As drogas
A liberdade é um estado de espírito maravilhoso,
absolutamente necessário a qualquer ser humano inteligente. Vícios,
dependências, manias, comportamentos padrões restringem a liberdade, mas são
opções de vida que devemos respeitar. Vivendo em sociedade somos obrigados a
fazer concessões. Simplesmente já nascemos com inúmeras limitações, vale a pena
aumentá-las?
A utilização de drogas cresce e outras acontecem sem atenção,
como é o caso das bebidas alcoólicas.
O pesadelo das drogas sociais, outras discretas, muitas secretas
e até medicinais são o nosso cotidiano. Muitos não percebem sua existência,
pois como é o caso do tabaco e da bebida alcoólica fazem parte de nossa
história. Os efeitos maléficos do cigarro e similares só agora são uma certeza.
Venenos lentos que viciam são extremamente perigosos.
A sociedade em geral agora assume preocupações que não
existiam.
Sempre é bom lembrar que até o século 19 da era cristã a
humanidade era, em geral, propriedade de algumas famílias. Os sistemas
monárquicos com o apoio de instituições religiosas e militares impunham ao povo
o que bem entendessem. Eram pouco mais do que “coisas” consumíveis. Os efeitos
dessas formas de organização social se estenderam ao mundo burguês, onde o
sangue azul deu lugar ao ouro e prata de capitalistas, agiotas, especuladores e
latifundiários.
As Guerras do Ópio (Guerras do Ópio) e o imperialismo
brutal servem de exemplo da primariedade de povos que se diziam desenvolvidos.
A luta pelos direitos dos trabalhadores e do ser humano em
geral até hoje despertam fortes rejeições daqueles que afundaram na lama de
ideologias conservadoras.
As pessoas tinham vida curta, as epidemias e as guerras eram monstruosas,
tudo conspirava contra a sanidade social.
Fantasticamente estamos mudando, ou melhor, nossos descendentes
poderão ter uma vida melhor, principalmente num país distante das taras
europeias e asiáticas.
Algo que é fundamental compreender é que só no século 21 a
longevidade, ou melhor, viver em média mais que cinquenta anos tornou-se
realidade nos países mais desenvolvidos e em alguns lugares muito especiais.
A “terceira idade” moderna é um cenário emergente na maioria
dos países.
A quantidade de idosos cresce continuamente, assim como de
pessoas dependentes de inúmeras drogas para a própria sobrevivência.
Nesse século a Medicina terá um arsenal de remédios,
calmantes, relaxantes etc. que também poderão viciar. Até curando pessoas poderemos
estar produzindo dependências perigosas.
Neste cenário as substâncias absolutamente agressivas ao ser
humano, conhecidas como drogas [ (Drogas) , (Terra) ], vieram para ficar,
pelo menos até que alguma indústria ou governo decida investir para valer em
pesquisa e desenvolvimento de produtos que provoquem rejeição a essas porcarias
e sejam úteis à nossa saúde física e mental.
Isso é possível, mas interessa à indústria do crime e da
Justiça?
Enquanto não evoluímos de forma inteligente na inibição de
vícios degradantes o que podemos fazer á educar e aprender a se defender dessas
pragas.
Para entender podemos começar com um digrama apresentado pela
Wikipédia:
Drogas,
danos físicos – dependência
Esse diagrama mostrado acima é o resultado de muitos anos de
avaliações de diversas fontes e diz muito, merece atenção. Infelizmente novas
drogas aparecem sempre, complicando tremendamente a inibição a seus usos.
Outras fontes trazem detalhes organizados em gráficos e
diagramas [ (Revista Época 63) , Podemos, portanto,
mergulhar no mundo das drogas conscientemente ou, principalmente em momentos de
relaxamento moral muito bem ilustrados no filme “O Lobo de Wall Street”(Scorsese, 2014) , onde vemos o
personagem principal experimentar o crack, induzido por um “amigo”, e não
saindo mais desse circuito, até a própria destruição social e econômica,
parando num presídio federal dos EUA. Nessa etapa perdera família, amigos (que
acabou traindo), amor próprio, saúde etc.
A situação mais covarde e perigosa é a que envolve crianças e
jovens. É um tremendo desastre com muitas explicações. Absurdamente percebemos
que quase nada é feito pelo Governo, entidades privadas, ONGs, maçonarias etc.
De modo geral todos param no discurso vazio.
Os crimes facilitados pelas drogas compensaram?
Com certeza a utilização de substâncias legais ou não para
relaxamento, desinibição, estímulos intelectuais não é por si só algo tão grave
a ponto de condenar a pessoa ao inferno (Brum, 2010) ,
mas a estratégia de combate ao tráfico desses produtos criou uma indústria e
comércio criminosos (que talvez não existissem se houvesse maior liberdade (Duarte, 2013) e (Niven, 2011) ).
Falta lugar nas penitenciárias, vigilância e policiamento para sustentação de
uma política puritana. Infelizmente podemos acreditar que se as piores quadrilhas
perderem este “filão” procurarão outro objeto de trabalho.
A organização de atos agressivos para roubar e dominar é algo
tão antigo quanto a própria humanidade, afinal, não seria isso que os europeus
fizeram ao chegar ao “novo mundo” e o que aqui faziam aqui as nações
pré-colombianas entre si? O conceito de crime veio aos poucos com a evolução de
um comportamento de mútuo respeito entre seres humanos e comunidades.
A produção e comercialização de drogas é algo hediondo nessa
fase de nossa história, pois agora sabemos de toda a virulência desses venenos,
ou seja, é o comércio da morte.
De qualquer forma o problema foge nitidamente ao controle de
nossas autoridades e merece uma estratégia mais inteligente de contenção, mais
ainda num país em só parte de suas crianças têm o privilégio de estudar em
escolas bem montadas e as creches são um luxo raro para o povo mais humilde,
sem esquecer as dezenas de milhares de quilômetros de fronteiras e praias e a
dispersão de nosso povo.
O pior, contudo, é constatar que simplesmente a situação das
crianças brasileiras não comove nossa burguesia material e intelectual.
Chegamos a um tremendo grau de artificialismo emocional. Os rituais
substituíram as ações, são menos perigosos.
Pior ainda, a fragilidade das classes sociais mais pobres e a
mercantilização da Justiça cria um cenário de perversões incríveis. É
importante lembrar as razões para mudanças que aconteceram e começam a se
ampliar [(Cascaes, Drogas e drogas, 2014) , (Política
holandesa sobre drogas) ] podendo atingir níveis insuportáveis.
Não temos pena de morte nem processos tão rápidos quanto
necessários, os bandidos os têm. Diariamente fazemos mais e mais leis inúteis,
falta o essencial, a autoridade e eficácia de nossas instituições.
Nossa legislação e jurisprudência criaram um marco pueril,
definindo um número de anos, meses e dias que separam o jovem infrator do
adulto criminoso. Nossos legisladores não foram capazes de elaborar algo melhor,
assim colocaram nas mãos dos grandes traficantes milhões de jovens inimputáveis
(e influenciáveis) até completarem exatamente 18 anos de vida biológica.
A importância da Holanda nesse padrão de política merece análise
e transcrição de seu site oficial:
“Os Países Baixos são famosos por sua
política de tolerância às drogas. Mas, muitas pessoas não sabem que, na
verdade, drogas são ilegais nos Países Baixos. Entenda a política de drogas do
país para evitar problemas no futuro.
Todas as drogas são proibidas nos
Países Baixos. É
ilegal produzir, possuir, vender, importar e exportar drogas. No entanto, o
governo criou uma política que tolera o uso de maconha em alguns termos e
condições específicos.
