Mais ainda, a esperança que nossas crianças sejam sadias, levadas, arteiras e
que possam saborear a infância até melhor do que nós, afinal agora as doenças
que nos afligiam e ameaças brutais como a paralisia infantil estão sob controle
graças a vacinas e novos medicamentos e tratamentos além da simples prevenção.
Santa
Catarina era um paraíso da Natureza rústica, quase selvagem, colorida, imprevisível,
caprichosa, lindíssima.
Ser
Barriga Verde, pessoa idosa agora, foi fantástico, principalmente no seio de
famílias muito queridas e unidas.
Os
primeiros anos de vida eram incrivelmente diferentes naqueles anos quarenta e
cinquenta.
Minha
irmã não demorou a nascer, um ano e meio apenas de diferença. Era minha companhia natural quando não estava
enturmado com os guris da rua, mais velhos e sádicos (bullying era natural).
Aprendi a me defender
Aprendi
a usar as pedras e a aguentar torturas dos mais velhos. Uma delas foi me pendurar,
segurando o triciclo, pelo lado de fora de um pontilhão. Numa delas o garoto
que considerava amigo bloqueou a saída para onde ia, desci do triciclo e lhe
dei um cruzado que o deixou esticado no chão. Voltei a toda velocidade passando
pelo meu torturador que ria desbragadamente...
Guerrinhas e cinema
Na
luta diária as guerrinhas entre “amigos” eram normais. Amigos, pois criança não
guarda rancor.
Não
esqueço do primeiro filme com minha mãe e a Sônia Maria. Era um farvestão
daquela época em que o mocinho a cavalo fugia de índios. Hollywood tinha um
estoque imenso deles. U olhava para a tela e os índios a cavalo correndo atrás
do mocinho. Minha mãe torcia. Incomodado com a correria que não acabava peguei
a Sônia e de mãos dadas andamos pelo cinema. E os índios não matavam o mocinho
nem vice-versa.
Legal
era o revólver do Tom Mix, se não me engano, a munição não acabava...
Urbanista em potencial
E
em casa a garagem de madeira quando não guardava um Ford de bigode ou
cavanhaque era espaço para brincar, principalmente quando tinha areia
amontoada. Passava o dia treinando minha vocação de urbanista. Para ampliar a
cidade saia com uma pequena enxada fazendo rua pelo grande quintal. Ficava
“mordido” quando minha mãe chegando em casa (ela trabalhava com meu pai quando
ele precisava) e me dava uma bronca pelo que fizera.
Justiceiro
Brincar
de mocinho e bandido era rotina. Aos poucos virei estrategista, deixava a mana
de chamariz e quando todos acreditavam que a tinham liquidado eu chegava e
gritava “Coming boy (ou algo parecido que imitávamos do cinema)”, “bam bam
bam..” matei vocês, “mãos ao alto” etc.
Esportes radicais
Apaixonante
era descer o morro do Pedro II de triciclo, eu com a minha bicicletinha e a
Soneca com a mais antiga que tive, de madeira. Aos poucos viramos artistas de
circo até que uma amiga de minha mãe contou o que fazíamos...
Ciclista
Aprendi
a andar de bicicleta de duas rodas no quintal da casa do Dr. Câmara. Uma bela
casa Rua Nereu Ramos entre a Sete de Setembro e a Rua Quinze de novembro. O
Gastão era meu amigo e ele o mestre que quase desistiu. Uma semana até que
peguei o jeito. Naquela época o ribeirão desemboca no lugar que depois fizeram
a Praça Dr. Blumenau e onde a estátua do fundador da cidade esteve durante
alguns anos. O ribeirão na Nereu Ramos era canalizado e poucas centenas de
metros depois corria em canal natural aberto.
Quando
ganhei minha bicicleta de duas rodas conversei com a mana que Papai Nole talvez
não existisse. Apesar das dúvidas ficávamos olhando para o céu que ficava estrelado.
Ganhei
mobilidade com minha Erlana e acabei achando um lugar para pensar, na margem do
Rio Itajaí, onde os barcos a vapor encostavam, abaixo da Praça da Prefeitura e
perto do Clube Guarani.
Fotografias
Infelizmente
as fotografias de minha infância são raras e não mostram o que era viver em
Blumenau e passar as férias em Florianópolis ou Laguna. Era uma época
radicalmente diferente da atual. Parece que nascemos em outro mundo.
Moscas e mosquitos
Ainda
pouco acendi um palito de citronela para afugentar as moscas. Pequeninhas, mas
que aparecem principalmente sobre a fruteira. Fica a dúvida sobre o que fazer,
mas é uma oportunidade de lembrar dos mosquiteiros, da espiral do “Boa Noite” e
principalmente de um esporte que pratiquei durante muito tempo: matar esses
insetinhos (pura covardia minha) com um elástico. Era bom na pontaria e na casa
em que moramos passávamos o dia brincando na rua, florestas de Blumenau, em
casa e no quintal. O porão era muito alto e assim o andar piso da casa era
multiuso. Não gostava quando a empregada limpava as paredes. Meus troféus
desapareciam.
Cultura diferente
A
origem alemã de minha cidade natal ficou extremamente marcada, o isolamento
físico e cultural daqueles tempos de mobilidade dificílima afetara o Vale do
Itajaí assim como a maioria das localidades desse país de dimensões
continentais.
Ter
sido quase uma colônia alemã é um bom negócio turístico que surgiu nas décadas
após a guerra.
Virou
diversão, quando o turismo começou para valer, foi ouvir turistas dizerem onde queriam
ir batalhando para pronunciar nomes alemães.
Cuidados em tempos de roça
O
tempo era diferente, saíamos de casa com a recomendação sempre repetida,
cuidado com coice de cavalo cobras, não pisem em xixi de cavalo, nada de pescar
etc.
O paraíso
Em
Laguna tínhamos o paraíso perfeito. A Praia do Mar Grosso era quase deserta,
cheia de dunas e pertencia aos siris e outros crustáceos que o tio Walter
pescava e trazia para a Tia Lilia e a Chica (minha mãe) prepararem para o
almoço...
Nas
dunas praticávamos esportes improvisados e nas pedras do lado norte eu gastava
tempo vendo as ondas. Da casa de madeira cheia de fretas e sem água encanada o
jeito eram usar a força para tirá-la do solo. Na varanda gastávamos horas
modorrentas e olhando navios que passavam ao largo. Os faróis piscavam a noite
toda e o barulho das ondas ao logo da praia acontecia hipnoticamente. Sempre
havia o que fazer sem televisão, celular, jogos eletrônicos e outras coisas que
distraem as crianças de hoje e dão tempo para os pais verem televisão, usarem
os celulares até para conversar, tomarem cerveja e verem jogos (são
desportistas gordos).
Laguna dos Baião
Na
cidade víamos com curiosidade o interior da casa do vô Baião e vó Mimi. Era
extremamente bem decorada, tinha até piano. O quintal com flores e hortaliças.
Laguna não desmerecia sua história.
Aviões em Laguna
Eu
sempre apaixonado por aviões corria desesperadamente para ver um que chagasse
na pista que existia...
Caminhar entre a praia e a cidade
de Laguna
Ir
e vir da praia pelo morro era uma caminhada de chegada e retorno para Blumenau.
O cheiro da praia, seus sons, a alegria, e a lembrança de parentes queridos
ainda me dão nostalgia.
Filosofando nas pedras
Na
praia as pedras no extremo norte, naquela época o mar estourava suas ondas nelas,
eram meu canto de reflexões e refúgio. Lindo demais.
Férias em Floripa
E
Florianópolis?
Lá
onde fui concebido tudo era diferente de Blumenau. Na casa grande de minha avó
vivemos somando talvez alguns anos.
Florianópolis
era radicalmente diferente da cidade onde vivíamos. Para começar todos
trabalhavam na véspera de Natal, quando algumas vezes chegamos lá. a
comemoração era no dia 25. A casa era enorme, com muitos quartos, mas
dependências cheias de portas, 3 ou 4 WC, um luxo, dois corredores meio assombrados,
pintura cheia de desenhos, escada de madeira cujo corrimão era nossa festa,
varandão enorme que não usávamos, cozinha que não parava, copa sempre posta
para o café da manhã, lanches, almoço, janta e ceia, relógio com pêndulo e
muitas letras e números, varanda em baixo onde a vó e minha mãe passavam horas
conversando e olhando a praça Getúlio Vargas (quase um parque), saleta, sala e
sala de estar etc. Era lugar para todas as artes se ainda pensarmos na
goiabeira, no quintalzinho do Jeep, um cachorro peludinho e brabo, peludo,
pequeno, espaço até para urubus que minha avó alimentava, afinal eram “filhos
de Deus” como ela dizia...
Casa da “mãe Joana”
Isso
sem falar em pessoas conhecidas da vó que apareciam, comiam e saiam...
As histórias das tias
As
tias que de manhã saiam (ainda solteiras) vinham, contavam as histórias do dia,
e a noite derrubava a gente.
Parentes em Florianópolis
Muitos
primos e primas viviam na capital de Santa Catarina. Outros vinham passar as
férias por lá. Todo ano tínhamos praticamente uma reunião de família sem meu
pai que simplesmente não tirava férias, não podia largar sua lojinha.
Depois
que meus avós maternos foram morar na Praia do Balneário as férias ganharam
outra cor. Praia simples, hoje virou aterro e pista de carros, tinha uma vida
própria.
Aprendizado na praia
Lá
aprendi a nadar com uma garotinha de Tubarão que não vi mais após as férias em
que ela me ensinou, inclusive a boiar.
Com
os amigos senti o prazer de mergulhar de cima de uma grande pedra e do cais da
Texaco.
Lá,
no cais, mergulhar era uma delícia, mas eu não nadava como devia. Assim um dia,
fugindo dos guardas da Texaco, mergulhamos e voltamos nadando. No meio do
caminho senti que não teria fôlego e procurei me agarrar a uma palestra cheia
de corais, ... Meu braço ficou quase sem pele e disse desolado para meu maior
amigo daquela praia, Josias, um super nadador, que não aguentava mais. Ele
respondeu, boie e assim cheguei à praia rebocado.
A
praia era cheia de peixes. À noite os pescadores tarrafeavam e eu seguia
olhando curioso o que arrecadavam. Era fascinante.
As
manjubas de dia ou de noite estavam sempre por lá e pulando da água quando
dávamos tapas na superfície.
Jogávamos
pelada em plano inclinado e até eu, tremendo perna de pau, tinha vez.
Num
riacho quase ou no limite dessa praia chegamos a fazer barragens de areia, ô
festa de futuro engenheiro.
O Baralho
De
tarde jogávamos canastra com a tia Lourdinha e o tio Érico. Eles nos ensinaram.
Primas especiais
A
Eminha aparecia por lá fazendo companhia durante semanas e enfeitando a casa
com sua beleza. Aliás, tinha primas muito bonitas.
Sol da praia
Em
um verão na Praia do Balneário meu nariz queimou e descascou 5 ou 6 vezes.
Durante anos o vermelhão fiou por ali me lembrando que não se brinca com o Sol.
Minha primeira máquina de
fotografar
Foi
nessa praia que passei um mês ou mais abusando da bondade de meus avós, aliás,
eu e a Sonia Maria. Não gastei, ou melhor, poupei o que tinha economizado
durante o ano. Acumulei reservas suficientes para comprar em Blumenau minha
primeira máquina fotográfica, uma Agfa Isola de segunda mão. A partir daí minha
mania de fotografar começou e dura até hoje.
Recomendações dos pais de hoje
Que recomendações os pais dão hoje?
Poucas, pois exceto as crianças mais pobres as demais não saem de casa sozinhas
Episódios marcantes da
infância
Com certeza minha mãe imaginou que o a data de aniversário do
filho mais velho ao fazer 8 anos mereceria uma festa. Assim ela me disse que eu
poderia convidar 40 amigos/as. Não demorei a sair avisando o time do quarteirão
e proximidades de que em 8 de outubro de 1952 estariam convidados a aparecem em
casa. E foram. Mamãe e amigas foram obrigadas a fazer e refazer salgadinhos e
docinhos. Ela ne disse que foram 3
mesas. O pior foi o que sobrou do do quintal. Bancos virados e até um pé de
azaleia arrancado... resultado, nos anos seguintes as datas de aniversário
passaram a ser negociadas. Sabendo do que eu gostava mais, almoçar no Gruta
Azul e depois no Palmital todo ano a família nuclear passou a se reunir num
lauto almoço nesse ligares.
Aprendi a pescar, aprendi e modo de dizer pois o maior peixe
que consegui foi um iumenso cará que quase me puxou para dentro da água. O
pior, contudo, foi uma tarde em que minha ma~e exigiu que eu e a Soneca
fôssemos preparados para a chuva. Ela de botinha e capa e eu de galocha e capa.
Ribeirão Garcia começamos a procurar uma grande pedra, bordejando-a, a mana
escorregou e caiu dentro da água. Nenhum de nós sabia nadar e al se debatendo
pedia socorro. Olhei em volta e vi uma taquara grossa cortada, peguei-a por uma
das pontas empurrando a vara para dentro da água. Resultado: chegamos em casa com
ela vestida com outra roupa de uma amiga e assustada. Assim nossas aventuras
pesqueiras tiveram uma longa pausa.
Gostava de imitar guerreiros. Assim fiz dois escudos de
madeira e improvisei varas finas como lanças. Eu jogava em direção da Sônia que
largava tudo e corria para o espaço entre a casa e uma parede vizinha. Aos
poucos fiquei cobra. Pegava as lanças no ar. Vexame foi quando a Maria Júlia
entrou na brincadeira. Para mostrar força joque a lança para o alto com toda a
força e a Jaulinha não correu. Encolheu-se e começou a fritar de medo. Não deu
outra, a barra acertou-a bem no cocoruto...
Subir o Morro da Maternidade tornou-se um desafio diário. A
Mana me acompanhava até onde aguentasse. Era fantástico. Principalmente descer
com velocidade máxima. Até soltar os braços a gente arriscava. Um dia a Leci,
nossa vizinha, foi conosco. Resultado, caiu e não sobrou um pedaço de pele sem
arranhões. Virou até bronca da mãe dela...
E os cachorros. Demorei para aprender a atravessar uma
matilha sem ser modrdido. Aos poucos aprendi. Isso em Blumenau era ciência
obrigatória.
Em Blumenau para quem é criança e mora em local sujeito a
enchentes
As enchentes aconteceram, crescendo de intensidade em 1964 e
1957 naquela casa. A de 57 chegou a nos obrigar a ficar no terceiro pavimento
com um galo cantando sobre o guarda-roupa.
Outras muito piores vieram... Mas já havíamos mudado para um predinho na
Rua Quinze. Durante as enchentes maiores eu e a Sônia de hora em hora ou menos
íamos ver a escada e corríamos para dizer á nossa mãe quantos degraus a água
subira. Nosso pai ficava na loja cuidando dela e entre nós nenhuma comunicação.
Nas piores minha irmã cme contou que disputou pedaço de pão com camundongos...
Ou seja, ser blumenauense e morar por lá é um eterno desafio entre enchentes,
estiagens, mosquitos, calor, frio, desmoronamentos etc.
A vida é bela, que filme, quantas lições.
Alegria e a vida responsável são partes
essenciais da existência serena, feliz. Com certeza pode ser difícil, em muitas
religiões o sofrimento passivo é considerado um karma
A infelicidade pode ser inevitável em certos
períodos da vida[58],
mas sua continuidade será algo a ser tratado[59].
Felizmente a ciência evolui na luta contra a infelicidade[60]
patológica.
Disciplina intelectual[61] é
fundamental quando queremos ser felizes.
Não esquecendo grupos ciganos[62]
que, como qualquer povo, têm diversos padrões de qualidade, mas sabem viver
momentos de alegria invejável com muita arte e competência.
Aprendi a arte da alegria, da piada, da
descontração do riso, de enfrentar a vida com mais prazer na infância.
A família de minha mãe era impagável, fazendo
artes sempre que possível. Isso se fortaleceu com os tios que ganhei com os
casamentos das irmãs de minha mãe.
Em São Paulo, no quarto andar do prédio do
cursinho, o intervalo era dedicado a jogar pedaços de giz em quem passasse em
baixo, na calçada, Rua Conde Sarzedas. aí tivemos uma experiência didática, não
mexa com militares. um passou e o quepe ficou pontilhado de giz. Ele subiu de
arma em punho...
Mais tarde em Itajubá convivi com pessoas
alegres, especialistas em pegadinhas, tendo o riso como uma forma de passar o
tempo. Na República de estudantes, Edifício Issa, tudo isso se consolidou com o
“Bilu”, os Sargentos Souza, Maia, Lira,
etc.
Lá fazer paródias das músicas da época ganhou
força. Difícil era não cantar assim em lufares indevidos. Um dos colegas era
mais quadrado, tornou-se vítima da turma. outro não admitia tirar a roupa na
frente dos outros, baixamos a calça dele em dois, um dando um terno e forte
abraço e o outro fazendo a sacanagem...
Sofri também, assim passei uma noite sem
deixar o pessoal dormir, concordamos em jogar baralho e viajei para Blumenau
com dois pares de roupa para três meses.
Ou seja, em Itajubá senti o imenso prazer de
encontrar pessoas que sabiam fazer pegadinhas, assim como falar e agir com
extrema seriedade quando necessário.
Tudo a favor do bom humor que perdi durante
alguns anos a partir da década de noventa após minha saída da Copel. Isso durou
até descobrir que a raiva crescente que sentia inexplicavelmente poderia ser
evitada. Um simples calmante fez toda a diferença.
Na Copel alguns colegas eram especialistas em
trotes. Até o anúncio de venda de um carro novo pela metade do preço foi feito
em jornal. A vitima quase apanhou dos primeiros da fila que se formou na rua
Voluntários da Pátria. logo ele descobriu como não morrer, informando que “já
tinha vendido o carro dele”.
A parte melhor foi a convivência com as filhas
e meu filho; em casa com as crianças o prazer de ver filmes infantis, dividir
gibis, ver comédias e cultivar plantas, aquarismo, cuidar dos passarinhos e as
férias deliciosas com o time e minha esposa, parceira permanente de momentos
fáceis e difíceis.
Eram horas maravilhosas, quando podia,
eventualmente, estar com elas.
Mas os gibis eram uma rotina gostosa assim
como os desenhos animados. Tempos sem celular e PC a gente dividia em frente à
televisão. Nas férias as longas estadas com nossos pais e avós, tias e tios...
As histórias em quadrinho estiveram na nossa
vida pretérita ao casamento em uma infância e juventude gostosa.
Assim desde a criatividade de Walt Disney até
nossos humoristas modernos passamos milhares de horas rindo.
Personagens criados por Walt Disney, Maurício
de Sousa, os Trapalhões, Praça da Alegria e muitos mais até hoje divertem os
brasileirinhos e brasileirinhas e seus pais e avós.
Após o nascimento das crianças os desafios de
trabalhar, militância social e política, estudar e educar encontravam descanso
na imensa alegria de estar com os filhos e saber que aproveitavam oportunidades
para rir, brincar e aprender.
A alegria assim como a tristeza são
contaminantes
Agora idosos chegamos ao tempo de maior
cautela. Tempos de fragilidade emocional
e da saúde precisamos administrar visitas, comparecimentos a velórios (por
exemplo), evitar ambientes pesados.
Mas a alegria, sempre que possível, deve ser
cultivada, externada, vivenciada. É o melhor remédio para a velhice.
A alegria traz em si um poder que nos
impulsiona, invade-nos, faz a gente experimentar a plenitude. A alegria é uma
afirmação da vida. Manifestação da nossa potência vital, ela é o meio que temos
de apalpar a força de existir, de saboreá-la. Nada nos torna mais vivos que a
experiência da alegria. Mas podemos fazê-la emergir? Domá-la? Cultivá-la? Será
que podemos formular hoje uma sabedoria fundamentada no poder da alegria?
Lenoir, Frédéric. O poder da alegria (p. 6).
Objetiva. Edição do Kindle.
Gibis e desenhos
animados – que saudades
Crianças e jovens da minha geração tiveram um
padrão de formação cultural extremamente diferente do atual. O cinema marcava
os domingos à tarde, sessão das duas horas e nas suas redondezas o espaço de
troca e venda de revistinhas.
Estamos no império da Televisão
Infelizmente os sistemas televisivos atuam sem
o crivo dos pais e educadores. Eles oferecem bons e maus programas. Durante o
dia chegam a mostrar e propagandear programas que afetam violentamente o
imaginário da garotada.
Códigos de Ética ou simplesmente de interesses
de lucro?
Pais zelosos têm dificuldades para cuidar de
seus filhos quando as lições vêm de tão longe no império de outras culturas.[63]
No passado o cenário era radicalmente
diferente. Se eram melhores ou piores que os atuais é um desafio para
estudiosos de primeira linha.
O essencial, contudo, é que principalmente a
leitura[64]
é importantíssima a qualquer criança, merecendo cuidados especiais[65].
Crianças eram afetadas pelos gibis[66],
filmes infantis, livros que usam. Gradativamente o cinema ganhava poder à
medida que crescíamos.
Agoora a arte infantil encheu=se de
merchandising, mensagens sutis inadequadas, estilos agressivos.
Os gibis
Eu e a Sônia também gastávamos horas e horas
olhando fotografias de um livro antigo de geografia, cujas imagens víamos
debaixo da mesa da cozinha, entre outros lugares, página a página.
O álbum de fotografias era uma paixão e um dia
estragamos parte da memória familiar. Candidamente tiramos recortes de jornais
que minha mãe colara lembrando datas importantes, especialmente do casamento
dela. Mostramos nossa mãe o que fizéramos declarando candidamente que
limpáramos o amado álbum familiar...
Aprendemos a ler antes de frequentar escola e
assim os gibis cresceram de importância.
Luluzinha, Recruta Zero, Roy Rogers, Batman,
Mindinho, Mickey, Tarzan, Pato Donald, Lassie e Rin Tin Tin, Pernalonga,
Mandrake, Gato Félix, Super Homem, Capitão Marvel, Brucutu, Zé Carioca e muitos
outros personagens genias começaram a povoar a nossa imaginação. Mais tarde
Tarzan, Rin tin tin e Lassie, Mandrake com outros heróis ocuparam nosso tempo.
Minha paixão era a Laura Jane, que menina querida...
Com os desenhos animados outros personagens
apareceram com força, entre eles Fred e Barney, Jetsons, Pica Pau, Pantera Cor
de Rosa Gaguinho, Ligeirinho etc.
Os
gibis, contudo, eram a nossa literatura infantil.
Tanta revistinha infantil e pouco dinheiro
despertaram nossa vocação mercantil. Na frente do Cine Bush ou da Banca Miro
trocávamos e vendíamos o que já tínhamos lido. A fascinação era m os
almanaques, bem encadernados. Isso acabou pesando nas notas da escola e quando
elas atingiram o nível de alerta (10 na escala de zero a 100) a mãe Chiquinha,
nossa “professora particular”, fez uma pilha enorme no quintal e pôs fogo.
Dançamos que nem índio em volta daquela tristíssima fogueira. Eu, demonstrando
minha inabilidade política, no0 mês seguinte tirei 100 onde quase zerei,
confirmando as teorias maternas.
Morávamos em uma casa de três pavimentos na
Rua 4 de Fevereiro. Nela profissionais da Companhia Força e luz de Santa
Catarina e da Prefeitura assim como outros eram nossos vizinhos. Eles, os
nascidos no Brasil e no litoral, tiveram a brilhante ideia de organizar e
operar um cinema ao ar livre na Rua Quinze de novembro, projetando imagens de
um lado da rua para a outra. Maravilha!
Ainda sem altura para ficarmos sozinhos, eu e
a mana, éramos levados para ver filmes norte americanos e desenho9s animados de
cima de uma cadeira, na janela ao lado do local de projeção. Mais tarde,
crescidinhos, íamos para a rua principal de Blumenau onde a cidade criou espaço
dedicados a pedestres nos finais de semana assim como ambiente para bandinhas
de música não religiosa “ufa!”.
O cineminha foi também onda tomamos contato
com as caixinhas de “Mate Leão”. Caixinhas de madeira que ainda serviam, depois
de vazias, para nossas cidades miniatura.
Lá vimos os primeiros desenhos animados[67],
que beleza.
A cultura americana dominou a minha infância e
juventude, mais ainda pelos ressentimentos da Segunda Guerra Mundial
onipresentes em casa, onde alunos de minha mãe e com certeza pessoas amigas de
meus pais foram vítimas dos nazistas.
A história dos brasileiros descendentes de
açorianos em Blumenau não foi escrita. Infelizmente a fixação dos blumenauenses
na origem alemã criou vazios enormes na população local, mais ainda com a
derrota dos nazifascistas.
Eles existiram em momentos fáceis e difíceis,
quando a sorte da guerra parecia pender para o Eixo.
Crescemos entre os cinemas, a igreja, escola e
muitas artes.
Criamos fantasias, adoramos super-heróis,
construímos a base que governará boa parte de nossa vida.
O maior perigo, contudo, é querer imitar seres
imaginários.
Pessoalmente quase pulei do segundo pavimento
da casa em que morávamos com uma capa amarrada às costas. Queria imitar um
personagem de cinema.
Pular de lugares altos era uma paixão que
testei até onde consegui, afinal o Tarzan fazia isso...
Brincar de bandido e mocinho era rotina. Assim
o brinquedo que durante anos pedi foram revólveres e espingardas de brinquedo.
Décadas mais tarde comprava gibis para dividir
e rir de suas historinhas com as minhas filhas.
Algo ruim começou a acontecer com os
quadrinhos de Maurício de Souza, suas estrelas mais carinhosas deram lugar è
outros mais violentos, por quê?
Saudades de dinossaurinho que só comia
alfacinhas, do Muminho, das alminhas etc.
Vejo atualmente que muitas revistinhas trazem
estilos muito diferentes, especialmente orientais.
Que efeito isso pode criar na cabecinha de
nossas crianças?
Felizmente, a partir das escolas as meninas e
meninos têm coleções didáticas, pedagógicas. mais ainda, são estimuladas a
fazerem suas revistinhas. Fantástico!
Sempre é bom lembrar que nada é por acaso em
projetos caros. Patrocinadores, religiosos, ideólogos, empresas e governantes
querem “disciplinar seus rebanhos”.
Muita coisa escapa à censura[68],
ótimo.
E os quadrinhos? é bom lembrar
Ao longo de nossa de marido e esposa e em
ambientes solenes, profissionais, sociais mostrei minha capacidade de cometer
gafes[69]
divertidas e arrepiantes, tudo dependendo do ponto de vista.
Errar é humano[70],
pode ser desumano.
No meu caso muitas vezes dei boas risadas em
casa pensando no que fizera. Não é fácil ter maturidade emocional[71].
Não se envergonhe, ao ser alegre é fator de atração em muitos sentidos. Teste
sua capacidade de fazer contatos, isso muda muito de ambiente para ambiente,
mas é um processo que ensina muito. Pessoas de mal com a vida não ajudam muito.
A prudência humorística é essencial. Admiro
que a tenha.
Ao longo da vida pisei no tomate inúmeras
vezes.
Fazer gracinhas com a família do defunto não é
sensato, ironizar comportamentos e cargos rituas para aqueles que valorizam
isso é assustador, contar piadas de gaúcho para nascidos no Rio Grande do Sul é
perigoso. Falar muito improvisando línguas estrangeiras pode ser desastroso. Um
conhecido perguntou à anfitriã, na frente de seu esposo, na Espanha, se ela
tinha gostado da pinga brasileira....
Assim vamos atermado nesse mundo globalizado
com o que não dominamos.
De atos falhos e mancadas ridículas enfeitei
minha vida e filtrei amigos e companheiros. Precisavam de muita tolerância
comigo. Coitados!
Tudo isso vinha a uma memória desastrosa, pois
era e ainda sou muito distraído.
A palavra chiste ganhou força no meu subconsciente
vendo regularmente os Trapalhões, imperdíveis na época do “politicamente
incorreto”. A autocensura necessária do desafio de ofender pessoas atrapalho
demais os programas humorísticos.
Didi, se não engano, se desculpava dizendo que
era um chiste[72].
Bom mesmo era saber rir das nossas
deficiências.
Triste é chorar de nossas risadas, pensando em
momentos indelicados querendo ser agradável
Isso exige disciplina pessoal, vale escrever e
pedir descrições do auditório. Fela devagar, planejar a palestra, não
menosprezar a inteligência da plateia, pensar sempre.
Estamos na época do fuzil, não ria. Vamos
lembrar com carinho os tempos de Itajubá.
Em Minas Gerais, por exemplo, toda família tem
muito orgulho dos doces que faz, doces muito doces feitos pela anfitriã.
Bastava a gente entrar que lá vinha a primeira oferta de doce que não dava para
negar, apesar de pessoalmente não gostar. Terminava e perguntavam se gostei, se
dissesse sim vinha o repeteco, para meu desespero. Finalmente neguei uma
paçoca, arrependi-me, pois, e ofendi um casal que gostava muito.
Mudamos para Curitiba sem que eu soubesse de
uma forma polida negar o quitute.
Tenho uma memória péssima para nomes de
pessoas, até pânico quando preciso lembrar. O pesadelo exige malabarismos para
não errar. Chato mesmo é usar um nome que a pessoa odeia; quantas vezes fiz
isso e depois sentia as faíscas dos olhos da vítima que me alertavam da
tremenda gafe. Assim insisto que o nome de qualquer pessoa deveria ser um
código que indicasse altura, cor, sexo, cor dos olhos, lugar de nascimento
etc., seria mais difícil errar.
Em uma visita da minha turma às obras das
usinas de Urubupungá
Logo após o início de minha vida matrimonial,
casado coma Tânia, minha esposa, fomos convidados para um final de semana no
Rio de Janeiro, com hotel pago e tudo mais. No primeiro almoço (ou jantar) com
o Dr. Mário Ferreira e sua esposa, tio da Tênia que foi um dos líderes da SUCAM
{
Em um almoço na casa do Tio Waldomiro e tia
Olinda ela nos serviu uma salada de agrião. Foi a primeira vez que vi e comi
aquela maravilha, gostei tanto que deixei um pouco para misturar com o prato
principal. Feito isso a tia perguntou se estávamos servidos, concordamos e na
sequência vi meu precioso agrião sendo levado para a cozinha.
Em minha primeira viagem internacional a
serviço da Copel nossa equipe foi muitas vezes recebida com honrarias.
Raramente eu esperava que todos fossem servidos. Quando dava pela coisa todo
mundo estava olhando para mim de olhos arregalados...
Vivo levando bronca de minha companheira,
gosto de fazer pegadinhas com os garçons apesar dos alertas que ela faz. Fico
feliz quando sinto que eles gostaram. Uma vez, por exemplo, em Camboriú
perguntei se tinham camarões soltinhos. Quando o profissional disse que sim eu
lhe pedi de imediato que segurasse os bichinhos para não fugirem. O garçom riu
comigo, que legal!
E os apelidos, um colega tem um apelido que
usávamos na escola de Engenharia. Ele virou autoridade no Lions; um dia
filmando a posse de uma nova diretoria fiquei chamando o amigo e companheiro
pelo apelido. Como ele não dava atenção desconfiei que algo estava errado e não
usei o apelido. A partir daí pude filmá-lo olhando para mim.
