Acessibilidade, inclusão, dignidade, cidadania.
Sumário
As cidades, essenciais ao
ser humano e reflexo do desenvolvimento comportamental e técnico da nação.
Introdução
O desafio que demora a ser vencido é convencer nossas
autoridades sobre a importância do respeito ao cidadão comum, à Pessoa com
Deficiência (PcD), idosos, crianças e ao cidadão que sente os preconceitos, o
desprezo e a agressividade tácita das pessoas que têm imóveis, escolas,
cartórios, lojas, empresas em geral e, principalmente, cargos políticos de onde
simplesmente deveriam exigir a legislação relativa à inclusão e segurança das
pessoas.
Inacreditavelmente descobrimos pessoas aparentemente bem
preparadas para cargos públicos optando pela manutenção da desatenção a
questões vitais a dezenas de milhões de brasileiros.
Precisamos e agora podemos, graças a novos recursos de
mobilização, redação de livros, registro e lembrança de obrigações induzir
lideranças a mudanças de comportamento essenciais ao ser humano.
No Brasil estamos demorando demais a entender e aplicar
conceitos justos e necessários à harmonização da vida urbana, principalmente.
Nossas cidades transformam-se em monstrópoles diante da omissão de prefeitos,
principalmente, e na colocação de prioridades diferentes daquelas que são
essenciais à vida humana sadia.
Com certeza nessa proposta muita coisa precisa ser
considerada.
A ocupação de solo sem critério gera desfiladeiros de
concreto formados por arquivos de gente devidamente engaioladas e reclusas, lá
embaixo, no vale da miséria, caminham pessoas sem nome ou, em avenidas de luxo,
gente uniformizada e vestida para caminhar ou andar de bicicleta, mostrando em
suas roupas que são “chiques”. O resto é invisível, se percebidos causam
receios, casos de polícia ou dos serviços de assistência social. Bem
caracterizados os pedestres pacíficos passam...
E nas calçadas em geral, quando existem?
Curitiba, nossa cidade modelo, pois nela vivemos, a
prioridade é a árvore, as pedra irregulares, as obras que aparecem sem qualquer
cuidado, o trânsito irresponsável etc.
A luta por mudanças existem.
Elas são mais sutis nas escolas. Quantas crianças aprendem
com vigor que devem se respeitar e principalmente nas cidades onde a qualidade
de vida dependerá delas quando forem adultas? É difícil ensinar isso em
comunidades onde o egoísmo impera, a competição alienante é mais charmosa...
Processos pedagógicos são padronizados, professores e
professoras não têm tempo para estudar, para aprender mais sobre suas
atividades, as escolas não têm, com raras exceções, acessibilidade e segurança
para a criança com deficiência, o processo é excludente por definição, sempre
foi e marca comportamento do ensino em todos os níveis.
As dificuldades de sociabilização, mobilidade, comunicação e
aprendizado agora podem ser superadas. Para isso os países assim governados
precisam investir muito em Educação. Lamentavelmente nossas escolas são linhas
de montagem de robôs que mais tarde precisarão se enquadrar em linhas de
montagem, escritórios de empresas, no sistema burocrático etc.
Felizmente a Ciência viabiliza um progresso alucinante.
Poderemos ter imensas novidades se a Humanidade não se
destruir ou sofrer algum cataclismo natural. Talvez as teses de Domenico de
Masi [ (A Economia do
Ócio) ,
(Criatividade - Descoberta e Invenção, 2005) , (O Futuro do Trabalho, 1999) , (Entrevista - Domenico De Masi) , (A Emoção e a Regra - Os Grupos Criativos na Europa de 1850 a 1950, 1999) ] maravilhosamente
aconteçam como efeito natural do progresso da ciência e assim uma nova ordem
social apareça dentro de nosso sistema capitalista, simplesmente pela exaustão
das oportunidades de trabalho e a possibilidade de se criar um mundo mais
criativo e saudável.
Nada é impossível, estudando a história da Humanidade
percebemos os tremendos saltos de relações sociais que estão longe de chegarem
a um nível máximo, seja qual for a base de análise.
Para as pessoas carentes de mais cuidados e recursos para
exercerem a plenitude de suas potencialidades há muito a ser conquistado, sim,
conquistado. A alienação e luta individual pela sobrevivência deixa pouco
espaço para a evolução pessoal, mais ainda a partir de reformas do ensino que
no passado inibiram qualquer ativismo social e político.
A Acessibilidade e inclusão exige atenção total. Das
calçadas ao comportamento pessoal e coletivo há muito a ser feito. Por isso a
ênfase deve estar na Educação, da família ao ambiente escolar, onde realmente a
criança aprende a se socializar, já que as várzeas desapareceram e as ruas
pertencem aos automóveis.
O desafio também reside no convencimento de tecnocratas,
administradores e lideranças civis. Neles está o poder real e capaz de colocar
em segundo ou terceiro plano a cidadania e o respeito recíproco. Obviamente a
mídia é fundamental. De novelas a programas educativos há que se multiplicar
lições, exemplos e orientações técnicas e culturais.
Infelizmente muito depende de coerção, intimidação e
atitudes até agressivas. Sabemos que o ser humano pode ser portador de
patologias mentais que o tornam insensíveis. Isso dá forças a muitos indivíduos
em sua luta pelo poder dentro e fora de empresas. O egoísta perfeito é um bom
executivo...
Os acionistas agradecem e premiam a violência gerencial,
dela dependem, na sombra de seus portfólios para enriquecerem.
Após muitas lutas as teses em torno da satisfação de
demandas da sociedade carente de recursos adicionais para sobreviver ganha
espaços, mas outras propostas são dominantes. Os governantes precisam atender
suas bases de financiamento de campanhas e assim desviam-se facilmente dos
Direitos Humanos, dos Objetivos do Milênio e principalmente do simples e já até
regulamentado direito da pessoa com deficiência.
O mais intrigante nisso tudo é que para muitas questões
bastaria o prefeito, o Ministério Público, os Tribunais e Conselhos de
Profissionais e acima de tudo o Poder Judiciário determinarem o respeito às
leis existentes.
Surpreendemo-nos inúmeras vezes constatando a ignorância de
pessoas poderosas que teriam poderes para corrigir rumos administrativos e
técnicos. Preferem trabalhar no varejo, talvez porque assim faturem mais...