Cafés
Cafés podem vender apenas drogas leves
e não mais que cinco gramas de maconha por pessoa por dia. Os cafés são
regulados por leis rígidas, que controlam a quantidade permitida de drogas
leves e as condições nas quais podem ser vendidas e usadas. Os cafés não podem
fazer publicidade das drogas. Pessoas com menos de 18 anos não podem comprar
drogas e não podem entrar em cafés.
Política de drogas
A política de drogas nos Países Baixos
visa: reduzir a demanda por drogas, o fornecimento de drogas e os
riscos aos usuários, a seu ambiente e à sociedade.
Os holandeses reconhecem que
é impossível proibir as pessoas de usarem drogas totalmente. Por isso, os cafés
têm autorização para vender pequenas quantidades de drogas leves. Essa
abordagem pragmática faz com que as autoridades possam se concentrar nos
grandes criminosos, que lucram com o fornecimento de drogas pesadas.(destaque
nosso)
Fatos
A política holandesa sobre drogas tem
tido certo sucesso em comparação às políticas de outros países, especialmente
em relação à prevenção e cuidado. O número de usuários dos vários tipos de
drogas não é maior que em outros países, enquanto o número de mortes
relacionadas às drogas, de 2,4 por milhão de habitantes, é o menor da
Europa.
O melhor é não usar maconha. Se você
estiver planejando fumar maconha, informe-se para não ter problemas. Saiba quais são os riscos e os efeitos
da droga leve. Para
obter mais informações sobre a política holandesa, procure oMinistério da Saúde, Bem-Estar e Esportes.”
Podemos afirmar por tudo o que aprendemos ao longo de décadas
de existência viajando muito, convivendo com todo tipo de gente e situações, é
a de que os vícios, principalmente de substâncias que usamos rotineiramente sem
restrições legais ou não, são tremendamente prejudiciais. Ou seja, tudo se
agrava com a dependência, a impossibilidade de não usar algo que não é saudável.
O desafio dos pais e responsáveis por pessoas ainda imaturas
é o estabelecimento de uma estratégia inteligente de educação. É um processo
difícil, pois a mídia comercial tem na propaganda direta e indireta de hábitos
nocivos ao ser humano uma tremenda fonte de renda.
Naturalmente as empresas que têm custos elevados procuram
recursos para existirem. Isso nós vemos até em clubes de serviços, ONGs e
entidades que se declaram combater os vícios. No desespero de mostrarem “boas
atividades” aceitam dinheiro e apoio de pessoas e entidades quase criminosas,
assim como de associados visivelmente comprometidos com “esquemas”
impublicáveis.
Os mais velhos nasceram e cresceram em um país onde o consumo
de cigarro e bebidas era fator de distinção entre jovens e adultos. E agora?
Em torno do combate aos vícios e produtos que destroem a
saúde física, mental e social das pessoas há muito a ser discutido.
Nesse projeto devemos relembrar os ensinamentos de Michel
Foucault ao tratar de filósofos cínicos, principalmente, que ele exaltou e
mostrou valores maiores. Na última fase de sua vida batalhava para promover
atitudes sociais e firmes.
A coragem da verdade e a determinação de lutar pelo
aprimoramento da vida são disposições complexas e difíceis, mas organizáveis e
Foucault as defendeu de forma brilhante. Um filósofo diferente, atento à vida e
procurando na Filosofia e na História da Humanidade razões para acreditar no
futuro...
Os profetas também assim o fizeram, mas alicerçaram seus
ensinamentos no temor a Deus. Era até fácil, a vida era curta, a convivência
com a morte uma rotina. À medida, contudo, que a Humanidade perde esses temores
e ganha confiança, os seres humanos se dispersam e enveredam por caminhos
frívolos e inúteis (Ferry, 2006) . Chegamos a novas
propostas simplificadoras, bem colocadas por Pierre Zaoui em (A
Filosofia Francesa Depois de Maio de 68 - Pierre Zaoui ) . Nós, brasileiros,
sentimos um imenso vazio sofregamente ocupado por novas religiões, talvez
incutindo em nossos jovens uma cultura de exclusão assustadora.
Como dizer simplesmente que a vida poderá vir a ser um
inferno aqui na Terra se cuidados permanentes contra os maus hábitos não forem
assumidos?
O que dizer para pais e mães, educadores e lideranças
eventuais que o exemplo é fundamental? Que podem estar destruindo as pessoas
que amam e querem proteger?
Que devemos construir um Brasil a partir de investimentos
pesados da proteção e educação de crianças e jovens?
Temos excelentes trabalhos que merecem atenção e colocados no
blog (Cascaes, Mirante da Educação) , merecem ser lidos e
ouvidos com atenção.
Limites humanos, profissões, carreiras, subir descer montanhas sem
cair?
Qual é o limite de coerência e de competência de qualquer ser
humano?
Existe o superhomem ou a supermulher?
Alguém é perfeito?
Podemos manter permanentemente a vitalidade juvenil?
O envelhecimento[1]
significa o quê?
Obviamente não; todos têm limitações e a capacidade e competência
de qualquer “homo sapiens sapiens” segue um gráfico com eixos e parâmetros bem
definidos. O envelhecimento sinaliza limitações que fogem à percepção da
maioria das pessoas, criando situações constrangedoras e perigosas.
Com certeza a evolução da Medicina promete soluções mágicas,
mas até elas chegarem a bons padrões haverá necessidade de muitos cuidados (Cascaes, Os
idosos no Brasil) .
Ao longo da história, principalmente nessas últimas décadas,
pessoas que começaram com propostas morais, políticas, sociais e familiares
mostraram que a vida é de fato um enredo de teatro ao longo do qual encenamos
peças difíceis, terminando, muitas vezes, em comportamentos típicos de
tragédias gregas[2] ou
brasileiras, simplesmente. Ou seja, o famoso “amadurecimento” parece ser
sinônimo de hipocrisia e cinismo da pior espécie.
Grandes filmes mostram pessoas ilustres no ocaso de suas
vidas, poucas mantiveram a dignidade e qualidade de seus discursos mais
lúcidos. Outras amargaram isolamentos dolorosos (Le Promeneur
du Champ de Mars )
e (O general em seu labirinto, 2014) .
Vencedores que têm sucesso em suas carreiras souberam escalar
montanhas e também aprenderam a descer delas, se souberam manter a dignidade no
ocaso de profissões e vidas (Cascaes, Saber envelhecer , 2013) .
A democracia[3]
criou uma oportunidade muito especial de se entender até onde os líderes
conseguem manter confissões éticas e quanto conseguem suportar quando seus
interesses pessoais, vícios e convicções íntimas as governam. Mais ainda, é
muito evidente a degradação quando no ápice de suas posições, mostrando que de
fato o Poder corrompe (Cascaes, A favor da democracia no Brasil) .
A força pessoal é sempre testada em qualquer lugar, da
família à empresa, em clubes e partidos políticos, inclusive em sociedades
religiosas.
Somos “humanos, demasiadamente humanos” (Nietzsche) .
O que isto significa quando pensamos em ética e moral?
A angústia e estados depressivos aparecem, são doenças
psicossomáticas[4] que
surgem quando contrariamos o que acreditamos sinceramente.
Algo simples e elucidativo está nos ensinamentos de Sigmund
Freud ao mostrar como o nosso comportamento reage ao nosso íntimo, nossa
educação, ao diagramatisar nossas decisões como uma divisão entre os três
segmentos de influência e decisão comportamental:
Da Wikipedia
temos:
Id, ego and super-ego are the
three parts of the psychic apparatus defined in Sigmund Freud's structural model of the psyche; they are the three theoretical
constructs in terms of whose activity and interaction mental life is described.
