sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Ciências e Religiões

 Ciências Exatas

 

O desenvolvimento técnico da Humanidade encontrou a partir de seu alvorecer mais consistente bases sólidas nos conhecimentos que entendemos como Ciências Exatas[1].

A Ciência[2]  sempre foi confrontada pelos negacionistas, religiosos, crentes em seitas exotéricas etc. Isso acontece agora com a Pandemia Covid 19, o que agravou substancialmente uma praga que a Humanidade poderia ter controlado melhor, mas milenaristas[3] e pessoas contrárias à Ciência sabotam cotidianamente.

Certezas absolutas atrasaram e impediram o conhecimento humano de evoluir no Mundo Ocidental durante toda a sua existência até o ressurgimento da liberdade de pensamento. a ascensão da Santa Madre Igreja Católica como poder de estado foi extremamente prejudicial à Humanidade e fonte de inúmeros convicções absurdas (até hoje).

O fundamentalismo religioso pode renascer com força política[4], isso é assustador.

Felizmente as Ciências Exatas são mais difíceis de contestar (mas de difícil compreensão por pessoas ignorantes), afinal elas são a base de fabricação e utilização de armamentos que todos precisam para se matar.

Minha vocação sempre foi difusa, assim a Engenharia tornou-se opção de formação superior pela vontade de meu pai, eletricista que não concluiu seu curso, suponho ou, mais provavelmente, passou dois anos em São Paulo na gandaia.

Sua frustração com certeza se fortaleceu com o questionamento de sua carteirinha do CREA que finalmente consolidou nas barras dos tribunais enfrentando um engenheiro que na frente do juiz não quis discutir os conhecimentos do meu pai sobre eletricidade.

Fazendo cursinho em São Paulo realmente comecei a gostar das Ciências exatas, pois professores excelentes, museus e o Planetário abriram minha cabeça.

Entendo agora bem o atraso tecnológico brasileiro...

Após meu curso de Engenharia em Itajubá e Mestrado em Florianópolis e no curso da vida profissional adquiri conhecimentos valiosos que somados a outros agora me dão a oportunidade de pretender dar conselhos.

É maravilhoso ver e entender o trabalho de cientistas em todas as áreas do conhecimento humano. pessoas apaixonadas pela Ciência trabalham, por exemplo, no Saara. Um excelente documentário dos efeitos do movimento de precessão da Terra o que dá informações preciosíssimos sobre as migrações humanas e os efeitos das grandes mudanças climáticas, ou seja, mostra do que como a Ciência instrumentaliza a Humanidade afastando-a de afirmações criadas pelas interpretações literais da Bíblia, um livro que mistura lendas e informações reais da história do povo hebreu[5].

religião é assunto de foro íntimo, mas pretender impor seus conceitos tem sido trágico para a Humanidade[6].



[1] Ciências Exatas são as ciências que têm a Matemática, a Química e a Física como peças fundamentais dos seus estudos.Além das 3 áreas básicas e todas as suas subdivisões, tais como Física Quântica e Físico-Química, entre as ciências que também são consideradas exatas temos: Astronomia, Estatística, Ciência da Computação e Arquitetura. A principal característica das carreiras e dos profissionais da área de exatas é o Raciocínio Lógico.As Ciências Exatas estão entre as mais antigas. Desde a antiguidade, o homem utiliza a Matemática para resolver seus problemas e moldar da melhor maneira a sociedade.Foram as Ciências Exatas que proporcionaram que os antigos egípcios construíssem as pirâmides, que os gregos erguessem suas acrópoles e monumentos e também que o homem realizasse a viagem espacial até a lua no século 20. https://www.guiadacarreira.com.br/cursos/ciencias-exatas/

 

[2] Ciência (do latim scientia,[1] traduzido por "conhecimento")[2] refere-se a qualquer conhecimento ou prática sistemáticos. Em sentido estrito, ciência refere-se ao sistema de adquirir conhecimento baseado no método científico bem como ao corpo organizado de conhecimento conseguido através de tais pesquisas.[Ref. 1]

Este artigo foca o sentido mais estrito da palavra. Embora as duas estejam fortemente interconectadas, a ciência tal como enfatizada neste artigo é muitas vezes referida como ciência experimental a fim de diferenciá-la da ciência aplicada, que é a aplicação da pesquisa científica a necessidades humanas específicas.

