Cinema
A Sétima Arte revolucionou a
Humanidade, fazendo e desfazendo comportamentos. Deveríamos pensar, nesses
tempos de comunicação quase instantânea, o que seria a Humanidade sem cinemas,
cineminhas, documentários, comédias, tragédias etc. que nossa geração mais
velha não perdia nas matinées.
Para minha geração os desenhos
animados na minha infância eram um prêmio divertidíssimo. Walt Disney
Charles Chaplin foi um artista
completo.[1]
Vale lembrar um pouco dessa história:
Empenhados em projetar os
filmes de Edison, os irmãos Lumière construíram, em 1894, seu primeiro projetor
e, em 13 de fevereiro de 1895, patentearam o “Cinematógrafo”, fazendo, em 28 de
dezembro do mesmo ano, em Paris, a primeira exibição com entrada paga. A primeira projeção de um filme em Nova York,
entretanto, aconteceu em 1896, graças a um aparelho que a sociedade Edison patenteou,
o “Vitascope”, que nada mais era do que o equivalente americano do
“Cinematógrafo” Edison, para alguns, ficou conhecido como o inventor do cinema,
mas a verdade é que WILLIAM DICKSON, um escocês
BARBOZA, NELSON ALVES .
CINEMA - ARTE, CULTURA, HISTÓRIA . NELSON ALVES BARBOZA. Edição do Kindle.
Ou seja, há pouco mais de um século
as primeiras filmagens e projeções começaram a dar empurrões na vida dos seres humanos.
Com o desenvolvimento técnico os
filmes a princípio curtos e mudos ganharam maior potencial. A popularidade do
cinema o transformou em instrumento de engajamento político. Na Europa as duas
Guerras Mundiais e revoluções foram instrumentos ideológicos que, pelas
vartiações que aquele continente sofreu, alternaram-se entre direita e esquerda
até entrarem em padrões americanos. De comédias a dramas o cinema europeu
mostrou períodos fascinantes.
A História é permanentemente
reescrita.
Na história formal a Ideologia
oficial mais as religiões comprometem a qualidade dos livros e outros meios de
comunicação. Em tempos atuais podemos ver documentários e programas de História
com todas as cores possíveis e os efeitos de pesquisas permanentes,
extremamente interessantes, mas sempre merecendo cuidados na interpretação do
que dizem e escrevem.[2]
O cinema apareceu na nossa vida de
diversas maneiras.
Apareceu e se transformou em
hábito...
Nossa geração agora idosa teve
pouquíssimas informações se comparadas às atuais. As pessoas idosas mostram
conceitos e preconceitos consolidados. O envelhecimento é perigoso assim como a
própria Educação formal dos jovens. São inevitáveis, a contaminação mútua e a
intolerância se tornam evidentes.
Hostilidades são atitudes
desinteligentes diante das fragilidades de todos os seres humano e da
necessidade de aprendermos e nos educarmos adequadamente.
A situação das pessoas mais humildes
é um exemplo mais do que evidente, afinal qualquer ser humano que adquire
conhecimentos que lhe permitem um salário maior adquire valores que não quer
perder.
As ilusões sobre virtudes e a
demonização de tipos específicos de pessoas é especialmente objeto de filmes de
grande sucesso. São muito raros os filmes que aprofundem a análise dos
personagens, algo que talvez o cinema europeu tenha feito com mais eficácia,
principalmente antes da contaminação da escola hollywoodiana, mais mercantil,
menos introspectiva.
As guerras, oscilações entre
ditaduras, monarquias, guerras, revoluções marcaram profundamente o cinema do
Velho Continente antes da americanização fuleira dos anos cinquenta. Vale registrar alguns para lembranças
especiais 9
Os cineastas que se revelam
humanistas, responsáveis, honestos, sérios e fraternos marcam constelações
maravilhosas, mas, naturalmente, são sensíveis a tudo o que formou suas
maneiras de ser. Considerando a quantidade de filmes e a acessibilidade ao
cinema um bom crítico da Sétima Arte precisa de dedicação muito acima da média
para dominar um mundo apaixonante de arte e cultura.