E o respeito “etiquetal”
das
autoridades, que suplício...
Em meu lar de origem as etiquetas não eram
radicais. Ou melhor, não existiam. Que liberdade!
Na Copel maravilhosamente existiam bons
mestres de cerimônia, salvação providencial.
Mas, lembrando uma história real.
Minha mãe contava que o pai chegou atrasado ao
casamento deles, estava arrumando o motor de uma lancha em alto mar (versão
oficial), e chegando à igreja ou capela ou sala onde o ato solene de promessas
de nubentes aconteceria ajoelhou-se próximo ao altar, notando que estava longe
foi andando de joelhos até o lugar que a vítima deve ficar...
Envelhecendo vira rotina colecionar gafes de
toda espécie. O jeito é mostrar que infelizmente é isso mesmo, ou seja, não
esperem maravilhas de um idoso renitente [73] na
arte das trapalhadas, teimoso e confuso que já nasceu com um apelido (Caio) não
erre.
Tive
muitos outros, como, por exemplo, Galego, motivo de muita briga na infância, de
padre pelo jeito que eu lecionava no CEFET, e provavelmente outros que
desconheço. Na Copel entrei e o
A Família – minhas
origens – paradigmas familiares
Privilégios de berço –
pais dedicados
O
privilégio de nascer com pais realmente preocupados com a educação de seus
filhos foi, acima de tudo, o processo mais importante para minha formação.
Assim
aprendi (vou alternar a primeira pessoa do singular com a do plural em favor da
melhor compreensão do texto) muito com meu pai, pessoa extraordinariamente
inteligente, lúcida e responsável. Graças a ele compreendi a arte de duvidar
com tolerância as divergências intelectuais, algo que agora sei usar melhor;
existe maior lição do que essa?
Pedro
Cascaes morreu cedo, algo que me entristece profundamente sempre que me lembro
disto. Fez muita falta ao filho curioso, teimoso acima de tudo, ainda que
relativamente disciplinado pela mãe.
Entre
a inteligência primorosa e bem estruturada e a cultura do pai e os padrões
comportamentais da mãe, criada quase em tempos de pós escravatura em Laguna
dentro de uma família conservadora, vivi momentos complexos e didáticos.
Meus
avós maternos foram afetados pelo que viram na infância de disciplina a
qualquer custo, sentimentos excessivos e anacrônicos típicos da educação que
receberam.
Ganhei
uma base inestimável além da herança genética, que mereceria análises melhores,
extremamente pronunciada para tudo o que sou.
Fantasticamente
as divergências de base religiosa de meus pais estimularam conversas
intermináveis e diárias (principalmente no horário do almoço e janta) com o
Pedro Cascaes. Com imensa paciência ele explicava seus pontos de vista, não os
impunha. Meu pai falava pausadamente, pensava muito antes de responder,
ensinou-me a raciocinar.
As
lições de casa também mostraram os equívocos, tais como a violência física que
minha mãe exercia de forma arbitrária, talvez em uma época de stress imenso.
Francisca Baião Cascaes era linda, uma artista incrível, incrivelmente
corajosa, mas lesionada demais. A violência desapareceu com a idade e com
tristeza imensa vi aquela guerreira perder forças e gradativamente depender dos
filhos para sobreviver.
Os
vícios do casal, dentre os quais o tabagismo foi o de piores consequências.
Era uma época em que a mídia comercial, sempre
ela, faturava fortunas continuamente defendendo a tétrica arte de fumar, mesmo
depois da demonstração mundial a partir de centros médicos honestos de que o
cigarro e similares eram vícios mortais. Aliás, isso não mudou. O alcoolismo, o
uso abusivo de automóveis (sustentabilidade?), prazeres irresponsáveis etc. e o
consumismo desregrado mantêm os sistemas privados de comunicação, bem pagos por
grandes grupos econômicos.
É
fácil de sentir o império dos patrocinadores e visão comercial da mídia.
A
acessibilidade incomoda, por exemplo, para as pessoas surdas. O resultado é que
ainda é difícil ver programas com intérpretes LIBRAS...
A
base cultural em que me formei teve uma contribuição excepcional do povo de
Blumenau. Os blumenauenses das décadas de quarenta a sessenta eram bem
caracterizados. Gente de origem predominantemente germânica naquela época
externava fortemente as virtudes e defeitos de um povo determinado, guerreiro,
trabalhador e vítima e algoz graças a conceitos de raça e poder, nazifascista,
radicais de extrema direita.
No
Colégio Santo Antônio vi todas essas facetas, talvez de refugiados vestidos de
frades franciscanos.
Blumenau
era uma vitrine mais elaborada do fascismo que os getulistas tentaram aplicar
aos brasileiros. Aliás, aqui, Brasil, dizia meu pai que qualquer ideologia
seria desmoralizada pela maneira de ser dos brasileiros, o que não deixa de ser
uma virtude importantíssima num planeta que abriga uma espécie de vida tão
cheia de certezas, quanto o é o ser humano.
Entre
defeitos e virtudes meu segundo lar foi o Colégio Santo Antônio. A disciplina
era forte, menos do que em minha casa. Assim lá vivi e convivi com pessoas
excepcionais (em todos os sentidos). Mais uma vez a heterogeneidade entre
professores demonstrava a fragilidade dos dogmas, ideologias, religiões, morais
e éticos que ao longo da história foram construídos e se construiu para agora
dividir o mundo, nações, famílias e até grupos circunstanciais presos a
catecismos que aceitam, por mais idiotas que sejam.
É
incrível a fragilidade de pessoas aparentemente cultas, capazes de afirmar e
fazer juramentos e afirmar crenças absolutamente anacrônicas e distantes de
suas vidas particulares e sociais, onde demonstram inequivocamente que só
aproveitam de tudo o que dizem acreditar o que lhes convêm.
O
processo de racionalização assusta.
É
bom reafirmar, contudo, aspectos pessoais que me afetaram profundamente.
A
saúde pessoal foi um fator marcante e decisivo na construção e percepção de
minhas crenças. Desde muito cedo a alergia e bronquite “Tosse de Cachorro”
(Laringite estridulosa ou “Tosse de cachorro” Uma doença de inverno?) foi uma
limitação violenta, levando meus pais a exercerem uma vigilância severa sobre o
que fazia.
Era
uma tremenda “perna de pau” e assim acabei tendo nos passeios de bicicleta o
meu lazer e esporte favorito (Brasil Não Motorizado), algo que viabilizava o
gosto por esportes radicais, nunca confessados aos meus pais. Imagino qual
seria a reação de minha mãe se, ao longo dos anos, soubesse em detalhes o que o
filho fazia em todos os lugares em que viveu...
Com
certeza tive o privilégio de estudar em São Paulo, capital, onde passei um ano
(1963) frequentando o cursinho pré-vestibular Di Túlio, na rua Conde de
Sarzedas, na Liberdade. Neste ano de dúvidas imensas ou simples apatia
profissional aprendi muito conhecendo a cidade de São Paulo e suas atrações
gratuitas, das apresentações da Orquestra Sinfônica no Teatro Municipal ao
Planetário no Ibirapuera onde revia as estrelas que deixara em Blumenau.
Vestibular,
Itajubá e tudo o que aconteceu a partir de 1964 serviram para educar e temperar
conhecimentos e ideais, entre eles o mais nobre, cuidar de minha família.
Maravilhosamente
tudo contribuiu para agora escrever este livro, ser autodidata pode desmerecer
o que se faz no mundo acadêmico, mas, se feito de coração e com base em bons
livros, filmes e na grande escola que é a vida pode merecer registro...
Para
reforçar o que imagino ser essencial à qualidade de vida sugiro uma leitura dos
livros de Domenico de Mais, entre eles
Note-se,
contudo, que existem profissões intuitivas e outras imperceptíveis aos jovens,
Pior
ainda é a criação de ilusões em relação ao tipo de vida profissional
pretendida.
Temos
profissionais capazes de orientar pretendentes a vestibulares e opções de
sustentação pessoal e familiar. Sempre que dúvidas assaltarem as mentes de
pessoas prestes a entrar em cursos demorados e eventualmente caros de
profissionalização é prudente a submissão a testes vocacionais.
Enquanto na vida ativa viajei demais. A distância de minha
família era constante. Ao contrário do ambiente em que vivi fiquei longe demais
das filhas e do caçula que dependiam, talvez, de palavras do pai.
Isso foi um forte motivo para aproveitar as férias acumuladas
logo que saí da Presidência da Copel para comprar papel (sem PC) e escrever um
livro com o título “Conversando com meus filhos”
Se leram, não sei, mas o livro foi feito, lamentavelmente
editado com erros demais.
O boneco do livro a minha esposa me entregou em um momento
incrível: quando ela entrou no meu escritório era o tempo, a idade que meu pai
tinha quando faleceu.
Número de anos, meses de vida de meu pai e mestre naquele
instante, mostrando para mim algo que senti após sua morte, que ele não me
abandonara.
Durante a última noite e o dia de sua agonia ele me chamou,
abraçou e beijou, perguntando nesses três momentos de pesadelo o que eu fazia
ali, porque não estava estudando...
Não pensei na conclusão do livro em mudá-lo, até porque
lesões nos dois olhos apareceram na agonia dos pós presidência, quando paguei
muitos pecados e traições.
Fiquei muito decepcionado ao saber, anos depois, que a
impressão tivera tantos erros. Assim coloquei o texto num blog anos depois
denominado “Fazendo Livros” onde a Office acertou a redação...
Bem ou mal impresso expressei minhas preocupações, esperanças
e algumas orientações éticas, comportamentais, avaliações de mérito e sugestões
que considerava importantes.
Foi oportuno pois entrava num período desgastante e de
complicações de saúde graves e permanentes.
O que aconteceu nos anos seguintes foi um teste de
sobrevivência e de afirmações idealistas...
Santo corretor de textos!
Agora, graças à bondade do Luiz Fernando da Bonijúris
A Academia de Letras José de Alencar é o maravilhoso espaço
que sua Presidente, Acadêmica Anita Zippin viabiliza essa oportunidade ímpar.
O tempo, uma
experiência pessoal
Felizmente ao longo de minha existência tive momentos
tremendamente educativos. Com certeza experiências interessantes e pouco
comuns. O que aconteceu em um dia aparentemente comum em casa e sozinho foi
interessantíssimo.
Naturalmente, com educação católica, a eternidade era algo
assustador gerando inúmeros questionamentos íntimos. Sentir, contudo, o que
pode ser sem as mudanças sucessivas que definem o tempo valeu para minha
compreensão de muitas utopias.
A vida ensinou.
Minha personalidade dominada pela timidez fez com que parasse
para pensar e prestasse muita atenção ao que acontecera.
Em alguns momentos assustei minha família, tias, primas etc.
Em Lguna, após uma bronca injusta (não sei por que, sempre são injustas) saí
para a fantástica Praia do Mar Grosso, época em que realmente era linda. Fui
para um lado, nas pedras, do molhe, e lá parei para ver as ondas, sempre
maravilhosas (o Covid ainda não tinha aparecido). Já demorando demais resolvi
voltar andando calmamente pela praia e puxando um loga tinha de algum tipo de
alga. Ao longe vi um comando feminino caminhando depressa até me meu alcançar.
Vínhamos em sentidos diferentes. Aí o desabafo, o que eu pretendia? Por que
desaparecera? Notei que exagerar no tempo de fuga...
Nem sempre o tempo foi tão agradável.
Em uma tarde em Blumenau, talvez com 15 anos ou pouco mais,
acordei com alguma febre e a sensação de que o relógio demorava demais entre um
tique e um taque. Que coisa horrível. Sozinho em casa andei de um lado para o
outro angustiadíssimo. Devagar o sentimento passou. Ufa! Conclusão: a
eternidade pode ser muito chata.
O tempo é medido por comparação e assim
aprendemos a ver ponteiros, pêndulos, ouvir “tics-tacs”, prestar a tenção a
calendários etc. Já imaginaram perceber a paralização do tempo, o que sentiria?
Acompanhei a morte de um pai em sua cabeceira. Tranquila, mas
sufocante em seu câncer de fumante. Por Três vezes ao longo da noite e manhã de
agonia me chamou, abraçou, beijou e perguntou? o que eu fazia ali, não estava
estudando? Ou seja, todos os minutos da vida são importantíssimos, meu Pai deu
um valor tremendo àquelas horas...
O tempo se esgotava e ele estava preocupado comigo.
Mas também senti momentos de morte possível como, por
exemplo, em acidentes de carro. Os segundos entre a batida e o silêncio
pareceram uma eternidade.
Anestesias criaram horas que não existiram, pode?
Assim pensamos, o que é o tempo, afinal?
Em minha atividade profissional participei de processos e
cronômetros importantíssimos. Desde a visita de grandes laboratórios até o
gerenciamento de equipes de medição, testes e laboratório que gastaram suas
vidas cuidadinho de medidores e padrões de tempo.
Entre o tempo físico e intelectual encontramos diferenças
abissais.
Envelhecemos pensando e pautando a vida com os relógios.
Na infância nossos pais, professores e nosso organismo diziam
o que fazer. Agora, na velhice, o cronograma dos remédios, tratamentos,
noticiários, programas favoritos etc. Tudo vai ficando muito rápido e nós mais
lentos...
É bom pensar sobre o que é o tempo[74].
É muito triste ver e ouvir de pessoas que amamos lamentações
por terem vivido mal.
Saber usar o tempo é uma arte em qualquer condição social.
Resumindo:
O TEMPO PASSA E PODE SER ETERNO
De
modo geral a sociedade no mundo ocidental está organizada e regulada partindo
de princípios de autonomia e livre arbítrio. Compete ao Poder Judiciário julgar
transgressões e a outros poderes a elaboração das leis.
A
qualidade das leis e aplicação delas é o melhor indicador de desenvolvimento.
Naturalmente a evolução ou regressão são fatores
circunstanciais
Realmente,
mas, vivemos no pleno direito do livre arbítrio?
Até
juristas colocam essa questão quando pensam na Ética da Justiça. Um livro
A
lógica no início do século passado era de medo do povo, terrorismo de Estado,
racismo, preconceitos de toda espécie.
O
que mudou? O Exercício da Justiça é tão frágil quanto o próprio ser humano.
Boas leituras serão aquelas que nos ajudarão a entender a natureza humana, por
exemplo:
A
realidade no Brasil mostra nitidamente a força do poder material e social sobre
os seres humanos. O combate à corrupção, ao crime organizado atos indesejáveis
se perde nos meandros do Poder Judiciário. A Operação Lava Jato é um exemplo a
ser analisado eternamente no Brasil.
Cremos
que esse é um direito dos poderosos.
Não
existe para gente do povo. Além da vigilância severa de religiosos as pessoas
têm medo, medo de tudo. Maslow ilustrou de maneira simples o que sentimos,
queremos e pensamos Sua pirâmide
A
análise do comportamento de nações tidas como desenvolvidas e cultas demonstra
a nossa incapacidade de fugir de processos educacionais dirigidos,
estrategicamente dentro dos interesses das classes dominantes. Os exemplos são
assustadores. No último século nações inteiras patrocinaram processos de
genocídio absurdos, algumas vezes sob alegações socialistas, noutras valia a
lógica do imperialismo, mas os piores instintos dominavam soberanamente de forma
implícita nas teses e discursos de qualquer líder daqueles povos. Muitas
nações, secularmente crentes de serem superiores às demais, usaram o poder de
seus exércitos para a realização de massacres abomináveis.
Note-se
que essa foi a História da Humanidade, mas seria de imaginar que no século 20 a
Humanidade pudesse superar radicalismos. Isso não aconteceu e ainda sentimos
postura absurdas de hostilidade por divergências ideológicas, religiosas e
raciais.
O
Nazismo foi o ápice da mediocridade de uma classe média que se acreditava ter
direitos abomináveis e nítidos indicadores de superioridade. A estupidez nas
décadas de trinta e quarenta do século passado é uma advertência do que
significa a crença em valores fantasiosos e egoístas.
A
que devemos tantos riscos e perversões? Por que valores infinitamente sublimes
que muitas pessoas demonstram possuir?
Observando
lobos que vivem em matilhas, por exemplo, percebemos a hierarquização pela
força e a exclusão de outros bandos. São selvagens com alguma organização
familiar e social. No meio dessas alcateias é possível enxergar a ternura entre
as fêmeas e seus filhotes. Seríamos apenas isso?
Além
do que poderíamos definir como resultado de nossos instintos e anseios, nosso
corpo é uma montagem que contém elementos perigosos e fascinantes. Somos um
tremendo computador com sensores, unidades de lógica, processadores poli
dimensionais e extremamente compactos ocupando segmentos de nosso cérebro onde
um sistema operacional, aplicativos hereditários, sistemas de comunicação, de
refrigeração e energia compõem a maioria das nossas virtudes e capacidades.
Temos mobilidade, poder de procriação etc., tudo organizado de forma
infinitamente complexa e ao mesmo tempo tão simples como só a Natureza é capaz
de produzir.
Dentro
de nós, em vários lugares do corpo, encontramos glândulas que mudam os
parâmetros de muitas equações de decisão. O DNA contém elementos que formam o
plano construtivo, o relógio de cada um, as sementes de tecidos, modelos e
padrões definindo fases de nossas vidas com determinação orgânica, além, é
claro, da sua composição minuciosa.
Cada
ser humano é o produto de origens materiais, culturais, ambientais etc.
O
DNA diz muito ele é o produto de casais que, por sua vez, vêm de outros
sucessivamente. Após o nascimento material passamos a ser objeto de inúmeras
influências, com destaque o cenário familiar e social em que vivemos.
Ou
seja, de modo geral podemos até afirmar que não decidimos sobre as bases em que
nascemos, crescemos, fomos educados. Perante qualquer tribunal realmente justo
e submetido a leis universais (no sentido amplo) todos seriam vistos como
objeto de um processo de transformações, evoluções ou regressões, mas simples
produtos de uma miríade de acidentes, incidentes, genética, ambientes e até
leis humanas.
Onde
podemos mudar algo?
O
universo matemático pode ser dividido entre o espaço determinístico e o
probabilístico; de alguma forma criamos estímulos até pequeníssimos que nos
fazem optar por um ou outro caminho. Deterministicamente podemos dizer que o
resultado será esse ou aquele, no mundo real, contudo, prevalecem os eventos
aleatórios, circunstanciais, distantes de toda espécie de “autoridade”.
Pessoalmente
acredito também que alguma espécie de espírito pode nos apoiar, assim vivi
sentindo a influência, de meu pai, imagino. Minhas decisões durante décadas
tinham (e têm) momentos de inspiração inacreditáveis, algo que simplesmente não
posso desprezar.
Ou
seja, dentro do mundo que conhecemos e imersos na complexidade do Universo
estamos infinitamente longe de explicar tudo o que nos acontece.
De
qualquer jeito temos o direito de simplificar e explicar, acreditar em alguma
coisa que entendamos como soberana em nossas vidas.
Falamos
em glândulas e em períodos de existência. Cada um é um conjunto de composições
singulares. E daí?
Nascemos
absolutamente egoístas, dependentes. Não fosse assim a sobrevivência da
Humanidade estaria em risco, se é que ela ainda existisse.
É
importante lembrar isso. O altruísmo depende principalmente da educação que recebemos.
O egoísmo deixa-nos dependentes de sentimentos primitivos, de vaidades, vícios
e necessidades que diminuem à medida que esquecemos nossos problemas e nos
fixamos em ajudar outras pessoas, ou seja, aprendemos a amar o próximo.
A
infelicidade é flagrante entre pessoas egocêntricas, sempre apavoradas com a
morte, a perda de qualquer coisa, querendo sempre mais para si, nunca estando
satisfeitas.
O
egoísmo também pode ser o resultado de patologias [10]. Merece leitura atenta o
verbete (Psicopata)[75]
assim como os livros de Michel Foucault, com destaque para
Isso
tudo demonstra a importância da família, da Educação, da Liberdade onde a
aleatoriedade pode evitar a dominação dos tiranos, santos e pregadores.
No
Brasil passamos por momentos absurdos de controle de grupos de fanáticos à
direita e à esquerda. Nas ditaduras militares e marcadamente ideológicas, desde
os tempos de Deodoro, Vargas e mais tarde com os militares que consideravam o
Almanaque do Exército o único documento de escolha de presidentes sofremos
processos de lavagem cerebral terríveis.
Agora
estamos, principalmente, sob o império da mídia comercial e religiosa. Alegando
liberdade de imprensa mentem, promovem vilanias ou “santidades”, estimulam
comportamentos doentios a serviço de patrocinadores alheios às necessidades
mais sadias de nosso povo ou expressam convicções que ferem a liberdade de
culto e crenças metafísicas. Com certeza isso é um instrumento de dominação de
fanáticos e grupos econômicos e financeiros que se sobrepõem na pirâmide de
dominação da Humanidade.
Confunde-se
liberdade de imprensa com liberdade de opinião, algo proibido à maioria dos
jornalistas, devidamente monitorados pelas equipes de editoria. Sistemas de
comunicação convencionais são caros e dependem do poder da mídia e seus
patrocinadores para sobreviverem, enquanto os sistemas estatais são
implicitamente censurados...
A
literatura, emissoras de rádio, TV, redes sociais, portais, templos etc. formam
um conjunto poderoso que, se tivermos censura enérgica e até discreta,
irresistível na condução de qualquer nação.
A
verdade é uma hipótese sempre que a procuramos e essa vontade de entender cria
sentimentos de humildade e dúvidas íntimas que precisam ser valorizadas.
Felizmente
temos as redes sociais e a universalização da informação. O Mundo WEB desmonta
(por enquanto) até as ditaduras mais ferozes. A aleatoriedade e a
acessibilidade quase universais a sistemas modernos de comunicação via
telefonia e internet está furando bloqueios seculares.
Sobre
a mídia merecem leitura (O Diabo na Água Benta) e (O Cemitério de Praga) fora
outros clássicos mostrando como as “verdades” são produzidas.
Ainda
estamos num planeta ética e culturalmente subdesenvolvido. São muitos os
lugares da Terra em que os fundamentalismos religiosos, políticos e até
esportivos criam cenários de terror.
A
fragilidade do ser humano está mais do que evidente num mundo em que o
desenvolvimento do conhecimento técnico e científico se adianta velozmente da
inteligência e capacidade de assimilação sadia das ciências humanas.
Poderá
vir da própria Ciência formal a fórmula de melhor aproveitamento do
conhecimento humano universal. Talvez tenhamos recursos para aceleração do
cérebro que não sejam tão prejudiciais quanto as drogas existentes.
Precisamos
de tudo e de todos para superar nossas limitações.
Temos
orientações consensuadas, a Unesco propôs os ODS
A
estrutura da ONU
O
que falta? Apoio real a tratados, convenções, disposição da Humanidade para
viver em paz e proativamente.
A educação e a
importância da compreensão do ser humano
Conhecer o que uma criança, jovem, adulto e a pessoa idosa
podem ter em seu íntimo é fundamental para qualquer educador e até para grandes
executivos.
Ao longo da vida tomamos decisões e assumimos atitudes que
podem afetar positivamente nossa família, alunos, militantes, amigos e amigas e
até as empresas que eventualmente tenhamos condições de governar.
A educação prepara o indivíduo para suas responsabilidades
enquanto o processo escolar ensina e disciplina seres humanos em processos
coletivos.
A família tem o desafio de educar e isso, infelizmente,
acontece intuitivamente na maioria dos casos.
Com certeza não faz sentido padronizar a construção de seres
humanos mas preparar para a vida e seus desafios.
Felizmente temos visões singulares de tudo o que nos ensinam.
Nascemos com heranças genéticas e alguns softwares gravados
em nossas memórias, talvez muito mais. O que importa é a necessidade de
correção de tudo o que somos ao nascer assim como o aprimoramento de boas
índoles.
Apesar de muitos cuidados, acidentes, perda de apoios
essenciais, simples incidentes podem e mudam a vida de qualquer pessoa.
Ou seja, durante a nossa existência construímos e somos
afetados por tudo o que passamos.
O simplismo de abordagens idealistas é assustador e mostra desconhecimento
da complexidade de nosso corpo e cérebro.
Para conter excessos a inúmeras culturas humanas criaram
leis, julgamentos, torturas, prisões e formas de eliminação das pessoas que
julgavam e entendiam como perigosas.
Na evolução vieram os presídios, métodos diferentes de
punição e pena de morte.
É até interessante ver propostas educacionais milagreiras...
O conceito de culpa, crime e castigo é uma necessidade
gerencial das nações. Não faz sentido quando entramos a fundo nas razões que
levaram a criança a ser santa ou fera.
A responsabilidade dos pais, da sociedade, da humanidade é
imensa.
É bom lembrar os efeitos de heróis míticos no comportamento
de nações que se orgulham de passados violentos e lendários.
O nazifascismo e a lógica de todos os países que aderiram
entusiasticamente às crenças desenvolvidas nos países do Eixo ilustram bem, sem
necessidade de maiores demonstrações, a tremenda alienação e capacidade de
agressividade de povos que pareciam melhores.
O protagonismo dos países imperialistas assusta até hoje...
O que ensinar? Como aprender? Além dos livros de história
bons romances devem ser lidos, analisados, discutidos em qualquer ambiente
preocupado com o futuro do “homo sapiens sapiens”.
Livros tais como “O Senhor das Moscas”
O vandalismo é um exemplo da estupidez humana. A disposição
para simplesmente fazer o que é ruim é uma patologia comportamental que merece
reflexões.
Felizmente bons canais educativos e de registro histórico
apresentam programas e documentários importantíssimos.
Com certeza tudo é afetado pela conveniência dos editores,
mas assim é a vida. Não seremos isentos nunca.
O fundamental é a tolerância, a autodeterminação dos povos, a
lógica da liberdade, fraternidade e igualdade.
Uma responsabilidade
essencial – ensinar a pensar
Ao longo da vida percebemos as diferenças entre pessoas que
sabem pensar e outras que simplesmente agem de acordo com seus instintos. Entre
esses dois limites a compreensão do que a educação, os bons exemplos,
paradigmas sadios , inteligência e cultura podem revelar.
Quando nascemos somos papéis em branco. Talvez alguns
absolutamente refratários a qualquer educação. Na maioria absoluta das vezes
poderemos escrever qualquer coisa nesses objetos de registro da atuação social,
acima de tudo. De poesias a palavrões as bases de transmissão de educação são
as inteligências de nossos filhos aprendizes assim como de subordinados em
qualquer condição.
Podemos imaginar, observando padrões de comunicação o que foi
a infância e juventude de qualquer cidadão.
Com certeza a família é decisiva, o início da vida.
A diferença estará no ambiente familiar, educação,
convivências, escolas e até nos efeitos de traumas imprevisíveis.
Devemos, precisamos compreender a responsabilidade de pais,
amizades, escolas, religiões etc. Tudo coloca tijolinhos na cabeça das crianças
e dos jovens.
A qualidade dos construtores será essencial assim como o
ambiente social em que vivermos.
É fácil, por exemplo, notar a cultura adquirida em espaços
urbanos diferentes. Dos sotaques e vãos vícios sociais carregamos carimbos
notáveis.
Saber educar, cuidar da educação, mostrar qualidades
positivas é fundamental á felicidade e ao sucesso dos filhos e alunos.
Ensinar é algo muito diferente do que educar. Ensinamos a
usar martelos assim como educamos para sentimentos e atitudes.
A sobrevivência digna e nossos descendentes será a recompensa
desse esforço.
É essencial também a compreensão de que não existem duas
pessoas iguais.
É comum ouvir de pais frustrados a expressão “..., mas
receberam a mesma educação” como se isso justificasse a miopia do processo
educacional familiar.
Nesse século 21 a especialização cresce exponencialmente
viabilizando inúmeros métodos didáticos de orientação aos pais e mestres.
Hoje podemos até cuidar da saúde via internet, redes sociais,
portais. Há poucas dezenas de anos o mundo era outro.
No século passado, em tempos sem internet, um livro que foi
um apoio inestimável a todas as famílias preocupadas em cuidar, medicar e
educar seus filhos, quando, por exemplo, o Dr. Delalamare[76]
Com certeza saber educar é um desafio muito grande quando as
famílias se desmancham, mas o que também acontece em lares aparentemente bem
estabelecidos?
No mundo moderno a família compete com as programações da
mídia comercial. Sistemas nacionais e até internacionais podem afetar
tremendamente a vida de todos nós, quanto mais os jovens cheios de hormônios e
querendo viver a juventude em bares, raves, baladas etc.
As drogas mais a mídia formam um coquetel mortal que pais
responsáveis precisam cuidar permanentemente.
Educar, um verbo transitivo direto na alma de pessoas
responsáveis.
O desafio pessoal de
nascer, crescer, viver e envelhecer
Nada
é mais íntimo do que sentir a redução de qualidades e competências e querer ou
não aceitar limitações. O drama ou aventura de somar mais e mais anos de vida
pode ser fascinante se antes tenhamos feito coisas de que nos orgulhamos e
possamos perceber que nossas boas qualidades afetaram positivamente aqueles que
dependeriam de nossas oportunidades em família, de trabalhos e presença na
sociedade.
Essa
aventura começa logo que aprendemos estar no seio de uma família ou, infelizmente,
não raramente, em ambientes degradados.
Especialistas
ensinaram muito e nós, aprendemos muito com nossos pais.
Refletimos
seus traumas, vícios e virtudes.
A
ciência mostra e desenvolve conhecimentos na cabeça de nossos cientistas.
Ciências extremante complexas e avançadas em relação a daquelas de poucas
décadas passadas.
O
conhecimento humano chegou a um ponto de impossibilidade de domínio por uma
pessoa. Os gênios do passado seriam mais alguns na galeria atual de pessoas
extremamente cultas e inteligentes, mas agora incapazes de acumular todos os
conhecimentos de milhões de pesquisadores. Essa fragilidade demonstra a
insanidade dos fanatismos e o perigo das certezas...
Grandes
centros de pesquisas montam bancos de dados e sistemas de processamento e
análise poderosíssimos.
Um
exemplo é a atual pandemia de coronavírus 19 e a mobilização mundial para
contê-la e minimizá-la com vacinas e remédios.
Graças
aos sistemas atuais de informação, comunicação, processamento desses
conhecimentos, universalização e aprendizado, ensaios, pesquisas etc. temos
esperanças de superar esse pesadelo com mínimos prejuízos que seriam
incalculáveis noutras condições.
Na
contramão disso tudo sentimos os efeitos das vaidades e ambições pessoais de
grandes líderes, desesperados para lucrarem dom a desgraça alheia.
Com
certeza raras pessoas sabem, preparam-se e entram na terceira idade conscientes
do que deverão enfrentar. A ignorância tem muitas razões, mas os efeitos são
tristes quando a visão do futuro foi opaca.
De
modo geral negamos a degradação física, intelectual e sensorial que a
longevidade traz. Com certeza alguns, graças a facilidades de vidas tranquilas
e saudáveis possam até zombar da idade. O que é líquido e certo é que a vida
tem limites, ainda que talvez como etapa de um crescimento maior.