Neste livro apresentarmos uma coleção de artigos escritos ao
longo do tempo para até documentar o que afirmamos nessa introdução. Esperamos
assim poder contribuir de forma positiva para a solução, correção e
fortalecimento da vontade daqueles que se preocupam com a PcD, os idosos, as
crianças e a sociedade em geral.
Cascaes
30.5.2013
Objetividade, pragmatismo, resultados.
Um aspecto a considerar prioritariamente é a necessidade de
racionalização na luta e trabalhos a favor das pessoas com deficiência.
Perdemos décadas em discussões estéreis onde tudo terminava em semântica.
Deixamos de colocar questões sérias graças a debates intermináveis e inúteis.
As crianças que nascem com deficiência não podem esperar,
jovens que precisam formar personalidade profissional, adulta, dependem de
decisões e soluções.
Nada pior do que constatar a pior solução, por exemplo. O
corporativismo e a frieza burocrática de pessoas com grande responsabilidade,
criando complicações e protelando atitudes positivas.
Estamos, finalmente, com muitas questões vencidas, mas
desperdiçamos décadas.
Agora, graças ao progresso tecnológico é possível avançar
celeremente na prevenção, correção, sistemas de apoio e autonomia da pessoa com
deficiência. Para isso, contudo, devemos ter humildade e senso de prioridades,
radicalizar prioridades e nunca esquecer a necessidade de se universalizar formas
de trabalho, estudos, comunicação etc. que evitem sacrifícios desnecessários,
considerando o estado da arte dos meios de comunicação.
Pode-se e é urgente a necessidade de revisão dos métodos de
ensino, principalmente nos níveis superiores, onde o EAD (Ensino a Distância)
está apenas no início de suas possibilidades. A exigência de reuniões
presenciais, salas de trabalho etc. esquecem que o importante é RESULTADO. Não
podemos aceitar teses pré-históricas em pleno século 21.
O potencial existente e em desenvolvimento reduzirá
substancialmente a dependência das pessoas em qualquer condição de trânsitos
perdulários e raramente eficazes.
Enquanto soluções que independam da vontade dos políticos
não aparecem devemos lutar para convencê-los a aplicar com urgência a
legislação existente em todos os níveis, inclusive acordos internacionais.
Espantosamente sentimos que do Poder Judiciário aos empresários, passando por
prefeitos e Governadores, inclusive muitos ministérios federais, com destaque
para o MEC, a situação de desespero e humilhação de dezenas de milhões de
brasileiros pouco se altera.
O cinismo e a hipocrisia dominam nossas autoridades, algo
que o livro (Gomes, 2010) registra com
detalhes em seus livros de história.
Quando tratamos de PcD e idosos podemos até dizer, na
maioria dos casos, que todos estão colhendo o que plantaram (Cascaes, Para os jovens da década de 60 do século passado, 2013) .
Desistir da luta é perder a guerra.
Naturalmente todos os seres humanos têm limitações, mais
ainda por efeito da faina diária, do esforço de sobrevivência. (Hierarquia de necessidades de Maslow, 2012) . Para entender a
história da Humanidade ganhamos muitas ideologias, utopias, religiões, seitas e
até cientistas confusos, a verdade é que somos pequeníssimos e os desafios que
enfrentamos muito superiores à nossa capacidade normal de raciocínio.
Talvez em futuro não muito distante tenhamos sistemas de
processamento de dados capazes de processar diariamente todo o conhecimento
humano e a partir daí a possibilidade agir com mais eficácia.
De qualquer jeito no Brasil chegamos a cenários positivos. A
legislação foi criada, a ABNT, aos trancos e barrancos, cumpre suas obrigações e
alguns ambientes já demonstram maior respeito à pessoa com Deficiência.
Devemos, contudo, questionar e cobrar de nossas autoridades o respeito imediato
a leis que não custarão nada aos cofres públicos.
Concessionárias, por sua vez, não têm desculpas, exceto a
maldita diretriz que o próprio Governo federal impõe de minimizar tarifas e
fazer leilão de concessões (quem paga mais?). Muitos serviços são extremamente
importantes.
Exigindo o respeito aos idosos, por exemplo, estaremos
zelando pela saúde e dignidade de nossos parentes, amigos e a situação pessoal
em qualquer ambiente.
Esse livro, feito por um leigo autodidata, que aprendeu
muita coisa lutando por seus filhos, poderá ajudar nesse sentido, caso
contrário não terá tido qualquer serventia.
O corpo humano, essa máquina fantástica, complexa e
frágil
Ser engenheiro com experiência multidisciplinar ajuda a
analisar muitas situações e “coisas” além do que nossos diplomas e entidades de
classe autorizam. A idade maior e bem aproveitada em estudos, filmes, leituras,
análise de incidentes e acidentes e reflexões sobre a própria vida dão uma base
de dados fantástica que não deve ser desperdiçada.
Procurando entender o corpo humano e o seu cérebro podemos
concluir que temos sobre o pescoço um tremendo computador cujo hardware
viabiliza softwares e sistemas de processamento tão rápidos e complexos que nos
permitem ter essa sensação de continuidade e amplitude com detalhes infinitesimais.
Sua ordenação metafísica ou não é questão de foro íntimo, não nos cabendo aqui
aprofundar essa questão. O fundamental é entender que desde a concepção
forma-se dentro da mãe e depois o processo continua após o parto um ser
maravilhoso, do ponto de vista da Engenharia, tão potente que durante milênios
simplesmente induziu filósofos, estrategistas, políticos e até o cidadão mais
independente de qualquer compromisso ético e científico a acreditar firmemente
na escravidão e utilização de seres humanos, deixando o pensamento e a evolução
humana para universos filosóficos, lúdicos, militares e sacerdotais, sempre na
preocupação de bajular e negociar com ser(es) superior(es).
A produção de ferramentas e máquinas não era tão importante
quanto escravizar e negociar cativos entre os poderosos e até os mais simples
cidadãos.
Felizmente as ciências exatas, mecânicas, elétricas, de
materiais e agora a de processamento de dados estão libertando o ser humano que
deseja não ser escravo de chefes e necessidades, a escravidão formal diminui no
Mundo Ocidental e a sobrevivência já é possível sem grande esforço, e o
indivíduo e sua família escaparem de modelos consumistas e exibicionistas.