A ciência é o esforço para descobrir e aumentar o conhecimento humano de como o Universo funciona. Refere-se tanto à (ao):

·        investigação ou estudo racionais do Universo, direcionados à descoberta de fatos compulsoriamente atreladas e restritas à Realidade Universal. Tal estudo ou investigação é metódico e compulsoriamente realizado em acordo com o método científico — um processo de avaliar o conhecimento empírico —;

·        corpo organizado de conhecimentos adquiridos por tais estudos e pesquisas.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia

 

[3] Milenarismo ou milenarianismo (do latim mīllēnārius "contendo mil"), é a crença de um grupo ou movimento religioso, social ou político em uma transformação fundamental da sociedade, após a qual "todas as coisas serão mudadas".[1] O milenarismo existe em várias culturas e religiões em todo o mundo, com várias interpretações do que constitui uma transformação.[2]

Os movimentos milenaristas podem ser seculares (não defendendo uma religião em particular) ou religiosos por natureza.[3]

https://pt.wikipedia.org/wiki/Milenarismo

[4] Em novembro de 2006 um novo “Centro para Investigação” teve sua coletiva de imprensa inaugural em Washington, D.C. Sua meta? “Promover e defender a razão, a ciência e a liberdade de investigação em todas as áreas do empreendimento humano”. Isto foi visto como necessário por causa do “ressurgimento de religiões fundamentalistas em toda a nação, e sua aliança com movimentos político-ideológicos para bloquear a ciência”. Proeminentes cientistas assinaram uma declaração lamentando a “persistência de crenças paranormais e ocultas” e um “recuo ao misticismo”. Sua crítica era que políticas públicas deveriam ser moldadas por valores seculares e que a ciência e o secularismo são “inseparavelmente unidos”.[ 466 ] Se assim o são, e se Richard Dawkins (n. 1941) está correto em ver a existência de Deus como uma hipótese “científica” vulnerável, parece razoável afirmar que o progresso científico tem sido a principal causa da secularização. Esta alegação, porém, pertence a uma categoria de propostas “obviamente verdadeiras” que, ao se examinar de perto, são enormemente falsas.[ 467 ]

Numbers, Ronald L.. Terra Plana, Galileu na prisão e outros mitos sobre ciência e religião (p. 281). Thomas Nelson Brasil. Edição do Kindle.

[5] no seu cerne cinco pressupostos básicos: 1º. A identificação do cristianismo como a única e verdadeira religião, em oposição a todas as demais, lidas como falsas e/ou simples expressões do primitivo pensamento mágico; 2º. Concomitantemente, o processo de laicização da esfera pública, com seu forte apelo à ciência, encontrava terreno fértil. Vê-se aí, não só pelo seu modelo de explicação e análise, as teses darwinistas, que se colocavam fortemente em oposição ao criacionismo bíblico (Scott, 2004: 74,81-82 – ver Quadro II), ganharem enorme aderência nos ambientes intelectuais e acadêmicos (Scott, 2004: 91); Quadro II. Duas Diferentes Percepções sobre a Formação do Universo. Criacionistas Evolucionistas Ele se formou repentinamente Ele seria o resultado de um longo processo Sua origem é recente Sua origem é muito antiga Ele é imutável Ele é mutável 3º. A superioridade do europeu em face aos demais grupos humanos. No bojo dessa percepção racista, valores eugênicos eram reforçados, a fim de se manter a pureza racial europeia. Neste ponto, em particular, Scott (2004: 93) chama atenção para o fato de o militarismo alemão e teorias de superioridade racial e eugênica terem sido lidas pelos cristãos americanos conservadores como estando diretamente relacionados à aceitação da evolução pelos alemães no final do século XIX. Na realidade, porém, as visões alemãs de evolução14 eram muito diferentes daquelas de Darwin (ver Quadro III): Quadro III. Evolução na Visão de Alemães e de Darwin. Alemães Darwin Rejeitavam a seleção natural como um mecanismo de mudança biológica e social A seleção natural como um mecanismo de mudança biológica e social Opunham-se à evolução, por meio da seleção natural, pois ela rompia com a inevitabilidade do triunfo teutônico Evolução pela seleção natural implode qualquer ideia de triunfo racial

 

Chevitarese, André Leonardo ; Cavalcanti, Juliana ; Dusilek, Sérgio ; Louise de Maria, Tayná. Fundamentalismo Religioso Cristão : Olhares Transdisciplinares (pp. 21-22). Kliné Editora. Edição do Kindle.