Uma
característica negativa é a passividade e o fatalismo. Gente que desconhece
seus direitos ou não adquiriu habilidades para cobrar soluções sofre
silenciosamente.
Nossos
jovens precisam ser educados para a militância política e social, saber agir
proativamente, no mínimo terão do que se orgulhar adiante.
No
cenário político seres humanos cultos ou simplesmente mais inteligentes ainda
vivos após ditaduras aprenderam a calar. Repressões e perdas de amigos e amigas
nas lutas contra ditaduras ainda pesam na memória de muitos
Em
Itajubá conhecemos e fizemos amizades com jovens idealistas de todas as cores,
alguns estão entre os mortos e desaparecidos no Araguaia
Existe
literatura e recordar é sofrer. Bons documentários mostram detalhes
assustadores.
Muito
mais aconteceu e ao final a implantação de uma república sindicalista que
apodreceu e viabilizou a vitória de uma liderança oportunista e ignorante, algo
que pesa demais nesse ano de 2021.
Na
pandemia COVID isso tem sido uma tragédia pois nossos dirigentes menosprezam as
dificuldades do cidadão comum.
E
na vida diária o suplício do desrespeito à pessoa idosa. Temos o direito de
reclamar? Quem educou aqueles que nos sucederam?
As
barreiras que vão aparecendo são tantas que ela se isola e quando sai encontra
dificuldades cada vez maiores para tudo o que faz e precisa.
Mobilidade
urbana hostil, mercados confusos, produtos e embalagens valorizando o marketing
em detrimento das explicações necessárias, sinalização padrão e ruim,
comunicação pior... o que fazer?
Note-se
que o COVID 19 é especialmente perigoso para as pessoas idosas, fumantes,
diabéticas, cardíacas e com outras morbidades ou vícios. Assim os números assustam.
Com
certeza à medida que os recursos de tratamento avançam para atender multidões
de pessoas infectadas as mortes diminuem, mas os traumas serão decisivos na
redução da expectativa de vida e felicidade.
Estranhamente
muitas autoridades menosprezam cuidados essenciais, serão pessoas alienígenas.
Estamos
passando por momentos tristes em todos os sentidos. Quem envelheceu sente-se
mais isolado do que nunca e com o espectro da doença que pode matar de muitas
maneiras.
Precisamos,
contudo, resistir para poder voltar a conviver com as pessoas que amamos.
Sentimos,
entretanto, o pesadelo daqueles que não têm as facilidades regulares da classe
média, por exemplo. Muitos, em seus casebres, só esperam ter adquirido
imunidades ao longo da vida, afinal, que remédios terão?
Nossa
geração dos anos quarenta passou por crises econômicas, ditaduras, pacotes
econômicos, eleições duvidosas e variações incríveis de ambiente social,
familiar e político.
O
que dizer para nossos descendentes?
O
que dizer para que sejam bem sucedidos, felizes?
O
que aprendemos?
Prazeres culturais,
esportivos e os vícios
Precisamos
viver com muito cuidado, escolhendo caminhos e referências de valor. Nesses
tempos de redes sociais, portais, internet, sistemas de comunicação instantânea
e mais e mais excelentes escritores, sociólogos, filósofos, cineastas,
psicólogos e especialistas em tudo que pudermos imaginar aprender é
infinitamente mais fácil onde a liberdade existe, se compararmos a cenários de
algumas décadas passadas.
Podemos
e devemos construir nossos códigos de ética sim, sem ingenuamente aceitar
passivamente padrões e modelos externos.
Ética
e coerência da pessoa idosa
Algo
extremamente comum e desastroso é a falta de sintonia entre o comportamento
real e os códigos de ética e a moral, juramentos, votos de todo tipo, diplomas,
cursos etc...
Sem
qualquer pudor as pessoas juram obedecer a determinados padrões morais e muitos
códigos de ética nem sempre publicáveis para de imediato usarem os seus compromissos
solenes de acordo com as piores conveniências pessoais.
A
incoerência depõe contra as instituições que criam seus padrões éticos e em
muitos casos, principalmente de empresas comerciais e industriais, revelam má
fé que ilude seus clientes. Essa forma de agir já é evidente em muitos lugares
invalidando a mídia pretendida, mas para pessoas ingênuas é um marketing
maldoso eficaz.
Filmes
educativos e reportagens independentes ou de boas emissoras mostram, para quem
tem tempo de vê-las e gosto pelo aprendizado mais desenvolvido, situações
incríveis, até romances já apareceram mostrando essa condição do ser humano.
As
denúncias de corrupção no Brasil a partir da Operação Lava Jato e outras
revelaram empresas que orgulhosamente mostravam compromissos morais fictícios,
que desastre!
A
falta de coerência natural do ser humano obrigou inúmeras religiões a criarem
rituais complexos e punições terrenas a seus “fiéis”. O esforço de
aprimoramento também gerou coisas tipo Inquisição...
O
ser humano (Homo sapiens sapiens), insistimos nessa locução substantiva
(qualificativa?), chegou ao “animal que pensa e sabe que pensa” após longo
processo de desenvolvimento com explicações que dependem de crenças religiosas
e científicas [(Homo sapiens), (Criacionismo). Etc.]. Seu comportamento de um animal eventualmente
racional é compreensível, afinal ele procura sobreviver, crescer e dominar. A
incoerência em si mais cedo ou tarde poderá ser conhecida, é o que vemos no
desmascaramento de grandes organizações religiosas que durante séculos tiveram
o respeito de seus rebanhos.
Não
devemos assumir a posição de juízes de um tribunal tão complexo quanto o da
moral e virtudes humanas, mas é importante procurar padrões que nos deixem
felizes e em paz com a nossa consciência. Julgamentos e punições materiais são
objeto do Poder Judiciário e seus instrumentos de castigo. Onde temos religiões
de Estado com até polícias para fiscalização de comportamentos, roupas,
bebidas, comidas etc. e aplicação de
castigos eventualmente brutais podemos avaliar o que é ditadura, fanatismo,
conservadorismo. Onde a liberdade existe, podemos errar ou acertar
intuitivamente ou com os melhores propósitos, aprendendo e evoluindo.
Regimes
ditatoriais moralistas (geralmente usando ideologias como desculpa), a pior
espécie de ditadura, seguem ou impõem a vontade de lideranças frequentemente
absurdas, mas muito bem protegidas por exércitos formais, puros mercenários,
pois é difícil de acreditar que sistemas judiciários e militares sejam tão
primitivos quanto seus idolatrados chefes.
Nesse
sentido os livros com os ensinamentos pensamentos de Michel Foucault
A
aceitação da desonestidade é quase uma virtude nesse mundo poluído acima de
tudo por pessoas de má fé, extremamente vaidosas, alienadas, mercenárias...
Procure
conversar com estelionatários refinados e sentirá a elegância adequada ao
momento. Pessoas desavisadas serão reféns de boas maneiras e vinhos melhores,
mais ainda se tiverem lugares de isolamento e lazer esplendoroso. A arma da
sedução é semelhante à sexual.
Num
país em desenvolvimento material e cultural as fragilidades são imensas.
Aliás
um diretor de uma multinacional disse-nos há muitos anos passados que no Brasil
comprava-se a lealdade de pessoas estratégicas com uma garrafa de Whisky.
A
postura incoerente pode ser ridícula.
Noutro
momento ouvimos a frase de um representante de uma multinacional de informática
extremamente preocupado com a forma de comer, o tipo dos alimentos etc.,
falando da corrupção ele simplesmente disse “corrupção é uma forma de negócio”
...
É
até divertido perceber que muitos se ofendiam se não queríamos entender a
importância da camaradagem a qualquer custo.
Um
colega de escola, nome de uma termelétrica, saiu irritado de um almoço porque
sentiu que o custo do tempo e viagem não valiam a pena.
Processos
e métodos de venda podem ser inerentemente suspeitos quando destacam ganhos
excepcionais para o vendedor, esquecendo o cliente.
Denunciar?
Procuramos muitos caminhos, o máximo que conseguimos foi uma reprimenda.
Eventualmente registros inúteis.
Diante
de tudo vemos extasiados os efeitos da Delação Premiada (Brasil) e da Operação
Lava Jato.
Isso,
contudo, demandava um conjunto harmonioso e multidisciplinar de pessoas de
extrema honestidade, coragem e competência. Agora nós, brasileiros, as temos.
Precisamos de honestidade e só com muita
coragem e capacidade de eliminar gradativamente comportamentos que denominamos
de corrupção[1] e submissão a interesses brutais de elites poderosas poderemos
construir um mundo melhor e sustentável.
Os
interesses em torno das lógicas radicais capitalistas e liberais (exploração
sem limites do ser humano mais esperto sobre o menos capaz) podem destruir a
Humanidade, apesar de terem sido parte da evolução e criação de soluções. O
imperialismo explícito mostra até onde grandes nações foram e vão na ânsia de
poder, prestígio, lucros, defesa de seus interesses, missionarismo etc.
Agora
é tempo de repensar tudo, se quisermos passar o século 21 com sucesso e
evolução de todos os sobreviventes.
A
Ética Universal, algo que um dia talvez tenhamos consensualmente, não poderá
ser submetida a contingências oportunistas. Poderemos ter padrões orais
adequados a ambientes diferentes, mas a ética só pode ser única, à medida que
vier a ser produto da razão subordinada a uma visão metafísica da Verdade.
É
doloroso constatar que na política, comércio, no exercício da Engenharia,
Medicina, Administração etc. encontramos pessoas dizendo isso e fazendo aquilo.
As
contradições chegam a limites perigosos quando empresas, partidos e relações
políticas, públicas e, ou privadas impõem (O QUE É UM CÓDIGO DE ÉTICA?) códigos
de ética explícitos ou discretos (até secretos) contrariando a crença comum
geradora do que poderíamos qualificar como inegociável diante de leis maiores,
tais como a Constituição Federal e estatutos aprovados universalmente, mais
ainda, a crença em Deus.
Entre
mafiosos de toda espécie códigos comportamentais, éticas criminosas estabelecem
lealdades a qualquer custo.
A
ONU/UNESCO, aproveitando um período de excepcional “bondade”, tem criado
estatutos, leis e padrões de alto nível moral. São orientações de altíssimo
nível ético, se entendermos o que se formou a partir de grandes e bons
filósofos e profetas como sendo uma base moral realmente justa e necessária.
O
amadurecimento da Humanidade viabiliza novas propostas, como, por exemplo, Os
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - ODS
As crianças, os
jovens, os adultos e as pessoas idosas
A
família é a principal base de formação de caráter e vocações de qualquer
pessoa. Quando pensamos em Ética devemos de imediato e prioritariamente pensar
nos efeitos de nossos padrões de comportamento na cabeça de nossos filhos, que
serão radicalmente afetados pelos seus pais. Construir e manter um ambiente
familiar saudável é sinal de respeito e amor aos filhos, o resto é ridiculamente
pouco eficaz.
Um
absurdo comum e trágico é a inconsciência de mães e pais em torno de suas
responsabilidades. As crianças aprendem vendo, ouvindo, sentido seus
familiares. Os exemplos criam comportamentos, muito mais do que palavras
formais e chavões clássicos.
A
alienação é visível de diversas formas, os resultados vão aparecendo ao longo
da vida. É fácil perceber e até avaliar os filhos pelos efeitos na ordem
cronológica de nascimento. Tudo exige um processo de paternidade e maternidade
responsáveis. Crianças não podem ser tratadas como se fossem brinquedos à
disposição dos pais, pior ainda, seres intrusos em casas ricas ou pobres, mas
frias e desumanas.
Com
certeza cada ser humano é único, mas todos trazem em si cargas genéticas e
softwares embutidos em sua cabeça desde o nascimento. O processo natural é tal
que a diversidade é provocada desde a concepção e a facilidade de produção
contínua de milhões de espermatozoides a partir dos machos. Prever combinações
é impossível diante dessa dinâmica reprodutiva.
Se
a formação inicial do ser humano é alheia a planos familiares, a educação não o
é, ao contrário, é decisão dos responsáveis pelas crianças (família, sociedade,
governo).
As
crianças existem a partir da vontade dos seus pais e não o contrário. A geração
de filhos significa o comprometimento integral em relação à vida de pessoas que
serão o que seus pais quiserem, evidentemente com todas as singularidades que a
Natureza esconde e os efeitos de acidentes, incidentes, amizades, escolas etc.
proporcionam.
Compete
à família orientar, dar exemplos, mostrar caminhos, acima de tudo: EDUCAR.
Frequentemente
alheios às vontades familiares outras lideranças aparecem subvertendo
completamente os ensinamentos familiares. Especialistas em engajamento
político, religioso e até esportivo facilmente cooptam as crianças e
principalmente os jovens para causas eventualmente prejudiciais a esses futuros
adultos.
Podemos
ver nos noticiários o resultado de pregadores alucinados e criminosos, formando
batalhões de jovens assassinos. Essa sempre foi a realidade em todos os povos,
algo primitivo que ainda pesa na mente universal humana.
A
vigilância dos pais e mestres mais saudáveis é essencial para se evitar
fanatismos mortais ou simplesmente mediocrizantes.
Estamos
em tempos de mudanças aceleradas, todos os cuidados são poucos diante de
influências que aparecem de diversas maneiras dentro do lar, quanto mais nas
ruas e escolas da vida.
Podemos
e devemos cobrar responsabilidades, de quem?
Os
desafios de sobrevivência mudam constantemente, será que todos estão
conscientes de suas responsabilidades? Os tempos estáveis não existem mais, se
é que em alguma época duraram muito. A Humanidade sempre viveu em guerras e
conflitos locais, tribais, nacionais, coloniais, etc.
O
processo educacional deve ser atento às muitas fases da vida, mas pode educar
mal pessoas que esquecem, a partir de uma formação equivocada, o que é ser
adulto, ter responsabilidades e disposição para trabalhar, cuidar dos filhos,
viver em sociedade, ou seja, continuar a missão de existir.
Teorias
e consultores normalmente procuram focar padrões nem sempre realistas.
“Especialistas” ganham notoriedade e dinheiro inventando fórmulas mágicas. A
intuição pode valer muito mais do que a leitura de uma biblioteca especializada.
Com
certeza a humanidade ainda precisa avançar muito no conhecimento da mente
humana e nos processos educacionais. Felizmente a cultura universal se
enriquece diariamente e sabendo pesquisar poderemos descobrir preciosidades
inacessíveis há poucos anos graças ao potencial da WEB (World Wide Web). Ainda
recentemente pudemos ver preciosidades entre as quais podemos destacar uma
entrevista com o genial Dr. Carl Jung (C. Jung) que simplesmente resumiu muito
do que acreditamos. Lamentavelmente muitos filmes que colecionamos em blogs
acabam sendo excluídos pelos donos do direito de exposição, o capitalismo
intelectual é a pior forma de exploração do conhecimento humano...
A
vida se desenvolve em etapas, do bebê ao idoso passamos por períodos com
relativa estabilidade psicológica e intelectual. Com certeza é na puberdade que
explodimos por efeito de glândulas e desafios monumentais. As transformações
são enormes e podem neutralizar anos e anos de convivência em família, pois
nessa época, além dos hormônios aparecem os pregadores, os missioneiros que
pretendem aumentar seus rebanhos, custe o que custar, isso sem falar nas
turminhas de amigos e inimigos que marcam essa fase da vida.
Países
tão atrasados quanto o Brasil oferece um cenário desolador para os jovens de famílias
sem muitos recursos. O Ensino Fundamental[1] é precário e as ruas o espaço de
cooptação do crime organizado. Lamentavelmente ainda estamos na cultura
maniqueísta e pouco sensível à importância da Educação, lideranças nacionais
preferem a violência policial.
Os
educadores, por sua vez, precisam ter cuidados especiais e capacidade de
compreender suas próprias fragilidades, convicções e vontades. O jovem é alvo
perigosamente fácil de extremistas de qualquer espécie e quando adulto poderá
ser o que lhe for ensinado nesse período de imaturidade, inexperiência, de
falta de malícia de um mundo que se fosse tão bom quanto cada povo acredita ser
não teria mostrado tantas monstruosidades nesses últimos tempos.
Do
jovem para o adulto precisamos ensinar a pensar, a ter raciocínio crítico e
capacidade de formar uma visão ética que lhe seja necessária para sobreviver
com felicidade e vida saudável.
Os
mais velhos normalmente têm padrões consolidados em tempos remotos e
absolutamente anacrônicos em relação ao que as crianças, jovens e futuros
adultos enfrentarão.
Obviamente
existe a ética religiosa, que ensina a submissão total a figurino milenares e
promete recompensas eternas após a morte.
Quantos
jovens desperdiçam sua época de amadurecimento em salas fechadas decorando
bíblias...
O
terceiro milênio da era cristã poderá e deverá trazer desafios imensos.
A
Humanidade estará preparada para enfrentá-los? Educamos nossos descendentes
para resistir e sobreviver?
A
proposição de um modelo ético inteligente e ajustado a esse mundo absolutamente
novo é fundamental e se resume em poucas palavras: fraternidade, liberdade
preparação para aproveitamento de oportunidades sadias.
Lamentavelmente
descobrimos adultos chorando limitações que não existem a quem está disposto a trabalhar,
estudar, enfrentar as dificuldades da vida. Com certeza todos carregam suas
limitações que devem ser vistas como desafios a serem superados.
É
gratificante lembrar quando envelhecemos as barreiras que enfrentamos e
vencemos. Ser fraco é uma opção de vida, não uma condição limitante. A força
está na teimosia, na determinação, na coragem de suportar até humilhações, mas
ir em frente.
Viver
é subir montanhas, para isso devemos ter nosso catecismo pessoal, singular,
atento ao que queremos e devemos fazer.
As festas de final de ano e as férias
Principalmente em nossa infância e juventude nossa família
teve momentos e períodos que nos encantaram, eu e minha irmã, a Sônia Maria.
Brinquedos e brincadeiras [77]daquela
época estão na memória, hoje é nos shoppings e portais que as crianças decidem
o que vão ganhar.
Nas comunidades pobres o Natal talvez ainda seja assim quando
festejado ou oferecido por alguma ONG.
Nada mais misterioso do que os dias de Natal[78].
Rezar não rezávamos, o menino Jesus era festejado na missa do dia 25 que minha
mãe não perdia e levava a gente vestido com as melhores roupinhas.
O Dia 25 era quando realmente curtíamos os brinquedos inesperados,
naquela época as crianças não mandavam nos pais, mostrando para os amiguinhos e
amiguinhas o que tínhamos recebido. Alguns brinquedos duravam pouco, demoramos
a usar de forma adequada o pião de lata[79]
e tinha um êmbolo que cantava, zumbia quando devidamente acionado. As bonecas
da minha irmã ou eram de pano, louça ou boneca com cabeça de louça. quando
quebrava a choradeira dela era sonora. O Tutuca durou muitos anos e uma de pano
acabei convencendo-a a me deixar usá-la como algo de tiro ao alvo com fundas,
estilingues etc. Coitada, sofria comigo.
Ano novo, férias, destino: Laguna ou Florianópolis. Que maravilha
reencontrar primos e primas e passar o tempo brincando. Chato mesmo era a
viagem, estrada de terra e os ônibus da época quando as malas iam em cima do
ônibus, num cercadinho e amaradas. eu enjoava e a mãe custou a me ensinar a
enfrentar esse suplício. De Florianópolis para Laguna[80]
a distração era olhar o Campeche onde um acidente de avião matara pessoas
ilustres de Imbituva e Laguna. A visão das praias quando o monstrinho
denominado ônibus atingia o topo era fantástica.
Lembranças divertidas das crianças
A Tati um dia perguntou para minha
esposa se ela era do tempo dos dinossauros.
A Eliana questionou a mãe sobre as
cores, tudo seria em preto e branco?
O primeiro cachorrinho que comprei
assustou as meninas que subiram no sofá e começaram a gritar de medo da fera de
meio quilo.
Dia de comoção na Rua foi quando os
meninos se reuniram em nossa casa para apresentar seus bichinhos de estimação.
O Caio mostrou um coelhinho que amava e nhac, o cachorro de um coleguinha
mastigou o bichinho.
Um dia a Eli já mocinha chegou feliz
em casa mostrando o que ela tinha pegado na esquina. A mãe se assustou e a Eli
mais ainda pois era um despacho...
A primeira vez que a Tati chegou
dirigindo seu carro (ou nosso) ela me acenou e subiu no meio fio, ou quase...
O desafio era sair no horário para as
aulas, que sufoco.
Nos playgrounds era preciso
revezamento para poder acompanhar as ferinhas.
Difícil era pedir para a Eli parar.
Eli, vamos comer uma coisinha?
O caderno das lições da Tati era
cheio de pequenos desenhos nas margens...
Patinar no gelo ou com patins era a
paixão da Tati.
Tati era e é artista.
Caio fanático pelo basquete, tendo
até participado da seleção de Santa Catarina para campeonato nacional PcD.
A Eliana atleta nata. Ganhou medalhas
em natação e handebol.
Era ótimo ver o sucesso dos filhos.
Nascemos
e crescemos na rotina da vida infantil e juvenil sabendo que seremos adultos,
sempre mais fortes e completos. E quando envelhecemos? Com certeza ninguém
duvida da perda gradativa dos atributos do adulto saudável que talvez tenhamos
sido, mas isso é fácil?
Os
problemas começam pelos riscos do aparecimento de doenças graves, sequelas de
acidentes, vícios e até hereditariedade. A rotina eventualmente dura da
existência distrai e nos deixa despreparados (inclusive financeiramente) para
os tratamentos demorados, caros e talvez inúteis. Precisamos saber, mas a
questão é onde, como, quando, quanto podermos gastar, quem consultar, acreditar
em quê?
Soluções
aparecem exponencialmente, principalmente para aqueles que vivem próximos a
centros médicos e se prepararam para essa fase da vida. Planos de Saúde,
Previdência, orientações adequadas e até o apoio da família são
importantíssimos nessa fase da vida.
Lamentavelmente
a sociedade política não é coerente e assim sempre estaremos expostos a
surpresas. Pior ainda serão as tragédias, acidentes, epidemias imprevisíveis,
cataclismos etc.
A
Natureza é soberana e os políticos suficientemente voláteis para sempre saberem
nos enganar.
Diariamente
podermos saber de episódios dantescos afetando a vida da humanidade, nesse
contexto os mais afetados são normalmente pessoas fragilizadas, com
deficiência(s), ignorantes do que possa acontecer e fazer.
Em
termos de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo os problemas são absurdamente
severos em países subdesenvolvidos.
Se
a Medicina é um desafio, as ciências consideradas “exatas” podemos e matam,
agravam deficiências, humilham as pessoas idosas, gente que até pode ter sido
responsável pelas decisões macabras.
Materializando
detalhes e padrões temos as normas técncias, um instrumento que deveria ter
força de lei. Leis existem em profusão assim como estatutos, cartilhas e até
cursos. No Brasil falta, contudo, a atuação enérgica do Poder Judiciário e seus
instrumentos de apoio.
É
importante lembrar que a quantidade de pessoas poderosas em condições de fazer
e obter a excelência do mundo aumenta constantemente, deixando aos deserdados
as migalhas de seus caprichos.
Maldosamente
até as desgraças dão lucro...
No
Brasil estamos pagando um preço elevadíssimo por efeito de vícios crônicos e
comportamentos criminosos. A corrupção, a omissão, o medo de falar, o egoísmo
exagerado, ambições ilimitadas e muito mais formaram uma poção venenosa capaz
de permitir ambientes e situações impossíveis de vida tranquila, principalmente
para as pessoas idosas.
Devemos
e podemos pensar e colocar propostas para cada fator de agravamento da vida
humana em nossa terra, um país que deveria ser rico e saudável.
Exemplos?
A
má Engenharia tem causado tragédia inacreditáveis como as aquelas que
aconteceram em Minas Gerais, onde Brumadinho foi o modelo perfeito da gerência
mafiosa incompetência técnica. Foram necessárias diversas desgraças para que
agências reguladoras, ministérios públicos e tribunais reagissem, ainda que
tardiamente.
É
importante lembrar que obras malfeitas podem levar dezenas de anos para se
desmancharem ou caírem imediatamente, tudo será consequência de situações
circunstanciais e dos erros cometidos.
Nesses últimos anos o crime organizado
cresceu, temos regiões sob controle de milícias e quadrilhas. O número de
assassinatos assusta além daqueles que se tornaram pessoas com deficiência por
efeito de tiroteios. Lamentavelmente no Brasil não aplicamos a pena de morte e paralelamente
falta dinheiro para creches, escolas, hospitais e, obviamente, penitenciárias
de segurança máxima.
Precisamos
de soluções emergenciais e as eleições de 2018 mostraram que nosso povo quer
desesperadamente mudanças. Mudanças que parecem frustradas...
Naturalmente
projetos de médio e longo prazo deverão considerar seriamente a presença das
pessoas idosas, mais e mais numerosas e despreparadas para os desafios do
século 21.
Nisso
tudo a atuação do Poder judiciário será decisiva, mais ainda se os processos
forem ágeis e consequentes, justiça lenta é lenda.
Algo
assustador é perceber que a Humanidade reage à mídia esquecendo seus efeitos
sobre as pessoas idosas que custam caro e parece perderem prioridade.
O
pesadelo das mudanças climáticas aparece com violência e até essa questão
desliza em demagogias e conveniências discretas, ocultas, maldosas.
Temos uma longa
sequência de temas para ações a favor de nossas vidas ao envelhecer.
Podemos,
pois elencar:
1.
Comportamento da pessoa idosa
2.
Inclusão e segurança
3.
Saúde
4.
Segurança – atitudes
5.
Limiares – autocrítica
6.
Sistemas de apoio e segurança
7.
Urbanismo
8.
Arquitetura
9.
Designem
10.
Moda
11.
Atendimentos emergenciais
12.
Residência
13.
Lazer
14.
Legislação
15.
Previdência
16.
Relacionamento familiar
17.
Especialistas
18.
Asilos
19.
Etc.
Vamos
procurar tratar cada assunto na condição de auto didata, pessoa que vive o
desafio de viver com 75 anos, deficiência sensorial e tratamentos cardiológicos
e contra o câncer.
O Comportamento da
pessoa idosa
Acima
de tudo o que realmente incomoda e prejudica é a aceitação de “ser pessoa
idosa”. Isso constrange principalmente quando a vaidade é imperativa e pode ser
motivo de acidentes, doenças, lesões, enfim, do agravamento ou redução da
expectativa de vida.
Precisamos,
portanto, ter consciência de que a “terceira idade” é o período em que
reduziremos gradativamente nossas habilidades, potenciais e vitalidade. É
importante ter orientações profissionais e ser habilíssimo na autocrítica, o
que é muito raro.
A
incapacidade de autocrítica sadia é o principal pesadelo no relacionamento
entre amigos e amigas assim como fator de risco de acidentes.
Com
facilidade tornamo-nos ranzinzas, arredios. O isolamento pode dizer muito, bons
psicólogos sabem cuidar dessa condição humana. O que é uma doença poderá criar
inúmeros desafetos antes de ser objeto de atenção objetiva. É extremamente
desagradável sentir que erramos, muitas vezes ofendendo amigos de muitos anos.
Devemos
criar hábitos de convivência seletivos, sob o preço de sofrermuito quando os
amigos e amigas falecem ou simplesmente adoecem antes da gente. É triste, mas
viver muito significa perder amigos e amigas, parentes, pessoas que
admiramos...
Mais
cedo que todos nossos pais nos deixam. A lei da Natureza é essa e assim deve
ser entendida. Seria extremamente trágico se as pessoas não resistissem à morte
de entes queridos. A renovação da vida é um processo fantástico quando amamos
as crianças, cuidamos delas, educamos, zelamos pelo futuro dessas sementes que
podem vir a ser maravilhosas.
Sempre
é bom notar que as cidades brasileiras mal consideram as dificuldades da pessoa
idosa, pior ainda, em nosso país criamos o império dos motoristas e de pilotos
e usuários de outros veículos. Sentimos duramente que urbanistas não se
interessam com as limitações das pessoas fragilizadas, a prioridade é,
geralmente, estética.
Nossos
artistas urbanos ganham fama pelo que produzem e agradam turistas. É
interessante lembrar que agimos assim, viajamos para admirar o que é bonito,
não importa para que tudo o que gostamos de ver foi feito, de que jeito e
quanto custaram.
Nos
capítulos que seguem seremos mais precisos, pois o comportamento de uma pessoa
idosa é o resultado de tudo o que aconteceu com ela mais heranças clínicas,
genéticas, culturais etc.
A
aceitação da pessoa idosa em qualquer cenário social é um desafio que reflete o
grau de desenvolvimento cultural e técnico de qualquer sociedade. O Brasil
ainda é um país jovem e isso define a situação dos mais velhos, ainda um
contingente minoritário, exceto, talvez, em balneários onde a população das
pessoas aposentadas e envelhecidas cresce continuamente. Nesses lugares a
infraestrutura tende a se aprimorar pois as pessoas mais velhas que para lá se
mudam normalmente têm conduções e necessidade de muitos serviços.
Pessoalmente
percebo a tremenda incapacidade das pessoas mais jovens e até de gente
envelhecida (e saudável) na percepção das limitações possíveis de um idoso com
deficiências. Sofrendo um processo acelerado de perdas sensoriais e até, mais
lentamente, intelectuais.
Vivo
o pesadelo da aceitação respeitosa até de pessoas amigas. É muito difícil para
outros adultos entenderem de doenças que não têm, patologias raras. Explicações
tornam-se inúteis quanto o(s) interlocutores também passam por dificuldades
parecidas. A conversa termina com os amigos e amigas mudando de assunto
rapidamente, escapando do esforço da compreensão e até da possibilidade de
maiores e orientações recíprocas.
A
inclusão da pessoa idosa pode ser precária e até agressiva quando a
incompreensão é maior do que a tolerável.
Note-se
que restrições não previstas deixam as pessoas deprimidas, irritadiças,
desagradáveis. A surdez, por exemplo, induz o ser humano a falar mais alto. No
sentido inverso os alertas para baixar a voz. Resultado: a conversa fica
impossível.
Isso
é, felizmente, superável com o tempo. Gradativamente nos ambientes mais amigos
ganhamos espaços. Conversar é importante assim como o silêncio é de ouro.
Alguns
casos são piores, pois não demonstram detalhes e a impressão de todos é a de
que as limitações da PcD Idosa é culpa dela, afinal teria condições de resolver
seus problemas.
Um
exemplo clássico é a surdez, com inúmeras alternativas e composições
intelectuais, clínicas etc.
A
queixa de todos é a de que a pessoa com deficiência auditiva
Fazendo
exames para avaliação tive a desagradabilíssima a conclusão da médica: eu não
colaborei com ela. Precedendo esse momento triste, a procurar um especialista
em tinnitus
A
perda de visão[81]
também cria limitações graves quando não se enquadra em padrões clássicos, tão
rentáveis àqueles que clinicam e vendem próteses.
Mais
ainda, há poucos anos um estalo na cabeça foi seguido pipa perda significativa
de habilidades sensoriais, ou seja, tive isquemia cerebral.
Tudo
isso completou o suplício de um tratamento longo contra o câncer na próstata e
problemas cardiovasculares por efeito de surtos de pressão alta e taquicardia,
além da necessidade de implantação de um stent[82] com
erros do processo de angioplastia.