According to this model of the psyche, the id is
the set of uncoordinated instinctual trends; the super-ego plays the
critical and moralizing role; and the ego is
the organized, realistic part that mediates between the desires of the id and the super-ego ( Snowden, Ruth
(2006). Teach Yourself Freud. McGraw-Hill. pp. 105–107. ISBN 978-0-07-147274-6). The super-ego can stop
you from doing certain things that your id may
want you to do ("The Super-ego of Freud." "http://journals1.scholarsportal.info.myaccess.library.utoronto.ca/tmp/).
Even though the model is structural
and makes reference to an apparatus, the id, ego and super-ego are functions of
the mind rather than parts of the brain and
do not correspond one-to-one with actual somatic structures of the kind dealt
with by neuroscience.
The concepts themselves arose at a
late stage in the development of Freud's thought: the "structural
model" (which succeeded his "economic model" and
"topographical model") was first discussed in his 1920 essay Beyond the Pleasure Principle and was formalized and elaborated
upon three years later in his The
Ego and the Id.
Freud's proposal was influenced by the ambiguity of the term "unconscious" and its many conflicting
uses.
Isso
ilustra o que desde Freud sabemos; temos uma “voz da consciência” e outras
mensagens que simplesmente mal percebemos. Nossos ilustres chefes e as Suas
Excelências, tão humanos quanto todos nós, também as têm. A demonstração é a
figura até patética que percebemos entre pessoas que se julgavam acima das leis
humanas ou assumidamente se afastam de discursos antigos.
Precisamos,
portanto, principalmente diante daqueles a quem amamos, praticar a honestidade
intelectual, um imperativo categórico[5] (Kant por Fernando Savater La aventura del
pensamiento avi.)
dominante, ou pelo menos desejável. O exercício do diálogo sincero, franco, é
um tremendo filtro de amizades.
O
relacionamento conquistado com base em mentiras é frágil, pode se transformar
em ódios irreversíveis.
Ter
amigos e amigas dispostos a conversar com sinceridade é um privilégio
inestimável. Eles nos ajudam em momentos importantes, pois, afinal, quais são
os nossos limites?
Exatamente
por termos limitações e desconhecermos plenamente a nós mesmos é importante
alguns cuidados diante de decisões que afetarão nossa vida inteira.
A
prudência sugere autocríticas e leva à percepção de que tudo o que pretendemos poderá
não acontecer. Isso é perfeitamente normal, mas a vaidade e a ingenuidade
bloqueiam análises pessoais importantes.
Todos,
vivendo muito, passarão por momentos extremos em todos os sentidos.
Como
enfrentaremos as adversidades? Elas são inevitáveis, a menos que sejamos os
primeiros das listas do cemitério.
E no
início de nossas vidas profissionais? As dúvidas costumam ser enormes.
O que
realmente desejamos ser? Felizes, no mínimo.
O que
podemos alcançar, conquistar? Proteger? Cuidar? Ter?
Aqueles
que dependem de nós precisam da força e competência que tivermos. Colocá-los em
risco, sabendo que não suportaremos derrotas, é uma tremenda
irresponsabilidade. Por outro lado devemos treiná-los, prepará-los para os
momentos ruins.
O ser
humano que se fragiliza torna-se parte dos problemas da vida dos demais, muitas
vezes exigindo atenção que seria necessária a pessoas amigas que realmente
precisam de todos.
É uma
cena típica de grandes acidentes ver indivíduos que deles saíram ilesos criarem
pânico, confusão, exigirem atenção enquanto à volta deles, às vezes por falta
de alguns segundos de cuidados, acabam morrendo ou agravando suas lesões.
Sempre
a avaliação de cenários e análise de prioridades é essencial a qualquer líder.
Podemos
escolher, ser grande ou pequenos, frágeis ou fortes. Isso depende muito mais de
nosso caráter do que exatamente da riqueza material ou força física.
Construímos
nossas capacidades e competências ao longo de nossa existência. O capricho
nessa obra compensa.
Entre
as muitas decisões que devemos tomar está a vida profissional.
A
opção por uma profissão é algo de extrema importância na vida de qualquer um.
Cada atividade profissional exige um padrão mental, físico, comportamental e
moral. Um jovem desenvolve seus desejos pelos exemplos familiares e diante do
que a Mídia, amizades e escolas ensinam.
É
importante compreender que a opção de emprego, empresa, submissão ou não etc.
afetam o relacionamento familiar. O casamento normalmente acontece em momentos
de paixão, a vida mergulha o casal em rotinas pesadas.
Tanto
sob o ponto de vista social quanto familiar o compromisso de trabalhar e
sustentar famílias exige muito de todo ser humano, mais ainda quando tem
pretensões maiores.
Muitas
vocações e profissões não têm visibilidade adequada. As percepções podem
enganar e insinuar caminhos equivocados. Por isso tudo é importante e o apoio
de especialistas, se possível, na hora de adotar um circuito que levará ao
diploma é aconselhável quando possível.
Infelizmente
os vestibulares testam conhecimentos, não avaliam e selecionam de acordo com
vocações em potencial.
Lamentavelmente
os testes vocacionais[6]
saíram de moda, ou melhor, poderiam ser mais valorizados e aperfeiçoados. Eles
existem na admissão a empresas, mas aí o candidato já terá perdido muitos anos
em alguma escola profissionalizante.
Na
maioria dos vestibulares, o que vale é a capacidade de memória e o volume de
conhecimentos.
Diplomas
confundem, dão a percepção de que o jovem ou adulto pode fazer e quer. As
frustrações serão violentas se ao longo da vida o candidato a alguma profissão
perceber que não alcança o nível desejado ou terá feito opções que não gosta.
Recomeçar frequentemente é mais saudável do que insistir em caminhos errados,
com a vantagem de partir com uma formação que os companheiros da futura
profissão raramente terão.
Felizmente
vivemos numa época em que refazer a vida profissional (inclusive com o Ensino a
Distância) é possível, assim como todas as outras.
A
rigidez de compromissos típicos de antigamente deu lugar a uma sociedade
dinâmica, que, entretanto, cobra um preço elevado no relacionamento familiar,
onde os prazos e compromissos são bem concretos e de extrema importância para
as pessoas que dependem de nós.
É,
portanto, essencial saber que potencial temos e o preço que estamos dispostos a
pagar na conquista de uma carreira. Graças à internet existem portais que dão
um apoio que poderá ajudar muito [ (Teste
Vocacional) ,
(Testes
profissionais) ,
etc.], isso sem falar de especialistas nessa arte do bem querer uma profissão.
Nem
sempre existe sinceridade na oferta de oportunidades de trabalho assim como
naturalmente criamos imagens que talvez não interessem aos empregadores. Frequentemente
as opções não satisfazem o ambiente social em que vivemos. O corporativismo
bloqueia análises que poderiam ajudar muito; podemos enfrentar a resistência de
pessoas que se encontram em espaços que não são capazes de sustentar.
Em
qualquer atividade humana as barreiras explícitas e discretas afetam o
trabalhador. Note-se que obstáculos existem para serem vencidos ou aceitos.
Tudo depende de nossa capacidade de enfrentá-los.
No
Brasil o debate em torno do atendimento médico (Programa
Mais Médicos)
foi antológico. Revelou um comportamento e situação de atendimento que poucos
brasileiros que vivem em grandes cidades conheciam. Apesar de muitas faculdades
de Medicina mantidas pelos contribuintes os resultados a favor do povo
brasileiro e do cidadão comum são pequenos. A importação de médicos e o
compromisso deles de trabalharem onde nossos profissionais não aceitam viver
foi a revelação de que muito precisa ser corrigido.