[6] Conclusão

  O que pode ser aprendido sobre a Inquisição que pode ajudar a impedir que tal evento ocorra novamente? Certamente, na sociedade moderna, há pouco espaço para tal organização. No entanto, o velho provérbio de que a história se repete provou ser bastante verdadeiro. Em sua essência, a Inquisição e o período em que prosperou foram fundados no medo - medo do desconhecido e medo do que era diferente. Esse medo foi acelerado em seu caminho destrutivo por grandes eventos que criaram o ambiente perfeito para um corpo persecutório como a Inquisição prosperar. A Peste Negra já havia aleijado todos os aspectos da vida europeia entre as primeiras Inquisições Episcopal e Papal e as que se seguiram. Conflitos como a Guerra dos Cem Anos entre a Inglaterra e a França colocaram grande parte da Europa ocidental de joelhos. Enquanto isso, a Reforma Protestante engolfou toda a Alemanha em uma luta pelo poder entre o Estado e a Igreja. Embora isso tenha se espalhado para praticamente todos os cantos da Europa, a Pequena Idade do Gelo condenou as colheitas. Um público infeliz combinado com monarcas e aristocratas que temem perder seu poder pode resultar em uma mistura desastrosa. O vizinho se transformaria em vizinho de confiança. Quando as coisas pioraram, as pessoas procuraram um bode expiatório, alguém para culpar.

Schwartz, Joan. A Inquisição: Perseguição, Tortura e Morte (p. 35). Book Brothers. Edição do Kindle.

domingo, 19 de dezembro de 2021

Afinal, o que é política


O povo brasileiro vive sob uma democracia institucionalizada, organizada e regulada apesar dos casuísmos.

A democracia começou de forma longínqua e de maneira mais consistente na Grécia antiga e desde aqueles tempos sofreu reveses e avanços importantes.

Seus maiores inimigos surgiram dentro do espaço de tolerância democrática, felizmente perderam guerras e revoluções.

A evolução acelera-se emponderando gerações sobre gerações[1] de seres humanos.

Muitos países vivem gerontocracias, outros ainda teocracias, monarquias, sistemas totalitários e ditatoriais.

Parte significativa da Humanidade atingiu padrões democráticos onde a Política é arte de extremo valor.

Vale, contudo, insistir: a política[2] é o efeito dialético de nossos instintos e elementos circunstanciais na luta pelo poder.

O exercício do poder e sua conquista são processos notórios que os darwinistas mostram nas razões da evolução da vida sobre a Terra. A Dialética, ciência mais refinada, pressupõe a estratégia de conflitos assim como a História documenta os que aconteceu em todos os âmbitos da vida Humana.

No Brasil vimos, graças às operações dos Ministérios Públicos e Poder Judiciário a importância dos marketeiros. Profissionais de altíssimo nível acabaram se enredando nos meandros das conveniências políticas.  

O eleitor brasileiro viveu um jejum democrático que agora aparece na maneira de ser de eleitores talvez despreparados para suas decisões em dias de eleições.

A reponsabilidade do eleitor[3], contudo, existe e é grande.

O Marketing Político[4] moderno assim como aconteceu em processos tão odiosos quanto a promoção e ascensão do Nazifascismo é uma ciência perigosa ou necessária, tudo dependendo de quem e como seus profissionais agem.

Sistemas de lavagem de dinheiro e paraísos fiscais viabilizam discretamente formas de pirataria monumentais.

Enfim, uma cultura enraizada de “favores ilícitos” e propinas[5] tornam o Brasil um terreno fácil de enriquecimento ilícito de põe em risco nossa democracia.

O político reflete o povo que representa e assim :

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Cerca de 26 frases e pensamentos: Povo tem o Governo que Merece

"um povo ignorante merece o governo que tem"

Rev. Antonio Francisco Bezerra Filho

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Cada povo tem o governo que merece.

Joseph Maistre

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Por escolha ou omissão, o povo tem o governo que merece.