Mas, o que é o corpo humano?
Do ponto de vista do engenheiro que passou décadas
trabalhando e estudando técnicas e sistema podemos dizer que é um conjunto
harmonioso formado por um computador sobre o pescoço e com sensores,
transdutores, servomecanismos, malha de transmissão de dados, elementos de
produção de estímulos químicos e elétricos assim como softwares residentes,
adquiridos e em criação e desenvolvimento permanente.
Essa máquina complexa é frágil, sensível a vícios,
comportamentos e ao ambiente de onde extrai informações.
O cérebro é também um computador que se autoprograma, tudo
dentro de lógicas relativamente aleatórias, mas subordinadas a estímulos internos
e externos.
E a compactação?
O volume do cérebro é desprezível se o compararmos a de
grandes computadores que estão longe de fazer o que os humanos são capazes.
Enquanto os computadores existentes, por enquanto, utilizam
lógicas binárias, duas dimensões, o neurônio, o elemento chave do computador
orgânico tem muitas dimensões. Equivale a um polvo conectado a outros, cada
tentáculo sendo uma dimensão, acrescentando a isso a memória química, quântica,
estrutural que ilustra um equipamento fantástico, só agora começando a ser
desvendado graças a novas técnicas e pesquisa e observação.
Ouvidos, olhos, tato, olfato, paladar e talvez outra formas
de percepção do ambiente dão ao corpo humano uma tremenda capacidade de coleta
de dados que o cérebro processa e transmite em ordens passíveis de viabilizar a
locomoção, o manuseio, a conversação, a autonomia ímpar por efeito dos sistema
mecânicos e elétricos que transmitem em todos os sentidos o que os sensores
captam e os transdutores convertem em ações.
Essa máquina possui defesas e reage a intromissões, até com
parceria de outros micro-organismos, num processo de simbiose extraordinário.
E daí?
Naturalmente a fragilidade do corpo humano viabiliza lesões
transitórias e permanentes. Essas falhas adquiridas acontecem na maioria das
vezes imperceptivelmente, viabilizando a criação de uma multidão extremante
diversa em comportamentos, potencialidades e aparências.
Não existe ser humano perfeito em relação ao que poderia ser
se nada lhe prejudicasse.
As restrições podem ser perceptíveis ou não.
Nesse universo a Pessoa com Deficiência é aquela que de
alguma forma exibe suas restrições, e são centena de milhões sobre a Terra.
Poderiam ser mais numerosas se legalmente considerássemos, por exemplo, quem
depende da prótese denominada óculos de grau como PcD. A invenção dos óculos de
grau salvou multidões incalculáveis da ignorância a limitações de trabalho e
lazer.
Diante de tudo isso,
quais são os direitos e deveres da pessoa com deficiência? Ela é diferente?
A pessoa com deficiência ao longo da história
A história da Humanidade demonstra sua evolução
comportamental e a criação de éticas oportunistas, corporativas e sociais.
A convivência em comunidades exigiu a viabilizou reflexões e
a evolução, principalmente à medida que a sobrevivência do ser humano afastou
da violência cotidiana das florestas e savana, onde o homo sapiens sapiens
precisava enfrentar diariamente coleções de feras mais preparadas para a luta
do que aquele ser frágil, sem couro, dentes pequenos, força física reduzida
etc.
A vida era um privilégio dos mais fortes, qualquer
fragilidade poderia ser a diferença entre a vida e a morte e até a extinção da
tribo ou nação.
Nessas condições a crueldade era a regra, algo que ainda perdura
em nossas mentes, Jung que o diga.
Graças à evolução tecnológica e relacional as pessoas agora
podem viver tranquilamente em seus espaços sem perceber a violência
institucional residual. Essa agressividade que sobrou é extremamente útil aos
egos e vaidades, servindo de base para preconceitos e exclusão.
Nosso alvo precisa ser a pacificação dos eres humanos, a
mútua aceitação, a convivência fraterna, agradável e saudável.
Ao longo da história a ignorância viabilizou situações
absurdas que talvez poucos saibam, valendo, entre outras coisas, para quem
quiser entender um pouco, a leitura atenta dos livros (História
da Loucura)
e outros desse autor.
Ou seja, até recentemente a deficiência intelectual, por
exemplo, era motivo de cuidados e preconceitos extremamente cruéis, quando não
simplesmente de atitudes radicais sob alegações religiosas, militares e até de
bom ordenamento social.
Sociólogos, filósofos, psicólogos, historiadores e outros
têm um espaço de pesquisa e aprofundamento infinito, pois a condição de vida da
PcD é acima de tudo um indicador da evolução de qualquer comunidade. Não existe
indicador mais dolorido da qualidade cultural e moral de povo do que o respeito
aos idosos, às pessoas com deficiência permanente ou transitória, às crianças e
todas com deficiência econômica, onde todos os pesadelos se reúnem com mais
intensidade.
Nosso modelo é neoliberal, o paradigma está em nações
capitalistas, mas o câncer da escravidão e da separação da sociedade em classes
persiste fortemente no Brasil gerando elites pernósticas, alienadas e egoístas
ao extremo.
No Brasil somos especialistas em reuniões, congressos, seminários
etc., incapazes, entretanto, de simplesmente aplicar a legislação existente.
A demagogia rende frutos quando os problemas são resolvidos
no varejo, da doação de cadeiras de rodas a solução de empregos de potenciais
cabos eleitorais.
Nossa sociedade servil é escrava da sua ignorância e
desprezo pelos mais próximos, preferindo rezar e atribuir culpas estranhas a
resolver os seus problemas. Essa é nossa história muito bem apresentada nos
livros [ (Gomes, 1808) , (Gomes, 1822 - Como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês
louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o Brasil - um país que tinha tudo
para dar errado., 2010) , (História
da Vida Privada ) ,
etc.]. Um pequeno roteiro de leitura e filmes em (Livros e Filmes Especiais) .
Mas a condição de vida (e m morte) das pessoas com
deficiência tem em muitos portais e blogs resumos interessantes, além dos
indicados [ (As pessoas
com deficiência na história do mundo.) , ( Breve
Histórico sobre a Deficiência) , (BREVE
HISTÓRICO DA DEFICIÊNCIA E SEUS PARADIGMAS) etc.]. Não há,
contudo, nada que descreva com precisão o sofrimento causado a inúmeros seres
humanos vítimas da animalidade da sociedade em que viviam.