O que
sabemos, mesmo com todos os benefícios razoáveis de uma família “classe média”
vivendo em um centro com muitos recursos, é que não é difícil encontrar
profissionais sem vocação, apesar de eventualmente serem bem preparados. Um
profissional desmotivado é perigoso, mais ainda quando lida com pessoas
eventualmente no limite de resistência.
A
opção errada de vida gera prejuízos para todos, possivelmente maior para
aqueles que erraram ao escolher uma profissão, uma cidade para viver, amigos
etc.
O
desprezo pela realidade é um erro primário.
E os
vícios culturais e comportamentais em família?
Viver
alienadamente é muito mais “gostoso” do que enfrentar a realidade. Talvez por
consequência de milhões de anos extremamente difíceis o ser humano evoluiu, mas
transformou-se reforçando um padrão de comportamento alheio ao ambiente em que
existe.
Um dos
vícios culturais mais desastrosos é o desprezo pela prudência financeira.
Inacreditavelmente
casais mimados esquecem custos e benefícios de suas atividades. O que aprendem?
O que podem provocar?
Como
dissemos o exemplo é fundamental, educamos principalmente mostrando pelas
nossas atitudes o que deve ser feito.
A
diferença entre casais responsáveis e outros é impressionante, principalmente na
educação dos filhos.
Disciplina,
higiene, segurança, planejamento de vida, cuidados e valores bem transmitidos
evitam desmontes que acontecem com facilidade quando os pais fogem da
compreensão de suas limitações.
A
felicidade não se conquista com facilidades.
Ao
contrário, deve-se valorizar cada conquista. Talvez um dos grandes equívocos de
qualquer casal já comece na famosa “Lua de Mel”, frequentemente relativamente
deslumbrante para ao retorno enfrentarem o choque de realidade criando
frustrações que poderão perdurar e destruir um casal.
Existem
limites que educam, excessos que desmoralizam, deseducam.
Tudo,
em tudo, sempre e em qualquer atividade devemos respeitar limites de prudência
ou ter consciência do que a derrota significará.
A pior
derrota é a luta que se perde em batalhas subdimensionadas... A burrice dói
quando a percebemos.
Ser
feliz significa equilíbrio emocional, estar de bem com a vida. Momentos de
muita alegria são insustentáveis, mas inesquecíveis quando merecidos.
Temos
limites até para o prazer.
Paradigmas modernos
Participamos
de uma inspeção de um prédio; entre nós um senhor humilde e mal vestido era o
mestre pedreiro que apoiava os engenheiros e vendedores. Ninguém se interessou
pela personalidade, pela vida daquele senhor que construiu a partir do zero uma
carreira honesta, com certeza inúmeras vezes arriscando sua vida. Seu salário?
Não tivemos coragem de perguntar, deve ser ridículo em relação à importância de
suas atividades.
Será
que seus filhos sabem quanto o pai é valoroso?
O
Ministério do Trabalho e os sistemas de saúde têm estatísticas dos heróis do
trabalho. Anualmente, principalmente pelo desprezo de seus patrões, centenas de
milhares de brasileiros sofrem acidentes graves, morrem ou ficam com lesões
permanentes em atividades de risco e insalubres. Formam um contingente de
heróis na luta pela construção do Brasil, existe algum monumento ou praça, ou
museu dedicado ao trabalhador anônimo que fez, constrói e trabalhará pelo
Brasil?
As
lutas ideológicas e principalmente o pavor das elites de que o cidadão honesto,
comum, trabalhador e dedicado a uma profissão produtiva ganhe destaque explica
muito da alienação a seus valores. Ao contrário, interessa a quem manda a
alienação, a dispersão de atenção fora do horário do trabalho.
Até
poucos tempos passados só os profissionais das guerras imperialistas mereciam respeito,
afinal davam a vida em favor dos interesses alheios às suas necessidades...
Felizmente
os tempos mudam. Atualmente em qualquer residência os seres humanos descobrem a
importância do bom eletricista, encanador, pintor, do artífice ao profissional
de nível superior que falhando transformará a vida da família em um pesadelo.
Em
países mais desenvolvidos descobrimos museus fantásticos dedicados ao trabalho,
à tecnologia, ao resultado de inovadores, inventores e sábios. As bibliotecas e
museus tecnológicos são templos do conhecimento e dentro deles encontramos
trabalhos interessantes e guias escolares mostrando a seus alunos o que
encontram e explicando para quê existem.
De
qualquer maneira o famoso “mercado” descobriu que a contracultura dá dinheiro,
principalmente se dirigida aos jovens.
Vivemos
uma época em que a grife ganhou uma importância tão grande que até nossas
madames gostam de servir de outdoors. Jogadores, esportistas e atletas ostentam
marcas de produtos industrializados. Os patrocinadores da mídia viabilizam
programas imensos e vazios. Os especialistas em merchandising trabalham para
esvaziar a mentes e encher corações de banalidades..
O que
nos preocupa é o que constatamos pessoalmente fazendo enquetes em bairros mais
humildes: a maioria dos jovens quer ser jogador de futebol. E se não forem?
Continuarão fascinados com as riquezas e poderes de seus ídolos? Pensarão em
outras profissões? Terão orgulho de suas opções não esportivas? Serão
competentes? Vão aderir ao ganho fácil da criminalidade?
Parece
que instintivamente percebem, gradativamente e talvez tardiamente, que poderão
ser tão vazios quanto as bolas que chutam. A vida adiante dará um choque de
realidade e a percepção do tempo perdido.
Precisamos
promover a honestidade, não?
As
manifestações contra a corrupção ganham força e esperamos que continuem se
avolumando. Mais importante seriam atos de vergonha nacional; o dia da vontade de trabalhar merece ser criado.
Que as profissões, trabalhadores e suas corporações já com dias consagrados
gastem esses momentos promovendo suas carreiras, especialistas, seus heróis e
mártires.
Exemplificando,
sempre que passamos por Itajaí, Santa Catarina, lembramo-nos do cidadão que
morreu fechando válvulas de um terminal de gás que, incendiado, explodiria boa
parte da cidade. Será que seu nome é relembrado anualmente?
No
Setor Energético colecionamos vítimas. Os museus das concessionárias não fazem
referência a esses heróis...
Algum
sindicato tem galerias e museus mostrando seus grandes profissionais e suas
qualidades? Quando muito aparecem em revistinhas de uso exclusivo dos seus
associados, quanta alienação!
Nossas
cidades se preocupam em valorizar os bons profissionais? Esquecem que a
notoriedade e seus predicados dependem de idealistas, planejadores,
construtores e operadores excepcionais? Naturalmente existem exceções, são
poucas, contudo.
Com
certeza isso existe, ainda que residualmente. Muitas ruas e praças têm nomes de
professores e de outros profissionais; nelas descobrimos porque assim são denominadas?
Precisamos
de circos, arenas, coliseus e gladiadores, gostamos atavicamente de acreditar
que temos algo em comum com essa gente que corre atrás de um esférico. Ganhamos
anéis de concreto monstruosos. As cidades passam a ter coisas “arquitetônicas”
como se fossem bolhas de insanidade além das famigeradas “torcidas
organizadas”.
Agora
só falta construirmos imensos hospitais, escolas, boas creches e em número
suficiente, fábricas, ateliês, objetos educativos e cidades decentes.
Aproveitando o que precisamos fazer vamos trabalhar para valorizar nossos
cientistas. Há muito a ser feito.
A
propósito, quem sabe o nome e a vida dos valentes lutadores e pesquisadores
contra nossas endemias? Quem foram aqueles que de fato viabilizaram a
agroindústria no Brasil? Onde estão e os nomes dos técnicos e engenheiros que
nos deram a infraestrutura energética de nosso país?