Rachel Sheherazade

fonte: https://www.pensador.com/povo_tem_o_governo_que_merece/



[1] Contudo, a substituição do governo pela educação teve consequências do maior alcance. Com base nela, governantes têm passado por educadores e educadores têm sido acusados de governar. Nada é mais questionável, então como hoje em dia, do que a significação política de exemplos retirados do campo da educação. No âmbito político tratamos unicamente com adultos que ultrapassaram a idade da educação propriamente dita, e a política, ou o direito de participar da condução dos negócios públicos, começa precisamente onde termina a educação. (A educação adulta, individual ou comunal, pode ser de grande importância para a formação da personalidade, para seu pleno desenvolvimento ou maior enriquecimento, mas é politicamente irrelevante, a menos que seja seu propósito proporcionar requisitos técnicos, de algum modo não adquiridos na juventude, necessários à participação nos problemas públicos.) Reciprocamente, em educação lidamos sempre com pessoas que não podem ainda ser admitidas na política e na igualdade, por estarem sendo preparadas para elas. O exemplo de Aristóteles é todavia de grande importância, dado que é fato ser a necessidade de “autoridade” mais plausível e evidente na criação e educação de crianças do que em qualquer outra parte. Eis por que é tão característico de nossa era querer erradicar até mesmo essa extremamente limitada e

 

Arendt, Hannah. Entre o passado e o futuro (Debates) (p. 132). Editora Perspectiva S/A. Edição do Kindle.

[2] o que é política? Vamos partir de uma premissa básica: não é preciso ser político para participar da política. “Política” tem a ver com o modo como nos organizamos enquanto sociedade — uma noção que está embutida na própria palavra. “Pólis” é um termo grego que significa “cidade”. Em sua acepção original, a palavra se referia tanto ao espaço central da cidade-Estado grega, onde estavam instaladas as instituições políticas e administrativas, quanto ao corpo de cidadãos de determinada cidade. De forma simplificada, podemos dizer que em sua origem a palavra “política” englobava tanto a política institucionalizada — hoje associada a parlamentos, partidos, ministérios etc. — quanto a política cotidiana, que abrange todos os cidadãos da pólis. Desde os primórdios, então, a ideia de política esteve ligada às habilidades e práticas de tomada de decisões e de administração de determinado território, bem como às dinâmicas de discussão, negociação, formação de opinião e conflitos inerentes aos indivíduos que vivem em sociedade. Assim, a política se relaciona à arte do

 

Prioli, Gabriela. Política é para todos (p. 7). Companhia das Letras. Edição do Kindle.

[3] não existe uma política desvencilhada dos cidadãos e nem uma classe política que não reflete a sociedade. O brasileiro tem que entender o seu papel neste sistema e assumir a responsabilidade que sempre foi sua,

de Mattos, Alessandro Nicoli. O Livro Urgente da Política Brasileira, 4a Edição: Um guia para entender a política e o Estado no Brasil (p. 313). Edição do Kindle.

[4] Propaganda política, é um segmento dentro da comunicação voltado para o ambiente político, mais especificamente no cenário eleitoral, visando estreitar a relação de expectativa de um determinado grupo de pessoas em relação às questões que envolvem seu cotidiano e a materialização da mesma em um candidato, um governo, um partido ou um grupo político. Em síntese, refere-se às técnicas que visam tornar um candidato a cargo público conhecido e aceito no período eleitoral, através de suas propostas e projetos, usando do estudo de mercado, utilizado para segmentar grupos sociais, desejos e anseios do eleitorado, desenvolvendo sintonia entre aquilo que o político propõe fazer e o que seu público-alvo espera, ou seja, o uso do Marketing para fins eleitorais. A Propaganda Política é uma das ferramentas de comunicação utilizadas em uma estratégia de Marketing Político e/ou Eleitoral. O Nazismo alegou que foi a propaganda política que facilitou a ocupação estrangeira e a República de Weimar.

fonte Wikipédia

[5] Nos anais da história da corrupção no Brasil ficou famosa a frase atribuída a uma alta autoridade colonial, o coronel de infantaria Luís Vahia Monteiro, governador do Rio de Janeiro de 1725 a 1732. Em carta ao rei dom João v, teria dito: “Senhor, nesta terra todos roubam, só eu não roubo”.[2]

Gomes, Laurentino. Escravidão – Volume II: Da corrida do ouro em Minas Gerais até a chegada da corte de dom João ao Brasil (p. 113). Globo Livros. Edição do Kindle.