Hoje
digo à minha esposa que sou o João das Dores e tomando Proximax para não agredir
ninguém...
Resumindo,
nessa fase da vida perdemos o vigor, agilidade física e intelectual e
capacidade sensorial, cognitiva[83],
tudo isso agravado pela fragilização geral. Passamos a depender demais das
autoridades planejadoras e decisórias. As limitações poderão condenar a pessoa
idosa à solidão da autorreclusão.
A
segurança piora muito, e pode ser de repente, após algum acidente ou
agravamento da saúde. É assustador perceber que é perigoso até brigar. Passamos
a depender de uma coleção de remédios que, por sua vez, causam outros
problemas.
Isso
tudo exige autocrítica, saber viver, não atrapalhar, procurar alegrias e formas
de passar o tempo.
É
até estranho, à medida que a vida se esgota parece-nos sobrar tempo...
A
segurança é essencial para qualquer atividade. Qualquer descuido poderá custar
caro, tenebrosamente as cidades em seus ambientes externos pioraram muito. A
criminalidade, erros de urbanismo, manutenção inadequada, falta de percepção
para aqueles que andam é grave.
Temos
batalhado para que isso mude via LIONS, principalmente.
Algo
intrigante é perceber que até entre organizações dedicadas à defesa das pessoas
com deficiência a ignorância das condições de acessibilidade e inclusão são
desprezadas. Principalmente para PcD intelectual, auditivo e até visual não se
prepara sistemas capazes de complementar a comunicação.
Apesar
da tecnologia oferecer inúmeras oportunidades de comunicação e acesso até em
instituições ricas que pretendem defender as PcD no Brasil não raciocinam em
preparar ambientes, recursos de apoio, tradutores Libras, mídia digital etc.,
para a integração de todos aos cursos e debates que promovem. Isso por si só é
extremamente constrangedor e explica a ausência desses ambientes de
representantes de outras organizações de mobilização de Pessoa(s) com
Deficiência(s).
Os
idosos, por exemplo, que gradativamente vão perdendo acuidade sensorial e
intelectual além de sofrerem com lesões e restrições motoras não existem.
No
Brasil, até em eventos como a REATECH [(Cascaes, Problemas e soluções técnicas
e comportamentais - a XI ReaTech), (ReaTech)] percebemos a alienação
impressionante em relação a seus frequentadores.
Temos
lideranças nacionais superadas que demoram a perceber a amplitude de suas
bandeiras.
No
Brasil vivemos um período de gravíssima pobreza comportamental, indigência
técnica e outras coisas que preferimos não comentar.
A
exclusão é a regra e todo o discurso parece acontecer ao gosto de lideranças
institucionalizadas e alienadas, ou incompetentes.
Chegamos
a situações absurdas como, por exemplo, representando uma instituição dedicada
a pessoas com deficiência visual fomos impedidos de filmar para colocação em
blog uma reunião de uma comissão dedicada às pessoas com deficiência(s) (Cascaes,
O direito de registrar para informar).
Na
área de Urbanismo o problema é gravíssimo.
Curitiba
tem tradição e muitos de seus profissionais conquistaram seus diplomas nas
escolas locais. Resultado, a idolatria em relação ao que foi realizado no meio
do século passado até hoje. Existe uma resistência radical a ajustes que a
cidade precisa fazer para garantir mobilidade, segurança e conforto a seus
habitantes. Como os projetos são feitos internamente à Prefeitura não passam
pelo crivo de concorrências cujos editais não poderiam omitir o respeito à
legislação pertinente.
A
execução de trabalhos internos evita a exposição e competição, sustentando
diretrizes erradas.
Não
podemos também desprezar certos vícios comportamentais, fruto, acima de tudo,
da mídia promocional da cidade. Assim a vaidade e a empáfia de muitos
profissionais espantam.
A
evolução de tudo que deriva das primeiras teses em relação aos Direitos Humanos
agora chega ao respeito universal, a todos os seres humanos, sendo essa a real
e imensa prioridade humanística. Infelizmente outras teses funcionaram como
contaminação de uma epidemia comportamental extremamente prejudicial a todos
nós.
O
imenso contingente de pessoas com deficiência e seus parentes e amigos e amigas
precisam ter consciência de que não se pode fazer concessões em relação à
dignidade humana, à inclusão e universalização de direitos e deveres. Devemos
criteriosamente estabelecer espaços especiais e, também, mister dar exemplo de
boa conduta.
Principalmente
promotores de eventos dedicados à PcD, idosos, etc. precisam ser criteriosos na
preparação de todos os recursos e condições de participação de pessoas que
deles participam. É constrangedor fazer um grande esforço para não ter
resultados...
Um dia, conversando com um amigo
sobre a necessidade de atenção e seminários sobre acessibilidade, segurança,
urbanismo, engenharia e saúde ele menosprezou a tese argumentando que a mãe
dele, com quase noventa anos, não precisava disso tudo e, pois, praticava
esporte e vivia tranquilas. Creio que esse foi o raciocínio exposto por esse
amigo que respeito muito.
Recentemente soube que a esposa de
Van Gogh {
Sou de famílias longevas e isso
afetou muito a minha compreensão sobre os desafios das pessoas idosas, nem
sempre aquinhoadas com uma vida tranquila, sem acidentes e doenças severas.
Longevidade depende muito de heranças
genéticas.
Com certeza muito mais influi na
duração da vida {
Vivendo em Curitiba o tema Urbanismo
e acessibilidade ganhou força.
A pessoa idosa enfrenta dificuldades
imensas no Brasil pois a omissão dos urbanistas, legisladores e do Poder
Judiciário viabiliza condições inseguras que, por si só, condenam os seres
humanos fragilizados à reclusão e acidentes que teriam sido evitados se, por
exemplo, a mídia dos automóveis viesse sempre com a tarja “dirija com cuidado”,
“não mate e não morra etc.
Em muitos países as punições são
severas contra motoristas irresponsáveis, no Brasil percebemos o contrário, até
na facilitação da obtenção de CNHs.
Para começar precisamos de boas
normas técnicas e nesse sentido os EUA são um excelente exemplo
Saúde – uma
preocupação crescente
A
Saúde leva a pensar na doença e suas causas
No
Brasil temos a opção do SUS e de inúmeros sistemas privados para quem pretende
e puder manter planos de saúde. É importante?
Minha
irmã inscreveu minha mãe no Saúde Bradesco[84],
foi a nossa salvação. Ela precisou ser transportada para São Paulo e lá uma
diária de UTI no hospital em que ficou equivalia a meu salário mensal.
No
meu caso familiar a Fundação Copel de Previdência e Assistência mais o SUS e
INSS têm sido importantíssimos.
Com
certeza a saúde e causa e consequência da vida que escolhemos ter, ou melhor,
daquela que herdamos e criamos.
Não
escolhemos, recebemos por genética a principal base de nossa existência. Além
disso a saúde física e mental será o que resultar de ambientes sociais,
educativos, acidentes, tragédias, cuidados familiares, escolares etc.
Somos
o que um coquetel de circunstâncias produziu.
Pessoalmente
sei que tudo foi muito importante.
O
fato é que agora vivo em tratamento constante e daí a necessidade de muitos
medicamentos, exames, cuidados e recursos que felizmente tenho para me cuidar.
Certamente é uma situação complicada, mais ainda por misturar remédios,
reações, cenários imprevisíveis tais como a pandemia Covid.
Irritante
é sentir que muito é feito sem consideração pelas necessidades das pessoas
idosas, fragilizadas, com deficiência(s) e ainda daquelas mais pobres.
Temos
instituições importantíssimas, mas ainda falta muito para a sociedade em geral
saber respeitar as pessoas fragilizadas, entre elas aquelas que envelheceram.
Existe
muito pouco a favor de quem envelhece, mais ainda lembrando que diariamente
acordamos com limitações maiores. Arquitetos, projetistas de toda espécie,
engenharia de segurança, defesa civil etc.
têm dificuldades de conciliar tantos conhecimentos e necessidades.
Pensar
dói e mudar, evoluir, estudar e aprender é um ato desgastante para muitos
profissionais.
No
século 21 a humanidade adquire novos padrões físicos, intelectuais e mais
doenças.
Meu
caso é um bom exemplo, tratando de muitas doenças e com inúmeras sequelas de
acidentes sofri nestes últimos três anos dezenas de quedas, batidas com a
cabeça, torções etc. naturalmente com 75 anos já não tenho a capacidade de
recuperação de algumas décadas passadas. O que noto, assim, é a importância de
tudo o que frequento, uso, estou sujeito. Como me defender?
O
fundamental, acima de tudo, é viver e fazer o que for possível. Não adianta
nada ficar triste com o que acontece. A alegria é remédio.
Tenho
cicatrizes e outras patologias que apareceram de diversas formas agravando
substancialmente minha qualidade de vida, oque certamente é não muito raro em
geral.
Tristemente
a mídia do carro é esmagadora tonando infelizes aqueles que não os têm. Ao
contrário do cigarro não temos leis e compromissos que eduquem pagas pelos
fabricantes desses veículos que agora sofrem pressão dos ambientalistas.
E
a partir de dezembro de 2019 surge o coronavírus.
Nossas
autoridades nacionais e internacionais demoraram a reagir de forma eficaz a
essa epidemia. As principais vítimas, pessoas idosas, debilitadas e crianças
não entendiam o que acontecia...
Fazer
o quê? Ficar deprimido?
Aprendi
a ser palhaço, a brincar, a optar pelas piadas e comédias.
Minha
esposa já em escutou dizendo inúmeras vezes que prefiro uma comédia ruim a um
drama bom. Rir é saudável.[i]
Um
pesadelo com efeitos nem sempre evidentes é a necessidade de tomar medicamentos
que criem sequelas e conflitos quando administrados juntos. Saber o que isso
possa representar é importantíssimo para se evitar complicações e até condições
fatais.
Pessoas
com problemas cardiovasculares precisam de tratamentos permanentes e se outras
doenças surgirem, o que evitar?
Sendo
usuário de muitos medicamentos sinto a importância de saber como proceder.
Inúmeras
vezes precisei avisar quem me atendia para problemas que não tinha até surgiram
após e com o tratamento recomendado pelo especialista.
Imagino
que essa questão é passível de pesquisas e aplicativos que salvarão vidas.
Devemos
insistir em estudos físico – químicos.
E
estamos em plena pandemia COVID. Isso complica tremendamente qualquer rotina de
exames e medicações. A inflação preocupa até quem tem um bom plano de saúde.
Será que poderemos pagar tudo o que necessitaremos?
O
Brasil felizmente possui um bom sistema de saúde popular se compararmos nossa
pátria com os EUA. A crise econômica e a necessidade de atender as pessoas
contaminadas pelo Covid é um tremendo esforço que complica tudo.
As vacinas já existem.
O
Coronavírus é criativo. Quando realmente estaremos livres dessa praga?
Segurança – atitudes -
planejamento
De
modo geral precisamos planejar ações de socorro. Em nossos bolsos e bolsas
seria prudente levar listas de telefones e outros recursos de comunicação. Por
exemplo: planos de saúde, seguro, amigos, hospitais, médicos, SOS ambulâncias,
policiamento, bombeiros etc.
Felizmente
recursos integrados a celulares oferecem tudo isso, mas eles são atualmente o
primeiro objeto a ser roubado ou furtado. O ideal seruia algo semelhante
dedicado exclusivamente à segurança.
Outra
forma de segurança é prender objetos ao corpo, obrigando os bandidos a perderem
tempo que rendo retirar da gente o que desejam.
No
Rio de Janeiro alguns amigos me diziam para levar o dinheiro do ladrão. Assim
rapidamente iriam embora.
Quem
usa automóvel precisa pensar muito. Poderá estar simplesmente facilitando e
atraindo bandidos piores, e um balaço se não mata cria sequelas terríveis.
Sempre
sou alertado quando pretendo usar o transporte coletivo urbano mas os piores
casos de roubo e acidentes aconteceram com meus familiares dirigindo automóveis
ou simplesmente na condição de passageiros.
Nada
é mais importante do que a consciência de nossas limitações. Precisamos
reaprender a andar, vestir-se, tomar banho, viajar, falar, ouvir, viver em
casa, se necessário trabalhar etc.
Normalmente
não percebemos o que somos e o resultado pode ser uma coleção de acidentes
reincidentes intermináveis,
Pessoalmente
estou surpreso com a frequência de tombos, quase mensais. Além das quedas
tornou-se rotina bater do a cabeça, derrubar coisas, esbarrar etc. falta
consciência em geral e convicções sadias de nós por nossa vontade e vaidade.
Divirto-me
pensando na roupa que deveríamos usar, mas a verdade é que, naturalmente,
podemos e devemos vestir para chamar a atenção de motoristas e daqueles que
podem-nos ajudar.
Lamentavelmente
a violência cresce e se aprimora. Esse é um complicador tenebroso. Antes de
sair de casa precisamos pensar muito nos roteiros, roupas e valores que
transportaremos.
Qualquer
descuido os bandidos aparecem que nem mel sobre açúcar.
De
tudo teria histórias para contar, alguma hilariantes.
Tristemente
os administradores públicos e legisladores não se preocupam com os pedestres.
Esse não é um problema que sintam em sua plenitude. O político faz é usar
veículos especiais com motoristas. Eles sabem o que é caminhar pela cidade? E
se andarem geralmente serão acompanhados por seguranças e assessores...
Tudo
isso mostra a situação das pessoas mais humildes, não têm proteção, sofrem
todos os tipos de violência. É estarrecedor conhecedor e testemunha das mazelas
do povo trabalhador é desumana. E dizemos que somos cristãos...
Basta
comparar as festas. Gastar para auto bajulações, luxo, fantasias, uniformes,
medalhas, honrarias é justo. Para as ações sociais, migalhas, brioches.
O
Brasil tem exemplos escabrosos de omissão social. Pessoas com deficiência(s),
adoentadas, crianças e todos que não fazem parte de nossas elites formais
precisam enfrentar situações humilhantes, com certeza muito disso da cultura
escravocrata, racista, cortesã e alienada que nossos ancestrais trouxeram de
países que existiam nas piores condições. Os imigrantes miseráveis criaram
riquezas a partir de lógicas antigas.
Saber
de si e quando desistir, parar, mudar, procurar outras condições de
sobrevivência é o maior desafio do envelhecimento. Normalmente isso acontece em
casos extremos quando alguma situação grave, doença ou perda sensível
acontecer.
Precisamos
evitar acidentes, doenças e vexames, essa é a forma ideal de se evitar
incidentes e acidentes.
Decidi
parar de dirigir automóvel quando notei que minhas limitações já eram
insuportáveis. Nada impediu, contudo, que acidentes maiores tivessem
acontecido. O pior é que os exames para renovação de licenças para motoristas
são precários. A quantidade gigantesca de pessoas motorizadas inviabiliza
testes maiores. Devemos ser nossos sensores.
Em
casa os cuidados precisam ser redobrados. Elegemos e mobiliamos nossas
residências em tempos mais favoráveis. Gradativamente tudo o que fizemos tende
a ser no mínimo algo não otimizado para a velhice.
É
importante entender que qualquer acidente poderá degradar muito a vida
restante. A juventude passou, estamos sendo idosos, em condições de fragilidade
crescente e passíveis de termos deficiências graves, assim como novas doenças.
A
tecnologia vem a favor dos mais jovens que certamente terão maiores condições
de sobreviver com dignidade. Tudo isso, contudo, depende do mundo em geral.
Consertar
a Humanidade é impossível, mas, pelo menos em família e entre amigos poderemos
fazer a diferença.
O
essencial é acreditar na sinceridade, honestidade intelectual, atitudes pró
ativas, senso crítico objetivo e eficaz.
E
quais seriam os limiares importantes?
O
ideal seria começar pela residência e ambiente de trabalho. Corrigir fatores de
risco. Nessa tarefa seria muito importante a aplicação de arquitetos e
engenheiros dedicados à segurança. É raro descobrir profissionais que vão além
de ambientes industriais. Com certeza será atividade com importância crescente,
de futuro diante da expectativa de crescimento a expectativa de vida.
Podemos,
ao fazer ou comprar casa ou apartamento desde cedo cuidar de detalhes que
tornem o ambiente familiar mais seguro. Afinal ele deve ser acolhedor a todos
que nele entrarem, especialmente os parentes e amigos mais velhos.
Tapetes,
móveis, largura das portas, piso antiderrapante, iluminação eficaz, banheiros
universais, quartos espaçosos, móveis fortes e com bomdesigna, metais e
luminárias, tudo é significativo. Infelizmente as limitações financeiras pesam
decisivamente. Isso impõe a definição de prioridades ao longo da vida.
Nas
ruas o momento decisivo foi não querer renovar a licença para dirigir.
Consciente que a minha visão chegara ao limite do razoável decidi parear. Sinto
agora a tremenda perda de mobilidade, mais ainda diante da violência urbana,
caminhar, usar o transporte coletivo urbano, chegar em lugares distantes tudo
ficou quase impossível.
Não
me arrependo dessa condição. Imagino que atropelar ou causar um acidente grave
seja algo insuportável, mais grave quando sabemos que não deveríamos estar
dirigindo.
Muita
coisa não tem retrocesso...
Um
pesadelo é não sentir a degradação e a agressividade. Perdemos a paciência com
maior facilidade. Senti e com força a impaciência diante de grupos de pessoas
com manifestações estranhas. Em tempos de maior juventude isso seria natural, a
idade, contudo, soma a impaciência à incapacidade de suportar besteiras. Pior
ainda quando temos convicções arraigadas. É muito difícil continuar em
ambientes hostis a ideais que nos balizaram a vida. O que não toleramos é,
entretanto, o direito de expressão e o resultado de educações diferentes
daquela que tivemos. Isso cria comportamentos explosivos e a idade só agrava
esse temperamento, quando o temos.
Maravilhosamente
tive de minha cardiologista (!) a receita necessária e suficiente para mudar,
virei zen, ainda que sonolento.
Fico
imaginando a quantidade de pessoas que se perdem em agressões desnecessárias,
muita coisa seria evitada se pudessem ter uma assistência clínica e psicológica
adequadas.
Com
certeza podemos renunciar à vida ativa, e a que preço?
Podemos
perder muito com o envelhecimento, mas dificilmente não teremos bons conselhos
e análises a oferecer.
Os
sistemas de comunicação modernos viabilizam o estudo contínuo, mais ainda para
quem pode usá-los de forma sistemática.
Via
internet, WEB, e bons provedores de TV conseguimos saber muito mais, ainda que
frequentemente com programas já superados.
E
os limiares?
Quando
devemos mudar de comportamento?
Por
que insistimos em atitudes erradas?
Temos
apoio para análises maiores?
Talvez
o menos desejável seja a mudança de comportamento sexual. Entendemos que o
ideal é aceitar e não ter vergonha de ignorar detalhes óbvios ou não. A
sinceridade poderá ser utilíssima em emergências. Em ambiente amigo, o que um
poderá fazer pelo outro sem piorar os estragos eventuais?
Quando
falamos de segurança devemos estar atentos a mudanças e nossa capacidade de
fazer qualquer coisa independentemente de leis eventualmente degradas, até isso
acontece no Brasil.
As
pessoas idosas devem a qualquer mudança súbita (AVC, Câncer, Visão com sinais
de deterioração, sensibilidade e até preocupações excessivas) rever seus
“direitos”, tais como a habilitação para dirigir, utilização de armas, uso de
estimulantes ou calmantes etc.
Tudo
o que afeta sua capacidade de decidir, agilidade, estabilidade física e mental
precisa de vigilância.
Na
Copel dizíamos que dois tipos de eletricistas sofrem acidentes graves: o
eletricista novo que ainda não aprendeu o suficiente e o eletricista velho que
perdeu o medo.
A
empresa precisou de ações enérgicas para cobrar a utilização do cinto de
segurança e respeito a limites de velocidade, ou seja, a maior pare dos
acidentes aconteciam na estrada.
Segunda
feira era um dia perigoso, principalmente os mais jovens apareciam para
trabalhar com ressaca e até lesões de prática de esporte. Os gerentes tinham
que gerenciar situações inusitadas...
A
segurança das pessoas idosas é também um dever que elas devem avaliar. É querer
demais que nossas autoridades resolvam todos os problemas.
A luta a favor do conhecimento humano é a grande aventura que
muitos estudiosos abraçaram.
Estamos em tempos de transição acelerada. Novas tecnologias
aumentam exponencialmente o conhecimento humano. Já não temos os homens dos
sete instrumentos, aqueles que ousavam acreditar que sabiam tudo.
Na Antiguidade alguns estudiosos conseguiram reunir
conhecimentos amplos e capazes de marcá-los como pessoas de cultura completa.
A Biblioteca de Alexandria, criada para reunir tudo o que
existisse escrito não existe mais, foi, contudo, um lugar excepcional para
estudiosos ilustres.
A Itália, país de grandes artistas, também mostrou gênios do
padrão de Leonardo da Vinci
A atuação de cientistas marcou momentos de inflexão na
História da Humanidade principalmente em serviços essenciais e tecnologias
inovadoras {
Coisas de
andarilho, ciclista, escalador e amante da natureza
A compulsão andarilha sempre existiu, mais ainda porque no
início em Blumenau íamos a pé para qualquer lugar. Excepcionalmente com carro
de molas ou de praça (táxi).
Isso era complicado no início e o colo da mãe era importante.
A última vez que tive essa “canja” foi voltando do Centro de Saúde no a mãe e
lhe pedi colo. Ela caminhou uns 30 metros e assim olhei melhor o Rio Itajaí.
Com a minha bicicleta de duas rodas, já garotão, conheci
detalhes de Blumenau. Tudo quanto era rua contínua, rua ou avenida que não era
beco, eu passava curioso pesquisando tudo.
Ir mais e mais longe era minha paixão, assim, com um amigo,
cheguei a ir e vir até a BR 101 em uma tarde. No final não pedalava, era a bici
que empurrava meus pés.
Com a Tânia e mais amigas fomos e voltamos a Gaspar. Fotos
confirmam a façanha dela.
Noutras caminhadas com outro time fui e voltei à Itoupava,
atravessando a ponte. Dias lindíssimos.
Subir morros era minha paixão, pedalando.
Em Florianópolis quase matei a Sônia e a Tânia subindo até o
topo do morro da Cruz sem usar as ruas da época. Até hoje tenho uma fotografia
das duas totalmente descabeladas.
Em Curitiba, Paris e outros lugares andei muito. O estranho é
que na Europa a Tânia não cansa tanto.
Não cansa e adora.
Uma diferença colossal é a segurança. Dificilmente
encontramos situações de risco de assalto. O cuidado maior é com pessoas de
fora da Europa e na Itália. Lá ter cara de gringo não ajuda. Comparando a
Itália que conheci na primeira visita a evolução foi enorme. As dúvidas ficam
por conta da pandemia e desemprego. Quando essa praga for dominada o mundo será
outro.
Na França temos facilidades pois falamos a língua deles. Isso
amplia a simpatia dos franceses que não têm muita simpatia pela língua inglesa.
É até interessante notar que pronunciam as palavras inglesas literalmente, como
se fossem francesas.
Outra vantagem é o transporte coletivo urbano e interurbano.
Na França o transporte sobre trilhos é universal e de excelente qualidade.
Fui estagiário do Governo Francês em 1985 e em Grenoble.
Vendi um carro para a Tânia poder ir e passei dois meses na França economizando
o que dava. Quando ela apareceu no Aeroporto de Orly, de calça comprida de
xadrez enorme, dava duas dela dentro, a vida mudou durante um tempo e ela teve
aulas de bonde. Em Grenoble ela teve a honra de dirigir um com a supervisão do
motorneiro.
Em seminários da CIGRÉ que ela me acompanhou aproveitou ao
máximo os passeios alternativos para os engenheiros e suas esposas conheceu
muitas coisas, sempre esnobando seus conhecimentos adquiridos na Aliança
Francesa.
Andar pela cidade de Curitiba, para mim que já cuidou de
serviços essenciais dela) energia e transporte coletivo) é uma paixão. O pior é
que filhos e esposa não concordam com essas ousadias. Mas entrar e usar os
ônibus me levam a lembrar do tempo em tendo uma equipe extremamente competente
estabelecemos padrões de encarroçamento, Layout, bilhetagem, controles e
pinturas isso sem falar em reforma de terminais e recapeamento das canaletas.
Infelizmente a cidade estava com o caixa zerado e sem crédito para
investimentos. O oposto foi o que tive na Presidência da Copel. Com o fim da
equivocada tarifa equalizada nacionalmente pudemos ter proveito da boa gerência
da empresa.
Após esse período na administração da cidade veio a luta
contra a venda da Companhia Paranaense de Energia – COPEL.
Voluntariado e ações nos IEP engordaram minha paixão pelo
Paraná, apesar de sentir frequentemente discriminação por não ter nascido aqui
e postar um sobrenome local.
Em Santa Catarina, graças ao Pedrinho virei assessor do
SETERB e praticamente do Prefeito Décio Lima. Mais um ano de ações expressivas
na reforma do transporte coletivo urbano e na viabilização do Programa Blumenau
Século 21.
Hospedado quando estava lá no apartamento de minha mãe
convivi com ela já idosa e sequelas de doenças e tombos feios.
Nessa época minhas convicções sobre a importância da
acessibilidade e segurança das pessoas idosas ganhou ima dimensão especial.
Nos parques curitibanos e olhando seus espaços ainda verdes a
fixação da importância do meio ambiente urbano racional, algo que a cidade
ganhou principalmente diversos bons prefeitos.
Urbanismo é uma ciência complexa e exige muito tempo e
atividades e responsabilidades diferentes para que se tenha consciência do que
significa.
A responsabilidade dos prefeitos, das empresas
concessionárias de serviços essenciais, escolas, lideranças e ONGs é imensa. O
pesadelo urbano que podemos ver no Brasil é indicadora de um país que não foi
zerado por guerras e cataclismos naturais.
Precisamos evoluir e mudar muitos conceitos antigos para
podermos enfrentar o século 21.
A
vida da pessoa idosa depende dramaticamente das decisões tomadas em torno do planejamento,
gerenciamento e definições de prioridade da administração pública
Em
casa a residência será um fator a ser otimizado constantemente[85].
As
estatísticas mostram a triste realidade da insegurança progressiva, pois o ser humano
demora a perceber que ultrapassou seus limites.
Do
portal temos que
O
Brasil tinha 28 milhões de idosos em 2016, 13,5% do total da população. Em dez
anos, chegará a 38,5 milhões (17,4% do total de habitantes). Em 2042, a
projeção do IBGE é de que a população brasileira atinja 232,5 milhões de
habitantes, sendo 57 milhões de idosos (24,5%). Em 2031, o número de idosos
(43,2 milhões) vai superar pela primeira vez o número de crianças e
adolescentes, de 0 a 14 anos (42,3 milhões). Antes de 2050, os idosos já serão
um grupo maior do que a parcela da população com idade entre 40 e 59 anos.
A
quantidade de acidentes a partir de 2019 tem sido afetada pela pandemia,
isolamento social, reduções de mobilidade urbana. Antes temos estudos mais
recentes e suas conclusões em
Aproximadamente
30% das pessoas com mais de 65 anos de idade caem pelo menos uma vez por ano.
Depois dos 80 anos de idade, essa porcentagem pode chegar a 50%, informa a Dra.
Kelem de Negreiros Cabral, geriatra no Hospital Sírio-Libanês. "As quedas
são um sinal de que algo que não está bem na saúde do idoso", afirma a
médica.
Essa
é a triste realidade que se agrava pela falta de atenção de arquitetos
dedicados ao planejamento de residências.
Em
família temos visto essa situação e pessoalmente a percepção de uma realidade
brutal.
Posso
afirmar que apesar de muitos cuidados vamos perdendo capacidades e quando damos
pela coisa o mal estará feito.
As
quedas, batidas, dispersão de líquidos etc. deixam sequelas mais e mais graves
até porque muitos tombos criam problemas permanentes que vão se somando aos
efeitos dos anteriores.
Quando
jovens esquecemos que o corpo humano tem um estoque de recursos para manutenção
que se consome ao longo da vida.
Especialistas
detalham efeitos e causas acessíveis em bons portais de hospitais, clínicas e
ONGs.
Precisamos
assumir a idade e isso não é difícil quando adquirimos doenças típicas do tempo
de vida.
Assim
posso dizer que me tornei autodidata do envelhecimento.
A
vida profissional e lúdica cria situações de acidentes de que nos
arrependeremos talvez muitos anos depois.
Vivo
uma série crescente de problemas criados por diversos acidentes, um em especial
(em Santos) e doenças que poderia ter evitado.
Irritação
e quase acidentes fatais vivi nesses dois últimos anos simplesmente andando ou
dentro de ônibus, isso sem esquecer a atuação voluntariosa de alguns cachorros.
É
absurdamente desagradável ouvir, sentir e ver a incredulidade e indiferença de
pessoas que poderiam corrigir os absurdos detalhes urbanísticos de Curitiba,
por exemplo.
Pessoas
bem de vida não usam o transporte coletivo urbano, as calçadas e praças da
cidade. Têm seus carros, motoristas, táxis, helicópteros, seguranças, clubes e
muito mais se forem realmente muito ricas.
Cidades
com cultura antiga arraigada e querendo copiar modelos de cidades europeias
velhas esquecem que os tempos mudaram, cobrando novas soluções.
Com
certeza novas gerações de cidadãos já distantes de titias e vovós dão menos
valor a calçadas inseguras, por exemplo.
O
que impressiona viajando pelo “Velho Mundo” é olhar para o chão e ver que
pisamos em pistas seguras cobrindo calçadas centenárias.
Participei
da elaboração do Programa Blumenau Século 21
Note-se
que as Normas Técnicas e as leis precisam de ajustes permanentes, regulares,
não frequentes de modo a desmoralizá-las, mas sempre que detalhes importantes
surgirem para ajustes necessários. A dinâmica de construção desses instrumentos
técnicos e culturais mostram o nível de racionalidade de época, data em que
foram publicadas, dos seres humanos existentes. Tudo se transforma e o custo
enorme de qualquer determinação legal e inadequada pode ser intolerável.
Sei
disso ao avaliar conclusões de inúmeros cursos, seminários, palestras etc.
Arquitetura
é um foco essencial à segurança da pessoa idosa.
Agora
sinto na violência de acidentes e incidentes o que poderia ter sido evitado.
Temos muita literatura, músicas, pensamentos sobre o tempo
que não volta mais
Pessoalmente minhas lembranças foram complexas e muitas vezes,
tristes, desagradáveis, assustadoras.
Assim, particularmente diria, ainda bem. Foram tempos de lutas
permanentes contra limitações severas, começando pelo nascimento. Minha mãe
quase morreu depois (ou durante) um parto que durou três dias para nascimento
de um menino gordo demais para ser dado à luz sem cesariana.
Aqueles que dela cuidavam por motivos religiosos, entendiam
que as mulheres deveriam sofrer nesse fantástico momento da vida. Felizmente
muitas lógicas foram superadas em nossa terra natal.
Saudades, lembranças maravilhosas?