Está
na hora de descobrirmos o Brasil que trabalha, estuda, luta pela construção de
nossas vidas.
Nos
finais de semana, em momentos de alienação saudável e necessária, vamos torcer
pelos nossos times. Cuidado apenas para não engordar comendo salgadinhos e
tomando bebidas alcoólicas, principalmente estas, patrocinadoras dos circos de
concreto e espetáculos que estão inaugurando.
Nossos
heróis serão modelo para nossos filhos...
Acreditar
Quando pensamos, escrevemos e conversamos sobre ética o ponto
essencial na base de qualquer pensador é o que ele acredita, o que realmente
aceita honestamente como base de seus pensamentos.
Na história do ser humano (e de seus “pensadores”) esse
animal eventualmente racional saiu de uma situação sem esperanças, sem maior
confiança na sua sobrevivência, exceto, quando a tinha na força pessoal. Tudo
em volta era mistério. Vivia muito pouco, com muita sorte chegaria a duas
décadas de existência. Sobrevivia em ambiente totalmente hostil.
O medo governava a vida desses jovens envelhecidos
precocemente.
Gradativamente, nos lugares mais seguros e férteis, a
sociedade humana ganhou longevidade e começou a acumular conhecimentos. O medo
aos poucos ganhou o suporte do misticismo, gerou rituais, altares, sacrifícios,
deuses e religiões.
A necessidade de sobrevivência era uma imposição dos
indivíduos, famílias, tribos e nações. Isso significou a criação de padrões
sociais, religiosos e a organização formal do pensamento humano.
A genialidade de alguns com certeza sempre esteve muito acima
da média de qualquer ser humano na capacidade de raciocinar e acumular
conhecimentos. Assim a mediocridade e o pragmatismo político em suas formas ao
longo da história geraram modelos de poder e de convencimento (eventualmente
sob pena de extermínio, fogueiras, apedrejamentos etc.).
Não podemos nunca esquecer que o cérebro é um componente
fantástico que em algumas pessoas funciona de forma extraordinária. É um
privilégio, simplesmente. Questionar pessoas muito inteligentes é um desafio
que exige humildade daqueles que discordam desses gênios.
Tudo e mais, talvez, lógicas darwinistas deram condições de
sobrevivência às pessoas mais servis entre as quais, eventualmente, ganhamos
gente corajosa e disposta a discordar. É uma espécie frágil diante da maioria
normalmente silenciosa, mas disposta a queimar livros e pessoas quando encontra
alguma razão, por mais idiota que seja.
A seleção natural deve explicar a quantidade de seres humanos
que simplesmente “acreditam”...
Algo interessante é sentir a importância que a maioria das
pessoas dá à afirmação: “eu acredito em Deus”. Pior ainda, dizem acreditar em
qualquer coisa que não entendam ou que tenha merecido algum destaque na mídia
ou no bando.
Pode-se afirmar sem grandes preocupações que o ser humano é
um animal eventualmente racional, quando o é.
Pensar dói, incomoda.
A natureza selvagem do pretensiosamente denominado “homo
sapiens sapiens” persiste e é natural, fácil de manter. Assim as pessoas
reagem, raramente pensam. Isso é fácil de perceber diante dos telejornais,
geram comoção em certos casos, sejam ou não muito raros.
É extremamente difícil debater objetivamente assuntos que
estejam fora de conveniências fortes de qualquer indivíduo. Quando queremos
conversar sobre ética e religião, pior ainda. Daí o conselho: não discuta
religião, por quê?
A religião é um bálsamo à vida de pessoas que anseiam por
ser, estar, sobreviver. Ela simplifica tudo. A convicção inibe o debate, a
dúvida, ou para ser mais precisos, não admite dúvidas.
Todas as convicções foram talvez necessárias. Serão eficazes
no século 21?
Por que acreditamos?
A sensação que temos é a de insegurança generalizada e o
desespero estimulado pelo medo do desconhecido, assim como a vontade absoluta
de continuar vivendo após a morte terrena, se possível em algum paraíso ou em
outro formato melhor.
Afinal o que é acreditar?
A favor da vontade de acreditar e suas variações temos até portais
com frases clássicas em torno do verbo “acreditar” usado ostensivamente por
muitos pensadores e pessoas notáveis, normalmente destacados pelos seus efeitos
positivos (ACREDITAR) .
Ao dizermos que acreditamos em algo, o quê pretendemos
informar? O ativismo[7]
social é um exemplo perfeito do espírito de torcida fanática. Pessoas
aparentemente inteligentes e cultas abraçam causas fortes, eventualmente justas
e necessárias, cujo cardápio a mídia de tempos em tempos desfila.
Quando o assunto é religião descobrimos inúmeras variações, a
maioria em torno do medo de ofender algum ser(es) superior(es), indispor-se com
o(s) interlocutor(es) e até simplesmente desconversar. Declarar-se crente foi
inúmeras vezes ato de submissão pura e simples. Acreditar é um verbo
tremendamente oportunista utilizado ao longo da história da Humanidade para a
simples sobrevivência em momentos trágicos como, por exemplo, naqueles em que a
Inquisição mandava soberanamente.
O linchamento e a condenação de hereges são até hoje práticas
comuns em muitos países. A ditadura com base na defesa de virtudes impostas
pelos poderosos é um pesadelo para pessoas que pretendem ser livres. O pior é a
tendência à intolerância que os chefinhos, gerentes e líderes poderosos
acreditam poder exercer. Com facilidade, analisando a vida da maioria das
pessoas que conquistaram algum poder veremos que no fastígio da força deixam de
falar com Deus, tomam seu lugar.
Dizer “eu acredito” é um ato de conforto e até de piedade em
relação às pessoas ignorantes, normalmente as mais perigosas em questões
religiosas. O que surpreende é notar que em pleno século 21, em países tão
livres quanto o Brasil, o fanatismo gera torcidas organizadas, ou seja, gente que
nem sempre é analfabeta, mas “acredita” nas virtudes superiores de seu time
chegando a atitudes violentas contra aqueles que discordarem de suas convicções.
Com certeza os psicólogos e psiquiatras explicam facilmente esses desvios de
caráter.
Acreditar é consequência também do ato de crer[8],
algo diferente, pois é um verbo mais forte. A impossibilidade de compreensão
objetiva das inúmeras revelações da vida leva-nos a crer que exista algo
diferente. O desafio intelectual, porém, é tão grande que induz uma pessoa que
paute sua vida na honestidade intelectual e acredite na força da verdade a se
declarar incapaz de acreditar simplesmente, ou seja, admite com ressalvas
hipóteses que são extremamente importantes, afinal a vida é balizada pelas
crenças e opções éticas e morais que aceitamos.
O que é assustador, contudo, é perceber que poderemos ser
capturados por grupos de pessoas fanáticas sem possibilidade de contestação...
Acreditar é a forma que o ser humano descobriu para se
equiparar aos poderosos, também.
Em qualquer grupo de militantes ou crentes sentiremos a
devoção a líderes que lhes garantam privilégios. Talvez essa seja a forma mais
insidiosa e prejudicial à liberdade, à democracia, à tolerância e amor ao
próximo.
Com certeza os grandes jogadores do Poder querem, precisam de
soldados que não os questionem, simplesmente cumpram ordens. Isso até é
compreensível entre seres humanos conscientes de suas incapacidades
intelectuais...
Nesse cenário a esperança é a Ciência e a evolução do ser
humano fazendo-o realmente um ser racional. Isso pode gerar tensões e
infelicidades, mas é uma condição de sobrevivência gradativamente maior.