Felizmente a Humanidade evoluiu materialmente e
comportamentalmente, assim temos agora leis, decretos, normas, regulamentos
etc. a favor da PcD (Cascaes, Direitos das Pessoas com Deficiência) , falta, contudo,
convencimento pleno de nossas autoridades e do povo em geral de que a aplicação
dessa legislação é fundamental à vida digna de dezenas de milhões de
brasileiros. No exterior já é possível descobrir essa determinação, aqui,
contudo, outras prioridades aparecem circunstancialmente, protelando sempre
atitudes que até não custariam nada ao contribuinte, mas que pesariam nas
reeleições malditas e degradantes.
O portal (MEMORIAL
DA INCLUSÃO - Os caminhos da Inclusão) é um registro
histórico do que se fez de mobilização na visão de algumas lideranças. Outros
blogs e portais mostram e confirmam nossa militância tardia [ (TRAJETÓRIA DAS PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA NA HISTÓRIA DO BRASIL: “CAMINHANDO EM SILÊNCIO”., 2011) , (A pessoa
com deficiência e sua relação com a história da humanidade ) ].
Gastamos muito tempo na lógica assistencialista, sem atenção
para a inclusão e autonomia das PcD. O pesadelo da inclusão escolar, por
exemplo, levou-nos a muitas ações a partir da década de noventa, quando
acreditávamos que leis e decretos eram eficazes assim como a atuação dos
Ministérios Públicos.
Pessoalmente começamos a sentir, motivados por necessidades
familiares, a indiferença e até desprezo em ambientes onde nunca imagináramos
tanta frieza (universidades).
Essa situação persiste, bastando lembrar que basta nossas autoridades
e gerentes determinarem e o Brasil terá uma revolução a favor da dignidade da
PcD em poucos meses.
Querer é poder
Considerando nossas leis até em nível municipal concluímos
que muito poderia já ter sido feito transformando nossas cidades em lugares
inclusivos, com mobilidade, comunicação e segurança para a grande maioria de
seus cidadãos.
Algo intrigante é perceber que políticos experientes e bem
educados relutam em determinar o cumprimento de leis importantíssimas para os
cidadãos que vivem sob seu império.
Sabemos que em torno dos nossos eleitos existe um cinturão
de apoio técnico, administrativo, midiático, político e ...
A simbiose dos gerentes eleitos entre seus companheiros
significa um conjunto opaco que elegemos quando escolhemos nossos candidatos.
Infelizmente os discursos não têm qualquer relação com o trabalho a ser
realizado, e sempre aparecem com desculpas de rotina, como se desconhecessem a
situação dos postos pretendidos.
As Pessoas com deficiencia estão entre as maiores vítimas da
demagogia. Até por suas limitações eventuais de comunicação agem de forma
ingênua ou oportunista, nada de diferente dos demais cidadãos, só que agravado
pelo desconhecimento pleno das malícias dos poderosos.
Felizmente os sistemas de comunicação e processamento de
dados ampliam a troca de informações, formação de opinião e mobilização. A
convicção é a de que usando as redes sociais, internet (emails), blogs,
youtube, clubes de serviço cibernéticos, ONGs dedicadas à Tecnologia Assistiva
e portais de transparência a pessoas, ainda que reclusas e com restrições de
qualquer espécie, em sua maioria poderão mais e mais entender porque são
excluídas do convívio social.
O século 21 promete transformações positivas
extraordinárias, se a prioridade for o ser humano. Infelizmente os oligarcas
querem outras prioridades, via de regra definidas por seus interesses industriais,
comercias e financeiros.
Devemos estar atentos, lutando, cobrando, exigindo o
respeito a todos o cidadãos, do mais humilde ao mais rico, mas, acima de tudo,
daqueles que precisam do estado para crescerem.
É bom exemplificar, calçadas são circuitos de
responsabilidade legislativa dos municípios. De modo geral atribuem aos
proprietários de imóveis, apesar de serem faixas de servidão para todo tipo de
concessionária, a responsabilidade de fazer e manter esses espaços.
Se nada existe contra essa decisão estranha o prefeito pode
determinar por ação administrativa que todas as calçadas mal feitas sejam
corrigidas de acordo com as normas técnicas existentes.
Ou seja, no máximo dentro de um ano as cidades podem se
transformar radicalmente.
Caso contrário nada impede que a administração municipal
arrogue para si a responsabilidade sobre os passeios, viabilizando grandes
projetos de reurbanização que certamente encontrarão financiadores, com custos
que poderão ser distribuídos entre as concessionárias, o contribuinte em geral
e os proprietários de imóveis.
Com tantas opções, por que continuamos com cidades tão ruins
no Brasil?
Querer é poder, mais ainda quando se tem poder real,
delegado em eleições democráticas. Elas não existem para se criar novos
reizinhos, mas para que os eleitos trabalhem com inteligência e determinação a
favor do povo.
No Brasil (e no mundo em geral) é mais do que evidente que
as elites políticas estão a serviço de grupos estranhos às necessidades reais
do povo, sempre imerso na propaganda a favor de quem paga os horários
televisivos, custos que mais adiante cairão sobre o povo, inclusive na forma
alienada de governar.
Acreditando na força da mobilização e atuando energicamente
poderemos, talvez, chegar ao Estado de Direito[1],
quando a legislação não será questionada, mas simplesmente aplicada.
Em nossa terra a sustentação da escravidão e o poder dos
donos de senzalas criou uma cultura de desrespeito a leis que o Brasil adotou
na luta contra o comércio negreiro (Gomes, 1822 - Como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês
louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o Brasil - um país que tinha tudo
para dar errado., 2010) .
Foi, talvez, o preço para a formação de um grande país, as sequelas,
entretanto, persistem, a pior delas é não vivermos num estado em que as leis
são respeitadas, não são circunstancias nem objeto de negociações subterrâneas
entre o poderes executivos e legislativos.
Tecnologia Assistiva e o futuro da PcD
Quem viver verá, a humanidade não se destruindo em guerras
absurdas, qualquer guerra beira pelo menos à loucura, terá progressos
inimagináveis em soluções a favor das pessoas com deficiência, com doenças
graves permanentes e transitórias, idosos e para todos em geral.