Conservadores e mudancistas sentem o
efeito mútuo de equívocos culturais. Onde a liberdade de expressão realmente
existir o debate será permanente, como podemos ver em muitos países europeus.
Aliás, o prazer das conversas e textos alternativos, críticos é típico dos
franceses, por exemplo.
O processo é dialético e
darwiniano. Até onde e o que será o
futuro torna-se incerto diante de recursos mais e mais eficazes de mútua
destruição maldosa e lavagem cerebral.
As dúvidas são imensas, precisam ser
estudadas e ganharem a forma de propostas a favor da Humanidade.
A grande competição entre produtores
de filmes ganhou força com premiações nacionais e internacionais dos melhores
filmes., produtores, artistas etc.
O Oscar parece ser o mais prestigiado
e não foi sem razão. Venceu resistências e agora é referência mundial.
A lista para o Oscar 1935
apresentava três indicadas: Claudette Colbert (It Happened One Night), Grace
Moore (One Night of Love) e Norma Shearer (The Barretts of Wimpole Street). A
ausência de Davis logo viraria pauta para um enorme circo midiático: jornais e
revistas queriam saber o motivo pelo esnobe, e diretores da Academia recusavam
falar. Até que a falta de diálogo e a falta de transparência sobre o processo
de nomeação – característica dos anos iniciais do Oscar – acabaram com a
paciência do Sindicato dos Atores, que ordenou que todos seus filiados com
vínculo na Academia colocassem um ponto final na relação, solicitando cópias
das cartas de desligamento e boicote da comunidade artística na cerimônia de
entrega de prêmios.
Dalenogare Neto,
Waldemar. Histórias do Oscar: Os anos iniciais (p. 10). Edição do Kindle.
A história do cinema é, agora, parte
da História da Humanidade pois se tornou causa e efeitos da existência humana.
Começou efetivamente no século 20 e
não parou de conquistar as mentes de nossa civilização.[3]
A acessibilidade gerou muitos
desafios, entre eles as legendas e traduções. Legendas, traduções,
audiodescrição, língua de sinais e combinações desses recursos são essenciais à
inclusão de pessoas com deficiência(s) e já acontecem em alguns cinemas e
filmes.
“Pessoa com deficiência passou a ser a expressão adotada
contemporaneamente pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência, da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2006, para designar
esse grupo social. Em oposição à expressão ‘pessoa portadora’, pessoa com
deficiência demonstra que a deficiência faz parte do corpo e, principalmente,
humaniza a denominação. Ser pessoa com deficiência é, antes de tudo, ser pessoa
humana. É também uma tentativa de diminuir o estigma causado pela deficiência.”
Lanna Júnior, 2010.
Peregrino, Joana. ACESSIBILIDADE PARA TELEVISÃO E CINEMA (p. 5). Edição
do Kindle.
A classificação
dos filmes mostra a abrangência desse recurso de educação, comunicação,
informação, lazer etc.[4]
A Ciência, Técnicas
e Tecnologias avançam celeremente para o futuro.
Nossos jovens
deverão estar preparados para aproveitar esse imenso potencial ou para o pior,
se muitas tragédias e brutalidades acontecerem.
colaboradores da Wikipédia. (s.d.). Walter Elias
Disney. Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Walt_Disney
Federico Fellini. (s.d.). Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Federico_Fellini
Fernandel.
(s.d.). Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fernandel
Jacques Tati.
(s.d.). Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jacques_Tati
Jean Renoir.
(s.d.). Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Renoir
Jean Renoir.