Sim, principalmente daqueles anos em que eu, minha esposa e
as crianças saíamos pelas estradas em longos passeios, Temporadas em praias,
visitas anuais, pelo menos, a familiares distantes. A algazarra dentro do
carro, as molecagens e o motorista, eu, batalhando para descobrir estradas
confusas, recantos especiais, sair e voltar para nosso ninho.
Foram tempos que a esperança e o amor dominavam. Não víamos a
cultura do ódio, apenas o respeito, a felicidade apear de inúmeras
dificuldades.
Devemos, contudo, aproveitar a experiência que a idade nos
traz para saber viver e educar. Sim, educar, pois se vivermos muito mais cedo
ou tarde dependeremos da família para uma sobrevivência digna e fraterna.
Precisamos sempre lembrar que a memória não existe
simplesmente para poesias e fantasias, mas a serviço de todos. Sendo proativos
não nos tornaremos pessoas frustradas. Sempre haverá o que fazer e o queremos a
quem nos cerca com certeza voltará em dobro.
Conclusões e
ponderações finais
Treinamento para a
vida com deficiências
Vivendo muito todo ser humano se tornará gradativamente
pessoa com deficiências. Poderá precisar próteses incômodas e assim mesmo
restritiva. Uma atitude sábia na idade adulta será cobrar soluções para pessoas
com deficiência(s), debilitadas, doentes e talvez tudo isso.
Desprezar a necessidade de imóveis acessíveis e seguros,
calçadas seguras, ruas menos perigosas, uso das melhores tecnologias
urbanísticas e de serviços essenciais é um erro crasso e comum.
Quem é gente sem problemas não imagina que tudo poderá mudar
quando menos espera.
Cuidando das necessidades dos outros estará aprimorando a
própria vida e de seus dependentes.
A obrigação de tomar
decisões rápidas
Ter responsabilidade e comandar qualquer organização cobra de
seus líderes decisões que podem ser essenciais ao sucesso de suas atividades.
Isso pode ser entendido ou não pelos críticos e companheiros, mas acontece e só
o chefe sabe o que faz e suas razões, eventualmente sem poder compartilhar a motivação
exceto com gerentes superiores.
No Brasil super burocratizado e com vigilância institucional
isso é um pesadelo, como os órgão de fiscalização e regulação entenderão o que
se manda fazer?
O que surpreende que viveu essa experiência é a incapacidade
eventual de equipes técnicas perceberem o a validade do se manda fazer.
Creio que sou protegido pelo espírito de meu pai e outros,
talvez um batalhão deles, e assim a intuição foi minha grande arma ao longo da
vida. Graças a tudo isso e a uma excelente formação profissional específica e
conhecimentos gerais acertei muito mais do que errei.
A vida é também isso, Walt Disney que o diga em seu
personagem Gastão. Aliás suas revistinhas, gibis, caracterizava uma coleção
quase completa de figuras emblemáticas, exceto a de religiosos.
Gênios da Humanidade além de sorte tinham inteligência
privilegiada, muitos terminaram suas vidas na fogueira, em salas de tortura,
ostracismo etc.
Atualmente a moda é o terrorismo religiosos.
Hereges!
Decidir é a função dos executivos, talvez por isso
denominados dessa forma pois ao mandar fazer algo agradam alguns e podem
desagradar muitos, inclusive os amigos e amigas mais leais.
Saúde e a dependência
de tratamentos, remédios e assistência pessoal
À medida que a idade avança a dependência de atendimentos
contínuos aumenta até que, ao final, a possível necessidade de internação em
asilo ou para a residência de algum familiar.
A realidade é simplesmente essa.
O pior é que também podemos perder capacidades de relacionamento
amistoso.
Vale a pena viver muito?
O sucesso e a felicidade dependem da moral e da ética
aceitas, respeitadas e coerentes.
O que é certo ou errado em qualquer sociedade, boa ou má, é
uma convenção, é circunstancial.
Sem lógica comportamental ficamos perdidos.
Saber eleger uma crença filosófica ou desenvolver algo
pessoal é essencial à vida.
Não hesite em mudar se tiver convicção de que errou.
Lembre-se “a certeza absoluta é suficiente para impedir
qualquer progresso mental naqueles que a possuem” (Bertrand Russell).
Direitos e Deveres
Humanos no Século 21
A Humanidade precisa rever padrões e objetivos do Ensino e da
Educação. Pandemias possíveis e a atual, desafios ambientais, planejamento
familiar, segurança e evoluções em diversos sentidos são necessários às futuras
gerações.
Com certeza poderão simplesmente repetir erros e catástrofes
do passado. Racismo, xenofobia, fundamentalismo religioso e ideológico são
onipresentes, gostem ou não. Como superar, inibir, acabar com essas
características animalescas?
A Humanidade regrediu. A fragilidade ética das grandes nações
é surpreendente. O que fazer?
Sistemas modernos de ensino à distância (EAD) podem ser
aplicados a qualquer ser humano onde quer que estejam. Sincronicamente ou assincronamente
pode-se levar a maioria dos cursos existentes a lugares remotos. Transferência
de alunos para polos de aprendizado são hipóteses entre muitas que a merecem
análises. A ignorância é um peso a superar.
Saber pensar, ter bons arquivos, motivações e orientações é
uma receita que pode ser concretizada logo.
Vontade pessoal na cabeça dos jovens é função de mídia,
modismos, concentrações de vetores de educação. Isso significa uma tremenda
responsabilidade para a mídia mais poderosa que existir. Deverá ser objeto de
ações integradas entre nações e indivíduos.
Propaganda, compromissos éticos reais, submissão ao bom
trabalho educacional e não simplesmente a institutos de audiência são
essenciais.
Temos muitos documentos, acordos, tratados graças à ONU. Não
têm sido suficientes.
Diversos países crescem militarmente, o nacionalismo radical
viabiliza exércitos. Religiões e seus sacerdotes pregam cruzadas, criam
barreiras.
Diante
de propostas indecorosas sempre teremos duas respostas possíveis e definitivas,
se sustentadas. Sim ou não pode ser indelicado, mas evita espaços e dúvidas
impertinentes.
O
caráter de uma pessoa se revela nesses instantes e se for forte e capaz de
sentir pressões mais ainda.
É
muito triste receber visitas de amigos e amigas sugerindo ações desonestas.
Na
vida pública isso é essencial à imagem que se criará.
Talvez
no passado a ocultação de caráter fosse possível. Hoje a privacidade não é
segredo para quem domina a tecnologia da informação e dispõe de sistemas de
vigilância.
Não
é à toa que governantes desejam, querem, lutam por informações confidenciais.
Políticos
maquiavélicos são especialistas e processos de chantagem e troca de favores.
No
Poder Judiciário e seus órgãos de apoio a privacidade é essencial para a
vigilância do respeito às leis.
É
típico das ditaduras a vigilância e qualquer cidadão ou cidadã inconveniente.
Os ditadores em democracias relativas ou ditaduras explícitas usam e abusam dos
serviços de inteligência e espionagem.
Sendo
sistemas democráticos reais a liberdade de expressão é a grande arma contra o
arbítrio.
Campanhas
eleitorais, contudo, dependem de mídia, de marqueteiros, de discursos que
poderão ser falsos.
A
divisão entre os 3 poderes típicos de qualquer república sadia é fundamental,
mas fragilizada por processos de nomeações políticas principalmente no Poder
Judiciário e Ministérios Públicos.
A
necessidade de evoluir, de aprimoramento da Democracia depende dos ensinamentos
dos mais velhos, bons mestres, jornalismo independente, bons escritores,
ensinamentos lúcidos.
Os
mais velhos sentem-se, talvez, culpados pelos erros que deixam. Se esse é o
sentimento não deverão se omitir. Enquanto restar lucidez suficiente deverão
agir.
Um
exemplo fabuloso, antológico, foi dado pelos gênios da Humanidade, muitos deles
chegando ao sinal da vida aparentemente impossibilitados de qualquer trabalho.
Talvez o mais recente e um dos maiores da Humanidade, Stephen William Hawking
Com
esse exemplo devemos reafirmar que não existem limitações invencíveis.
Tudo
o que nos afeta é nossa responsabilidade na dimensão de nossos conhecimentos e
capacidade intelectual.
Por uma política
universal de planejamento familiar
Por uma política
universal de planejamento familiar
Tudo tem limites, inclusive a dimensão física da Humanidade.
Malthus antevia a saturação que consegue ser protelada graças à Tecnologia, mas
existimos num planeta fragilizado pelos efeitos antropogênicos {
Independentemente de controvérsias sobre o clima a evolução
numérica, estatura e peso dos seres humanos cria desafios técnicos evidentes
além de desigualdades entre nações ricas e pobres.
Inúmeros estudos e pesquisas mostram que, a despeito de
doenças, fome, guerras, desastres naturais
e da evolução tecnológica a Humanidade se expande chegando a números
impressionantes {
O dilema que a Humanidade deverá enfrentar é acima de tudo
ético e técnico.
A necessidade de alimentar, educar, conter conflitos, superar
tradições, serviços essenciais e evitar desastres ambientais irreversíveis é
evidente, o que fazer?
Temos paixões, amamos e desejamos ter filhos, como as futuras
gerações conciliação nossos sentimentos e a realidade da sobrevivência digna de
todos os seres humanos?
A profissão eleita e exercida com vigor afeta a personalidade
profundamente. A Engenharia é enérgica em tudo, a Constituição Universal do
Engenheiro é a o conjunto das leis da Natureza. Não adianta fazer discursos
diante de serviços malfeitos. O formalismo é secundário. Uniformes e paramentos
dizem pouco. O fundamental é exercer a profissão de Engenheiro com precisão e
cuidados que vão de análises conceituais à manutenção e operação.
A vida social e política é inevitável àqueles que amam seu
povo. É gratificante no final da vida sentir amor e respeito a partir de
pessoas que respeitamos.
Família é um objeto especial, é a tribo que não podemos
desprezar e, ao contrário, construir ao longo da vida. Nela encontraremos
apoios incondicionais quando começarmos a perder habilidades, qualidades,
autonomia, saúde mental e física.
Vidas longas significam inúmeros incidentes, acidentes e até
doenças. Como evitar desvios, erros muitas vezes de triste memória?
O essencial ao envelhecer é ter um balanço positivo de ações.
É bom ter orgulho de nossa identidade.
O Sábio Desconhecido
A seguir a bibliografia que fui capaz de reunir.
E daqueles gênios da Humanidade que jazem desconhecidos, mas
influenciaram os destinos dos seres humanos?
A invenção da escrita, dos hieroglifos, de muitas formas de
registro do pensamento humano foram importantíssimas, mas quantas nações,
povos, civilizações puderam deixar testemunhos minuciosas de suas existências?
A Terra muda sempre. Cataclismas acontecem. O que
desapareceu?
E as guerras, genocídios, censuras, inquisições etc.
destruíram a memória de quantos gênios da Humanidade:
Citamos pessoas extraordinárias conhecidas, que fazem parte
de nossos registros, e outras?
Quem foram os mestres dos mestres? Os mestres dos mestres dos
mestres?
Encontramos ruínas de fortalezas, palácios, templos e até
cemitérios, o que dizem:
Somos descendentes de ETs?
E os ETs descendem de que espécies de vida no Universo:
Nosso horizonte é restrito, acanhado, limitadíssimo.
Como seria bom conhecer a História da Humanidade, da evolução
do pensamento humano.
É fácil dar explicações, cansamos de ouvir, foi obra de Deus!
O que as pessoas entendem pela palavra Deus?
O que falo é entendido precisamente?
O que meu interlocutor ouve é precisamente o que eu digo:
Temos dicionários iguais?
E os sábios da Humanidade desconhecidos, deles não temos
monumentos, arcos do triunfo, templos...
Com certeza a quantidade de gênios universais foi muito maior
do que os conhecidos.
Mas a terra é violenta. Civilizações forma destruídas se
praticamente deixar vestígios.
Existiram, mas talvez tenham sido proveitosas à evolução da
Humanidade. Nelas grandes pensadores criaram teorias, práticas, ciências. Que
teriam sido?
O nome deles não é importante. Aliás, o nome é uma forma de arquivar
pessoas.
O que importa para nós?
É morrer na certeza de termos cumprido nossas melhores
missões.
Quem as definiu?
Limites humanos,
profissões, carreiras, subir descer montanhas sem cair?
Qual
é o limite de coerência e de competência de qualquer ser humano?
Existe
o “super homem” ou a” super mulher”?
Alguém
é perfeito?
Podemos
manter permanentemente a vitalidade juvenil?
O
envelhecimento significa o quê?
Obviamente
não; todos têm limitações e a capacidade e competência de qualquer “homo
sapiens sapiens” segue um gráfico com eixos e parâmetros bem definidos. O
envelhecimento sinaliza limitações que fogem à percepção da maioria das
pessoas, criando situações constrangedoras e perigosas.
Com
certeza a evolução da Medicina promete soluções mágicas, mas até elas chegarem
a bons padrões haverá necessidade de muitos cuidados.
Ao
longo da história, principalmente nessas últimas décadas, pessoas que começaram
com propostas morais, ´éticas, políticas, sociais e familiares de excelente
nível mostraram que a vida é de fato um enredo de teatro ao longo do qual
encenamos peças difíceis, terminando, muitas vezes, em comportamentos típicos
de tragédias gregas ou brasileiras, simplesmente. Ou seja, o famoso
“amadurecimento” parece ser sinônimo de hipocrisia e cinismo da pior espécie na
maioria dos casos.
Grandes
filmes mostram pessoas ilustres no ocaso de suas vidas, poucas mantiveram a
dignidade e qualidade de seus discursos mais lúcidos. Outras amargaram
isolamentos dolorosos (Le Promeneur du Champ de Mars) e (O general em seu
labirinto).
Vencedores
que têm sucesso em suas carreiras souberam escalar montanhas e também
aprenderam a descer delas, se souberam manter a dignidade no ocaso de
profissões e vidas.
A
democracia criou uma oportunidade muito especial de se entender até onde os
líderes conseguem sustentar confissões éticas e quanto conseguem suportar
quando seus interesses pessoais, vícios e convicções íntimas pedirem caminhos
diferentes. Mais ainda, é muito evidente a degradação quando no ápice de suas
posições mostram que de fato o Poder corrompe.
A
força pessoal é sempre testada em qualquer lugar, da família à empresa, em
clubes e partidos políticos, inclusive em sociedades religiosas.
Somos
“humanos, demasiadamente humanos” (Nietzsche).
O
que isto significa quando pensamos em ética e moral?
A
angústia e estados depressivos aparecem, são doenças psicossomáticas que surgem
quando contrariamos o que acreditamos sinceramente.
Algo
simples e elucidativo está nos ensinamentos de Sigmund Freud ao mostrar como o
nosso comportamento reage ao nosso íntimo, nossa educação, ao diagramatisar
nossas decisões como uma divisão entre os três segmentos de influência e
decisão comportamental:
Ego,
Id, Superego marcam nossas existências e em torno dessa simplificação máxima
inúmeras lógicas, teses, alternativas aparecera. O Dr. Freud foi um cidadão
benemérito da Humanidade, ainda que não tenha recebido títulos pomposos e
medalhas de ouro.
As
teses do Sigmund Freud o ilustram o que desde sabemos: temos uma “voz da
consciência” e outras mensagens que simplesmente mal percebemos. Nossos
ilustres chefes e as Suas Excelências, tão humanos quanto todos nós, também as
têm. A demonstração é a figura até patética que percebemos entre pessoas que se
julgavam acima das leis humanas ou assumidamente se afastam de discursos
antigos.
Precisamos,
portanto, principalmente diante daqueles a quem amamos, praticar a honestidade
intelectual, um imperativo categórico (Kant por Fernando Savater: La aventura
del pensamiento avi.), dominante, ou pelo menos desejável. O exercício do
diálogo sincero, franco, é um tremendo filtro de amizades.
Nem
sempre o divã será necessário se tivermos relacionamentos sinceros com pessoas
amigas e competentes.
O
relacionamento conquistado com base em mentiras é frágil, pode se transformar
em ódios irreversíveis.
Insistindo,
ter amigos e amigas dispostos a conversar com sinceridade é um privilégio
inestimável. Eles nos ajudam em momentos importantes, pois, afinal, quais são
os nossos limites?
Exatamente
por termos limitações e desconhecermos plenamente a nós mesmos é importante
alguns cuidados diante de decisões que afetarão nossa vida inteira.
A
prudência sugere meditação, reflexões demoradas e repetidas, autocríticas que
levam à percepção de que tudo o que pretendemos poderá não acontecer. Isso é
perfeitamente normal, mas a vaidade e a ingenuidade bloqueiam análises pessoais
importantes.
Todos,
vivendo muito, passarão por momentos extremos em muitos sentidos.
Como
enfrentaremos as adversidades? Elas são inevitáveis, a menos que sejamos os
primeiros dos obituários.
E
no início de nossas vidas profissionais? As dúvidas costumam ser enormes.
O
que realmente desejamos, ser? Felizes, no mínimo?
O
que podemos alcançar, conquistar? Proteger? Cuidar? Ter? Aprimorar?
Aqueles
que dependem de nós precisam da força e competência que tivermos. Colocá-los em
risco, sabendo que não suportaremos derrotas, é uma tremenda
irresponsabilidade. Por outro lado, devemos treiná-los, prepará-los para os
momentos ruins.
O
ser humano que se fragiliza torna-se parte dos problemas da vida dos demais,
muitas vezes exigindo atenção que seria necessária a pessoas amigas que
realmente anseiam pelo apoio de todos.
É
uma cena típica de grandes acidentes ver indivíduos que deles saíram ilesos
criarem pânico, confusão, exigirem atenção enquanto à volta deles, às vezes por
falta de alguns segundos de cuidados, outros acabam morrendo ou agravando suas
lesões.
Sempre
a avaliação de cenários e análise de prioridades são essenciais a qualquer
líder, se essa for a sua condição de existência. Melhor dizendo, saber escolher
criteriosamente o caminho a percorrer é o desafio de todo ser humano consciente
e capaz. Naturalmente poderá errar, mas a preocupação em agir corretamente é o
melhor indicador de bom caráter.
Podemos
escolher, ser grandes ou pequenos, frágeis ou fortes. Isso depende muito mais
de nossos códigos éticos e personalidade do que exatamente da riqueza material
ou força física.
Construímos
nossas capacidades e competências ao longo de nossa existência. O capricho
nessa obra compensa.
Entre
as muitas decisões que devemos tomar está a vida profissional.
A
opção por uma profissão é algo de extrema importância na existência pessoal,
social, profissional, religiosa etc. de qualquer um. Cada atividade
profissional exige um padrão mental, físico, comportamental e moral.
Um
jovem desenvolve seus desejos pelos exemplos familiares e diante do que a
Mídia, amizades e escolas ensinam.
É
importante compreender que a opção de emprego, empresa, submissão ou não etc.
afetam o relacionamento familiar.
O
casamento normalmente acontece em momentos de paixão. A vida mergulha o casal
em rotinas pesadas.
Tanto
sob o ponto de vista social quanto familiar o compromisso de trabalhar e
sustentar famílias exige muito de todo ser humano, mais ainda quando tem
pretensões maiores.
Muitas
vocações e profissões não mostram visibilidade adequada. As percepções podem
enganar e insinuar caminhos equivocados. Por isso tudo é importante o apoio de
especialistas, se possível, e na hora de adotar um circuito que levará ao
diploma é aconselhável quando possível.
Infelizmente
os vestibulares testam conhecimentos, não avaliam e selecionam de acordo com
vocações em potencial.
Lamentavelmente
os testes vocacionais saíram de moda, ou melhor, poderiam ser mais valorizados
e aperfeiçoados. Eles existem na admissão a empresas, mas aí o candidato já
terá perdido muitos anos em alguma escola profissionalizante, Universidade,
estudos talvez tediosos.
Na
maioria dos vestibulares, o que vale é a capacidade de memória e o volume de
conhecimentos, eventualmente raciocínio.
Diplomas
confundem, dão a percepção de que o jovem ou adulto pode fazer e quer. As
frustrações serão violentas se ao longo da vida o candidato a alguma profissão
perceber que não alcança o nível desejado ou terá feito opções que não gosta.
Recomeçar frequentemente é mais saudável do que insistir em caminhos errados,
com a vantagem de partir com uma formação que os companheiros da futura
profissão raramente terão.
Felizmente
vivemos numa época em que refazer a vida profissional (inclusive com o Ensino a
Distância) é possível, assim como todas as outras.
A
rigidez de compromissos típicos de antigamente deu lugar a uma sociedade
dinâmica, que, entretanto, cobra um preço elevado no relacionamento familiar,
onde os prazos e compromissos são bem concretos e de extrema importância para
as pessoas que dependem de nós.
É,
portanto, essencial saber que potencial temos e o preço que estamos dispostos a
pagar na conquista de uma carreira. Graças à internet existem portais que dão
um apoio que poderá ajudar muito, isso sem falar de especialistas nessa arte do
bem querer uma profissão.
Nem
sempre existe sinceridade na oferta de oportunidades de trabalho assim como
naturalmente criamos imagens que talvez não interessem aos empregadores.
Frequentemente as opções não satisfazem o ambiente social em que vivemos. O
corporativismo bloqueia análises que poderiam ajudar muito. Podemos enfrentar a
resistência de pessoas que se encontram em espaços que não são capazes de
sustentar.
Em
qualquer atividade humana as barreiras explícitas e discretas afetam o
trabalhador. Note-se que obstáculos existem para serem vencidos, abandonados ou
aceitos. Tudo depende de nossa capacidade de enfrentá-los.
No
Brasil o debate em torno do atendimento médico (por exemplo, o Programa Mais
Médicos) foi antológico. Revelou um comportamento e situação de atendimento que
poucos brasileiros que vivem em grandes cidades conheciam. Apesar de muitas
faculdades de Medicina mantidas pelos contribuintes os resultados a favor do
povo brasileiro e do cidadão comum são pequenos. A importação de médicos e o
compromisso deles de trabalharem onde nossos profissionais não aceitavam viver
foi a revelação de que muito precisa ser corrigido.
O
que sabemos, mesmo com todos os benefícios razoáveis de uma família “classe
média” vivendo em um centro com muitos recursos, é que não é difícil encontrar
profissionais sem vocação, apesar de eventualmente serem bem preparados. Um
profissional desmotivado é perigoso, mais ainda quando lida com pessoas no
limite de resistência.
A
opção errada de vida gera prejuízos para todos, possivelmente maior para
aqueles que erraram ao escolher uma profissão, uma cidade para viver, amigos
etc.
O
desprezo pela realidade é um erro primário.
E
os vícios culturais e comportamentais em família?
Viver
alienadamente é muito mais “gostoso” do que enfrentar a realidade. Talvez por
consequência de milhões de anos extremamente difíceis o ser humano evoluiu, mas
transformou-se reforçando um padrão de comportamento alheio ao ambiente em que
existe.
Um
dos vícios culturais mais desastrosos é o desprezo pela prudência financeira.
Inacreditavelmente
casais mimados esquecem custos e benefícios de suas atividades. O que aprendem?
O que podem provocar?
O
exemplo é fundamental, educamos principalmente mostrando pelas nossas atitudes
o que deve ser feito. O exemplo também alertará a família para erros notáveis.
A
diferença entre casais responsáveis e outros é impressionante, principalmente
na educação dos filhos.
Disciplina,
higiene, segurança, planejamento de vida, cuidados e valores bem transmitidos
evitam desmontes que acontecem com facilidade quando os pais fogem da compreensão
de suas limitações.
A
felicidade não se conquista com facilidades.
Ao
contrário, deve-se valorizar cada conquista difícil que tenha significado
muitos sacrifícios. Talvez um dos grandes equívocos de qualquer casal já comece
na famosa “Lua de Mel”, frequentemente relativamente deslumbrante para, ao
retorno, enfrentarem o choque de realidade criando frustrações que poderão
perdurar e destruir um casal.
Existem
limites que educam, excessos que desmoralizam, deseducam.
Tudo,
em tudo, sempre e em qualquer atividade devemos respeitar limites de prudência
ou ter consciência do que a derrota significará.
A
pior derrota é a luta que se perde em batalhas subdimensionadas...
A
burrice dói quando a percebemos.
Ser
feliz significa equilíbrio emocional, estar de bem com a vida. Momentos de
muita alegria são insustentáveis, mas inesquecíveis quando merecidos.
Temos
limites até para o prazer e é bom saber que o tempo vida é a soma dos momentos
que não esquecemos.
O exemplo de meus pais
e o que posso recomendar
Felizmente tive um pai e uma mãe dedicados e incrivelmente
responsáveis. Eu e minha irmã Sônia
Maria, nós dois principalmente, fomos testemunhas das preocupações objetivas
com a sobrevivência de nossos avós, tios e tias.
Meu pai faleceu cedo me questionando do porquê estava ao lado
dele quando deveria estar em Itajubá, estudando. Minha mãe ainda viveu
bastante, envelhecendo, tornando-se cadeirante, perdendo a lucidez por um erro
médico e gradativamente enfraquecendo e cobrando assistência. Foram anos
dolorosos em que eu e minha esposa Tânia[87]
sentimos que iríamos perder a mãe de forma sofrida. Minha sogra Jovita de
câncer e minha mãe terminou sua existência com um ataque cardíaco.
Poderíamos ter feito mais, lamentavelmente os desafios
daquela época foram pesadíssimos...
O resultado disso foi a necessidade de dedicação da Sônia
Maria que passou a acumular responsabilidades imensas, entre elas educar o meu
irmão.
Pedrinho assumiu no final da vida da Chiquinha.
A nossa família e dela
dependemos mais e mais
Temos um filho e duas filhas que serão nosso amparo e sabemos
que continuaremos envelhecendo no seio de uma família amorosa.
Esperamos que os exemplos que demos sejam duradouros e se
multipliquem no futuro.
A opção de priorizar a própria família é natural e justa.
Com certeza outros caminhos existem, do religioso ao
aventureito.
Envelhecemos, envelheceremos mais, o que procurar?
Trabalhei muito para a construção da Usina de Caxias da
Copel. Tivemos resistência feroz de ONGs e padres. Um deles, Monsenhor, foi
objeto de atenção especial. Sua liderança era incontestável. Nosso pessoal
percebeu que ele queria uma estatueta para mostrar como símbolo de sua devoção.
Ela foi dada a esse senhor. Poucos anos mais adoeceu e ficou intenado em um
hospital em Curitiba. Ele, triste, lamentava o esquecimento de seu povo...
Sentimentos de afeto exigem convivência, intimidades que só a
família pode gerar.
Um filme
Unir a família e criar sentimentos positivos é nossa
obrigação. Obviamente existirão sempre mágoas e alegrias, para que valorizar o
rancor?
Precisamos aprender a viver e não esquecendo nunca que ao
final quem estará na alça do nosso funeral será pelo menos um parente mais
dedicado. E após a morte seremos bons ou maus paradigmas. O que será melhor?
Não podendo concluir
sem lembranças alegres
Lembranças especiais
dos meus pais
A personalidade do meu pai e a da minha mãe era eram
completamente diferentes, distintas, fáceis de perceber até mesmo para nós
ainda crianças.
Os dois tinham em comum o senso de disciplina, trabalho,
perseverança, coragem e paixão entre eles.
Mas os hábitos e maneira de ser mostravam duas pessoas
complexas e diferentes.
O pai, eletricista e lojista, cuidava da sua Instaladora de
Blumenau fazendo consertos, gerenciando eletricistas e atendendo as
necessidades de balcão.
De dia o pai se dedicava mais ao atendimento pessoal de quem
aparecia e de noite aos projetos, livro caixa, arrumação de prateleiras.
A mãe era a pessoa que mandava em casa, uma casa enorme com
flores, um pé de hibisco no galinheiro, os canteiros dentro e fora da casa e um
casal de peraltas.
E o pai, após a morte do vô João Cascaes, indo mensalmente à
Florianópolis para cuidar das irmãs, vó e a Instaladora na Rua Trajano, quase
em frente ao Café Chiquinho.
Minha mãe tinha como principal atenção com seus pais mandar
mensalmente uma sortida cesta de alimentos para Laguna.
Na loja em Blumenau que passei a frequentar diariamente
completando 13 anos percebi detalhes do pai. Alguns já conhecia como o
indefectível cafezinho no Café Pinguim e a preocupação com seus passarinhos.
Divertido era sentir os papos e preocupações como ouvi uma
vez o pai falando da mãe ao telefone e dizendo que ela estava corrichando. Essa
canarinha era uma paixão.
Comprou se primeiro carro para procurar melhor um canário que
lhe roubaram, achou.
Já no final da vida quando um freguês queria pechinchar ele
orientava o indivíduo para ir a outra loja e sumia atrás, onde, num pequeno
quintal, ia ver seus passarinhos num viveiro que fizera.
Na última semana fora do hospital saiu com os amigos Araújo e
Alfredo para ver brigas de canários.
Quando o Jânio proibiu as rinhas e brigas e galos ficou
furioso e comentava “será que o Presidente não tem coisa melhor para fazer?”.
Aliás, Jânio Quadros não era seu candidato preferido à Presidência. Perguntado
para ele em quem votaria ou votara ele respondia dizendo que comerciante não
pode externar suas convicções políticas...
Divertido foi uma vez observar o pai atendendo duas
prostitutas, todo lampeiro deu uma atenção especial a elas que queriam comprar
um abajur. Quando finalmente decidiram o velho Pedro disse que ela, a luminária
de cabeceira, iluminava bem. Olharam bem para o pai e repetiram o que ele
dissera. Rindo disseram que assim não queriam mais comprar e saíram rindo. E
rindo ficamos nós da comunicação errada na hora errada no lugar errado.
O pai dava canseira em representantes comerciais. Ouvia sem
dizer nada e quando paravam por canseira ele puxava um cigarro, acendia, dava
uma tragada e começava a falar...o
O que era bonito ficou chato. A professora Chiquinha comprou
material escolar e mostrou para os filhos que festejaram. Definiu horário das
aulas e as letras começaram a surgir no caderno de caligrafia. Isso foi só o começo. Alguns anos mais tarde
ela decidiu que eu deveria aprender a fazer a raiz quadrada. Uma semana e nada
de aprender. Perdeu a paciência e entre a segunda e a terceira eu lhe disse que
“descobri”. Sentei e resolvi todos os exercícios.
A disciplinadora não pensava muito antes de castigar. Eu,
mais velho, tinha prioridade para alegria de minha irmã, até que uma noite ela
gritou para valer. Mamãe que arrumava nossos quartos no terceiro piso desceu as
escadas fumegando. Eu obviamente fugi e a mana dando pulinhos e apontando para
onde eu tinha ido. O que aconteceu a seguir me deu um prazer imenso, ela
apanhou em meu lugar pelo susto que dera à mãe.
A velha Chica fazia tudo, de macarrão a bolos. Cozinhava pior
do que sabia pois o pai não gostava de temperos. Era fã do bife com arroz e
salada de cebola e nos finais de semana o indefectível frango assado e canja de
noite.
Dia especial era quando meu padrinho ia almoçar conosco. A
mãe fazia duas tainhas assadas, prato predileto dele, uma para nós e a outra
para o Dr. Leitão. Baiano, a pimenta malagueta ele comia como se fosse um doce.
