sexta-feira, 26 de novembro de 2021

O Cinema

 

Cinema

 

A Sétima Arte revolucionou a Humanidade, fazendo e desfazendo comportamentos. Deveríamos pensar, nesses tempos de comunicação quase instantânea, o que seria a Humanidade sem cinemas, cineminhas, documentários, comédias, tragédias etc. que nossa geração mais velha não perdia nas matinées.

Para minha geração os desenhos animados na minha infância eram um prêmio divertidíssimo. Walt Disney (Walter Elias Disney, s.d.) fez parte da história de crianças e adultos e ainda realiza muito graças a suas empresas espalhadas pelo mundo.

Charles Chaplin foi um artista completo.[1]

 

Vale lembrar um pouco dessa história:

Empenhados em projetar os filmes de Edison, os irmãos Lumière construíram, em 1894, seu primeiro projetor e, em 13 de fevereiro de 1895, patentearam o “Cinematógrafo”, fazendo, em 28 de dezembro do mesmo ano, em Paris, a primeira exibição com entrada paga.  A primeira projeção de um filme em Nova York, entretanto, aconteceu em 1896, graças a um aparelho que a sociedade Edison patenteou, o “Vitascope”, que nada mais era do que o equivalente americano do “Cinematógrafo” Edison, para alguns, ficou conhecido como o inventor do cinema, mas a verdade é que WILLIAM DICKSON, um escocês

 

BARBOZA, NELSON ALVES . CINEMA - ARTE, CULTURA, HISTÓRIA . NELSON ALVES BARBOZA. Edição do Kindle.

Ou seja, há pouco mais de um século as primeiras filmagens e projeções começaram a dar empurrões na vida dos seres humanos.

Com o desenvolvimento técnico os filmes a princípio curtos e mudos ganharam maior potencial. A popularidade do cinema o transformou em instrumento de engajamento político. Na Europa as duas Guerras Mundiais e revoluções foram instrumentos ideológicos que, pelas vartiações que aquele continente sofreu, alternaram-se entre direita e esquerda até entrarem em padrões americanos. De comédias a dramas o cinema europeu mostrou períodos fascinantes.

A História é permanentemente reescrita.

Na história formal a Ideologia oficial mais as religiões comprometem a qualidade dos livros e outros meios de comunicação. Em tempos atuais podemos ver documentários e programas de História com todas as cores possíveis e os efeitos de pesquisas permanentes, extremamente interessantes, mas sempre merecendo cuidados na interpretação do que dizem e escrevem.[2]

O cinema apareceu na nossa vida de diversas maneiras.

Apareceu e se transformou em hábito...

Nossa geração agora idosa teve pouquíssimas informações se comparadas às atuais. As pessoas idosas mostram conceitos e preconceitos consolidados. O envelhecimento é perigoso assim como a própria Educação formal dos jovens. São inevitáveis, a contaminação mútua e a intolerância se tornam evidentes.

Hostilidades são atitudes desinteligentes diante das fragilidades de todos os seres humano e da necessidade de aprendermos e nos educarmos adequadamente.

A situação das pessoas mais humildes é um exemplo mais do que evidente, afinal qualquer ser humano que adquire conhecimentos que lhe permitem um salário maior adquire valores que não quer perder.

As ilusões sobre virtudes e a demonização de tipos específicos de pessoas é especialmente objeto de filmes de grande sucesso. São muito raros os filmes que aprofundem a análise dos personagens, algo que talvez o cinema europeu tenha feito com mais eficácia, principalmente antes da contaminação da escola hollywoodiana, mais mercantil, menos introspectiva.

As guerras, oscilações entre ditaduras, monarquias, guerras, revoluções marcaram profundamente o cinema do Velho Continente antes da americanização fuleira dos anos cinquenta.  Vale registrar alguns para lembranças especiais 9 (Jean Renoir, s.d.), (Jean Renoir, s.d.), (Federico Fellini, s.d.), (Jacques Tati, s.d.), (Fernandel, s.d.) etc.).