Já temos muito graças a determinações federais e à luta já
de algumas décadas a favor das Pessoas com Deficiência, além da legislação
conquistada.
A Tecnologia Assistiva[2]
é uma realidade já conceituada e colocada em marcha [ (Cascaes, A
Pessoa com Deficiência Auditiva Blog dedicado aos deficientes auditivos de
diversas formas., 2012) , (Centro Nacional de Referência em Tecnologia Assistiva: Ministra Maria do
Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, visita
CTI Renato Archer)
etc.].
O desafio brasileiro é estimular pesquisadores e industriais
assim como entidades de fomento a criar e viabilizar a produção de soluções.
Sempre é importante enfatizar a universalidade do que vier a
ser criado e implementado, o que é útil para a PcD estará sendo valioso para
quem não é na vida comum ou em períodos de restrição por doença ou acidentes.
Temos razões concretas para afirmar que a TA está em franco
desenvolvimento. É um nicho de mercado para empreendedores competentes, assim
como um mote de desafio a pesquisadores e laboratórios. Com certeza a inércia
no mundo acadêmico atrapalha muito, havendo nesse espaço até a necessidade de
diretrizes impositivas.
A inclusão mais difícil é no ambiente escolar em todos os
seus níveis.
O que se aplica em Educação no Brasil é muito pouco,
tornando qualquer custo adicional um valor significativo em termos percentuais.
Há um longo caminho a ser percorrido.
No caso das escolas a inclusão é algo que avança muito
lentamente, apesar de muitos esforços para conscientização. Infelizmente até as
quem depende do respeito às leis se deixa cooptar e transige quando tem poder.
Lutar a favor da criação de soluções para inclusão e
autonomia não ofende ninguém, é uma causa difusa com resultados concretos.
Tudo favorece o apoio técnico à PcD, é só querer.
As cidades, essenciais ao ser humano e reflexo do
desenvolvimento comportamental e técnico da nação.
A principal vitrine ilustrando o desenvolvimento cultural,
político, em torno dos Direitos Humanos, cidadania e coerência é a cidade. Nela
também sentimos a convergência das neuroses mundiais e nacionais, expressas em
projetos episódicos e processos educativos circunstanciais.
A preocupação com os idosos e as pessoas com deficiência,
estranhamente, era praticamente inexistente no Brasil. Ainda na década de
oitenta do século passado era muito raro perceber essa discussão. Quando muito
havia a luta pelas rampas de acesso a calçadas, ainda que não fossem
transitáveis.
Mais ainda, os passeios eram instrumento de decoração e
cuidados com a permeabilidade do solo (Cascaes, Cidade do Pedestre) . A utilização do “petit
pavê” era moda enchendo de desenhos pisos que deveriam respeitar as condições
de trânsito de pessoas com dificuldades visuais, para quem tudo confundia.
Detalhes técnicos tais como coeficientes de atrito, abrasão, continuidade,
resistência a peso, ao clima, facilidades de manutenção etc. eram desprezados.
Se ficávamos surpresos com padrões europeus, logo
entendíamos o que víamos como uma necessidade a mutilados de guerra, o Brasil
não os tinha em quantidade suficiente para justificar “privilégios”.
Acessibilidade e inclusão era assunto para ambientes
especiais e um pesadelo para os pais que chegavam a mudar de cidade para
encontrar escolas capazes de atender filo(s) com deficiência.
Em Curitiba uma coleção de escolas especiais gerou a
preocupação do com o transporte coletivo de seus alunos levando-nos a construir
um terminal de integração e adaptar uma frota de ônibus para o transporte especial
no início da década de oitenta.
Simplesmente não existia uma preocupação com a pessoa com
deficiência, algo notável em projetos de arquitetura, urbanismo, transporte
coletivo, escolas e universidades, hospitais etc.
Essa condição excluía o idoso e a PcD do convívio social, do
trabalho, da vida urbana.
Os movimentos a favor das pessoas com deficiência (História do
Movimento Político das Pessoas com Deficiência no Brasil) eram dispersos e
ineficazes. Aos poucos ganharam consistência, mais ainda com a mobilização a
partir de outros países, de onde ganhamos lógica e propostas.
Paralelamente o Brasil sentia o peso dos excluídos da
lavoura.
O crescimento dos aglomerados urbanos, a migração do campo
para as áreas urbanas, a qualidade do migrante e seu poder de inclusão nas
metrópoles foi (e ainda é) um grande fator de transformação das cidades que
pesou em seus orçamentos.
N Brasil esse é um processo tardio e a origem dos migrantes
brasileiros, em geral regiões sem ambiente escolar, sanitário, profissionais e
sociais suficientemente desenvolvidos para que a inclusão seja harmoniosa.
Em volta das capitais políticas e econômicas descobrimos
cinturões de favelas.
O crescimento das grandes metrópoles atuais aconteceu em
tempos de crises econômicas e financeiras graves, surpreendendo prefeitos com
novas responsabilidades em tempos de poucos recursos.
O Brasil demorou demais para sair de suas crises maiores na
área econômica e agora, fruto de uma distribuição perversa dos impostos, inibe
ações que atenderiam melhor a população em geral, destacando-se o que é
necessário para bem atender suas pessoas carentes de melhor estrutura urbana.
A pessoa com deficiência e os idosos são vítimas da
deseducação, erros de planejamento, obras mal feitas, gerenciamento ineficaz e
finalmente da falta de recursos por efeito da corrupção, carência de recursos e
falta de vontade política em relação a suas necessidades.
Agravando tudo, portanto, a demagogia, a corrupção e a pura
incompetência aumentaram as contas municipais, desviando prioridades e projetos
para setores não essenciais.
Um exemplo clássico é a realização de campeonatos mundiais
gerenciados pela FIFA. Essa entidade tem força descomunal, pois além de suas
receitas diretas defende conveniências industriais e comerciais internacionais.
Assim constatamos que, graças à mídia fortíssima em torno do futebol, as
pessoas se alienam totalmente aceitando imposições inacreditáveis geradas por
uma entidade dedicada ao um esporte profissional. O principal aspecto negativo
é a concentração de recursos em projetos não prioritários, principalmente em
países como, no caso do Brasil, saem de décadas de crises financeiras e
econômicas.