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

A ARTE DA ALEGRIA

 

A arte da alegria

 

A VIDA SAO DOIS DIAS Dez segredos que o ajudarão a viver melhor e a prevenir a depressão Aproveite a vida e aprenda a ser feliz. Introdução  Acordar todos os dias de manha e pensar que a vida não faz sentido é o pensamento de milhares de pessoas neste mundo, há aqueles dias péssimos em que acordamos e nem nos apetece sair da cama, começamos logo a imaginar como vai ser o nosso dia e não nos agrada nada. Muitas vezes estamos em baixo e por muitos amigos que tenhamos e muito familiares que nos queiram apoiar, nós nos sentimos sempre sozinhos, andamos sempre a chorar sem motivos e a querer ficar por ai num canto isolados. Estes são alguns dos sintomas da depressão, que é uma doença que afecta 20% da população portuguesa, e principalmente as mulheres, mas infelizmente muitos nem sabem bem identificar os sintomas e por isso vão ao médico já quando a doença está num estado muito avançado. Uma depressão que anda muito tempo sem ser curada traz mazelas muito grandes para o resto das nossas

 

Cardoso, M.B.. Aprenda a ser feliz . Unknown. Edição do Kindle.

Aprendi a arte da alegria, da piada, da descontração do riso, de enfrentar a vida com mais prazer na infância. A família de minha mãe era impagável, fazendo artes sempre que possível. Isso se fortaleceu com os tios que ganhei com os casamentos das irmãs de minha mãe.

Em São Paulo, no quarto andar do prédio do cursinho, o intervalo era dedicado a jogar pedaços de giz em quem passasse em baixo, na calçada, Rua Conde Sarzedas. aí tivemos uma experiência didática, não mexa com militares. um passou e o quepe ficou pontilhado de giz. Ele subiu de arma em punho...

Mais tarde em Itajubá convivi com pessoas alegres, especialistas em pegadinhas, tendo o riso como uma forma de passar o tempo. Na República de estudantes, Edifício Issa, tudo isso se consolidou com o “Bilu”, os Sargentos Souza, Maia, Lira,  etc.

Lá fazer paródias das músicas da época ganhou força. Difícil era não cantar assim em lufares indevidos. Um dos colegas era mais quadrado, tornou-se vítima da turma. outro não admitia tirar a roupa na frente dos outros, baixamos a calça dele em dois, um dando um terno e forte abraço e o outro fazendo a sacanagem...

Sofri também, assim passei uma noite sem deixar o pessoal dormir, concordamos em jogar baralho e viajei para Blumenau com dois pares de roupa para três meses.

Ou seja, em Itajubá senti o imenso prazer de encontrar pessoas que sabiam fazer pegadinhas, assim como falar e agir com extrema seriedade quando necessário.

Tudo a favor do bom humor que perdi durante alguns anos a partir da década de noventa após minha saída da Copel. Isso durou até descobrir que a raiva crescente que sentia inexplicavelmente poderia ser evitada. Um simples calmante fez toda a diferença.

Na Copel alguns colegas eram especialistas em trotes. Até o anúncio de venda de um carro novo pela metade do preço foi feito em jornal. A vítimna quase apanhou dos primeiros da fila que se formou na rua Voluntários da Pátria. logo ele descobriu como não morrer, informando que “já tinha vendido o carro dele”.

A parte melhor foi a convivência com as filhas e meu filho; em casa com as crianças o prazer de ver filmes infantis, dividir gibis, ver comédias e cultivar plantas, aquarismo, cuidar dos passarinhos e as férias deliciosas com o time e minha esposa, parceira permanente de momentos fáceis e difíceis.

Eram horas maravilhosas, quando podia, eventualmente, estar com elas.

Mas os gibis eram uma rotina gostosa assim como os desenhos animados. Tempos sem celular e PC a gente dividia em frente à televisão. Nas férias as longas estadas com nossos pais e avós, tias e tios...

As histórias em quadrinho estiveram na nossa vida pretérita ao casamento em uma infância e juventude gostosa.

Assim desde a criatividade de Walt Disney até nossos humoristas modernos passamos milhares de horas rindo.

Personagens criados por Walt Disney, Maurício de Sousa, os Trapalhões, Praça da Alegria e muitos mais até hoje divertem os brasileirinhos e brasileirinhas e seus pais e avós.

Após o nascimento das crianças os desafios de trabalhar, militância social e política, estudar e educar encontravam descanso na imensa alegria de estar com os filhos e saber que aproveitavam oportunidades para rir, brincar e aprender.

A alegria assim como a tristeza são contaminantes (As 6 emoções básicas: características e funções, 2018).