Os cineastas que se revelam humanistas, responsáveis, honestos, sérios e fraternos marcam constelações maravilhosas, mas, naturalmente, são sensíveis a tudo o que formou suas maneiras de ser. Considerando a quantidade de filmes e a acessibilidade ao cinema um bom crítico da Sétima Arte precisa de dedicação muito acima da média para dominar um mundo apaixonante de arte e cultura.

Conservadores e mudancistas sentem o efeito mútuo de equívocos culturais. Onde a liberdade de expressão realmente existir o debate será permanente, como podemos ver em muitos países europeus. Aliás, o prazer das conversas e textos alternativos, críticos é típico dos franceses, por exemplo.

O processo é dialético e darwiniano.  Até onde e o que será o futuro torna-se incerto diante de recursos mais e mais eficazes de mútua destruição maldosa e lavagem cerebral.

As dúvidas são imensas, precisam ser estudadas e ganharem a forma de propostas a favor da Humanidade.

A grande competição entre produtores de filmes ganhou força com premiações nacionais e internacionais dos melhores filmes., produtores, artistas etc. (Lista de prêmios de cinema, s.d.).

O Oscar parece ser o mais prestigiado e não foi sem razão. Venceu resistências e agora é referência mundial.

A lista para o Oscar 1935 apresentava três indicadas: Claudette Colbert (It Happened One Night), Grace Moore (One Night of Love) e Norma Shearer (The Barretts of Wimpole Street). A ausência de Davis logo viraria pauta para um enorme circo midiático: jornais e revistas queriam saber o motivo pelo esnobe, e diretores da Academia recusavam falar. Até que a falta de diálogo e a falta de transparência sobre o processo de nomeação – característica dos anos iniciais do Oscar – acabaram com a paciência do Sindicato dos Atores, que ordenou que todos seus filiados com vínculo na Academia colocassem um ponto final na relação, solicitando cópias das cartas de desligamento e boicote da comunidade artística na cerimônia de entrega de prêmios.

 

Dalenogare Neto, Waldemar. Histórias do Oscar: Os anos iniciais (p. 10). Edição do Kindle.

A história do cinema é, agora, parte da História da Humanidade pois se tornou causa e efeitos da existência humana.

Começou efetivamente no século 20 e não parou de conquistar as mentes de nossa civilização.[3]

A acessibilidade gerou muitos desafios, entre eles as legendas e traduções. Legendas, traduções, audiodescrição, língua de sinais e combinações desses recursos são essenciais à inclusão de pessoas com deficiência(s) e já acontecem em alguns cinemas e filmes.

“Pessoa com deficiência passou a ser a expressão adotada contemporaneamente pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2006, para designar esse grupo social. Em oposição à expressão ‘pessoa portadora’, pessoa com deficiência demonstra que a deficiência faz parte do corpo e, principalmente, humaniza a denominação. Ser pessoa com deficiência é, antes de tudo, ser pessoa humana. É também uma tentativa de diminuir o estigma causado pela deficiência.” Lanna Júnior, 2010.

 

Peregrino, Joana. ACESSIBILIDADE PARA TELEVISÃO E CINEMA (p. 5). Edição do Kindle.

 

A classificação dos filmes mostra a abrangência desse recurso de educação, comunicação, informação, lazer etc.[4]

A Ciência, Técnicas e Tecnologias avançam celeremente para o futuro.

Nossos jovens deverão estar preparados para aproveitar esse imenso potencial ou para o pior, se muitas tragédias e brutalidades acontecerem.

 

colaboradores da Wikipédia. (s.d.). Walter Elias Disney. Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.: https://pt.wikipedia.org/wiki/Walt_Disney

Federico Fellini. (s.d.). Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.: https://pt.wikipedia.org/wiki/Federico_Fellini

Fernandel. (s.d.). Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.: https://pt.wikipedia.org/wiki/Fernandel

Jacques Tati. (s.d.). Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jacques_Tati

Jean Renoir. (s.d.). Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Renoir

Jean Renoir. (s.d.). Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Renoir

Lista de prêmios de cinema. (s.d.). Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pr%C3%AAmios_de_cinema

 

João Carlos Cascaes

Curitiba, 26 de novembro de 2021


 