Lamentavelmente a Humanidade cria uma tremenda
interdependência. Essa situação logística deixa-nos reféns de povos distantes.
Será que todos têm consciência disso? Ou seja, por inúmeras razões possíveis e
com grande probabilidade de ocorrência poderemos ser desafiados a sobreviver
após mudanças radicais.
Acreditar em milagres será inútil.
Aliás, o livro (O Enigma de Espinosa, 2013) contém muitas
páginas com reflexões sobre o povo judeu, a fidelidade à sua religião e os
desafios que enfrentou para sobreviver. Acreditar bastou?
Acreditar em Deus antropomórfico melhora a vida da Humanidade?
Hipóteses
1 - Deus é um conceito que remete a um ser, substância (Yalon, 2013) ou criador absolutamente
distante de nossa capacidade de compreensão.
2 – O que não compreendemos não podemos conceituar de forma
objetiva.
3 – A visão antropomórfica é perigosa à medida que atribui a
Deus vícios e caprichos humanos.
4 – O pensamento metafísico é inerente ao ser humano,
singular, pessoal.
Tese
Para segurança e evolução da Humanidade é fundamental a
consolidação de uma visão laica e objetiva do que possa ser a ética e a moral.
Ponderações
Bertrand Russell enfrentou inúmeras vezes a afirmação “se eu
não acredito em Deus posso fazer qualquer coisa”. Sempre foi usada como
antídoto a comportamentos de rejeição ao teísmo.
Com certeza a pessoa comum e de baixa capacidade de
raciocínio poderá se deixar influenciar fortemente pelos pregadores religiosos
e políticos. Isso é rotina e levou a Humanidade a inúmeras guerras, terrorismo,
genocídio, xenofobia etc., pois as religiões e crenças ideológicas, versão
“materialista” das religiões clássicas, foram instrumento de organização social
e disciplinamento de pessoas a cargo de profetas, místicos e profissionais.
O ser humano só nesses dois últimos séculos começou a ter
acesso à cultura universal e poder ler e escrever graças à multiplicação de
escolas. Essa era uma exceção absoluta e pior ainda, vivia-se pouco, ou seja, raros
indivíduos chegavam à idade suficiente a aprender e digerir ensinamentos éticos
e filosóficos, quando isso era possível.
As religiões e ideologias totalitárias impunham ensinamentos
censurados e completos dentro dos limites que lhes convinham, ou seja, era (e
ainda é) proibido discordar.
A Inquisição (A Inquisição) manteve a hegemonia
da Igreja Católica no mundo ocidental; o nazifascismo praticamente implodiu ao
final da Segunda Guerra Mundial; os países “comunistas” gradativamente perdem a
rigidez ideológica, mas a cultura comunista continua a criar campos de
concentração e o fundamentalismo religioso volta a assustar os povos livres.
Temos, portanto, exemplos inequívocos dos efeitos do
fanatismo religioso e político que pudemos observar ao vivo e a cores no século
20 e no atual. Não encontramos ainda nada parecido ao agnosticismo ou
materialismo generalizado, pois dificilmente algum povo os adotaria como lógica
geral, apesar da insistência das democracias ditas burguesas em estabelecer
estados laicos.
O que podemos imaginar, contudo, é a evolução da cultura
universal e da inteligência humana, chegando, quem sabe, a viabilizar a
convivência harmoniosa sem o terrorismo intelectual.
É justo afirmar, contudo, que as ditaduras matam a
inteligência e mediocrizam qualquer vida, exceto dos poderosos de plantão.
Lamentavelmente as ditaduras podem e existem com outros
formatos. No “mundo livre” a plutocracia existe e sabe se camuflar e condundir.
E podemos viver sem crenças religiosas e convicções
ideológicas?
Viver é antes de mais nada sobreviver e sucessivamente seguir
ocupando espações e ganhando sentimentos tão bem ilustrados pela (Hierarquia de necessidades de Maslow, 2012) . A demonstração
dessa afirmação é precária e talvez baseada em pesquisa do autor; a realidade,
entretanto, é a de que vamos sentindo sua pertinência à medida que vivemos e
convivemos com muitas pessoas.
Nessa lógica, o que sugerir a nossos filhos e netos?
A leitura do livro (O Enigma de Espinosa, 2013) encontramos
possíveis motivos para a obra (Ética - Demonstrada à Maneira dos Geômetras) cuja edição
brasileira, Série Ouro da Martin Claret traz
uma introdução feita por (Huberto
Rohden) [9]
que é uma excelente tradução do pensamento de (Baruch de
Espinoza) .
A definição que Spinoza faz do que possa ser entendido por Deus num enfoque
mais realista é de imenso valor para entendimento de quem não admite a existência
de um Criador cheio de caprichos e vontades aleatórias.
O aspecto positivo da
introdução do Dr. Huberto é chamar a atenção para a importância da bondade e do
amor, algo que extrai de Spinoza[10]
e que, visto a partir da natureza humana, deve dar muito mais felicidade do que
o contrário (visão utilitarista?).
Com certeza todas as deduções até o desenvolvimento do
conhecimento mais científico do ser humano e aí merece ser lido (Foucault, História da Loucura, 1972) tínhamos uma visão
sentimental do que seriam os crimes e castigos necessários (Foucault,
Vigiar e Punir)
a Humanidade procurava no colo dos deuses a razão para seus comportamentos e
diretrizes. Tudo era envolvido por lendas e imagens ao gosto e compreensão
popular. Qualquer obra mais complexa seria inatingível pela maiorias das
pessoas ignorantes.
E agora?
Ignorância pode ser
superada facilmente, no mundo da WEB é possível acessar e conhecer lugares,
histórias, ciências e opiniões que eram impossíveis ai ao ser humano comum até
há pouco tempo.
A Humanidade tem a bola, o campo de esportes, treinadores
etc., terá condições naturais para aproveitar bem isso? Pode dispensar o medo a
um ser superior?
E Deus?
Líderes, muitos talvez sábios, criaram as religiões, algumas
delas extremamente bem elaboradas. Para absorver tribos, nações e a humanidade,
a amplitude depende de circunstâncias estimuladoras dos sábios de plantão,
inventaram Deus com características similares às do ser humano.
Na Bíblia judaica em algum lugar, provavelmente no Gênesis,
está escrito que o ser humano foi feito por Deus à sua imagem e semelhança. O
contrário é mais provável; assim gente ignorante, crédula, sensível e
dependente passou a “conversar” com Deus.
O Criador, o Todo Poderoso com raiva, amor, senso de beleza e
feiura, vingativo e capaz de dar medalhinhas tornou-se a base de empresas
multinacionais, apoiadas por exércitos de fanáticos e mercenários.
Papas e similares afetaram tremendamente a história da
Humanidade...
A convicção na existência de ser criador do Universo é
onipresente inclusive entre cientistas e gênios da Humanidade, gente
sofisticada que é capaz de mentir solenemente simplesmente declarando a fé e
descrevendo a essência de Deus de forma a simplesmente identificá-lo à
Natureza. A lógica moderna não consegue suportar conceitos antigos.
As grandes religiões são populares, contudo. É natural. Assim
o terrorismo, o fanatismo, a censura, a injustiça existem em grande parte da
Terra.
Graças a Deus?
Maravilhosamente as pessoas, o conhecimento científico e o
social evoluem. Isso com certeza deve afetar conceitos pré-históricos,
definições pré-científicas e arcaicas. Será?
Podemos, isso sim, intuir que existem hipóteses de
sobrevivência e outros padrões naturais, tudo o que existir será natural. Quem
não teria situações intrigantes para relatar?