Qualquer cidade brasileira tem muito a fazer a favor da
pessoa com deficiência. Um exemplo dessa carência é o transporte coletivo
urbano e a mobilidade dos usuários desse sistema. Não entra na cabeça dos
formadores de opinião e dos gerentes municipais que a segurança e facilidades
de trânsito dos pedestres são essenciais à opção “transporte coletivo”.
Assim temos registros e opiniões que se perdem pela absoluta
falta de vontade política dos prefeitos, a quem compete realmente decidir sobre
a qualidade das cidades [ (Cascaes, Bordeaux) (Cascaes, O
transporte coletivo urbano – um desafio de todos os cidadãos) (Cascaes,
Reurbanização Inclusiva) (Cascaes, Táxi é transporte
coletivo - um carro atende muita gente ) ].
Além da acessibilidade ao transporte coletivo urbano e as
calçadas sentimos a péssima acolhida em repartições públicas, agências de
concessionárias, bancos, comércio, hospitais, cartórios principalmente ao idoso
e à pessoa com deficiência auditiva e até intelectual. É fácil de entender se
lembrarmos que a legislação é posterior ao período escolar de nossos
dirigentes, pessoas que não foram educadas para o respeito recíproco.
Lendo livros sobre sociedades estrangeira e lembrando as
lógicas nazistas que quase dominaram o mundo no meio do século passado
compreendemos, com facilidade, o que é o ser humano [ (Foucault,
Vigiar e Punir) ,
(Humano, Demasiado Humano) , (Aprender a Viver - Filosofia para os novos tempos, 2006) ].
Estamos num momento da História da Humanidade em que
poderemos retroagir a culturas antigas, primitivas, ou avançar para um período
luminoso.
Atenção para os direito e deveres sociais poderão salvar a
Humanidade do radicalismo religioso e político, exemplos não faltam ao longo de
milênios, desde que alguma coisa se assemelhou à civilização, que o império de
fanáticos é assustador.
Nossas aglomerações urbanas mostram, contudo, a
radicalização da omissão. Cidades criando blocos gigantescos de concreto,
desfiladeiros e espaços comunitários perigosos apontam para o medo, o
isolamento.
A PcD precisa exatamente do oposto, de facilidades urbanas,
de aceitação e tolerância que precisa para demonstrar seu potencial, sempre
capaz de surpreender quem quer que seja.
Note-se que a pessoa idosa naturalmente se isola à medida
que vai percebendo suas limitações, o que é péssimo, pois com a experiência que
adquiriram poderiam ser um reforço importantíssimo na inclusão. Habituamo-nos a
ver os “velhos” como uma curiosidade ou afeto, quando parentes.
São cidadãos e merecem viver nas cidades sem restrições.
Tudo isso é possível?
Perfeitamente desde que nossas autoridades e legisladores
tenham essa preocupação. Não existe limite para a Engenharia que impeça a
criação de soluções, nossos urbanistas e arquitetos precisam dar mais espaço
para os engenheiros e todos eles aos sociólogos, psicólogos, médicos etc. que
saberão orientar quem realmente tiver disposição e poder para fazer mudanças
urgentes, inclusive.
Dentro das cidades temos todos os equipamentos e instalações
que a imensa maioria dos povos modernos precisa para viver bem, mal ou
pessimamente. Tudo depende da vontade política dos administradores públicos e
de seus eleitores.
Ou seja, as dificuldades enfrentadas pelas pessoas com
deficiência não existiriam se nossos administradores tivessem maior seriedade
em seus trabalhos.
Normas técnicas? Especialistas? Temos com excelente nível e
disponibilidade (Acessibilidade e o Arq Ricardo Mesquita) e inúmeros fóruns,
ONGs etc.
Ninguém pode alegar ignorância, seria até o caso de
processar nossas autoridades por desrespeito à legislação existente, o Poder
Judiciário reagiria de que forma?
Educação
Naturalmente a Educação é a pedra angular do aprimoramento
da qualidade de vida de todos os seres humanos, sem exceção.
Isso significa a necessidade de, a partir dos primeiros
momentos escolares (Cascaes, Creche – vacina contra a mortalidade infantil e a má educação
das crianças) ,
desenvolver-se um esforço de socialização e formação das crianças para maior
respeito e fraternidade com suas colegas PcD.
Nossa garotada merece creches, escolas em tempo integral bem
equipadas e condições de sala de aula tão boas quanto possível, só assim
entenderão plenamente a importância da comunidade em que vivem. É difícil
acreditar que ambientes hostis formem bons cidadãos.
Invertendo a análise, começando pelo nível universitário
tivemos exemplos de alienação terríveis em escolas federais.
Inacreditavelmente (para exemplificar) a necessidade de
tradutores LIBRAS converteu-se em função complexa criando especialistas
[exemplo oposto (Formação
de Intérpretes na Europa) ] que dificilmente aceitarão servir de
instrumentos de apoio aos professores em sala de aula. Aos professores,
intocáveis em seus postos de trabalho, deu-se o direito de atenderem ou não os
deficientes auditivos (um caso familiar, de que podemos falar de cátedra (Cascaes, A
Pessoa com Deficiência Auditiva Blog dedicado aos deficientes auditivos de
diversas formas.) ).
A legislação não valia e sim os votos para eleger reitores e sabe-se o que
mais.
É interessante ver a experiência norte-americana (Cascaes, Em LIBRAS - Gallaudet University - modelo
para o Brasil)
e conhecer em outros países a evolução da pessoa com deficiência (O surdo na Dinamarca) .
No Brasil a principal atenção é em relação às pessoas com
deficiência física (Cascaes, A Pessoa com Deficiência Física) , uma consequência
natural diante da quantidade de brasileiros nessa condição (crescendo
aceleradamente graças a acidentes de trânsito) e a visibilidade e organização
de entidades tão atuantes quanto as diversas unidades da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE - Brasil) .
O que é espantoso é a situação das PcD em cidades como a
capital do Paraná, Curitiba. Nela a pessoa com deficiência física raramente
terá mobilidade, pois suas calçadas, prédios importantes, travessias de ruas e
avenidas etc. são obstáculos absurdos, isso sem falar nos idosos, crianças e
pessoas com doenças debilitantes.