O orgulho da mãe era ver a satisfação dele.
Complicação aconteceu quando a Chiquinha quis aprender a
dirigir carro (um Aero Wiliys
A sequela para a mãe foi a primeira pancada em uma das
pernas, lesão que se agravou em outros acidentes, principalmente caindo de um
ônibus em Camboriú e batendo com os joelhos na calçada.
Mãe extremosa era nossa enfermeira em uma época em poucas
vacinas existiam. Os remédios para quem
tinha bronquite eram clássicos: colubiazol, Vick Vaporube, cataplasmas, xaropes
etc. e o sermão de que eu não deveria ter feito isso ou aquilo. O Dr. Câmara
vivia lá em casa.
A Soneca tinha problemas crônicos por causa das amígdalas que
acabaram sendo extraídas quando já era mocinha. O intestino dela era chatinho.
Não comia cebola e outros bons temperos.
Catapora, cachumba, sarampo e outras tinham uma vantagem. Não
ir à aula. Desvantagem, sobrecarregar a mãe.
Nossa mãe trabalhava dia e noite e ainda bordava para a Casa
Meyer
Mãe e pai se completavam e isso significou uma tragédia
quando o pai faleceu tão cedo.
Artes e maldades
ingênuas a favor da alegria
Pregar peças foi uma arte que presenciei, vivenciei,
pratiquei e fui vítima. Principalmente a família Baião parecia ser fonte
inesgotável de peças e gozação mútua. Meu pai não ficava longe disso e minha
irmã foi mestre.
Talvez uma clássica aconteceu em Laguna no casamento de um
casal de tios. Reuniram a família e convidados em volta de caixa que os
nubentes tiveram que abrir. Cheia de coisas caseiras, tais como rolo de fazer
macarrão, uma quantidade enorme de papel higiênico.
No casamento seguinte que não demorou muito a caixa foi devolvida
com papel higiênico usado...
Botar pedra de gelo dentro da calça ou calção era rotina.
Soneca aprontou muitas em Blumenau, como, por exemplo, pedir
para uma prima comprar anzol elétrico, coitada, foi longe.
Jogar bombinhas nos pedestres embaixo era rotina, até virar
notícia, assim ela e a Niraci tiveram que mudar a festa.
As brincadeiras aconteciam sempre. Meu pai bobou uma
farinheira, sem farinha, na bolsa da minha mãe. No cinema ela descobriu o que
levava. Ela, por sua vez, um dia prendeu 3 camundongos na chave da casa. Meu
pai pegou os bichinhos.
Noite de São João era quando queimávamos um estoque de
bombinhas e pequenos fogos de artifício de cima da janela da sala. Uma noite a
mãe jogou uma bombinha no WC em que meu pai estava. Ele detestava fogos de
artificio...minha mãe contava as artes que ela e o tio Juca pregavam em Laguna,
entre elas buracos camuflados para pegar as mulheres que lavavam roupa.
O pai nos disse que quando criança, em visita à avó dele com
a vó Angelina, elas lhe pediram para buscar um bolo. No caminho o moleque
juntou estrume de cavalo, deu formato de bolo e cobriu cuidadosamente com
pedaços de folha de bananeira. Parece que foi castigado.
E a Sônia quase matou a vó que dormia lá em casa, deixou um
aspirador no quarto e ligou o aparelho ela dormia...
Das peças de minha irmã e do Pedrinho nem minha falecida
sogra Jovita escapou. Um dia a convenceram de que deveria pôr em volta do pé
casacas de laranja para curar uma dor que ela sentiu. Três dias depois ela
apareceu na loja e perguntou se ainda seria necessário usar aquele tratamento.
Coitada!
Na Rua Quinze de Novembro a loja era base de ares que a Sônia
)as duas) pregavam nos passantes, uma delas embrulhar cuidadosamente ratos e
outras porcarias em caixa de papelão para presente e ficar observando o que
aconteceria com que as pegasse.
Eu e a Soneca já mocinha uma vez tivemos ao mesmo tempo a
ideia de jogar água um no outro. Os dois copos quebraram, fiquei com cicatriz
na mão direita, a comida sobre a mesa teve de ser jogada fora...
E a Niraci com a Sônia descobriram que tomar cinzano
Legal foi a forma como acabei conhecendo a turma da Sônia
Medeiros. A família dela promovia festinhas que a Sônia Maria lutava para
participar, ou seja, convencer seu irmão mais velho. Beleza! O preço era
engraxar meus sapatos. Na penúltima festinha comecei a namorar com a Tânia e
assim casei tendo a Sônia como testemunha...
A perda prematura do
pai e a sobrevivência da família
Nossas famílias (minha e de minha esposa) perderam os pais
muito cedo. Em 1966 Pedro Cascaes faleceu após curto período de conhecimento do
câncer que o fulminou e minha mãe não estava preparada para o desafio da
viuvez.
Minha irmã viu-se obrigada a cuidar dos negócios familiares
ainda muito jovem pois todos aceitavam o fato de que eu, sendo casado,
estudante em Minas Gerais e com uma filha recém-nascida deveria continuar os
estudos.
Meu irmão, o Pedrinho para nós, era criança. Sentiu demais a
falta do pai, o que lhe afetou a vida posterior de forma decisiva.
Com certeza o Pedro Cascaes não sonhava que isso pudesse
acontecer. Tinha muita saúde, escapara com vida até da Gripe Espanhola que
contraiu na infância, sucumbiu ao câncer. Fumava demais.
Pedro que os amigos chamavam de Pedrinho era espartano,
lúcido, cauteloso, trabalhador e vivia para as famílias, em casa e em
Florianópolis.
Deixou muito dinheiro e logo minha mãe e a Soneca mostraram o
que fazer com o dinheiro. Compraram um belo carro, mais tarde um apartamento em
Camboriú que muito pouco não se transformou em tragédia. O bloco de quatro
pavimentos onde estava esse sonho de lazer desabou meio mês antes de ser
ocupado.
Ir passar férias em Santa Catarina ganhou outra dimensão para
nós em Curitiba.
O estilo folgado era o prêmio que meu pai sonhava ter após a
minha formatura, imagino.
Minha irmã assumiu responsabilidades enormes soube cuidar da
mãe enquanto aguentou. A velhinha era uma fera quando provocada.
NO principal reflexo da ausência do pai foi a educação do meu
irmão. Ele unia suas gaiatices com o trabalho e seu estilo de líder o envolveu
em atividades políticas que meu pai abominaria, imagino!
De longe vimos tudo isso e por azar quando o mano foi estudar
no CEFET em Curitiba, 1972, mudamos para Florianópolis onde fiz mestrado. A
liberdade que usufruiu em Curitiba levou o Pedrinho para amigos laboriosos e
modernos. Vendeu até sandália na feirinha. Repetiu lá o que fizera em Blumenau
vendendo limão do quintal de casa de um amigo. Eles foram surpreendidos pela
mãe, insistentemente convidada a comprar as frutas. Naturalmente tudo virou piada pois os
vendedores deviam ter algo em torno de 5 a 6 anos.
Infelizmente nem tudo eram alegrias, mas situações divertidas
aconteceram quando o Pedrinho pode dirigir carros e cuidar de uma loja na Rua
15. Um dia minha mãe foi ao dentista, Dr. Tonolli, e da cadeira de trabalho
dele viu um carro atolado na prainha sendo empurrado por pessoas com o uniforme
da Instaladora. Era meu irmão que tinha
atolado por lá durante a noite com uma namorada...
Os negócios prosperaram até a criação do Plano Real, foi um
desastre em Blumenau.
Antes disso, contudo, compraram um apartamento no Edifício
Aquarius em Balneário de Camboriú, lugar que minhas filhas aproveitaram ao
máximo.
Quando foi possível eu e a Tânia passamos a ter nosso ninho
num conjunto que tinha até piscina. A partir daí a praia perdeu importância e a
Isabela e a Juliana ganharam um lugar especial. O Caio Lúcio também, praia para
quê?
Isabela até ajudou o porteiro a controlar a cancela... O Caio
um dia fez xixi na cabeça do zelador... as artes e festas eram rotina que eu
aproveitava nos finais e semana e nas férias.
Deixando amenidades de lado fico pensando no que vemos agora,
diariamente, com as viúvas, órfãos, pessoas que perdem a estrutura emocional e
material morrendo de Covid e outras doenças por falta de atendimento pleno.
A tristeza é uma sombra diária...
Temos do DICIO – https://www.dicio.com.br/utopia/
utopia
Significado de Utopia
Situação ou local idealizado, onde tudo
acontece de maneira perfeita ou ideal.
Local ou situação ideal onde tudo é
perfeito, harmônico e feliz; refere-se especialmente a um tipo de sociedade com
uma situação econômica e social ideal.
O que está no âmbito do irrealizável;
que tende a não se realizar; quimera, sonho; fantasia.
Situações determinadas em que os
indivíduos estão em estado pleno de felicidade e harmonia.
[Política] P.ext. Qualquer situação
imaginativa que, remetendo ao que é ideal e priorizando a qualidade de vida,
garante uma sociedade mais justa e com políticas públicas igualitárias.
Em muitas nações podemos encontrar civilizações que vivem em
situação que no século 18 eram revolucionárias e na maioria da Humanidade
pareciam utopia.
Estamos em momentos terríveis graças à pandemia e retrocessos
ideológicos, mas esse teste reforça a necessidade de retomarmos os ideais de
paz, harmonia, amor ao próximo, tolerância, união entre povos e finalmente os
sonhos de liberdade, igualdade e fraternidade.
Uso
exaustivamente a “Wikipédia, Enciclopédia Livre,” para não vincular o que
pretendo dizer a qualquer referência clássica, principalmente a Acadêmica.
Raramente cito pessoas e obras que considero realmente especiais, além de
outras que dispensam apresentação, como a Bíblia, por exemplo.
Acrescente-se
a essa fonte de referência valiosíssima os livros que ainda tenho e muitos já
distantes. Outros simplesmente esqueci, o que lamento tremendamente.
Documentos,
teses, estudos e jornais acadêmicos e portais especiais são citados e merecem
atenção.
O
conhecimento e as dúvidas humanas crescem exponencialmente
Abreu, H. A. (2016). O Conflito Ético-Político em
Paul Ricoeur. Universidade de Coimbra. Fonte:
https://eg.uc.pt/bitstream/10316/30441/1/O%20Conflito%20%C3%89tico-Pol%C3%ADtico%20em%20Paul%20Ricoeur.pdf
AbreuI, E. S., VianaII, I. C., MorenoII, R. B., &
TorresIII, E. A. (s.d.). Alimentação mundial – uma reflexão sobre a
história. doi:Print version ISSN 0104-1290On-line version ISSN 1984-0470
ADOROCINEMA. (s.d.). O JARDINEIRO FIEL. Fonte:
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-56739/
Aguiar, M. d. (s.d.). 10 estatísticas sobre o
casamento e divórcio que você precisa conhecer com urgência. Fonte:
familia.com.br:
https://www.familia.com.br/10-estatisticas-sobre-casamento-e-divorcio-que-voce-precisa-conhecer-com-urgencia/
ALERTABLU. (s.d.). Enchentes Registradas.
Fonte: PREFEITURA MUNICIPAL DE BLUMENAU.
Almeida, F. J. (2007). Ética e desempenho social
das organizações: um modelo teórico de análise dos fatores culturais e
contextuais. doi:Print version ISSN 1415-6555On-line version ISSN 1982-7849
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de CUIDADOS PALIATIVOS. Fonte: Elaborada pela Biblioteca Dr. Fadlo Haidar -
ministério da saúde:
https://antigo.saude.gov.br/images/pdf/2020/September/17/Manual-CuidadosPaliativos-vers--o-final.pdf
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SILÊNCIOS, REVELANDO INFORMAÇÕES. Fonte:
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Antisemitismo - Imperialismo - Totalitarismo. (R. Raposo, Trad.) Companhia das
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As 6 emoções básicas: características e funções. (30 de 1 de 2018). Fonte: A mente é maravilhosa:
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[1] As
pessoas interessadas em política, com exceção dos políticos, têm convicções
apaixonadas sobre inúmeras questões que podem parecer não passíveis de decisões
racionais a qualquer indivíduo não preconceituoso. Trabalhadores voluntários em
uma eleição disputada sempre acreditam que seu lado vencerá, não importa que
razão possa existir para esperar a derrota.
Russel, Bertrand. Ensaios Céticos . L&PM Pocket.
Edição do Kindle.
[2]
Para Wittgenstein, a linguagem é a totalidade das proposições[39]. Seguindo
Frege, ele não só considera a proposição como a menor unidade linguística, mas
também a assume como sendo o conceito fundamental da sua teoria da linguagem.
De fato, o autor do Tractatus transforma a proposição no objeto de sua análise
crítica e no ponto de partida de suas investigações sobre a linguagem. Já nos
NB, em 22/01/1915, ele escreveu que todo o seu trabalho consiste em explicar a
natureza das proposições. Neste contexto, explicar a essência das proposições
nada mais é do que estabelecer as condições necessárias para a existência da
linguagem. Repare-se que, sendo assim, fica claro que o interesse
wittgensteiniano não incide sobre as características que algumas linguagens
podem possuir, mas seu objetivo é esclarecer as características essenciais que,
sob o ponto de vista lógico, toda e qualquer linguagem deve obrigatoriamente
possuir.
de Júnior, Gerson Francisco Arruda. 10 lições sobre
Wittgenstein . Editora Vozes. Edição do Kindle.
[3]
A antiga e recente história das bibliotecas é marcada por fatos de pura resistência
do conhecimento. Ela vem sofrendo ao longo dos anos a ação do
tempo, as guerras, a censura, e mesmo assim elas conseguiram sobreviver a
todos os ataques. Na Idade Média, por exemplo, as bibliotecas quase foram extintas, vindo
principalmente pela ação de censura da Igreja Católica. Mas, contraditoriamente, foram nos mosteiros,
preservadas em esconderijos, e que elas conseguiram mais uma vez se salvar. Um
bom exemplo desse tipo de operação medieval foi resgatado no romance "0 nome da Rosa", de autoria de Umberto Eco. Na verdade, as
bibliotecas são a metáfora do fênix, que, segundo a tradição egípcia, era uma ave fabulosa
que durava muitos séculos e, quando queimada, renascia das próprias cinzas.
[4] a
velha doutrina socialista de que quem não trabalha não come. Ou, para citar
outro exemplo, quando Stálin decidiu reescrever a história da Revolução Russa,
a propaganda da sua nova versão consistiu em destruir, juntamente com os livros
e documentos, os seus autores e leitores: a publicação, em 1938, da nova
história oficial do Partido Comunista assinalou o fim do superexpurgo que havia
dizimado toda uma geração de intelectuais soviéticos. Da mesma forma, nos
territórios ocupados da Europa oriental, os nazistas se utilizaram, no início,
de propaganda antissemita principalmente para assegurar um controle mais firme
da população. Não precisaram lançar mão do terror para nele apoiar a sua
propaganda, nem o fizeram. Quando liquidaram a maioria dos intelectuais
poloneses, não o fizeram devido à sua oposição, mas porque, segundo a doutrina
nazista, os poloneses não tinham intelecto; e, quando planejaram levar para a
Alemanha as crianças de olhos azuis e cabelos louros, não pretendiam com isso
aterrorizar a população, mas apenas salvar “o sangue germânico”.3
Arendt, Hannah. Origens do totalitarismo (pp.
447-448). Companhia de Bolso. Edição do Kindle.
[5]
"Eu imploro que você não pense que estou falando ironicamente."
Senhor, nada está mais longe do meu propósito do que querer rir de alguma forma
desta civilidade e desta ordem. É verdade que vivo num mundo diferente, não
este, e talvez não aguentasse um só dia numa casa com tantas araucárias. Mas,
embora eu seja um velho e pobre lobo das estepes, ainda sou filho de uma mãe, e
minha mãe também era burguesa e cultivava flores: e ela cuidava dos quartos e
da escada, dos móveis e das cortinas. E ele tentou dar sua casa y vida o mais
organizada, limpa e honesta possível.
Hesse, Hermann . Lobo da Estepe: Grande obra
literária, romance curto más profundo, em que o autor combina alguns elementos
fantásticos com seus próprios pensamentos e ideias. (p. 15). Edição do Kindle.
[6]
INTRODUÇÃO Este livro contém as anotações que restam daquele homem, a quem, com
uma expressão que ele próprio muitas vezes utilizou, chamamos de lobo da
estepe. Não há necessidade de examinar se o seu manuscrito requer um prefácio
introdutório; De qualquer modo, é necessário acrescentar algumas folhas às
folhas do lobo da estepe, nas quais devo tentar estampar minha memória de tal
indivíduo. O que sei dele não é muito, e seu passado e sua origem permaneceram
especialmente desconhecidos para mim. Mas de sua personalidade guardo uma forte
impressão, e como devo confessar, apesar de tudo, uma lembrança agradável. O
lobo da estepe era um homem
Hesse, Hermann . Lobo da Estepe: Grande obra
literária, romance curto más profundo, em que o autor combina alguns elementos
fantásticos com seus próprios pensamentos e ideias. (p. 3). Edição do Kindle.
[7]
All I really wanted was to try and live the life that was spontaneously welling
up within me. Why was that so very difficult? To tell my story I have to start
far in the past. If I could, I’d have to go back much farther yet, to the very
earliest years of my childhood and even beyond them to my distant origins. When
authors write novels, they usually act as if they were God and could completely
survey and comprehend some person’s history and present it as if God were
telling it to Himself, totally unveiled, in its essence at all points. I can’t,
any more than those authors can. But my story is more important to me than any
author’s is to him, because it’s my own; it’s the story of a human being—not an
invented, potential, ideal, or otherwise nonexistent person, but a real,
unique, living one. To be sure, people today have less of an idea than ever
before what a really living person is; in fact, human beings, each one of whom
is a priceless, unique experiment of nature, are being shot to death in
car-loads.1 If we weren’t something more than unique individuals, if we could
really be totally dispatched from the world by a bullet, it would no longer
make sense to tell stories. But each person is not only himself, he is also the
unique, very special point, important and noteworthy in every instance, where
the phenomena of the world meet, once only and never again in the same way. And
so every person’s story is important, eternal, divine; and so every person, to
the extent that he lives and fulfills nature’s will, is wondrous and deserving
of full attention. In each of us spirit has become form, in each of us the
created being suffers, in each of us a redeemer is crucified.
Hesse, Hermann; Editors, GP. Demian . GENERAL PRESS.
Edição do Kindle.
[8] O Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Eletrobras
Cepel) foi criado em 1974 e
sua sede é localizada no Rio de Janeiro (Ilha
do Fundão). Foi Instituído
por Escritura Pública, publicada em 21/01/1974, e celebrada pelas
empresas Eletrobras, Chesf, Furnas, Eletronorte e Eletrosul, como parte do Grupo Eletrobras. Conta com mais de 45 anos em pesquisa e desenvolvimento
(P&D) relacionado a geração, transmissão e distribuição de energia elétrica
e sendo considerado o maior centro de pesquisas em energia elétrica do
Hemisfério Sul.
Conta com 30 laboratórios,
sendo 20 deles localizados na Ilha do Fundão, enquanto que outros 10 são localizados em Adrianópolis, Nova Iguaçu (próximo ao Rio de Janeiro), onde são
efetuados trabalhos envolvendo alta tensão, alta corrente, alta potência, certificação de
equipamentos, etc.
[9] Década
de 1990: Windows 95 domina o mundo e a Internet surge
A partir da década de 1990, o computador pessoal encontrou
seu formato e experiências mais extravagantes de hardware. Além disso, o design
ganhou uma nova cara: o PC passou a ser formado por gabinete, monitor, teclado
e mouse.15 de ago. de 2019
Dia da Informática: veja a evolução dos PCs ao longo das ...
[10] Livro digital (livro eletrónico/eletrônico ou o
anglicismo e-book) é qualquer conteúdo de
informação, semelhante a um livro, em formato digital, que pode ser
lido em equipamentos eletrônicos - computadores, PDAs, Leitor de livros
digitais ou até mesmo celulares que suportem esse recurso, existindo
ou não sua versão em ...
Livro digital – Wikipédia, a enciclopédia livre
[11]
Brasil. No caso dos territórios atlânticos de colonização anterior a
brasileira, como os Arquipélagos da Madeira e dos Açores, estes
passaram a constituir fontes intermitentes de envio de contingentes
populacionais que, retomando o ciclo da procura de melhores condições de vida
fora das fronteiras nacionais, dirigiram-se para o Brasil (em meados do século
XVIII), em particular aos estados do Sul: Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A
presença de açorianos em terras brasileiras é tão antiga, que a saga migratória
destas populações alinha-se à própria história dos cinco séculos do
Brasil. Gaspar Frutuoso (apud AGUIAR 1976:6) registra a instalação de
pioneiros açorianos na Bahia em 1579. Já, Abreu e Lima (apud BOLÉO,
1945), faz referência à chegada de colonos açorianos no Maranhão e Pará em
1621.
Lacerda, Eugenio. O Atlântico Açoriano: Uma
antropologia da açorianidade . Edição do Kindle.
[12]
https://www.heraldrysinstitute.com/lang/pt/cognomi/Gandolfi/idc/1595
Gandolfi
A família é sem dúvida uma das mais antigas de
Carpi, levando suas origens até a segunda metade do século. XIII. No entanto,
não é possível tecer uma genealogia que a partir de Marino, pai de dois filhos,
Pellegrino, que já morreu em 1422, e Virgílio, já em 1455, progenitores de dois
ramos que se multiplicaram e se distinguiram com os apelidos de Ferrari e
Virgili. O último ramo foi extinto no século. XVII, o outro, depois de assumir
o sobrenome primitivo e dar origem a novas ramificações distintas com os novos
nomes de Bagotti e Bagottini, mas ainda extintos, ainda está florescendo em
Carpi. Um ramo da família, no segundo. XV, ele também transplantou para Modena,
dando origem a uma família de distintos entalhadores e mestres de embutimento.
Durante os séculos XVII e XVIII, eles compraram muito em prosperidade e em
censo e, portanto, a Comunidade de Carpi, em
[13]
caso, se não tivesse havido a imigração maciça de italianos dos anos 1880 em
diante, a história de São Paulo ou do Brasil teria sido muito diferente? A
minha primeira resposta é que a Abolição teria sido muito mais complicada. A
afirmação convencional nessa área é que “a Abolição tornou possível a imigração
maciça”, quando um mínimo de atenção à cronologia e à história política do
processo deixa evidente que a afirmação oposta é a correta: a imigração em
grande escala tornou possível a Abolição em 1888.104 Os fazendeiros paulistas
tiveram sorte considerável quando a crise da escravidão coincidiu com o que Gino
Luzzato chamou “os anos mais críticos da economia italiana” e conseguiram
importar as grandes levas de imigrantes que permitiram uma transição
relativamente tranquila ao trabalho livre e uma vasta expansão posterior da
cafeicultura no estado.105
Matos, Maria Izilda S. de; Menezes, Lená Medeiros de;
Gomes, Edgar da Silva; Pereira, Syrléa Marques. Italianos no Brasil: .
eManuscrito. Edição do Kindle.
[14] Em 2019 haviam no Brasil cerca de três centenas de células
neonazistas,[54] número esse que resulta de um crescimento de cerca de
duzentos porcento em menos de quinze anos.[55]
Muitas
vezes faz-se uma associação entre esses grupos e os descendentes
de alemães do Sul. O
historiador Rafael Athaides assevera que não há justificativa em se fazer essa
conexão. Athaides acha pouco provável que haja qualquer ligação, pois um
levantamento do perfil dos indivíduos presos por neonazismo mostra que nenhum
deles é descendente de nazistas históricos. Trata-se de jovens desajustados,
"desprovidos de referencial identitário e que manipulam os signos do
nazismo no mundo". Responsabilizar os descendentes de alemães do Sul pela
sustentação de grupos separatistas e neonazistas acontece mesmo quando práticas
qualificadas como "neonazistas" são praticadas por caboclos do interior do Pará.[8] Embora não haja uma correlação com etnias específicas, ao
menos um estudo aponta que os estados com maior prevalência de grupos
neonazistas no Brasil são São Paulo, Santa Catarina, Paraná e
Rio Grande do Sul.[54]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nazismo_no_Brasil#Neonazismo_no_Brasil
[15]
Como podem as profissões tradicionais se encaixarem no cenário de mudanças
constantes previstos para os próximos anos? É possível que algumas profissões,
que hoje parecem essenciais, se tornem obsoletas e sejam abandonadas? Não
podemos ser deixados para trás na corrida do mercado de trabalho. É importante
se atualizar nesta discussão cada vez mais proeminente.
Davila, Priscila. Profissões do futuro: Você está no
caminho certo ao escolher sua profissão? . Edição do Kindle.
[16]
Quando um gigante chamado Golias saiu do acampamento dos filisteus protegido
por capacete e armadura de bronze, os guerreiros de Israel enxergavam nele um
obstáculo imbatível. Ninguém se atreveu a enfrentá-lo. Sem medo, Davi, um
pastor que nunca havia empunhado uma espada, avançou contra Golias, que, com
sua espada e armadura, também correu em direção ao oponente. Davi, contando com
sua atiradeira, arremessou uma pedra que feriu mortalmente o inimigo na fronte.
O pequeno venceu o gigante. Superdicas para o jovem escolher bem sua profissão
tem uma mensagem implícita a todo jovem que, ao lê-lo com o devido interesse e
atenção, perceberá com clareza: VOCÊ VAI CONSEGUIR!
REINALDO POLITO. Superdicas para o jovem escolher bem
sua profissão (p. 9). Edição do Kindle.
[17]
Vamos definir bem estes dois elementos: Vocação Cada pessoa possui seu jeito
próprio. Tem gente que faz contas facilmente, outras não têm nenhuma intimidade
com a Matemática. Alguns escrevem um texto sem esforço, enquanto há quem demore
horas para rabiscar algumas linhas. Por algum motivo, que talvez a genética
explique, cada ser humano nasce com mais habilidades para determinadas
atividades e menos para outras. Quando essas habilidades são aplicadas a uma
atividade profissional, isso é o que chamamos de vocação.
Alves Filho, Francisco. 7 passos para escolher a
profissão: Orientação para ajudar na hora de decidir . Edição do Kindle.
[18] Metamorfose significa
mudança, é a transformação de um ser em outro. De uma forma em outra. No
sentido figurado metamorfose é a mudança considerável que
ocorre no caráter, no estado ou na aparência de uma pessoa. É a transmutação
física ou moral. Significado de
Metamorfose (O que é, Conceito e Definição)
[19]
conscientes ou não, é a capacidade que ela tem de romper com o casulo que a
envolve e se transformar de dentro para fora em outro ser. Todos nós, seres
humanos, somos aprisionados por um casulo que só aumenta à medida que o nosso
corpo cresce e que a nossa personalidade se forma. O casulo que nos aprisiona é
denominado neste livro como ego e nos causa dor, porque não estamos
suficientemente despertos para reconhecê-lo. Todos nós, a não ser que estejamos
despertos e alertas, carregamos certa quantidade de insanidade dentro de nossas
mentes. O bom de tudo é que também temos a possibilidade de romper com o casulo
de insanidade que tanto nos aprisiona. Nos dias atuais, esta possibilidade
tornou-se uma necessidade imperativa. Ou despertamos para uma nova consciência
ou seremos extintos como raça. Este capítulo, “Borboletas do gênero humano”,
faz uma comparação entre a metamorfose sofrida pelas borboletas com a radical
transformação interna que se dá no processo evolutivo do despertar para uma
nova consciência nos humanos. E, neste momento da história da humanidade, a
raça humana precisa necessariamente passar por uma mudança radical e completa,
que pode ser comparada com a metamorfose de uma borboleta. A consciência
precisa evoluir na humanidade, pois estamos ameaçados como raça. E, o pior de
tudo, é que estamos intimidados por nossas mentes. E a humanidade precisa
reconhecer isso para nos livrar de nossos egos.
Spies, Rose. Metamorfose humana; evoluir ou morrer
(pp. 9-10). Autografia. Edição do Kindle.
[20]
público. Foi em 1965 que o psicólogo e cientista da computação J. C. R.
Licklider (1915-1990) – considerado por muitos um dos maiores visionários da
História da Computação – escreveu em seu livro Libraries of the Future
(Bibliotecas do Futuro) que “as pessoas tendem a superestimar o que pode ser
feito em um ano e subestimar o que pode ser feito em cinco ou dez anos”. E a
História tem mostrado que Lick (como ele era conhecido) estava correto. Neste
livro, no qual falamos de um futuro que já está aqui, à nossa volta – um futuro
presente – embarcamos em uma jornada que visita a Pré-História, as civilizações
antigas do Oriente e do Ocidente, atravessando a Idade Média, o Renascimento, a
Revolução Científica e as (até agora) quatro Revoluções Industriais. Nosso
objetivo é apresentar a explosão de novas tecnologias que estamos vivenciando
agora como nada mais que a consequência natural do trabalho desenvolvido ao longo
da História por centenas de inventores, cientistas, empreendedores, pioneiros e
exploradores. Essa é a natureza da nossa Civilização, que atingiu um estágio
onde a velocidade da inovação e os riscos apresentados à nossa própria
sobrevivência são reais e precisam ser contemplados.
Perelmuter, Guy. Futuro presente (pp. 11-12).
Companhia Editora Nacional. Edição do Kindle.
[21]
Falar sobre a família e os seus desafios no Séc. XXI foi provocante e
desafiador, já que não temos filhos e um dia nos disseram que não poderíamos
jamais aconselhar ou dar palestra para quem os tinha, pois a convivência é
tudo. Entretanto, nossos acusadores se esqueceram de que muitas vezes, a visão
melhor é a de quem está do lado de fora, que um dia fomos filhos, convivemos
como filhos, vimos e vemos como filhos, e tudo o que escrevemos foi feito como
filhos, que somos. Minha geração falhou na educação de seus filhos, entretanto
ainda há tempo de ajudar a geração atual a acertar, e como os pais precisamos
reconhecer isto, pois nossos filhos já deram início a uma nova geração, e senão
os ajudarmos, pergunto: O que será da geração que está sendo construída? É
preciso reconhecer que erramos e perceber os nossos erros e as nossas falhas,
ainda que advindo de famílias com criações diferentes.
Paixão, William. A FAMÍLIA E OS DESAFIOS DO SÉC. XXI:
Família, Educação Religiosa . P192. A família e os desafios do século XXI.
William Paixão. Torres: Editora Illuminare, 2018.. Edição do Kindle.
