domingo, 19 de dezembro de 2021

Afinal, o que é política


O povo brasileiro vive sob uma democracia institucionalizada, organizada e regulada apesar dos casuísmos.

A democracia começou de forma longínqua e de maneira mais consistente na Grécia antiga e desde aqueles tempos sofreu reveses e avanços importantes.

Seus maiores inimigos surgiram dentro do espaço de tolerância democrática, felizmente perderam guerras e revoluções.

A evolução acelera-se emponderando gerações sobre gerações[1] de seres humanos.

Muitos países vivem gerontocracias, outros ainda teocracias, monarquias, sistemas totalitários e ditatoriais.

Parte significativa da Humanidade atingiu padrões democráticos onde a Política é arte de extremo valor.

Vale, contudo, insistir: a política[2] é o efeito dialético de nossos instintos e elementos circunstanciais na luta pelo poder.

O exercício do poder e sua conquista são processos notórios que os darwinistas mostram nas razões da evolução da vida sobre a Terra. A Dialética, ciência mais refinada, pressupõe a estratégia de conflitos assim como a História documenta os que aconteceu em todos os âmbitos da vida Humana.

No Brasil vimos, graças às operações dos Ministérios Públicos e Poder Judiciário a importância dos marketeiros. Profissionais de altíssimo nível acabaram se enredando nos meandros das conveniências políticas.  

O eleitor brasileiro viveu um jejum democrático que agora aparece na maneira de ser de eleitores talvez despreparados para suas decisões em dias de eleições.

A reponsabilidade do eleitor[3], contudo, existe e é grande.

O Marketing Político[4] moderno assim como aconteceu em processos tão odiosos quanto a promoção e ascensão do Nazifascismo é uma ciência perigosa ou necessária, tudo dependendo de quem e como seus profissionais agem.

Sistemas de lavagem de dinheiro e paraísos fiscais viabilizam discretamente formas de pirataria monumentais.

Enfim, uma cultura enraizada de “favores ilícitos” e propinas[5] tornam o Brasil um terreno fácil de enriquecimento ilícito de põe em risco nossa democracia.

O político reflete o povo que representa e assim :

Compartilhar

Cerca de 26 frases e pensamentos: Povo tem o Governo que Merece

"um povo ignorante merece o governo que tem"

Rev. Antonio Francisco Bezerra Filho

 Adicionar à coleção

Ver imagem

Cada povo tem o governo que merece.

Joseph Maistre

3 compartilhamentos

 Adicionar à coleção

Ver imagem

Por escolha ou omissão, o povo tem o governo que merece.

Rachel Sheherazade

fonte: https://www.pensador.com/povo_tem_o_governo_que_merece/



[1] Contudo, a substituição do governo pela educação teve consequências do maior alcance. Com base nela, governantes têm passado por educadores e educadores têm sido acusados de governar. Nada é mais questionável, então como hoje em dia, do que a significação política de exemplos retirados do campo da educação. No âmbito político tratamos unicamente com adultos que ultrapassaram a idade da educação propriamente dita, e a política, ou o direito de participar da condução dos negócios públicos, começa precisamente onde termina a educação. (A educação adulta, individual ou comunal, pode ser de grande importância para a formação da personalidade, para seu pleno desenvolvimento ou maior enriquecimento, mas é politicamente irrelevante, a menos que seja seu propósito proporcionar requisitos técnicos, de algum modo não adquiridos na juventude, necessários à participação nos problemas públicos.) Reciprocamente, em educação lidamos sempre com pessoas que não podem ainda ser admitidas na política e na igualdade, por estarem sendo preparadas para elas. O exemplo de Aristóteles é todavia de grande importância, dado que é fato ser a necessidade de “autoridade” mais plausível e evidente na criação e educação de crianças do que em qualquer outra parte. Eis por que é tão característico de nossa era querer erradicar até mesmo essa extremamente limitada e

 

Arendt, Hannah. Entre o passado e o futuro (Debates) (p. 132). Editora Perspectiva S/A. Edição do Kindle.

[2] o que é política? Vamos partir de uma premissa básica: não é preciso ser político para participar da política. “Política” tem a ver com o modo como nos organizamos enquanto sociedade — uma noção que está embutida na própria palavra. “Pólis” é um termo grego que significa “cidade”. Em sua acepção original, a palavra se referia tanto ao espaço central da cidade-Estado grega, onde estavam instaladas as instituições políticas e administrativas, quanto ao corpo de cidadãos de determinada cidade. De forma simplificada, podemos dizer que em sua origem a palavra “política” englobava tanto a política institucionalizada — hoje associada a parlamentos, partidos, ministérios etc. — quanto a política cotidiana, que abrange todos os cidadãos da pólis. Desde os primórdios, então, a ideia de política esteve ligada às habilidades e práticas de tomada de decisões e de administração de determinado território, bem como às dinâmicas de discussão, negociação, formação de opinião e conflitos inerentes aos indivíduos que vivem em sociedade. Assim, a política se relaciona à arte do

 

Prioli, Gabriela. Política é para todos (p. 7). Companhia das Letras. Edição do Kindle.

[3] não existe uma política desvencilhada dos cidadãos e nem uma classe política que não reflete a sociedade. O brasileiro tem que entender o seu papel neste sistema e assumir a responsabilidade que sempre foi sua,

de Mattos, Alessandro Nicoli. O Livro Urgente da Política Brasileira, 4a Edição: Um guia para entender a política e o Estado no Brasil (p. 313). Edição do Kindle.

[4] Propaganda política, é um segmento dentro da comunicação voltado para o ambiente político, mais especificamente no cenário eleitoral, visando estreitar a relação de expectativa de um determinado grupo de pessoas em relação às questões que envolvem seu cotidiano e a materialização da mesma em um candidato, um governo, um partido ou um grupo político. Em síntese, refere-se às técnicas que visam tornar um candidato a cargo público conhecido e aceito no período eleitoral, através de suas propostas e projetos, usando do estudo de mercado, utilizado para segmentar grupos sociais, desejos e anseios do eleitorado, desenvolvendo sintonia entre aquilo que o político propõe fazer e o que seu público-alvo espera, ou seja, o uso do Marketing para fins eleitorais. A Propaganda Política é uma das ferramentas de comunicação utilizadas em uma estratégia de Marketing Político e/ou Eleitoral. O Nazismo alegou que foi a propaganda política que facilitou a ocupação estrangeira e a República de Weimar.

fonte Wikipédia

[5] Nos anais da história da corrupção no Brasil ficou famosa a frase atribuída a uma alta autoridade colonial, o coronel de infantaria Luís Vahia Monteiro, governador do Rio de Janeiro de 1725 a 1732. Em carta ao rei dom João v, teria dito: “Senhor, nesta terra todos roubam, só eu não roubo”.[2]

Gomes, Laurentino. Escravidão – Volume II: Da corrida do ouro em Minas Gerais até a chegada da corte de dom João ao Brasil (p. 113). Globo Livros. Edição do Kindle.

Nenhum comentário:

Postar um comentário