Sempre que questionado a respeito de algum padrão de crença
digo que o Espiritismo estaria muito próximo do que “sinto” existir, mais ainda
após momentos incríveis de muita “sorte”. Sempre lembrando que meu pai e avô,
pai do meu pai, eram eletricistas e de que tive um relacionamento muito forte
com o Pedro Cascaes de que muito me orgulho fico com a impressão de que fui
protegido por ele, meu pai, acima de tudo.
Acreditar é uma palavra forte e exige dados e fatos
demonstráveis, de que jeito?
A invenção humana em torno de Deus e o relacionamento que
possamos ter com o criador é produto de nossa extrema arrogância. Esse ser
infinitesimal pretender ligações de afeto e cuidados especiais com o Criador do
Universo ultrapassa qualquer limite do aceitável lucidamente. Nada impede,
contudo, que outros cenários de alguma espécie de vida existam e que estejam
fora de nossa percepção direta.
Nossa incapacidade de conhecimento de todos os detalhes da
vida e do Universo é flagrante. Não era assim antigamente. Na simplicidade dos
poucos conhecimentos humanos era fácil ter certeza de que Deus estava logo ali
e todos nós muito próximos do Criador e de suas vontades.
O universo cresce sem parar em nossas contas, e estamos
apenas num pontinho dele com alguns instrumentos de testes e medidas. Podemos e
devemos acreditar no que estiver ao nosso alcance físico e intelectual. Como
tanta gente se declara firmemente convicta da existência de Deus?
Pior ainda, acreditam em algo que nem podem sabem definir?
O pesadelo das convicções está no fanatismo, na
autoflagelação e hostilização de pessoas discordantes.
As organizações religiosas agem como se fossem torcidas
organizadas de times de profissionais. Os atores principais, os atletas, são
mercenários. Os torcedores que se declaram esportistas ou desportistas se
deixam fanatizar sem participar dos jogos efetivamente. O esporte em si é o que
menos praticam. A semelhança é tremenda com as organizações religiosas. Crentes
que se organizam apaixonadamente em torno de rituais e catecismos que não
seguem à risca, simplesmente dizem acreditar e por essa pantomima se dispõem a
perder a vida e a liberdade. Pode?
O fundamental é que todo ser humano tenha dúvida e não
esconda seus pensamentos. A hipocrisia é sócia do medo. A coragem de dizer a
verdade é essencial. Em torno dessa questão mais uma vez merece atenção a obra
de Michel Foucault. A evolução da sociedade humana depende da honestidade
intelectual e da coragem de enfrentar o que for real. Assim a (Foucault - a coragem da verdade) é o preço que
assumimos quando queremos ser responsáveis e justos.
O desafio, portanto, é ser crente ou não, sinceramente
acreditar ou não em Deus e poder explicar de forma satisfatória o que se
entende por “Criador do Céu e da Terra”.
Algo tenebroso é a percepção de erros intelectuais, aqueles
que moem a consciência ao longo da vida. Se alguém deseja envelhecer e morrer
com tranquilidade deve, acima de tudo, ouvir sua consciência, pensar e analisar
os efeitos sobre si mesmo de tudo o que faz. Com certeza, sendo uma pessoa
sadia, terá por aí diretrizes saudáveis, dispensando medos e fobias maiores,
como, por exemplo, se agrada ou não algum ser superior.
[1] O envelhecimento do organismo como um todo está
relacionado com o fato das células somáticas do corpo irem morrendo uma após outra e não serem
substituídas por novas como acontece na juventude. O motivo é que para a
substituição poder acontecer as células somática têm de se ir dividindo para
criarem cópias que vão ocupar o lugar deixado vago pelas que morrem.
Em virtude das múltiplas
divisões celulares que a célula individual registra ao longo do tempo, para
esse efeito, o telómero (extensão de DNA que serve para a sua proteção ) vai diminuindo
até que chega a um limite crítico de comprimento, ponto em que a célula deixa
de se poder dividir envelhece e morre com a conseqüente diminuição do número de
células do organismo, das funções dos tecidos, órgãos, do próprio organismo e o
aparecimento das chamadas doenças da velhice e não só.
Existe uma enzima
natural (telomerase) em todos os organismos vivos que está encarregada de
proceder à manutenção dos telómeros. Por cada divisão da célula acrescenta a
parte do telómero que se perde em virtude da mesma, de modo que o telómero não
diminui e a célula pode-se dividir sempre que precisa. O que acontece é que ela
faz essa função unicamente nas células germinativas fazendo com que estas sejam permanentemente
jovens independentemente do organismo ser já velho. Devia fazer o mesmo nas
células somáticas do organismo, mas, isso não acontece. Wikipédia
[2] Tragédia (do grego antigo τραγῳδία, composto de τράγος, "bode" e ᾠδή,
"canto") é uma forma de drama que se caracteriza
pela sua seriedade e dignidade, frequentemente envolvendo um conflito entre
uma personagem e algum poder de instância maior, como a lei, os deuses, o destino ou
a sociedade.
Suas origens são
obscuras, mas é, certamente, derivada da rica poética e tradição religiosa
da Grécia Antiga. Suas raízes podem ser rastreadas mais especificamente
nos ditirambos, os cantos e danças em honra ao deus grego Dionísio (conhecido
entre os romanos como Baco). Dizia-se que estas apresentações etilizadas e extáticas foram criadas
pelos sátiros, seres meio bodes que cercavam Dionísio em suas orgias, e as palavras gregas
τράγος, tragos, (bode) e ᾠδή, odé, (canto) foram
combinadas na palavra tragoidia (algo como "canções dos
bodes"), da qual a palavra tragédia é derivada. Wikipédia
[3] Democracia é uma forma de governo em
que todos os cidadãos elegíveis participam igualmente — diretamente ou através
de representantes eleitos — na proposta, no desenvolvimento e na criação
de leis. Ela
abrange as condições sociais, econômicas e culturais que permitem o exercício
livre e igual da autodeterminação
política.
O termo origina-se
do grego antigo δημοκρατία (dēmokratía ou
"governo do povo"), que foi cunhado a partir δῆμος (demos ou
"povo") e κράτος (kratos ou "poder") no século
V a.C. para denotar os sistemas políticos então existentes em cidades-Estados gregas, principalmente Atenas; o termo é um antônimo para
ἀριστοκρατία (aristokratia ou "regime de uma elite"). Embora, teoricamente, estas definições sejam
opostas, na prática, a distinção entre elas foi obscurecida
historicamente. No sistema político da Atenas Clássica, por exemplo,
a cidadania democrática
abrangia apenas uma classe de elite de homens livres, enquanto escravos e mulheres
eram grupos excluídos da participação política. Em praticamente todos os
governos democráticos em toda a história antiga e moderna, a cidadania
democrática valia apenas para uma elite de pessoas, até que a emancipação
completa foi conquistada para todos os cidadãos adultos na maioria das
democracias modernas através de movimentos por sufrágio universal durante os séculos XIX e XX.
O sistema democrático
contrasta com outras formas de governo em que o poder é detido por uma pessoa —
como em uma monarquia — ou em que o poder é mantido por um pequeno
número de indivíduos — como em uma oligarquia. No
entanto, essas oposições, herdadas da filosofia grega, são
agora ambíguas porque os governos contemporâneos têm misturado elementos
democráticos, oligárquicos e monárquicos em seus sistemas políticos. Karl Popper definiu
a democracia em contraste com ditadura ou tirania,
privilegiando, assim, oportunidades para as pessoas de controlar seus líderes e
de tirá-los do cargo sem a necessidade de uma revolução.