[22]
13. Ameaças e soluções Ampliemos nosso escopo. Até o momento, este livro
apresentou duas metas principais. Na parte i, examinamos as forças de
aceleração e vimos como a convergência de tecnologias está desencadeando ondas
de mudança sem paralelo na história em sua capacidade disruptiva. Na parte ii,
acompanhamos a propagação dessas ondas pela sociedade, prestando especial
atenção a seu impacto em nossa vida diária. Em ambos os casos, mantivemos o
escopo de nosso exame limitado aos próximos dez anos. Na parte iii, ampliamos
nossos horizontes em duas direções fundamentais. Neste capítulo, vamos focar
nas disrupções de nossa disrupção — isto é, uma série de riscos ambientais,
econômicos e existenciais que ameaçam o progresso feito até aqui. Obviamente,
cada uma dessas categorias é densa o bastante para encher um livro. Nosso
objetivo não são os detalhes exatos. De preferência, queremos delinear o
problema, em seguida examinar as maneiras pelas quais as tecnologias
convergentes podem oferecer soluções. No capítulo a seguir, consideramos as
consequências a longo prazo, expandindo nosso foco da próxima década para o
século adiante. Vamos explorar cinco grandes migrações causadas (em grande
parte) pela tecnologia que começam a ocorrer. Analisaremos os deslocamentos por
motivos econômicos, as sublevações ocasionadas
Diamandis, Peter H.; Kotler, Steven. O futuro é mais
rápido do que você pensa (pp. 290-291). Objetiva. Edição do Kindle.
[23]
Em outubro de 1940, o dr. John MacCurdy foi de carro até um bairro pobre que
havia sido particularmente atingido, no sudeste de Londres. Só restava uma
colcha de retalhos de crateras e prédios desmoronados. Se havia um lugar que
claramente poderia estar envolto em um pandemônio, era aquele. E o que o
psiquiatra viu, momentos depois de um violento ataque aéreo? “Garotinhos
continuavam brincando nas calçadas, consumidores iam às compras, um policial
coordenava o tráfego aparentando um tédio majestoso, e os ciclistas desafiavam
a morte e as leis do trânsito. Ninguém, até onde pude ver, sequer olhava para o
céu.”5 Na verdade, se há algo em comum em todos os relatos sobre a Blitz é a
descrição de uma estranha serenidade que se estabeleceu em Londres naqueles
meses. Ao entrevistar um casal de ingleses na cozinha da casa deles, um
jornalista norte-americano observou que os dois tomavam chá até mesmo com as
janelas estremecendo nos batentes. “Não estavam com medo?”, quis saber o
jornalista. “Ah, não”, foi a resposta. “Se estivéssemos, que diferença nos
faria?”6
Bregman, Rutger. Humanidade (p. 11). Crítica. Edição
do Kindle.
[24]
STEPHEN HAWKING foi por trinta anos professor lucasiano da Universidade de
Cambridge – uma das mais prestigiosas cátedras de matemática do mundo, já
ocupada por Isaac Newton –, exerceu o cargo de diretor de pesquisa do
Departamento de Matemática Aplicada e Física Teórica e fundou o Centro de
Cosmologia Teórica da instituição. Considerado um dos físicos mais importantes
da história, recebeu inúmeros prêmios e honrarias, incluindo a Medalha
Presidencial da Liberdade, a maior condecoração civil dos Estados Unidos. Além
de Minha breve história, seus livros para o público geral são O universo numa
casca de noz, Buracos negros e Uma breve história do tempo, lançados pela
Intrínseca, e também O grande projeto e a coletânea de ensaios Buracos negros,
universos-bebês. Hawking morreu em 2018, aos 76 anos, em Cambridge.
Hawking, Stephen. Minha breve história (pp. 109-110).
Intrínseca. Edição do Kindle.
[25]
Força do ego. Um fator importante ao lidar com uma crise, e que difere de
pessoa para pessoa, é algo que os psicólogos chamam de “força do ego”. Essa
força inclui a autoconfiança, mas é muito mais abrangente. Significa termos um
senso de nós mesmos, um senso de propósito, e nos aceitarmos como somos, como
pessoas orgulhosamente independentes que não dependem de outros para obter
aprovação ou sobreviver. A força do ego inclui conseguir tolerar fortes
emoções, manter-se focado sob estresse, expressar-se livremente, perceber a
realidade de modo acurado e tomar decisões sensatas. Essas qualidades
inter-relacionadas são essenciais para explorar novas soluções e superar o medo
paralisante que com frequência surge em uma crise. A força do ego começa a se
desenvolver na infância, especialmente a partir de pais que aceitam o filho
como ele é, sem esperar que ele realize seus sonhos ou que seja mais velho ou
mais novo do que realmente é. Pais que ajudam a criança a aprender como tolerar
frustrações ao não dar tudo que ela deseja, mas sem tampouco privá-la de tudo
que quer. Todo esse contexto está envolvido na força do ego, que nos ajuda a
superar crises.
Diamond, Jared. Reviravolta: Como indivíduos e nações
bem-sucedidas se recuperam das crises (pp. 55-56). Record. Edição do Kindle.
[26] Na Idade Média, a lepra era uma
doença muito comum: estima-se que em algumas regiões uma em cada 30 pessoas
estava infectada. Mas repentinamente, na passagem do século XV a XVI, a lepra diminuiu
na maior parte do continente.13 de
jun. de 2013 -
Europeus desenvolveram resistência à lepra no final da Idade ...
[27] a
dependência. Já que não temos como adivinhar, então, quando a vida se oferece
inteira para nós, temos que vivê-la, de maneira que nunca nos esqueçamos do que
estamos fazendo com ela. É preciso que se viva de modo que tenhamos orgulho bem
mais tarde, pela maneira como vivemos, e que tudo pode ser modificado,
enfrentado. Mas como ainda não aprendemos a fazer o tempo voltar, espero
o dia em que as pessoas descubram que o sentimento é muito mais importante e
necessário em nossa vida, do que o capitalismo idealizado pelo homem.
Oliveira, Miriam de Sales; Autores, Vários. Os 7
Pecados Capitais . Pimenta Malagueta. Edição do Kindle.
[28]
Bem-vindo à corrida. Bem-vindo a um mundo em que a geração do milênio
descobriu telefones celulares e mídias sociais e em que toda criança sabe como
tocar em um aplicativo e ficar na frente da câmera para tirar uma
selfie. Bem-vindo na corrida dos ratos por atenção, a luta contra a
negligência e a competição por fama e fortuna. Bem-vindo a um mundo em que
todos desejam ser a estrela mais sexy, mais bem sucedida, mais impressionante,
mais popular, mais habilidosa do Guinness Book of Records, e tenham milhões de
pessoas no Twitter, Instagram, Facebook e YouTube. A questão é: você vai tentar
ou vai deixar tudo ir? Você se importará mais com o que Deus pensa de você
ou do mundo? A escolha é sua.
Ruiz, Carlos. Os 7 pecados capitais: Compreensão e
arrependimento dos 7 piores vícios . Edição do Kindle.
[29]
Lo principal entre las ideas del tantra es que el universo es la manifestación
de la realidad divina última. Lo que eso significa en términos de los chakras
es que tu propio cuerpo es un microcosmos del universo mayor, y la energía
divina que manifiesta el universo también actúa en el cuerpo del practicante
individual. Trabajar con los chakras puede ser tremendamente liberador, pero
esta aproximación no está exenta de peligros. Entre otras cosas, puede tener
efectos no deseados en su bienestar psicológico. Es por eso que las prácticas
que involucran el cuerpo sutil son tradicionalmente hechas con la guía cercana
de un maestro espiritual calificado que puede corregir cualquier error que
cometa un estudiante, ver los puntos ciegos de su ego, y ayudarle a mantenerse
alejado de los peligros comunes, así como a resolver cualquier problema que
pueda surgir. Así que si te encuentras deseando entrar en los chakras más
profundamente como resultado de la lectura de este libro, te recomiendo
encarecidamente que encuentres un maestro que te pueda guiar en tu práctica.
Morello, Tai. Chakras para Principiantes: Cómo
equilibrar sus chakras, irradiar energía y sanarse a sí mismo (Spanish Edition)
(p. 7). Edição do Kindle.
[30] 60 frases de
sinceridade para quem não abre mão da verdade - Falar a verdade e ser fiel ao que
acredita deveria ser algo que todo mundo faz. No entanto, ser sincero é uma
qualidade rara que poucas pessoas têm. Inclusive, existe uma linha muito tênue
entre ser honesto e ser mal-educado. – https://www.99frases.com.br/frases-de-sinceridade/
[31]
Razões para que estejas onde estás Há necessidade, contudo, de que te prepares
para viver no mundo, no seio da tua família, contatando-a de algum modo, a fim
de retirares proveito dessa relação. O Criador não te alocou por mero acaso
nessa ou naquela vinculação genética. Existem imponderáveis razões para que
estejas convivendo com quem convives. Entenderás que é no seio familiar onde o
Criador te situa para que aprendas a conviver com os teus irmãos da
macroscópica humanidade. Como o Cristo deixou claro que aquele que não consegue
ser fiel nas coisas mínimas, também não o será nas coisas máximas1, cabe a ti
aperfeiçoar teus pensamentos e raciocínios na tua micro-humanidade doméstica,
para que consigas, no tempo, atuar com proveito na ampla humanidade. Importante
é que consigas identificar, na relação com os teus consanguíneos, o que é que
Deus espera de ti, o que deves realizar nesse contexto para que se torne
exitosa a tua presente existência terrestre.
José Raul Teixeira; Camilo
(Espírito). Minha família, o mundo e eu (pp. 11-12). Editora Fráter. Edição do
Kindle.
[32]
Que você seja sempre uma referência positiva na vida de seus filhos. Dialogue,
estabeleça regras, perdoe, seja terno mas firme, discipline, doe seu tempo,
reconcilie, tolere, escolha bem as palavras, exerça a generosidade, elogie,
demonstre humildade, abra mão, seja amigo. E, mais do que tudo, ame. Pois, sem
dúvida alguma, não há entre pais e filhos vínculo maior, mais importante,
influente e duradouro do que o amor.
Poli, Cris. Pais admiráveis
educam pelo exemplo (p. 144). Editora Mundo Cristão. Edição do Kindle.
[33] Em
síntese, o grande desafio brasileiro para o século XXI será
definir e executar uma política de desenvolvimento verdadeiramente sustentável
- enfrentando inclusive a difícil tarefa de questionar os modelos de
crescimento voltados unicamente para o econômico e descuidados do ambiental e
social.
Os desafios do século XXI - SciELO
[34]
O professor é sem dúvidas uma peça fundamental no processo ensino e
aprendizagem, pois a missão do docente não é apenas de repassar conteúdos,
fórmulas e regras, mas vai muito além, ele precisa desenvolver diversos papéis
dentro da sala de aula, bem como saber lidar com cada aluno conforme a sua
individualidade. Ao longo do tempo, esse profissional da educação sentiu-se
obrigado a mudar sua didática e metodologia a fim de conseguir engajar-se no
mundo moderno, que está em constante movimento e transformação seguindo as
mudanças das sociedades. De fato, muitas das concepções tidas pelos mestres há
algum tempo, caíram no obsoleto atualmente. Deste modo, foi a partir dessa
perspectiva que a inovação e o aperfeiçoamento do seu trabalho tornaram-se tão
necessários. Em meados de 2020, o mundo vivenciou uma realidade considerada
atípica, ao se ter
https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/viewFile/3250/5104
[35]
O meio ambiente nos fornece os mais variados recursos naturais que não apenas é
essencial para a sobrevivência da humanidade como possibilitou o
desenvolvimento econômico e tecnológico mundial, o que incrementou o consumo
desses recursos como, por exemplo, água e solo. Com a revolução industrial,
ocorrida entre os séculos XVIII E XIX, a demanda dos insumos contidos no meio
ambiente, elevou-se, e as consequências passaram a ser sentidas de maneira mais
drástica devido a poluição de rios, solos, ar, tendo em alguns casos
mundialmente conhecidos consequências diretas no agravo à saúde das populações,
inclusive casos de óbitos.
Júnior, Antônio Pereira. As
múltiplas visões do Meio Ambiente e os Impactos Ambientais (p. 4). Simplíssimo
Livros. Edição do Kindle.
[36]
Nas últimas décadas, a preocupação com o meio natural tem sido observada. O ser
humano pôde perceber que as agressões que fez à natureza trarão resultados que
serão sentidos por ele mesmo. Isso só foi possível porque as novas tecnologias
começaram a associar doenças e desequilíbrio ecológico à ação humana. A
destruição deliberada de terrenos agrícolas e outros danos causados ao ambiente
em tempos de conflito armado prejudicam os ecossistemas e os recursos naturais,
razão pela qual a Assembleia Geral da ONU estabeleceu a data de 6 de novembro
como o Dia Internacional para a Prevenção e Exploração do Meio Ambiente em
Tempo de Guerra e de Conflito Armado, com o objetivo, segundo o
ex-secretário-geral da ONU, Koffi Anan, de salientar “as consequências da
guerra para o ambiente e a importância de não explorar nem danificar
irrefletidamente os ecossistemas para alcançar objetivos militares”. A data é
comemorada como dia de reflexão, uma vez que para a humanidade a guerra é
sinônimo de mortes e danos materiais, mas muitos esquecem a destruição
ambiental causada pela guerra. Em geral, os estragos ao meio natural não são
oficialmente registrados. Na verdade, o impacto das guerras tem contribuído
para as catástrofes ambientais: seca, inundações, ciclones, incêndios. Os
desastres climáticos estão mais frequentes e intensos com o aquecimento global
provocado pelas atividades humanas, entre as quais se destacam as ações
militares.
Daniel, Zina. O impacto das
guerras no meio ambiente: A importância da educação ambiental nas Forças
Armadas Angolanas (pp. 15-16). Edição do Kindle.
[37] A Universidade Federal de Itajubá foi fundada em 1913 pelo advogado Theodomiro
Carneiro Santiago. Inicialmente denominada Instituto Eletrotécnico e Mecânico
de Itajubá (IEMI), iniciou as suas atividades no dia 16 de março do referido ano, tendo a inauguração oficial
ocorrido em 23 de novembro, com a presença do presidente Hermes da Fonseca.
Desde
logo o IEMI se destacou na formação de profissionais especializados em sistemas
de energia, notadamente em geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.
Prédio central da Universidade Federal de Itajubá - UNIFEI
O
então instituto foi oficializado pelo Governo Federal em 5 de janeiro de 1917,
por meio da Lei 3 232[11], sancionada pelo Presidente Wenceslau Braz, que
reconheceu o Curso de Engenheiros Eletricistas e Mecânicos. O curso tinha,
inicialmente, a duração de três anos, tendo passado para quatro anos em 1923.
Em 1936 foi alterado o currículo do curso, que passou a ter a duração de cinco
anos, e o Instituto foi equiparado à Escola
Politécnica do Rio de Janeiro.
Em 15 de março daquele ano, o nome da instituição foi alterado para Instituto
Eletrotécnico de Itajubá - IEI. Em 30 de janeiro de 1956 o IEI foi
federalizado (embora a denominação de Escola Federal de Engenharia só tenha
sido adotada em 1968) pela Lei 2.721[12], sancionada por Nereu Ramos, presidente em exercício.
Em 16
de abril de 1968, o Decreto 62.567[13] alterou sua denominação para Escola
Federal de Engenharia de Itajubá - EFEI e, em 24 de abril de 2002, foi
transformada em Universidade, com a denominação atual, adotando a sigla UNIFEI,
por meio da Lei 10.435[14], sancionada pelo então Presidente da
República, Fernando Henrique Cardoso. A primeira eleição para reitor deu-se em
2004, assumindo o Prof. Renato de Aquino Faria Nunes e seu vice, Prof. Paulo
Shigueme Ide, os quais foram reeleitos em 2008.
[38]
Dialogar com famílias sensibilizadas por alguma realidade problemática, por
alguma situação preocupante, requer tato, carinho e muita, mas muita destreza
com as palavras. Existe uma certa polidez que costumo adotar para selecionar o
que precisa ser dito e dizer da melhor maneira possível. Muitos diriam ser esse
o “discurso politicamente correto”, mas vai muito além disso, é sobre abrir o
diálogo, sobre se fazer bem-vindo. Acredito que a aprendizagem pela via afetiva
é sempre mais eficaz, por isso, o carinho com as palavras fortalece a mensagem
e aumenta as chances de sermos ouvidos e entendidos. As chances de ensinarmos
algo a alguém, chegando primeiro ao coração e depois ao cérebro são sempre
maiores. Desarmar as barreiras, baixar a guarda do nosso interlocutor é crucial
para o fortalecimento do diálogo. Foi pensando no diálogo entre mães, no
diálogo entre mães e seus filhos, entre mães e seus companheiros e
companheiras, que veio a ideia de um guia, um compêndio de dicas, as minhas
advertências à mãe moderna. Um manual que sirva a mães, pais, avós, avôs, tias,
tios, madrinhas, enfim, a todos aqueles que nascem junto com o bebê. Toda vez
que, durante a sua leitura, encontrar a palavra mãe, há grandes chances de que
eu esteja também me referindo a todos aqueles que receberam títulos após a
maternidade. Este guia pretende facilitar o diálogo, abrir caminho para o afeto,
entre todos os envolvidos na tarefa de dar luz a uma criança.
Queres, Camila . O Guia da Mãe Moderna: 75 Dicas de
uma Diretora Escolar (pp. 4-5). Edição do Kindle.
[39]
Os pais querem sempre o melhor para seus
filhos e, por isso, acabam depositando todos os seus planos e expectativas em
cima deles. Nesse contexto, ser filho único pode ser um grande desafio, uma vez
que toda essa pressão recai apenas sobre ele.
https://www.sbie.com.br/blog/conheca-sindrome-do-filho-unico-e-seus-impactos-dentro-de-uma-familia/
[40]
Uma em cada onze crianças com mais de oito anos de idade está infeliz, segundo
um estudo divulgado em janeiro deste ano pela Children’s Society, organização
centenária de proteção infantil. Apesar de ...
Leia mais em:
https://veja.abril.com.br/saude/por-que-as-criancas-estao-cada-vez-mais-infelizes/
[41]
Você tem que estar muito bem escondido no fundo do seu quarto de oração para
não notar que as questões sobre família estão se reescrevendo, pelo menos em
certas jurisdições. Meu próprio núcleo familiar está rapidamente se tornando
uma raridade. Pense em todos os novos termos que podemos escolher para definir
a nós mesmos: pais gays casados. Pais heterossexuais não casados. Pais
solteiros por opção. Padrastos, madrastas, irmãos postiços, irmãs postiças,
meio-irmão, meia-irmã – quem ainda conta como filho único?
Sandler, Lauren. Primeiro e único (p. 206). Leya.
Edição do Kindle.
[42]
Introdução Parece que você ouve o tempo todo, de quase todos que você conhece
"Estou tão estressado!". As pressões do dia a dia estão em todo
lugar. São essas pressões que causam estresse e ansiedade, e muitas vezes não
estamos preparados para lidar com os estímulos externos que provocam a
ansiedade e outros sentimentos que podem nos deixar doentes, sim doentes. As
estatísticas são impressionantes, de acordo com um levantamento realizado pela
Organização Mundial de Saúde (OMS), o estresse atinge cerca de 90% da
população. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Saúde Mental
mostrou que transtorno de ansiedade é o principal problema de saúde mental, que
é mais comum entre as mulheres, estão perdendo apenas para o abuso de álcool e
drogas entre os homens. As mulheres sofrem de estresse e ansiedade quase o
dobro se comparado aos homens. Transtorno de ansiedade é a doença mental mais
comum na América, superando até mesmo a depressão. Também é mais comum entre
adultos com mais de 65 anos de idade. Sofredores de ansiedade vão a uma média
de cinco médicos antes de serem diagnosticados com sucesso. Infelizmente, o
estresse e a ansiedade andam de mãos dadas. Um dos principais sintomas do
estresse é a ansiedade. E o estresse é responsável por 80% de todas as doenças,
direta ou indiretamente.
Melhor, Editora Você. Estresse: Sintomas e Tratamento
para Estresse . Edição do Kindle.
[43] A família (do
termo latino familia) é um agrupamento humano formado por duas ou mais
pessoas com ligações biológicas, ancestrais, legais ou afetivas que, geralmente, vivem ou
viveram na mesma casa. Pode ser formada por pessoas solteiras, casais heterossexuais, casais homossexuais, entre outras constituições
presentes em diferentes contextos sociais. Constitui uma das unidades básicas
da sociedade.
A família representa um grupo social primário que influencia e é influenciado por outras pessoas e
instituições. É formado por pessoas, ou um número de grupos domésticos ligados
por descendência (demonstrada ou estipulada) a partir de um ancestral comum, matrimónio ou adoção. Nesse sentido o termo confunde-se
com clã. Dentro de uma família, existe, sempre, algum grau de parentesco. Membros de uma família, geralmente
pai, mãe e filhos e seus descendentes, costumam compartilhar do mesmo sobrenome, herdado dos ascendentes diretos. A
família é unida por múltiplos laços capazes de manter os membros moralmente,
materialmente e reciprocamente durante uma vida e durante as gerações. Fonte
Wikipédia
[44] O Código Civil
concentra, no art. 1.571, o rol de causas extintivas da sociedade conjugal e do
casamento, da forma seguinte: a) sociedade conjugal: morte de um dos cônjuges;
nulidade ou anulação do casamento; separação judicial; divórcio; b) casamento:
morte de um dos cônjuges; c) divórcio; d) morte presumida.30 de jun. de 2009
Dissolução da
sociedade conjugal no código civil 2002 ...
https://www.editorajc.com.br › ...
[45]
Os conceitos da vida e do mundo que chamamos "filosóficos" são
produto de dois fatores: um, constituído de fatores religiosos e éticos
herdados; o outro, pela espécie de investigação que podemos denominar
"científica", empregando a palavra em seu sentido mais amplo. Os
filósofos, individualmente, têm diferido amplamente quanto às proporções em que
esses dois fatores entraram em seu sistema, mas é a presença de ambos que, em
certo grau, caracteriza a filosofia.
Bertrand Russell. A Filosofia entre a Religião e a
Ciência (Portuguese Edition) (Locais do Kindle 1-3). Edição do Kindle.
[46]
Ditos e setas 1. A ociosidade é a mãe de toda psicologia. Como? Seria a
psicologia um – vício? 2. Mesmo o mais corajoso de nós apenas raramente possui
a coragem para aquilo que realmente sabe... 3. Para viver sozinho é preciso ser
um animal ou um deus – afirma Aristóteles.[6] Falta mencionar o terceiro caso:
é preciso ser as duas coisas – filósofo... 4. “Toda verdade é simples.” – Não é
isto uma sofisticada mentira?[7]
Nietzsche, Friedrich. Crepúsculo dos ídolos (p. 8).
L&PM Editores. Edição do Kindle.
[47] Religious
Strife “There is something of God in every man, let us affirm it more certainly
than ever, but surrounded as we are by millions of new-made graves and with the
voices of the hungry and the dispossessed in our ears, let us not easily accept
the impious hope that the natural goodness of ourselves is sufficient stuff out
of which to fashion a better world.” - Gilbert H. Kilpack The prelude to the
Quakers’ story goes all the way back to the mid-17th century – more precisely,
the English Civil War. Unlike most wars, the seed of the war had not been
planted by revolutionaries who sought to usurp the throne with their own brand
of government. Rather, the discontented public had become piqued by the
overbearing religious authority. It would not be long before the brewing
tension escalated into violent conflict. Critics of the monarch
Charles River Editors. The Quakers: The History and
Legacy of the Religious Society of Friends . Charles River Editors. Edição do
Kindle.
[48]
OS QUAKERS DA PENSILVÂNIA E OUTROS GRUPOS Além dos puritanos, as colônias
receberam outros grupos religiosos como os quakers (ou sociedades de amigos), o
grupo mais liberal que surgiu com a Reforma. Tratar-se por “tu”, sem nenhum
título, sendo cada homem sacerdote de si mesmo, eis um dos princípios dos
quakers que valeu até a admiração do pensador Voltaire no Dicionário
filosófico. Ao iniciar sua pregação no Novo Mundo, os quakers encontraram
grande oposição dos líderes puritanos. Alguns foram até mortos como
subversivos, ao mesmo tempo em que suas ideias encontravam eco entre os
desencantados com a rígida disciplina puritana.
Karnal, Leandro; Morais, Marcus Vinícius de;
Fernandes, Luiz Estevam; Purdy, Sean. História dos Estados Unidos: das origens
ao século XXI (p. 64). Contexto. Edição do Kindle.
[49] A religião na Roma Antiga caracterizou-se
pelo politeísmo, com elementos
que combinaram influências de diversos cultos ao longo de sua história. Desse
modo, em sua origem, crenças etruscas, gregas e orientais foram
sendo incorporadas aos costumes já tradicionais de acordo com sua efetividade.
A ideia de efetividade de um ritual para agradar a um deus ou deuses é a ideia que permeia o
cenário religioso da época. A noção de nossa sociedade de tradição judaico-cristã quanto à religião liga os rituais à fé, algo que não era levado em conta pelos romanos. Para eles os
deuses simplesmente existiam, não havia necessidade de questionar esse fato.
Os deuses dos antigos romanos, à semelhança
dos antigos gregos, eram
antropomórficos, ou seja, eram representados com a forma humana e possuíam
características como qualidades e defeitos de seres humanos.
O Estado romano propagava uma religião
oficial que prestava culto aos grandes deuses, como, por exemplo, Júpiter, pai dos deuses; Marte, deus da guerra, ou Minerva, deusa da
sabedoria e da justiça. Em honra desses deuses eram realizados festivais, jogos, sacrifícios e outras
cerimônias. Posteriormente, diante da expansão militar que conduziu ao império, muitos deuses
das regiões conquistadas também foram incorporados aos cultos romanos, assim
como alguns deuses romanos foram incorporados às regiões conquistadas.
No âmbito privado, os cidadãos, por sua vez,
tradicionalmente buscavam proteção nos espíritos domésticos, os chamados lares, e nos espíritos dos antepassados, os penates, aos quais
rendiam culto dentro de casa.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%A3o_na_Roma_Antiga
[50]
23E falou o SENHOR a Moisés, dizendo: 24Fala a toda esta congregação, dizendo:
Subi do derredor da habitação de Coré, Datã e Abirão. 25Então Moisés
levantou-se, e foi a Datã e a Abirão; e após ele seguiram os anciãos de Israel.
26E falou à congregação, dizendo: Desviai-vos, peço-vos, das tendas destes
homens ímpios, e não toqueis nada do que é seu para que porventura não pereçais
em todos os seus pecados. 27Subiram, pois, do derredor da habitação de Coré,
Datã e Abirão. E Datã e Abirão saíram, e se puseram à porta das suas tendas,
juntamente com as suas mulheres, e seus filhos, e suas crianças. 28Então disse
Moisés: Nisto conhecereis que o SENHOR me enviou a fazer todos estes feitos,
que de meu coração não procedem. 29Se estes morrerem como morrem todos os
homens, e se forem visitados como são visitados todos os homens, então o SENHOR
não me enviou. 30Mas, se o SENHOR criar alguma coisa nova, e a terra abrir a
sua boca e os tragar com tudo o que é seu, e vivos descerem ao abismo, então
conhecereis que estes homens irritaram ao SENHOR. 31E aconteceu que, acabando
ele de falar todas estas palavras, a terra que estava debaixo deles se fendeu.
32E a terra abriu a sua boca, e os tragou com as suas casas, como também a
todos os homens que pertenciam a Coré, e a todos os seus bens. 33E eles e tudo
o que era seu desceram
de Almeida, João Ferreira. Bíblia Sagrada (pp.
278-279). Edição do Kindle.
[51]
Podemos dizer que o Brasil está envelhecendo. São Paulo é o Estado com o maior
número de idosos: 5,4 milhões. Em seguida, vem Minas Gerais, com 2,6 milhões, e
Rio de Janeiro, com 2,4 milhões. O fato de os três Estados mais populosos da
região Sudeste abrigarem o maior número de idosos também reflete uma tendência
registrada entre as regiões do Brasil: enquanto a população do Sudeste
envelhece, a do Norte está cada vez mais jovem em termos relativos. De acordo
com a Pnad, 57,6% da população nortista tem menos de 30 anos. Existe no Brasil
uma melhoria da qualidade de vida, há mais assistência médica e remédios, a
alimentação está melhor e as pessoas fazem mais atividades físicas. Isso
contribui para uma população mais idosa. Ao mesmo tempo, há uma redução da
natalidade.
Figueira, Emílio. PSICOLOGIA DO ENVELHECIMENTO PARA
LEIGOS: Como Conviver e Cuidar De Pessoas Idosas! (pp. 3-4). Figueira Digital.
Edição do Kindle.
[52] Na China e no Japão,
a velhice é sinônimo de sabedoria e respeito. ... Na antiga China,
o filósofo Confúcio ( que viveu entre os anos 551–479 a.C) já apregoava que as
famílias deveriam obedecer e respeitar ao individuo mais idoso. Na
tradição japonesa é festejado de forma solene o aniversário do idoso.28 de jun. de 2013
O olhar ao idoso no
Japão e na China, por Silvia Masc - UFJF
[53]
aumento da expectativa de vida significa um ganho em termos de qualidade de
vida, mas significa também o risco de o ser humano conviver com doenças
crônico-degenerativas, incapacidades e dependências que podem se instalar à
medida que o indivíduo vai envelhecendo. A presente publicação aborda assuntos
que têm como objetivo contribuir para que o idoso seja mais bem cuidado durante
seu envelhecimento. Ainda que velhice não seja sinônimo de doença, sabemos que,
à medida que o indivíduo vai envelhecendo, vai ficando mais vulnerável e mais
sujeito a patologias. Muitas dessas enfermidades podem deixá-lo fragilizado.
Para uma proporção significativa de idosos frágeis, a presença de cuidadores
formais ou informais comprometidos é a melhor forma de apoio que essas pessoas
podem ter na vida. Na maioria das vezes, é a família que assume o papel de
auxiliar na realização de tarefas instrumentais e afetivas para o idoso que
está experimentando perdas físicas ou cognitivas. A prestação de cuidados aos
idosos tem consequências graves para a unidade familiar em geral, até mesmo
porque geralmente os familiares não estão qualificados e/ou preparados para
esse tipo de atividade. Daí a necessidade da aquisição de conhecimentos para
poder assumir a responsabilidade de dar apoio e ajudar para satisfazer às
necessidades, visando à melhoria da qualidade de vida, zelando pelo bem-estar,
pela saúde, alimentação, higiene pessoal, educação, cultura, recreação e pelo
lazer do idoso assistido.
Newton Luiz Terra. Cuidando do seu idoso . EDIPUCRS.
Edição do Kindle.
[54] A população mundial está envelhecendo. Em todo o mundo, as pessoas
estão vivendo mais tempo graças aos avanços na saúde, nutrição e tecnologia.
Esta mudança da população traz consigo incríveis possibilidades – mas também um
novo conjunto de desafios. O escritor e estudioso Jared Diamond examina as
enormes diferenças de como as comunidades em todo o planeta veem e tratam seus
cidadãos idosos.