Agora idosos chegamos ao tempo de maior cautela.  Tempos de fragilidade emocional e da saúde precisamos administrar visitas, comparecimentos a velórios (por exemplo), evitar ambientes pesados.

Mas a alegria, sempre que possível, deve ser cultivada, externada, vivenciada. É o melhor remédio para a velhice.

A alegria traz em si um poder que nos impulsiona, nos invade, nos faz experimentar a plenitude. A alegria é uma afirmação da vida. Manifestação da nossa potência vital, ela é o meio que temos de apalpar a força de existir, de saboreá-la. Nada nos torna mais vivos que a experiência da alegria. Mas podemos fazê-la emergir? Domá-la? Cultivá-la? Será que podemos formular hoje uma sabedoria fundamentada no poder da alegria?

 

Lenoir, Frédéric. O poder da alegria (p. 6). Objetiva. Edição do Kindle.

 

 

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

O Cinema

 

Cinema

 

A Sétima Arte revolucionou a Humanidade, fazendo e desfazendo comportamentos. Deveríamos pensar, nesses tempos de comunicação quase instantânea, o que seria a Humanidade sem cinemas, cineminhas, documentários, comédias, tragédias etc. que nossa geração mais velha não perdia nas matinées.

Para minha geração os desenhos animados na minha infância eram um prêmio divertidíssimo. Walt Disney (Walter Elias Disney, s.d.) fez parte da história de crianças e adultos e ainda realiza muito graças a suas empresas espalhadas pelo mundo.

Charles Chaplin foi um artista completo.[1]

 

Vale lembrar um pouco dessa história:

Empenhados em projetar os filmes de Edison, os irmãos Lumière construíram, em 1894, seu primeiro projetor e, em 13 de fevereiro de 1895, patentearam o “Cinematógrafo”, fazendo, em 28 de dezembro do mesmo ano, em Paris, a primeira exibição com entrada paga.  A primeira projeção de um filme em Nova York, entretanto, aconteceu em 1896, graças a um aparelho que a sociedade Edison patenteou, o “Vitascope”, que nada mais era do que o equivalente americano do “Cinematógrafo” Edison, para alguns, ficou conhecido como o inventor do cinema, mas a verdade é que WILLIAM DICKSON, um escocês

 

BARBOZA, NELSON ALVES . CINEMA - ARTE, CULTURA, HISTÓRIA . NELSON ALVES BARBOZA. Edição do Kindle.

Ou seja, há pouco mais de um século as primeiras filmagens e projeções começaram a dar empurrões na vida dos seres humanos.

Com o desenvolvimento técnico os filmes a princípio curtos e mudos ganharam maior potencial. A popularidade do cinema o transformou em instrumento de engajamento político. Na Europa as duas Guerras Mundiais e revoluções foram instrumentos ideológicos que, pelas vartiações que aquele continente sofreu, alternaram-se entre direita e esquerda até entrarem em padrões americanos. De comédias a dramas o cinema europeu mostrou períodos fascinantes.

A História é permanentemente reescrita.

Na história formal a Ideologia oficial mais as religiões comprometem a qualidade dos livros e outros meios de comunicação. Em tempos atuais podemos ver documentários e programas de História com todas as cores possíveis e os efeitos de pesquisas permanentes, extremamente interessantes, mas sempre merecendo cuidados na interpretação do que dizem e escrevem.[2]

O cinema apareceu na nossa vida de diversas maneiras.

Apareceu e se transformou em hábito...

Nossa geração agora idosa teve pouquíssimas informações se comparadas às atuais. As pessoas idosas mostram conceitos e preconceitos consolidados. O envelhecimento é perigoso assim como a própria Educação formal dos jovens. São inevitáveis, a contaminação mútua e a intolerância se tornam evidentes.

Hostilidades são atitudes desinteligentes diante das fragilidades de todos os seres humano e da necessidade de aprendermos e nos educarmos adequadamente.

A situação das pessoas mais humildes é um exemplo mais do que evidente, afinal qualquer ser humano que adquire conhecimentos que lhe permitem um salário maior adquire valores que não quer perder.

As ilusões sobre virtudes e a demonização de tipos específicos de pessoas é especialmente objeto de filmes de grande sucesso. São muito raros os filmes que aprofundem a análise dos personagens, algo que talvez o cinema europeu tenha feito com mais eficácia, principalmente antes da contaminação da escola hollywoodiana, mais mercantil, menos introspectiva.

