terça-feira, 14 de dezembro de 2021

A ARTE DA ALEGRIA

 

A arte da alegria

 

A VIDA SAO DOIS DIAS Dez segredos que o ajudarão a viver melhor e a prevenir a depressão Aproveite a vida e aprenda a ser feliz. Introdução  Acordar todos os dias de manha e pensar que a vida não faz sentido é o pensamento de milhares de pessoas neste mundo, há aqueles dias péssimos em que acordamos e nem nos apetece sair da cama, começamos logo a imaginar como vai ser o nosso dia e não nos agrada nada. Muitas vezes estamos em baixo e por muitos amigos que tenhamos e muito familiares que nos queiram apoiar, nós nos sentimos sempre sozinhos, andamos sempre a chorar sem motivos e a querer ficar por ai num canto isolados. Estes são alguns dos sintomas da depressão, que é uma doença que afecta 20% da população portuguesa, e principalmente as mulheres, mas infelizmente muitos nem sabem bem identificar os sintomas e por isso vão ao médico já quando a doença está num estado muito avançado. Uma depressão que anda muito tempo sem ser curada traz mazelas muito grandes para o resto das nossas

 

Cardoso, M.B.. Aprenda a ser feliz . Unknown. Edição do Kindle.

Aprendi a arte da alegria, da piada, da descontração do riso, de enfrentar a vida com mais prazer na infância. A família de minha mãe era impagável, fazendo artes sempre que possível. Isso se fortaleceu com os tios que ganhei com os casamentos das irmãs de minha mãe.

Em São Paulo, no quarto andar do prédio do cursinho, o intervalo era dedicado a jogar pedaços de giz em quem passasse em baixo, na calçada, Rua Conde Sarzedas. aí tivemos uma experiência didática, não mexa com militares. um passou e o quepe ficou pontilhado de giz. Ele subiu de arma em punho...

Mais tarde em Itajubá convivi com pessoas alegres, especialistas em pegadinhas, tendo o riso como uma forma de passar o tempo. Na República de estudantes, Edifício Issa, tudo isso se consolidou com o “Bilu”, os Sargentos Souza, Maia, Lira,  etc.

Lá fazer paródias das músicas da época ganhou força. Difícil era não cantar assim em lufares indevidos. Um dos colegas era mais quadrado, tornou-se vítima da turma. outro não admitia tirar a roupa na frente dos outros, baixamos a calça dele em dois, um dando um terno e forte abraço e o outro fazendo a sacanagem...

Sofri também, assim passei uma noite sem deixar o pessoal dormir, concordamos em jogar baralho e viajei para Blumenau com dois pares de roupa para três meses.

Ou seja, em Itajubá senti o imenso prazer de encontrar pessoas que sabiam fazer pegadinhas, assim como falar e agir com extrema seriedade quando necessário.

Tudo a favor do bom humor que perdi durante alguns anos a partir da década de noventa após minha saída da Copel. Isso durou até descobrir que a raiva crescente que sentia inexplicavelmente poderia ser evitada. Um simples calmante fez toda a diferença.

Na Copel alguns colegas eram especialistas em trotes. Até o anúncio de venda de um carro novo pela metade do preço foi feito em jornal. A vítimna quase apanhou dos primeiros da fila que se formou na rua Voluntários da Pátria. logo ele descobriu como não morrer, informando que “já tinha vendido o carro dele”.

A parte melhor foi a convivência com as filhas e meu filho; em casa com as crianças o prazer de ver filmes infantis, dividir gibis, ver comédias e cultivar plantas, aquarismo, cuidar dos passarinhos e as férias deliciosas com o time e minha esposa, parceira permanente de momentos fáceis e difíceis.

Eram horas maravilhosas, quando podia, eventualmente, estar com elas.

Mas os gibis eram uma rotina gostosa assim como os desenhos animados. Tempos sem celular e PC a gente dividia em frente à televisão. Nas férias as longas estadas com nossos pais e avós, tias e tios...

As histórias em quadrinho estiveram na nossa vida pretérita ao casamento em uma infância e juventude gostosa.

Assim desde a criatividade de Walt Disney até nossos humoristas modernos passamos milhares de horas rindo.

Personagens criados por Walt Disney, Maurício de Sousa, os Trapalhões, Praça da Alegria e muitos mais até hoje divertem os brasileirinhos e brasileirinhas e seus pais e avós.

Após o nascimento das crianças os desafios de trabalhar, militância social e política, estudar e educar encontravam descanso na imensa alegria de estar com os filhos e saber que aproveitavam oportunidades para rir, brincar e aprender.

A alegria assim como a tristeza são contaminantes (As 6 emoções básicas: características e funções, 2018).

Agora idosos chegamos ao tempo de maior cautela.  Tempos de fragilidade emocional e da saúde precisamos administrar visitas, comparecimentos a velórios (por exemplo), evitar ambientes pesados.

Mas a alegria, sempre que possível, deve ser cultivada, externada, vivenciada. É o melhor remédio para a velhice.

A alegria traz em si um poder que nos impulsiona, nos invade, nos faz experimentar a plenitude. A alegria é uma afirmação da vida. Manifestação da nossa potência vital, ela é o meio que temos de apalpar a força de existir, de saboreá-la. Nada nos torna mais vivos que a experiência da alegria. Mas podemos fazê-la emergir? Domá-la? Cultivá-la? Será que podemos formular hoje uma sabedoria fundamentada no poder da alegria?

 

Lenoir, Frédéric. O poder da alegria (p. 6). Objetiva. Edição do Kindle.

 

 

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