Diversas variantes de
democracias existem no mundo, mas há duas formas básicas, sendo que ambas dizem
respeito a como o corpo inteiro de todos os cidadãos elegíveis executam a sua
vontade. Uma das formas de democracia é a democracia direta, em que todos os cidadãos elegíveis têm participação direta e ativa na
tomada de decisões do governo. Na maioria das democracias modernas, todo o
corpo de cidadãos elegíveis permanecem com o poder soberano, mas o poder
político é exercido indiretamente por meio de representantes eleitos, o que é
chamado de democracia
representativa. O conceito de
democracia representativa surgiu em grande parte a partir de ideias e
instituições que se desenvolveram durante períodos históricos como a Idade Média europeia,
aReforma Protestante, o Iluminismo e
as revoluções Americana e Francesa. Wikipédia
[4] A psicossomática é uma ciência interdisciplinar
que integra diversas especialidades da medicina e
da psicologia para estudar os efeitos de fatores sociais e
psicológicos sobre processos orgânicos do corpo e sobre o bem-estar das
pessoas. O termo também pode ser compreendido, tal como descreve Mello Filho (MELLO
FILHO, Júlio (coordenador); Psicossomática hoje; Porto Alegre;
Artes Médicas, 1992), como "uma ideologia sobre a saúde, o adoecer e sobre
as práticas de saúde, é um campo de pesquisas sobre estes fatos e, ao mesmo
tempo, uma prática, a prática de uma medicina integral". Wikipédia
[5] Imperativo categórico é um dos principais
conceitos da filosofia de Immanuel Kant.
Sua ética têm
como conceito esse sistema. Para o filósofo alemão, imperativo categórico é
o dever de
toda pessoa doar conforme os princípios que ela quer que todos os seres humanos
sigam, se ela quer que seja uma lei da natureza humana, ela deverá confrontar-se
realizando para si mesmo o que deseja para o amigo. Em suas obras Kant afirma
que é necessário tomar decisões como um ato moral, ou seja, sem agredir ou
afetar outras pessoas.
O imperativo categórico
é enunciado com três diferentes fórmulas (e suas variantes), são estas:
1)Lei Universal: "Age como se a máxima de tua ação devesse
tornar-se, através da tua vontade, uma lei universal." a)Variante: "Age
como se a máxima da tua ação fosse para ser transformada, através da tua
vontade, em uma lei universal da natureza."
2)Fim em si mesmo: "Age de tal forma que uses a humanidade, tanto na tua pessoa, como na pessoa de qualquer outro, sempre e ao mesmo tempo como fim e nunca simplesmente como meio".
3)Legislador Universal(ou da Autonomia): "Age de tal maneira que tua vontade possa encarar a si mesma, ao mesmo tempo, como um legislador universal através de suas máximas." a)Variante: "Age como se fosses, através de suas máximas, sempre um membro legislador no reino universal dos fins."
2)Fim em si mesmo: "Age de tal forma que uses a humanidade, tanto na tua pessoa, como na pessoa de qualquer outro, sempre e ao mesmo tempo como fim e nunca simplesmente como meio".
3)Legislador Universal(ou da Autonomia): "Age de tal maneira que tua vontade possa encarar a si mesma, ao mesmo tempo, como um legislador universal através de suas máximas." a)Variante: "Age como se fosses, através de suas máximas, sempre um membro legislador no reino universal dos fins."
[6] Um teste vocacional é um teste que se
realiza em pessoas para testar os interesses e aptidões a fim de indicar uma ou
mais possíveis vocações e do testado. Os especialistas em orientação vocacional
têm colocado em xeque a ideia convencional que se tem de vocação. Gente
talentosa sempre vai existir, mas o século XXI promete abrir espaços para quem
é apenas normal. Para ser bem-sucedido, melhor é ser polivalente e, mais que
tudo, gostar do que faz. Os testes vocacionais são pouco usados hoje em dia.
Eles podem ajudar a conhecer suas habilidades e gostos. No entanto, isso não
obriga alguém a definir uma profissão só
porque o teste indicou isso; os questionários são padronizados e as pessoas
não. Os testes vocacionais tradicionais, que dividem o mundo em humanas e
'exatas, foram praticamente banidos. Eles se baseavam apenas nas inclinações
naturais e nos temas de interesse pessoal. Wikipédia
[7] Ativismo, no sentido filosófico, pode ser
descrito como qualquer doutrina ou argumentação que privilegie a prática
efetiva de transformação da realidade em detrimento da atividade exclusivamente
especulativa. Nesse sentido, frequentemente subordina sua concepção de verdade e
de valor, segundo
Sigmund Freud essa
prática, que ele enquadrava no que ele chamou em sua obra "A Nova
Medicina", num capítulo particular do que ele denominava de
"Psicologia das Massas populares", e enquadrava com o nome genérico
de Seita e
de seus seguidores, pois essa prática já foi muito comum na Índia, na sua
época.
A imprensa por vezes usa o termo ativismo como sinônimo de manifestação ou protesto. Nas
ciências políticas também pode ser sinônimo de militância, particularmente por
uma causa.
Usualmente, ativismo pode ser entendido como militância
ou ação continuada com vistas a uma mudança social ou política,
privilegiando a ação direta,
através de meios pacíficos ou violentos, que incluem tanto a defesa, propagação
e manifestação pública de ideias até a afronta aberta à Lei, chegando inclusive
à prática de terrorismo. Wikipédia
[8] Significado de Crer
v.t.d e v.t.i.
Considerar como verdadeiro - acreditar: cremos na recuperação.
v.t.d e v.t.i. Considerar alguém sincero: cremos em você.
Considerar possível - desejar: creio que desta vez eu conseguirei um trabalho.
Imaginar ou supor: não posso crer que ele tenha assim procedido.
v.i. Ter fé, ter crenças, especialmente, religiosas.
Crer em si, ter confiança em seu próprio valor: creio em mim.
v.t.d. v.t.i. v.pred e v.pron. Imaginar, prever, considerar ou julgar: creio que ele esteja recuperado; ele crê na bondade.
(Etm. do latim: credẽre)
v.t.d e v.t.i. Considerar alguém sincero: cremos em você.
Considerar possível - desejar: creio que desta vez eu conseguirei um trabalho.
Imaginar ou supor: não posso crer que ele tenha assim procedido.
v.i. Ter fé, ter crenças, especialmente, religiosas.
Crer em si, ter confiança em seu próprio valor: creio em mim.
v.t.d. v.t.i. v.pred e v.pron. Imaginar, prever, considerar ou julgar: creio que ele esteja recuperado; ele crê na bondade.
(Etm. do latim: credẽre)
[9] Huberto Rohden (São Ludgero, 31 de dezembro de 1893 — São Paulo, 7 de outubro de 1981) foi um filósofo, educador
e teólogo catarinense,
radicado em São Paulo. Filho de Johannes Rohden e de Anna Locks. Precursor do espiritualismo
universalista, escreveu mais de 100
obras (ao final da vida, condensadas em 65 livros), onde franqueou leitura
ecumênica de temáticas espirituais e abordagem espiritualista de questões
pertinentes àPedagogia, Ciência e
Filosofia, enfatizando o autoconhecimento,
auto-educação e a auto-realização. Wikipédia
[10] Baruch de Espinoza1 (também Benedito
Espinoza; em hebraico: ברוך שפינוזה, transl. Baruch Spinoza) (24 de novembro de 1632, Amsterdã — 21 de fevereiro de 1677, Haia) foi um dos grandes racionalistas do século XVII dentro
da chamada Filosofia Moderna, juntamente com René Descartes e Gottfried Leibniz. Nasceu em Amsterdã, nos Países Baixos,
no seio de uma família judaica portuguesa e é considerado o fundador docriticismo bíblico moderno.
Wikipédia
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