As guerras, oscilações entre ditaduras, monarquias, guerras, revoluções marcaram profundamente o cinema do Velho Continente antes da americanização fuleira dos anos cinquenta.  Vale registrar alguns para lembranças especiais 9 (Jean Renoir, s.d.), (Jean Renoir, s.d.), (Federico Fellini, s.d.), (Jacques Tati, s.d.), (Fernandel, s.d.) etc.).

Os cineastas que se revelam humanistas, responsáveis, honestos, sérios e fraternos marcam constelações maravilhosas, mas, naturalmente, são sensíveis a tudo o que formou suas maneiras de ser. Considerando a quantidade de filmes e a acessibilidade ao cinema um bom crítico da Sétima Arte precisa de dedicação muito acima da média para dominar um mundo apaixonante de arte e cultura.

Conservadores e mudancistas sentem o efeito mútuo de equívocos culturais. Onde a liberdade de expressão realmente existir o debate será permanente, como podemos ver em muitos países europeus. Aliás, o prazer das conversas e textos alternativos, críticos é típico dos franceses, por exemplo.

O processo é dialético e darwiniano.  Até onde e o que será o futuro torna-se incerto diante de recursos mais e mais eficazes de mútua destruição maldosa e lavagem cerebral.

As dúvidas são imensas, precisam ser estudadas e ganharem a forma de propostas a favor da Humanidade.

A grande competição entre produtores de filmes ganhou força com premiações nacionais e internacionais dos melhores filmes., produtores, artistas etc. (Lista de prêmios de cinema, s.d.).

O Oscar parece ser o mais prestigiado e não foi sem razão. Venceu resistências e agora é referência mundial.

A lista para o Oscar 1935 apresentava três indicadas: Claudette Colbert (It Happened One Night), Grace Moore (One Night of Love) e Norma Shearer (The Barretts of Wimpole Street). A ausência de Davis logo viraria pauta para um enorme circo midiático: jornais e revistas queriam saber o motivo pelo esnobe, e diretores da Academia recusavam falar. Até que a falta de diálogo e a falta de transparência sobre o processo de nomeação – característica dos anos iniciais do Oscar – acabaram com a paciência do Sindicato dos Atores, que ordenou que todos seus filiados com vínculo na Academia colocassem um ponto final na relação, solicitando cópias das cartas de desligamento e boicote da comunidade artística na cerimônia de entrega de prêmios.

 

Dalenogare Neto, Waldemar. Histórias do Oscar: Os anos iniciais (p. 10). Edição do Kindle.

A história do cinema é, agora, parte da História da Humanidade pois se tornou causa e efeitos da existência humana.

Começou efetivamente no século 20 e não parou de conquistar as mentes de nossa civilização.[3]

A acessibilidade gerou muitos desafios, entre eles as legendas e traduções. Legendas, traduções, audiodescrição, língua de sinais e combinações desses recursos são essenciais à inclusão de pessoas com deficiência(s) e já acontecem em alguns cinemas e filmes.

“Pessoa com deficiência passou a ser a expressão adotada contemporaneamente pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2006, para designar esse grupo social. Em oposição à expressão ‘pessoa portadora’, pessoa com deficiência demonstra que a deficiência faz parte do corpo e, principalmente, humaniza a denominação. Ser pessoa com deficiência é, antes de tudo, ser pessoa humana. É também uma tentativa de diminuir o estigma causado pela deficiência.” Lanna Júnior, 2010.

 

Peregrino, Joana. ACESSIBILIDADE PARA TELEVISÃO E CINEMA (p. 5). Edição do Kindle.

 

A classificação dos filmes mostra a abrangência desse recurso de educação, comunicação, informação, lazer etc.[4]

A Ciência, Técnicas e Tecnologias avançam celeremente para o futuro.

Nossos jovens deverão estar preparados para aproveitar esse imenso potencial ou para o pior, se muitas tragédias e brutalidades acontecerem.