(s.d.). Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Renoir
Lista de prêmios de cinema. (s.d.). Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pr%C3%AAmios_de_cinema
João Carlos Cascaes
Curitiba, 26 de novembro de 2021
Em 1914 nasceu Charlot, em imagens de uma sétima arte
que na América terminava uma prolongada infância de vinte anos já: uma
personagem que dela seria emblema e, na cultura ocidental, último mito. Na
cultura — ou da cultura? Finjo hesitar, por retórica, mas é dela, da nossa
cultura, que temos que falar, por entendimento da História, e sacrifício nosso,
no coração do século xx que Charles Chaplin preencheu — com Picasso, e mais
ninguém, em artes de criação. Assim se disse à sua morte, quatro anos depois da
do Outro — que não «faltava morrer mais ninguém, dos sagrados monstros do nosso
século». Charlot ou Charles Chaplin, criatura e criador confundidos, que o
Mito, como foi dito também, a si próprio se fez, self-made, que foi explicado,
no momento exato da sua perfeição, ao encarnar-se, sacrificado, em Monsieur
Verdoux. Também dito, por isso, «Santo Verdoux, Monsieur». Levado à guilhotina,
já não à cruz do Salvador…
França, José Augusto. O Essencial sobre Charles
Chaplin . INCM. Edição do Kindle.
[2]
Não
esqueço do primeiro filme com minha mãe e a Sônia Maria. Era um farvestão
daquela época em que o mocinho a cavalo fugia de índios. Hollywood tinha um
estoque imenso deles. U olhava para a tela e os índios a cavalo correndo atrás
do mocinho. Minha mãe torcia. Incomodado com a correria que não acabava peguei
a Sônia e de mãos dadas andamos pelo cinema. E os índios não matavam o mocinho
nem vice-versa.
Legal era o revólver do Tom Mix, se não
me engano, a munição não acabava...
E em casa a garagem de madeira quando
não guardava um Ford de bigode ou cavanhaque era espaço para brincar,
principalmente quando tinha areia amontoada. Passava o dia trinando minha
vocação de urbanista. Para ampliar a cidade saia com uma pequena enxada fazendo
rua pelo grande quintal. Ficava “mordido” quando minha mãe chegando em casa
(ela trabalhava com meu pai quando ele precisava) e me dava uma bronca pelo que
fizera.
Brincar de mocinho e bandido era
rotina. Aos poucos virei estrategista, deixava a mana de chamariz e quando
todos acreditavam que a tinham liquidado eu chegava e gritava “Coming boy (ou
algo parecido que imitávamos do cinema)”, “bam bam bam..” matei vocês, “mãos ao
alto” etc.
[3] O
cinema se espalhou com muita rapidez por todo o planeta, registrando-se
projeções pioneiras em locais distantes da Europa, como África do Sul, Egito,
Brasil, Argentina, México, Guatemala, China e Austrália já em 1896; Cuba, Peru,
Tailândia e Japão em 1897, além de Indonésia, Senegal e Coreia em 1900. Nos
primeiros momentos do século 20, o cinema estava inventado e difundido
mundialmente como técnica, mas não como linguagem, já que os primeiros filmes
pouco diferiam de meros cartões-postais em movimento, com cerca de 50 segundos
de duração. Num primeiro momento, os cinegrafistas de Lumière limitaram-se a
fixar a câmera em algum lugar supostamente interessante, a apontar as lentes
para algo que se movia e a rodar a manivela. Plano único, sem cortes.
Sabadin, Celso. A história do cinema para quem tem
pressa (Série Para quem Tem Pressa) (pp. 20-21). Editora Valentina. Edição do
Kindle.
[4] gêneros cinematográficos, que são formas
utilizadas para se distinguir os variados tipos de filmes, numa
classificação derivada dos estudos literários, e serve como instrumento útil para
a análise do cinema.[1]
Normalmente utilizados para fins de
categorização comercial. Nos últimos tempos têm-se vindo a abandonar a divisão
dos filmes por gêneros.
Ação, Aventura, Cinema de arte, Chanchada, Comédia, Comédia de ação, Comédia de terror, Comédia dramática, Comédia romântica, Dança, Documentário, Docuficção, Drama, Espionagem, Faroeste, Fantasia, Fantasia científica, Ficção científica, Filmes com truques, Filmes de guerra. Mistério, Musical, , Filme policial, Romance, Terror, Thriller
Origem:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
Parabéns!!! Um documentário excelente. A história das artes acompanham o desenvolvimento da sociedade. Abraços, Lucia.
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