A má educação é flagrante em todos os níveis, ou seja, é
urgente estimular novas atitudes, entre elas o respeito e atuação de nossas
autoridades no cumprimento às leis existentes (seriam leis para inglês ver? (Cascaes, As leis que estimulam o respeito aos ODM
seriam para inglês ver? Acessibilidade é utopia? Inclusão no Brasil existe?l) ).
Educação é um processo, não muda por decreto. O problema é
que esse processo precisa ter lideranças confiáveis, não cooptáveis, sinceras.
Sentimos que a PcD e a Educação transformaram-se em mote político da pior
espécie.
Imbatíveis são os interesses de forças ocultas que
determinam os rumos e ações gerenciais de municípios, estados e da própria
União. Infelizmente não prestam depoimentos em cartório, são bem escoradas por
caríssimas bancas de advogados e ao longo da história do Brasil fizeram
acontecer [(Gomes, 1808) ,
(Gomes, 1822 - Como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês
louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o Brasil - um país que tinha tudo
para dar errado., 2010) , (Quase-cidadão) , (istória da
Vida Privada no Brasil) etc.].
Na insensibilidade pelos mais frágeis criaram lógicas cruéis
e comportamento institucionalizados terríveis.
Em Curitiba isso é sensível no esforço de se inventar e
tombar soluções urbanísticas ofensivas e perigosas a quem não é atleta. O
resultado é o atraso em tornar a cidade acessível, inclusiva.
Na Educação, surpreendentemente, só ouvimos desculpas
protelatórias, em todos os níveis políticos. Seria o resultado de nossa
história?
Ensino não presencial e a responsabilização do
estudante
O ensino convencional foi estruturado para crianças e jovens
imaturos. De forma complementar a era industrial, a Igreja e os exércitos
precisavam de pessoas disciplinadas, para não dizer amestradas. Escolas eram
autênticos quarteis, e muitas ainda o são.
Naturalmente se a vontade do jovem é seguir carreiras onde a
disciplina é fundamental a escola convencional é o lugar certo para aprender.
No século 21 as profissões passarão por mudanças
gigantescas, a maioria delas demandando raciocínio atilado e capacidade de
utilização de sistemas de controle a distância (Cascaes,
Ensino e literatura século 21) . O deslocamento
residência – escola tende a ser um problema crescente, poluidor, caro,
perigoso. A literatura técnica poderá crescer exponencialmente vi internet e
ser acessível com custos reduzidos. Livros técnicos poderão dar links para
filmes, jogos inteligentes e didáticos, museus, laboratórios virtuais e trazer
para dentro de casa cenários holográficos.
Tudo se dirige para maior facilidade de estudo, desde que as
autoridades e corporações não atrapalhem.
O ensino a distância não precisa ser síncrono à exposição do
professor. As boas escolas serão base de professores orientadores, consultores,
bibliotecas, laboratórios e produtora de filmes educativos.
A pessoa com deficiência poderá estudar sem a necessidade de
deslocamentos e imersão em ambientes hostis. Aulas difíceis estarão à
disposição dos alunos para repetição quantas vezes julgarem necessário. Mestres
a distância orientação e monitorarão estudantes quando necessário.
O fundamental será o mercado de trabalho, sempre exigente em
seus concursos de admissão e exames à semelhança daqueles que a Ordem dos
Advogados (Universidades como produtoras de conhecimento para o
desenvolvimento econômico: sistema superior de ensino e as políticas de
CT&I)
precisam fazer para terem autorização de exercício pleno de suas profissões.
Aliás, os exames poderão existir adiante, definindo graus de
conhecimento que serão utilíssimos em concursos públicos e serviços que exijam
profissionais superiores.
O fundamental é a redução da autoridade do MEC e
corporações. Acima de tudo compete ao contratante e contratado demonstrarem
conhecimentos, até porque a automação chegará a muitas profissões ainda
artesanais.
A evolução dos sistemas de aquisição, armazenamento e
processamento de dados é extremamente acelerada. Ainda que nada seja inventado,
levaríamos milênios para esgotar o potencial do hardware disponível.
A tecnologia possibilita já a transferência da formação
profissional do professor para o aluno, principalmente quando já de maior
idade. Não faz sentido tratar estudantes adultos como se fossem crianças. O
futuro de cada um pertence a ele próprio.
Não existe evidência de que o ensino convencional seja
essencial, ao contrário, as universidades são excelentes lugares para
desvirtuamento dos alunos.
O que nelas deve existir serão os núcleos de ensino, apoio e
orientação ao aluno à distância, sempre que possível.
Com isso a universalização do ensino será uma realidade,
reduzindo seus custos e liberando mais recursos para o Ensino Fundamental, onde
a aula presencial é imbatível e a escola precisa ser uma extensão da casa do
aluno.
Para o estudante PcD até no Ensino fundamental os recursos
de EAD são importantes, servindo de reforço para o que aprender na escola.
Exclusão inercial
Algo intrigante é perceber que até entre organizações
dedicadas à defesa das pessoas com deficiência a ignorância das condições de
acessibilidade e inclusão são desprezadas. Principalmente para PcD intelectual,
auditivo e até visual não se prepara sistemas capazes de complementar a
comunicação.
Apesar da tecnologia oferecer inúmeras oportunidades de
comunicação e acesso até em instituições ricas que pretendem defender as PcD no
Brasil não raciocinam em preparar ambientes, recursos de apoio, tradutores
Libras, mídia digital etc., para a integração de todos aos cursos e debates que
promovem. Isso por si só é extremamente constrangedor e explica a ausência
desses ambientes de representantes de outras organizações de mobilização de
PcD.
Os idosos, por exemplo, que gradativamente vão perdendo
acuidade sensorial e intelectual além de sofrerem com lesões e restrições
motoras não existem.
No Brasil, até em eventos como a REATECH [(Cascaes, Problemas e soluções técnicas e
comportamentais - a XI ReaTech) , (ReaTech) ] percebemos a
alienação impressionante em relação a seus frequentadores.
Temos lideranças nacionais superadas que demoram a perceber
a amplitude de suas bandeiras.
No Brasil vivemos um período de gravíssima pobreza
comportamental, indigência técnica e outras coisas que preferimos não comentar.