Em 1914 nasceu Charlot, em imagens de uma sétima arte que na América terminava uma prolongada infância de vinte anos já: uma personagem que dela seria emblema e, na cultura ocidental, último mito. Na cultura — ou da cultura? Finjo hesitar, por retórica, mas é dela, da nossa cultura, que temos que falar, por entendimento da História, e sacrifício nosso, no coração do século xx que Charles Chaplin preencheu — com Picasso, e mais ninguém, em artes de criação. Assim se disse à sua morte, quatro anos depois da do Outro — que não «faltava morrer mais ninguém, dos sagrados monstros do nosso século». Charlot ou Charles Chaplin, criatura e criador confundidos, que o Mito, como foi dito também, a si próprio se fez, self-made, que foi explicado, no momento exato da sua perfeição, ao encarnar-se, sacrificado, em Monsieur Verdoux. Também dito, por isso, «Santo Verdoux, Monsieur». Levado à guilhotina, já não à cruz do Salvador…

 

França, José Augusto. O Essencial sobre Charles Chaplin . INCM. Edição do Kindle.

[2] Não esqueço do primeiro filme com minha mãe e a Sônia Maria. Era um farvestão daquela época em que o mocinho a cavalo fugia de índios. Hollywood tinha um estoque imenso deles. U olhava para a tela e os índios a cavalo correndo atrás do mocinho. Minha mãe torcia. Incomodado com a correria que não acabava peguei a Sônia e de mãos dadas andamos pelo cinema. E os índios não matavam o mocinho nem vice-versa.

Legal era o revólver do Tom Mix, se não me engano, a munição não acabava...

E em casa a garagem de madeira quando não guardava um Ford de bigode ou cavanhaque era espaço para brincar, principalmente quando tinha areia amontoada. Passava o dia trinando minha vocação de urbanista. Para ampliar a cidade saia com uma pequena enxada fazendo rua pelo grande quintal. Ficava “mordido” quando minha mãe chegando em casa (ela trabalhava com meu pai quando ele precisava) e me dava uma bronca pelo que fizera.

Brincar de mocinho e bandido era rotina. Aos poucos virei estrategista, deixava a mana de chamariz e quando todos acreditavam que a tinham liquidado eu chegava e gritava “Coming boy (ou algo parecido que imitávamos do cinema)”, “bam bam bam..” matei vocês, “mãos ao alto” etc.

 

 

[3] O cinema se espalhou com muita rapidez por todo o planeta, registrando-se projeções pioneiras em locais distantes da Europa, como África do Sul, Egito, Brasil, Argentina, México, Guatemala, China e Austrália já em 1896; Cuba, Peru, Tailândia e Japão em 1897, além de Indonésia, Senegal e Coreia em 1900. Nos primeiros momentos do século 20, o cinema estava inventado e difundido mundialmente como técnica, mas não como linguagem, já que os primeiros filmes pouco diferiam de meros cartões-postais em movimento, com cerca de 50 segundos de duração. Num primeiro momento, os cinegrafistas de Lumière limitaram-se a fixar a câmera em algum lugar supostamente interessante, a apontar as lentes para algo que se movia e a rodar a manivela. Plano único, sem cortes.

 

Sabadin, Celso. A história do cinema para quem tem pressa (Série Para quem Tem Pressa) (pp. 20-21). Editora Valentina. Edição do Kindle.

[4] gêneros cinematográficos, que são formas utilizadas para se distinguir os variados tipos de filmes, numa classificação derivada dos estudos literários, e serve como instrumento útil para a análise do cinema.[1]

Normalmente utilizados para fins de categorização comercial. Nos últimos tempos têm-se vindo a abandonar a divisão dos filmes por gêneros.

Ação,  Aventura, Cinema de arte, Chanchada, Comédia, Comédia de ação, Comédia de terror, Comédia dramática, Comédia romântica, Dança, Documentário, Docuficção, Drama, Espionagem, Faroeste, Fantasia, Fantasia científica, Ficção científica, Filmes com truques, Filmes de guerra. Mistério, Musical, , Filme policial, Romance, Terror, Thriller

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