Liz Jacobs *
O escritor e estudioso Jared Diamond (TED Talk: Como as
sociedades podem envelhecer melhor) examina as enormes diferenças de como as
comunidades em todo o planeta veem e tratam seus cidadãos idosos. Alguns grupos
reverenciam e respeitam os seus membros mais velhos, enquanto outros os olham
como senis e incompetentes, tornando-os alvo de piadas. Em algumas sociedades,
os filhos cuidam de seus pais em casa; em outras, os filhos colocam seus pais
em casas onde outras pessoas cuidam deles. Algumas culturas veem seus idosos
como um fardo e gasto e optam por abordagens mais violentas para atendimento ao
idoso. Aqui está uma amostra de como as pessoas em todo o mundo tratam o
pessoal mais velho.
https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/o-envelhecer-em-diferentes-partes-do-mundo/
[55] O
conceito de Segurança Jurídica pode ser: Teoria geral do direito. a)Princípio
geral do direito mantido através das regras de regulagem do sistema: ‘não se
pode deixar de obedecer comando do poder público, alegando sua invalidade´,
inferidas dedutivamente do princípio da presunção júris tantum da veracidade e
legitimidade dos atos do Poder Público, e `deve-se respeitar o caso julgado´,
que é o princípio da coisa julgada pelo qual, tendo havido decisão judicial
definitiva, para prestigiar o órgão judicante que a prolatou, se garantirá a
impossibilidade de sua reforma e a sua executoriedade, pois terá força
vinculante para as partes, devido a presunção absoluta(jure et de jure) de
veracidade e licitude, absorvendo, portanto, a possível inconstitucionalidade
que, porventura, tiver(Carlos Ayres Britto). As regras, de calibragem, na lição
de Ferraz Jr., conferindo à norma inconstitucional a mesma eficácia do preceito
válido, estabelecerem que seu destinatário não poderá substrair-se ao seu
vínculo; b) possibilidade de prever os efeitos asseguradores de direitos e
garantias individuais ou coletivos que o direito comunica à conduta
humana(Eduardo M. Ferreira Jardim); c) princípio que decorre da
determinabilidade das Leis e da proteção da confiança, consubstanciado na
existência de normas estáveis e previsíveis quanto aos seus efeitos(Canotilho);
d) garantia da aplicação objetiva da Lei, de maneira que as pessoas possam
saber quais são as suas obrigações e seus direitos(Emílio Fernandez Vazquez).
(DINIZ, 1998, p.279)
Bretas, Hugo Rios. O Idoso no Sistema Jurídico (pp.
33-34). Editora Dialética. Edição do Kindle.
[56]
ser outra senão minhas próprias aventuras de criança. Morei numa casa que tinha
um grande quintal, e eu passava horas em cima de árvores, ou cutucando a terra
para encontrar tatus-bolas e minhocas. Chegava à noite e dizia ao meu pai: “Eu
gosto tanto de brincar, acho que não quero crescer!”. Cresci, é claro, mas não
demorei muito a perceber que o brincar não escaparia tão fácil do meu universo
adulto, e fui aprendendo a usufruí-lo e desfrutá-lo, até transformá-lo em meu
trabalho. Passei a aprender com crianças e adultos o que sabiam brincar, e o
meu envolvimento era tanto, que esquecia o bloquinho de notas abandonado no
chão e me jogava no meio da roda com a criançada, recuperando aquele desejo da
minha infância de “nunca crescer”. Pesquisar tornou-se sinônimo de brincar,
encontrar pessoas, conversar, e muitas vezes de despertar uma série de
lembranças.
Meirelles, Renata. Giramundo e outros brinquedos e
brincadeiras dos meninos do Brasil (pp. 8-9). Editora Terceiro Nome. Edição do
Kindle.
[57]
verdade, os nazistas já haviam dado início à política homicida colocando em
prática os princípios da eugenia, eliminando a partir de 1.º de setembro de
1939 os menores excepcionais e os deficientes mentais (calcula-se em 70 mil
vítimas), classificados como “indignos de terem direito à vida”. Para isso,
Hitler havia nomeado o doutor Karl Brandt como executor-mor do programa da eutanásia
coletiva. O massacre da população judaica ficou conhecido como Holocausto, mas,
de fato, era apenas uma das partes de um projeto bem mais amplo de assassinato
em massa desenvolvido pelos nazistas. Segundo o Código 10, preparado pelo chefe
do Serviço de Segurança da SS, Reinhard Heydrich, deveriam ser mortos, além dos
judeus, os comunistas, os homossexuais, os ciganos, as testemunhas de Jeová, e
a intelligentsia do mundo eslavo (professores, jornalistas, escritores, sábios,
etc.).
Schilling, Voltaire. Holocausto - Das origens do povo
judeu ao genocídio nazista (p. 66). AGE. Edição do Kindle.
[58]
Não há nada mais angustiante do que testemunhar uma criança sofrer trauma. Seja
por abuso, abandono, negligência, perda de família, bullying, fome, ou doença,
as dificuldades causam impactos no cérebro em desenvolvimento e têm efeitos
duradouros ao longo da vida de uma pessoa. Uma experiência angustiante ou
assustadora pode desafiar a sensação de segurança do seu filho e a
previsibilidade do mundo dele. O cérebro em desenvolvimento de uma criança
pequena é profundamente marcado por um trauma, deixando sua marca através de
uma série de vias neurais que regem e sobrecarregando a produção de hormônios e
neurotransmissores, entre outros efeitos fisiológicos. Além disso, a criança
mais nova enfrenta a carga adicional de sofrer um trauma sem o raciocínio
verbal para compreender ou nomear o que está acontecendo.
J. Olsen, Katherine. Eu Não Estou Bem: Como
Identificar Se Seu Filho Tem Transtorno De Ansiedade, Como Lidar Com Ele E
Tratá-lo Da Melhor Maneira (p. 34). Edição do Kindle.
[59] "Existem
pesquisas modernas que mostram que as pessoas infelizes correm
o risco de ter mais doenças emocionais e físicas, como infecções e
degenerações", cita. "A pessoa infeliz tem uma depressão
no sistema imunológico. Com isso, as doenças infecciosas a afetam com muito
mais frequência e intensidade.10 de nov. de 2005
Infelicidade pode
trazer consequências sérias | Gazeta Digital
[60]
Batimentos cardíacos acelerados, cansaço, insônia, nervosismo, irritabilidade,
sudorese, dores de cabeça, preocupação excessiva com o futuro, problemas
cutâneos, tristeza, culpa, desmotivação.... Você tem apresentado estes sintomas
nos últimos dias? Se sim, CUIDADO! Você pode estar sofrendo com os MALES DO
SÉCULO!
Este ebook tem como principal objetivo promover a
conscientização sobre a importância do enfrentamento do que podemos considerar
hoje como os males do século: Estresse, Ansiedade e Depressão, sendo a
Depressão, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o nosso grande
mal do século. No decorrer desta leitura, você conhecerá os conceitos, causas,
sintomas e tratamento do Estresse, da Ansiedade e da Depressão, além de se
apoiar em 10 passos para o enfrentamento destes, através de técnicas da
Psicologia, da Hipnose, do Coaching e outros. Na oportunidade, você também
conhecerá os meus trabalhos e depoimentos de ex pacientes que seguiram os 10
passos deste ebook e obtiveram resultados positivos, o que contribuiu para uma
maior qualidade de vida, além de receber dicas de livros e filmes.
Maciel, Juliana. Estresse, Ansiedade e Depressão: 10
passos para vencer os Males do Século: Com Técnicas da Psicologia, da Hipnose e
do Coaching . UNKNOWN. Edição do Kindle.
[61] A
inteligencia emocional faz você ser saudável mentalmente, controlar ansiedade,
irritação, tristeza, ciúmes, etc. A inteligência emocional faz você controlar
suas emoções, e logo, sua vida em geral.
Você é o que pensa, suas emoções regem sua personalidade e seu dia a
dia, com as emoções descoroladas, sua vida estrá sempre em desordem. Nesse
livro, por Mario de Andrade, você aprenderá o que é e como desenvolver
inteligência emocional, passo a passo e com pessoalidade para você.
Andrade, Mario de. Inteligência Emocional: Não deixe
suas emoções te dominar (p. 2). Edição do Kindle.
[62]
de figura. Existe um mito de que os ciganos gostam muito de ouro e dinheiro.
Esse pensamento encontra sintonia na tradição cigana, sem dúvida. Mas, na
verdade, o que eles amam mesmo é a liberdade de viver no mundo como ciganos. E
são verdadeiros deuses do amor! São famosos nossos filtros e vasos do amor. O
amor, para os ciganos, é coisa sagrada. Entidades ciganas se manifestam onde
são bem-vindas e podem ter liberdade de expressão corporal e verbal. Isso pode
ocorrer nos centros de umbanda ou em reuniões esotéricas. Aos lugares onde
somos solicitadas sempre procuramos levar energia de paz e alegria.
Pereira, Cristina da Costa. Os ciganos ainda estão na
estrada (p. 118). Rocco Digital. Edição do Kindle.
[63]
heróis no palco irradiado do mundo. Quando Carmen Miranda morreu, em 1957, as
coisas já estavam mudando de novo. Se o seu mundo foi o do cinema, a tragédia
íntima da sua morte se tornou o primeiro grande espetáculo transmitido ao vivo
pela televisão brasileira e visto simultaneamente por multidões por toda parte
em que houvesse um receptor. Assim como, na Copa do Mundo de 1958, magotes de
gentes se espremiam para assistir na telinha à retransmissão filmada dos jogos
do Brasil. A televisão herdava do rádio e do cinema as funções de máquina de
fazer mitos, se aproveitando da maior intimidade com que disputaria o espaço
doméstico e o cotidiano dos seus espectadores. Relembremos agora o tênue filete
de fumaça do cocheiro que penetrou o bonde em que viajava Machado de Assis no
início do nosso percurso, causando-lhe um desconfortável sentimento de invasão
da privacidade. Comparemos esse filete esvoaçante com o facho de luz que
partindo da tela da tv invade o interior das casas. Mais que isso, consideremos
todo o fluxo de informações, imagens, ícones, sons, ruídos, condicionamentos,
publicidade, discursos, notícias, filmes, novelas, comédias, debates, programas
de auditório, esportes, gastronomia, curiosidades, turismo, entrevistas,
fofocas, rádio, discos, redes, telefone, jornais, revistas, gibis, panfletos,
formulários, livros, almanaques, agendas, enciclopédias, listas, catálogos,
cadastros, manuais, mala direta e extratos bancários, que entram nos lares sem
parar, pelos olhos, ouvidos, boca, tato e olfato todo dia e o dia todo. E o que
entra no seu lar, entra no do vizinho, e no vizinho do vizinho e por todo lado
pelos milhares de quilômetros quadrados das grandes conurbações metropolitanas
e pelas suas congêneres pelo mundo afora. O que diria Machado agora? É difícil
imaginar. Mas Carlos Drummond percebeu que hoje ninguém mais está só, nem que
queira nem que não queira. A invasão da privacidade não é mais uma
possibilidade, uma negociação ou uma arbitrariedade. Ela é uma condição
histórica.
Vários autores. História da vida privada no Brasil –
Vol. 3 (pp. 596-597). Companhia das Letras. Edição do Kindle.
[64] A
criança que costuma ler, que gosta de livros de histórias ou de poesia,
geralmente escreve melhor e dispõe de um repertório mais amplo de informações,
sim. Mas essa não é a principal função que a literatura cumpre junto a seu
leitor. Mesmo sem precisar discorrer sobre a função da literatura, sabemos que
é o fato de ela propiciar determinadas experiências com a linguagem e com os
sentidos – no espaço de liberdade que só a leitura possibilita, e que
instituição nenhuma consegue oferecer – que a torna importante para uma
criança. Nos últimos anos do século XX, a noção da importância da literatura
infantil na formação de pequenos leitores consolidou-se, integrando a pauta das
políticas públicas de educação e cultura. Se ainda estamos longe de constituir
um país de leitores, se os problemas da qualidade da educação fundamental são
grandes e persistentes, a escola e o gênero, no entanto, já não são os mesmos
que eram nos anos 1980. Passaram ambos por modificações conceituais e
funcionais que alteraram seus perfis. A importância de aproximar as crianças
dos livros de literatura infantil é hoje praticamente um consenso. A sociedade
absorveu a ideia que, décadas atrás, era ainda objeto de pregação. Eram feitos
esforços de convencimento para que pais e professores promovessem, entre os
pequenos, a leitura de bons livros. Hoje, reflexões a respeito do assunto
envolvem estudantes e estudiosos na produção de ensaios, dissertações, teses,
que discutem diferentes aspectos da literatura infantil e contam com poder de
irradiação. No entanto, entre a adoção de um conceito, o desenvolvimento de
análises e a construção do cenário idealizado por aqueles que se empenham em
semear livros a mão-cheia, parafraseando Castro Alves, a distância é grande.
Cademartori, Ligia. O que é literatura infantil
(Primeiros Passos) (pp. 5-6). Brasiliense. Edição do Kindle.
[65] A
“disciplinarização” do ensino da literatura infantil: de saber escolar a uma
teorização Pensar a história do ensino por meio da disciplina escolar é buscar
compreender, como explica Chervel (1990), um aspecto lacunar na historiografia
da educação. No caso do Brasil, ainda que desde os anos de 1990 pesquisas desse
tipo venham ganhando força e se expandindo rapidamente, algumas disciplinas
permanecem inexploradas pelos historiadores da educação. Esse era o caso do
ensino da literatura infantil na formação de professores primários no estado de
São Paulo, decorrente da criação da matéria/ disciplina “Literatura infantil”
nos Cursos Normais. Possivelmente pelo pouco espaço que essa matéria/
disciplina ocupou na formação de professores, configurando-se, no conjunto das
demais, como aparentemente pouco relevante ou sem grandes efeitos na amplitude
formativa que se pretendia aos professores primários, o ensino da literatura
infantil e os dispositivos legais de sua institucionalização eram, até então,
apenas objeto de pequenas menções em algumas pesquisas. Visto dessa
perspectiva, o ensino da literatura infantil pode suscitar a ideia de algo sem
importância para a história da formação de professores e para a História da
Educação em geral. No entanto, conforme explica Chervel (1990), as disciplinas
somente podem ter a sua importância questionada se estudadas na sua “economia
interna”. Uma vez que qualquer que seja a disciplina, ela sempre está no centro
da ação em torno da qual se coloca em exercício as finalidades educativas, por
isso não há disciplina que não seja relevante para se entender o curso
histórico da educação (Chervel, 1990).
Oliveira, Fernando Rodrigues de. História do ensino da
literatura infantil na formação de professores no estado de São Paulo
(1947-2003) (pp. 421-422). SciELO - Editora UNESP. Edição do Kindle.
[66] Gibi originalmente
foi o título de uma em revista em
quadrinhos brasileira
lançada em 1939,
publicada pelo grupo Globo. O termo gibi significava moleque, negrinho, porém
com a popularização, no Brasil tornou-se
sinônimo de "revista em quadrinhos" (revista de banda desenhada, em
Portugal).[1] Fenômeno
gramatical conhecido por metonímia.A revista Gibi era concorrente da revista Mirim de Adolfo Aizen. Este editor, futuro fundador da EBAL,
foi o pioneiro dos quadrinhos publicados como suplemento de jornal no Brasil
(ideia que retirara de uma viagem aos Estados unidos), com o seu Suplemento Juvenil que acompanhava o jornal "A Nação".
Mais tarde, o jornal O Globo copiou a ideia e lançou um suplemento chamado
"O Globo Juvenil".[2]O
Gibi teve originalmente em suas páginas tiras diárias e pranchas dominicais[3] Charlie Chan, Brucutu, Ferdinando (Família Buscapé)[4] e
vários outros personagens das histórias em quadrinhos.No ano de 1974 a
antiga Rio Gráfica Editora (atualmente conhecida como Editora Globo) teve a iniciativa de relançar nas bancas
brasileiras a revista Gibi.Em outubro de 1993,
a Editora Globo lançou outra revista com um título homônimo.[5] A
editora publicava periodicamente alguma revista com o título para não perder os
direitos sobre ele.
[67]
Desde o surgimento dos primeiros curtas-metragens em preto e branco, como
Mickey Mouse, O gato Felix, Popeye e Betty Boop, até os longas-metragens como
Branca de Neve e os sete anões, Kiriku ou O castelo no céu, muitas gerações de
espectadores puderam mergulhar nesses universos mágicos. Nós nos emocionamos
quando Bambi perdeu sua mãe, rimos com as perseguições mútuas de Tom &
Jerry, ficamos maravilhados pela beleza das imagens e das músicas do filme
Fantasia. Se Walt Disney elevou o desenho animado ao posto de arte maior, para
o grande público a técnica utilizada para sua composição ainda é um mistério.
Como os artistas e os técnicos fazem esses filmes? Ilustrado por diversos
documentos e imagens, este livro apresenta as diferentes etapas de realização
de um desenho animado. Vamos até os bastidores, há muitas coisas a descobrir!
Knoertzer, Jean. O desenho animado - do sonho à
realidade . Babelcube Inc.. Edição do Kindle.
[68] o
bom humor, a tecnologia de ponta e a boa arte, mas... encontrava-me no meio de
um ensaio sobre a teoria marxista da alienação do trabalho. Para o jovem Marx,
a injustiça do sistema capitalista não residia apenas no capitalismo oprimir o
trabalhador, mas também no fato de que se apoderava do fruto do seu trabalho, o
vendia e usava o lucro para inventar novas maneiras de explorar o trabalhador.
Monstros SA era essa mesma história, ocupando a criança o lugar do proletariado
e o monstro o do capitalista. A empresa roubava os gritos das crianças,
usava-os como energia para a sua tecnologia e com essa tecnologia, inventava
novas maneiras de oprimir as crianças com o terrível “Extractor de Gritos”.
Shaw, Kurt. Cinema Infantil e Educação Popular . Shine
a Light. Edição do Kindle.
[69]
[69]
Significado de Gafe
substantivo femininoAção
e/ou dito que denota indiscrição; comportamento impensado cujo resultado pode
ser desastroso; mancada.Etimologia (origem da palavra gafe).
Do francês gaffe.Sinônimos de Gafe
Gafe é sinônimo de: rata, atrapalhação, mancada Definição
de Gafe Classe gramatical: substantivo feminino
Flexão do verbo gafar na: 1ª pessoa do singular do
presente do subjuntivo, 3ª pessoa do singular do presente do subjuntivo, 3ª
pessoa do singular do imperativo afirmativo, 3ª pessoa do singular do
imperativo negativo
Separação silábica: ga-fe
Plural: gafes
[70]
Algumas pessoas cometem tantas gafes que chegam a excelência. Outras mais
modestas, nem por isso menos importantes, conseguem um lugar de honra sem muito
esforço. As gafes podem ser classificadas nas categorias: Ouro, Prata e bronze,
mas, também, não podemos ignorar outras possíveis classificações. Tais
categorias seriam destinadas aos desavisados, distraídos ou lerdos mesmos. Não
importa onde e quando, eles estão ali para arrasar com qualquer um. Sempre!
Alves, Rosilene. Foi você! . Viseu. Edição do Kindle.
[71]
barco. Maturidade emocional tem menos a ver com um traço específico e mais com
uma forma de lidar com a vida que pode vir embalada em senso de humor,
vivacidade e divertimento. E isso pode ser feito por pessoas com qualquer tipo
de personalidade, sejam elas introvertidas ou extrovertidas, ráticas ou
intuitivas, racionais ou emotivas, e em qualquer fase da vida.
Mattos, Frederico. Maturidade emocional (p. 12).
Paidós. Edição do Kindle.
[72] A
importância que Sigmund Freud atribuía aos chistes era antiga, remonta aos
primórdios de seus estudos da psicanálise. Em cartas dessa época ele fala de
seu interesse pelos chistes – piadas – e confessa que colecionava uma série
delas sobre judeus. Ele também costumava temperar suas inquietações
fundamentais com o relato de chistes. Em 1905, publicou o livro O Chiste e sua
Relação com o Inconsciente, no qual tentava desvendar o que é o riso do ponto
de vista psíquico, além dos motivos inconscientes para os chistes tendenciosos
e preconceituosos.
Freud, Sigmund. O Chiste e sua Relação com o
Inconsciente (Freud Essencial) (p. 2). Lebooks Editora. Edição do Kindle.
[73]
Renitente https://www.dicio.com.br/renitente/
Significado de Renitente
Adjetivo
Que tende a renitir; que é obstinado; que não
desiste nem se conforma; inconformado. substantivo masculino Indivíduo que teima; aquele que não se conforma;
obstinado.Etimologia (origem da palavra renitente). Do latim renitens. entis.
Sinônimos de Renitente
Renitente é sinônimo de: persistente, obstinado, teimoso, insistente, recalcitrante, inconformado
[74] A filosofia do tempo, muitas vezes indissociada
do conceito de espaço como filosofia do espaço e do tempo, é o
ramo da filosofia preocupada
com as questões que envolvem a ontologia, epistemologia e caráter
do tempo e do espaço. Embora essas
ideias tenham sido centrais para a filosofia desde o seu início, a filosofia do
espaço e do tempo foi uma inspiração e um aspecto central da filosofia analítica inicial. O assunto enfoca uma série de questões
básicas, incluindo se o tempo e o espaço existem independentemente da mente, se
existem independentemente um do outro, o que explica o fluxo aparentemente
unidirecional do tempo, se existem outros momentos além do momento atual e
perguntas sobre a natureza da identidade (particularmente a natureza da
identidade ao longo do tempo).
Fonte Wikipédia
[75] Psicopata é a
designação atribuída a um indivíduo com um padrão comportamental e/ou traço de
personalidade, caracterizada em parte por um comportamento antissocial,
diminuição da capacidade de empatia/remorso e baixo controle comportamental ou,
por outro, pela presença de uma atitude de dominância desmedida. Esse tipo de
comportamento agonista é relacionado com a ocorrência de delinquência, crime,
falta de remorso e dominância, mas também é associado com competência social e
liderança. A psicopatia, descrita como um padrão de alta ocorrência de
comportamentos violentos e manipulatórios, é frequentemente considerada uma
expressão patológica da agressão instrumental, além da falta de remorso e de
empatia. Fonte
Wikipédia
[76] Rinaldo Victor De
Lamare (Santos, 2 de janeiro de 1910 — Rio de Janeiro, 28 de abril de 2002)[1] foi um médico pediatra brasileiro.
É o autor do livro A Vida do Bebê que, com mais
de cinco milhões de exemplares vendidos, é considerado como uma
verdadeira Bíblia para as mães brasileiras.[2]
Ao final da vida, costumava afirmar
que havia presenciado três momentos decisivos da medicina do século XX, em favor
das crianças: a descoberta
dos antibióticos, a criação de
importantes vacinas e as
campanhas em prol do aleitamento materno.[carece de fontes]
Fonte Wikipédia
[77] A
CRIANÇA E SUAS FORMAS DE BRINCAR: OS BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS DE TODOS OS
TEMPOS O brinquedo sempre faz lembrar um tempo e uma história situados em um
contexto espacial, histórico e cultural. É notável o quanto esses componentes
estão conectados ao mundo das brincadeiras infantis. Ao longo da pesquisa de
campo, da qual resultou este trabalho, foi possível perceber que as pessoas não
se esqueceram do que é ser criança, seja relatando suas brincadeiras da época
de infância, construindo brinquedos, revivendo jogos ou cantando cantigas. Os
seus relatos são testemunhos vivos dos sentidos e significados que ainda
carregam nos seus mundos de adultos, do universo fantástico das brincadeiras
infantis: cheios de encantos, fantasias, diversidades e total simbiose com o
mundo circundante. Eram as águas dos rios e de açudes, as terras molhadas pelas
chuvas de inverno, os ventos de agosto, os frutos e galhos das diversas árvores
potiguares que forneciam o espaço e a matéria-prima para as vivências das
brincadeiras e a confecção dos brinquedos.
https://memoria.ifrn.edu.br/bitstream/handle/1044/1067/Brinquedos%20e%20Brincadeiras%20-%20Ebook.pdf?sequence=1&isAllowed=y
[78]
Nosso imaginário é um céu aberto, aberto às luzes e às sombras da
existência. Sujeito às luzes e às sombras da natureza humana e da vida. Nosso
imaginário é uma grande fonte de sabedoria, e quanto mais próximo da
consciência, mais torna-se fonte de criatividade e realizações. Em nosso
imaginário moram nossas mais profundas crenças, ilusões, feridas, fantasias,
percepções, projeções, projetos e sonhos. Em nossa infância, nutrimos e somos
nutridos por nosso imaginário. Emocionamo-nos a partir das imagens que captamos
e sentimos. Criamos a partir de nossas emoções. A fonte de todas as emoções e
criações humanas é a imaginação.
Guttmann, Mônica. O imaginário da criança dentro de
nós (Psicologia e Educação) (p. 4). Paulus Editora. Edição do Kindle.
[79] nada mais nostálgico do que lembrar os
brinquedos que marcaram a infância. O pião é um desses produtos lúdicos e
divertidos que, apesar de ser muito representativo para as crianças, não tem
idade limite para o manuseio. Com origem desconhecida, acredita-se que exista
desde 4.000 a.C. No Brasil, a IMC fabrica o pião sonoro desde 1934 e promoveu
várias mudanças até chegar à versão de alumínio.“O pião diverte gerações há
mais de 80 anos”, conta Iggor Magri, atual proprietário da IMC. Segundo ele, a
ideia de produzir o pião surgiu com o bisavô. Ele queria construir um brinquedo
para integrar os outros itens da fábrica, que, na época, produzia acessórios
para bicicletas e artigos de armarinhos.“Como meu bisavô era ferramenteiro,
desenhou e fez alguns esboços. Depois de várias tentativas, alcançou o
resultado que existe hoje”, explica o empresário e bisneto.Mas o pião da IMC
não nasceu sendo fabricado com alumínio. O objeto já foi feito com material
mais duro, como o latão, e a pintura também foi modificada – do antigo branco
até receber a faixa colorida. https://revistaaluminio.com.br/dia-das-criancas-piao-de-aluminio-encanta-geracoes-no-brasil/
[80]
Como se todos este ocorridos fossem pesados demais, a natureza respondeu pela
cidade - Laguna chorou, ela chorou sim, pois na noite daquele fatídico dia
(23.03.1980), uma fina camada de orvalho invadiu toda a cidade de Laguna,
demonstrando toda tristeza e penar que se passava nesta cidade, trazendo assim
um fim de dia dos mais triste a esta terra divina.
brunini junior, oswaldo. O dia em que Laguna (SC - BR)
chorou: Uma das historias da cidade de Laguna (SC - BR) . Unknown. Edição do
Kindle.
[81] Quando há lesão
na mácula, a região central das imagens é bloqueada, ocorrendo perda
progressiva da visão central. Os indivíduos acometidos pela DMRI podem manter
alguma visão periférica, porém a habilidade para a execução de atividades mais
refinadas fica prejudicada.8 de jul. de 2020
Degeneração
Macular DMRI - IORJ
[82] Na medicina,
um stent ou estente é uma endoprótese expansível, caracterizada
como um tubo (geralmente de metal, principalmente nitinol, aço e ligas de cromo
e cobalto) perfurado (em forma de malha) que é inserido em um conduto do corpo
para prevenir ou impedir a constrição do fluxo no local causada por entupimento
das ...
Stent –
Wikipédia, a enciclopédia livre
[83] Cognição é uma palavra associada ao processo de aprendizado e elaboração do
conhecimento. É a partir do processo cognitivo que o ser
humano consegue desenvolver suas capacidades intelectuais e emocionais, isto é,
linguagem, pensamento, memória, raciocínio, capacidade de compreensão,
percepção etc.4 de dez. de 2019
Afinal, qual o
significado de cognitivo e o que ele abrange ...
[84] Acho
que foi em 1985.... passamos o Natal lá ...chegamos em dezembro e voltamos em
fevereiro......Foram 62 dias de internação sendo 31 na UTI.. ...O hospital foi
o Sírio Libanês....Segundo os médicos, de 1000 casos escapa um....e a mãe
sobreviveu....provavelmente em consequência de uma juventude saudável que o vô
dava aos filhos em Laguna levando-os sempre ao Mar Grosso....e o tratamento de
primeira do hospital......O plano de saúde era o Saúde.Bradesco.... comentário
de minha irmã Sônia Maria
[85] Exibindo resultados para acidentes domésticos com
pessoas idosas
Em
vez disso, pesquisar por acidentes
domésyticos com pessoas idosasAndar sobre pisos molhados, úmidos ou encerados; Andar só de
meias ou usar chinelos e sapatos mal ajustados; Móveis ou objetos espalhados
pelo meio do caminho; Escadas com degraus de tamanhos diferentes, ou degraus
altos; Tapetes sem superfície antiderrapantes; Banheira ou chuveiro sem barras
de apoio ou tapete ...
acidentes domésticos nos idosos
[86] Hawking era portador
de esclerose lateral
amiotrófica (ELA), uma doença neurodegenerativa que
paralisa progressivamente os músculos do corpo, mas que mais frequentemente não
afeta as funções cognitivas. A ELA ainda não possui cura. A doença foi
detectada quando tinha 21 anos. Em 1985 Hawking teve que submeter-se a
uma traqueostomia após
ter contraído pneumonia visitando o CERN na Suíça e, desde então, utilizava um sintetizador de
voz para se comunicar. Gradualmente, foi perdendo o movimento dos braços e
pernas, assim como do resto da musculatura voluntária, incluindo a força para
manter a cabeça erguida,
de modo que sua mobilidade era praticamente nula. Em 2005 Hawking usava os
músculos da bochecha para controlar o sintetizador, e em 2009 já não podia mais
controlar a cadeira de rodas elétrica. Desde então outros grupos de cientistas
estudaram formas de evitar que Hawking sofresse de síndrome do encarceramento, cogitando traduzir os pensamentos ou expressões de Hawking
em fala. A versão mais recente, desenvolvida pela Intel e cedida a Hawking em 2013, rastreava o movimento dos
olhos do cientista para gerar palavras, embora o cientista tenha afirmado em
seu site oficial que preferia usar o "cheek tracking" (rastreamento
da bochecha) para utilizar a interface ACAT (Sistema desenvolvido pela Intel).
"No entanto, embora eles funcionem bem para outras pessoas, eu ainda acho
que o interruptor na minha bochecha é mais fácil e menos cansativo de
usar".Wikipédia
[87] Mestrado
na Universidade Tecnológica Federal Do Paraná - UTFPR PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
EM TECNOLOGIA-PPGTE. Dissertação: O INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O
DESENVOLVIMENTO LACTEC - NA GÊNESE DO PROCESSO TECNOLÓGICO PARANAENSE: UMA
CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DA HISTÓRIA DA TÉCNICA E DA TECNOLOGIA , Dissertação apresentada
e aprovada em dezembro de 2005 para título de Mestre em Tecnologia. Linha de
Pesquisa TECNOLOGIA E TRABALHO. Orientadora: Profª. Dra. Maria Vilma Rodrigues
Nadal Curso de Pós-Graduação/Especialização em Magistério Superior na
Universidade TUIUTI do Paraná ministrado pelo Centro de Pós - Graduação,
Pesquisa e Extensão, (CEPPE) Monografia para docência O CIDADÃO CURITIBANO E
SUAS INTER-RELAÇÕES SÓCIO-CULTURAIS NA ATUAL CONJUNTURA BRASILEIRA defendida em
dezembro de 1999. Bacharel e licenciada em CIÊNCIAS SOCIAIS pela Universidade
Federal do Paraná, UFPR, curso concluído em 1976. Curso de Normalista pela
Escola Normal D. Pedro II, Blumenau, concluído em 1965.
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