 

colaboradores da Wikipédia. (s.d.). Walter Elias Disney. Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.: https://pt.wikipedia.org/wiki/Walt_Disney

Federico Fellini. (s.d.). Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.: https://pt.wikipedia.org/wiki/Federico_Fellini

Fernandel. (s.d.). Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.: https://pt.wikipedia.org/wiki/Fernandel

Jacques Tati. (s.d.). Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jacques_Tati

Jean Renoir. (s.d.). Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Renoir

Jean Renoir. (s.d.). Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Renoir

Lista de prêmios de cinema. (s.d.). Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pr%C3%AAmios_de_cinema

 

João Carlos Cascaes

Curitiba, 26 de novembro de 2021


 



Em 1914 nasceu Charlot, em imagens de uma sétima arte que na América terminava uma prolongada infância de vinte anos já: uma personagem que dela seria emblema e, na cultura ocidental, último mito. Na cultura — ou da cultura? Finjo hesitar, por retórica, mas é dela, da nossa cultura, que temos que falar, por entendimento da História, e sacrifício nosso, no coração do século xx que Charles Chaplin preencheu — com Picasso, e mais ninguém, em artes de criação. Assim se disse à sua morte, quatro anos depois da do Outro — que não «faltava morrer mais ninguém, dos sagrados monstros do nosso século». Charlot ou Charles Chaplin, criatura e criador confundidos, que o Mito, como foi dito também, a si próprio se fez, self-made, que foi explicado, no momento exato da sua perfeição, ao encarnar-se, sacrificado, em Monsieur Verdoux. Também dito, por isso, «Santo Verdoux, Monsieur». Levado à guilhotina, já não à cruz do Salvador…

 

França, José Augusto. O Essencial sobre Charles Chaplin . INCM. Edição do Kindle.

[2] Não esqueço do primeiro filme com minha mãe e a Sônia Maria. Era um farvestão daquela época em que o mocinho a cavalo fugia de índios. Hollywood tinha um estoque imenso deles. U olhava para a tela e os índios a cavalo correndo atrás do mocinho. Minha mãe torcia. Incomodado com a correria que não acabava peguei a Sônia e de mãos dadas andamos pelo cinema. E os índios não matavam o mocinho nem vice-versa.

Legal era o revólver do Tom Mix, se não me engano, a munição não acabava...

E em casa a garagem de madeira quando não guardava um Ford de bigode ou cavanhaque era espaço para brincar, principalmente quando tinha areia amontoada. Passava o dia trinando minha vocação de urbanista. Para ampliar a cidade saia com uma pequena enxada fazendo rua pelo grande quintal. Ficava “mordido” quando minha mãe chegando em casa (ela trabalhava com meu pai quando ele precisava) e me dava uma bronca pelo que fizera.

Brincar de mocinho e bandido era rotina. Aos poucos virei estrategista, deixava a mana de chamariz e quando todos acreditavam que a tinham liquidado eu chegava e gritava “Coming boy (ou algo parecido que imitávamos do cinema)”, “bam bam bam..” matei vocês, “mãos ao alto” etc.

 

 

[3] O cinema se espalhou com muita rapidez por todo o planeta, registrando-se projeções pioneiras em locais distantes da Europa, como África do Sul, Egito, Brasil, Argentina, México, Guatemala, China e Austrália já em 1896; Cuba, Peru, Tailândia e Japão em 1897, além de Indonésia, Senegal e Coreia em 1900. Nos primeiros momentos do século 20, o cinema estava inventado e difundido mundialmente como técnica, mas não como linguagem, já que os primeiros filmes pouco diferiam de meros cartões-postais em movimento, com cerca de 50 segundos de duração. Num primeiro momento, os cinegrafistas de Lumière limitaram-se a fixar a câmera em algum lugar supostamente interessante, a apontar as lentes para algo que se movia e a rodar a manivela. Plano único, sem cortes.

 

Sabadin, Celso. A história do cinema para quem tem pressa (Série Para quem Tem Pressa) (pp. 20-21). Editora Valentina. Edição do Kindle.

[4] gêneros cinematográficos, que são formas utilizadas para se distinguir os variados tipos de filmes, numa classificação derivada dos estudos literários, e serve como instrumento útil para a análise do cinema.[1]

Normalmente utilizados para fins de categorização comercial. Nos últimos tempos têm-se vindo a abandonar a divisão dos filmes por gêneros.

Ação,  Aventura, Cinema de arte, Chanchada, Comédia, Comédia de ação, Comédia de terror, Comédia dramática, Comédia romântica, Dança, Documentário, Docuficção, Drama, Espionagem, Faroeste, Fantasia, Fantasia científica, Ficção científica, Filmes com truques, Filmes de guerra. Mistério, Musical, , Filme policial, Romance, Terror, Thriller

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