A exclusão é a regra e todo o discurso parece acontecer ao
gosto de lideranças institucionalizadas e alienadas, ou incompetentes.
Chegamos a situações absurdas como, por exemplo,
representando uma instituição dedicada a pessoas com deficiência visual fomos
impedidos de filmar para colocação em blog uma reunião de uma comissão dedicada
às pessoas com deficiência(s) (Cascaes, O direito de registrar
para informar) .
Na área de Urbanismo o problema é gravíssimo.
Curitiba tem tradição e muitos de seus profissionais
conquistaram seus diplomas nas escolas locais. Resultado, a idolatria em
relação ao que foi realizado no meio do século passado até hoje. Existe uma
resistência radical a ajustes que a cidade precisa fazer para garantir
mobilidade, segurança e conforto a seus habitantes. Como os projetos são feitos
internamente à Prefeitura não passam pelo crivo de concorrências cujos editais
não poderiam omitir o respeito à legislação pertinente.
A execução de trabalhos internos evita a exposição e
competição, sustentando diretrizes
erradas.
Não podemos também desprezar certos vícios comportamentais,
fruto, acima de tudo, da mídia promocional da cidade. Assim a vaidade e a
empáfia de muitos profissionais espantam.
A evolução de tudo que deriva das primeiras teses em relação
aos Direitos Humanos agora chega ao respeito universal, a todos os seres
humanos, sendo essa a real e imensa prioridade humanística. Infelizmente outras
teses funcionaram como contaminação de uma epidemia comportamental extremamente
prejudicial a todos nós.
O imenso contingente de pessoas com deficiência e seus
parentes e amigos e amigas precisam ter consciência de que não se pode fazer
concessões em relação à dignidade humana, à inclusão e universalização de
direitos e deveres. Devemos criteriosamente estabelecer espaços especiais e
também é mister dar exemplo de boa conduta.
Principalmente promotores de eventos dedicados à PcD,
idosos, etc. precisam ser criteriosos na preparação de todos os recursos e
condições de participação de pessoas que deles participam. É constrangedor
fazer um grande esforço para não ter resultados...
Conclusões
·
Simplesmente exigindo-se o cumprimento da
legislação existente (federal, estadual e municipal) as condições de
acessibilidade e inclusão poderão ser resolvidas em prazo curto se o Poder
Judiciário e os Ministérios Públicos assim o desejarem.
·
Existem soluções técnicas para otimização de
ambientes a favor das pessoas com deficiência que devem ser monitoradas em
novas construções de escolas, clubes, espaços públicos, calçadas etc.
·
Principalmente o transporte coletivo (terrestre,
naval, fluvial e aéreo) deve ser corrigido a favor da PcD.
Bibliografia
Hierarquia de necessidades de Maslow. (5 de 6 de 2012). Fonte: Wikipédia, a enciclopédia
livre.: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hierarquia_de_necessidades_de_Maslow
Andrade, R. (s.d.). A pessoa com deficiência e sua
relação com a história da humanidade . Fonte: Direitos das Pessoas com
Deficiência:
http://direitodaspessoasdeficientes.blogspot.com.br/2013/05/a-pessoa-com-deficiencia-e-sua-relacao.html
Bertrand Russell,
P. L. (s.d.). A Economia do Ócio. Sextante.
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Livros e Filmes
Especiais: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Direitos das Pessoas com
Deficiência: http://direitodaspessoasdeficientes.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Educação e Tecnologia
Assistiva - Inovação e Dignidade -: http://ta-inovacao-dignidade-autonomia.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: A Pessoa com Deficiência
Auditiva Blog dedicado aos deficientes auditivos de diversas formas.:
http://surdosegentequeluta.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Reurbanização Inclusiva:
http://reurbanizacao-inclusiva.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Ações ODM em Curitiba e
RMC: http://odmcuritiba.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Cidade do Pedestre:
http://cidadedopedestre.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: A Pessoa com Deficiência
Física: http://conhecendoaadfp.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (14 de 4 de 2012). A Pessoa com
Deficiência Auditiva Blog dedicado aos deficientes auditivos de diversas
formas. Fonte: Deficiente Auditivo: http://surdosegentequeluta.blogspot.com.br/2012/04/blog-post.html
Cascaes, J. C. (26 de 5 de 2013). Para os jovens da
década de 60 do século passado. Fonte: A favor da democracia no Brasil:
http://afavordademocracianbrasil.blogspot.com.br/2013/05/para-os-jovens-da-decada-de-60-do.html
Cascaes, J. C. (s.d.). APAE - Brasil. Fonte: A
pessoa com deficiência física Tratar das questões relativas à mobilidade,
autonomia e segurança da pessoa com d:
http://conhecendoaadfp.blogspot.com.br/2013/06/apae-wikipedia.html
Cascaes, J. C. (s.d.). As leis que estimulam o
respeito aos ODM seriam para inglês ver? Acessibilidade é utopia? Inclusão no
Brasil existe?l. Fonte: Ações ODM em Curitiba e RMC Registrar atividades
relativas aos Objetivos do Milênio na cidade de Curitiba e s: http://odmcuritiba.blogspot.com.br/2013/06/as-leis-que-estimulam-o-respeito-aos.html
Cascaes, J. C. (s.d.). Bordeaux. Fonte: O
Transporte Coletivo Urbano - Visões e Tecnologia:
http://otransportecoletivourbano.blogspot.com.br/2009/08/bordeaux.html
Cascaes, J. C. (s.d.). Creche – vacina contra a
mortalidade infantil e a má educação das crianças. Fonte: Mirante da
Educação :
http://mirante-da-educacao.blogspot.com.br/2013/05/creche-vacina-contra-mortalidade.html
Cascaes, J. C. (s.d.). Em LIBRAS - Gallaudet
University - modelo para o Brasil. Fonte: A Pessoa com Deficiência Auditiva
Blog dedicado aos deficientes auditivos de diversas formas.:
http://surdosegentequeluta.blogspot.com.br/2008/11/em-libras-gallaudet-university-modelo.html
Cascaes, J. C. (s.d.). O direito de registrar para
informar. Fonte: Direitos das Pessoas com Deficiência:
http://direitodaspessoasdeficientes.blogspot.com.br/2012/08/o-direito-de-registrar-para-informar.html
Cascaes, J. C. (s.d.). O surdo na Dinamarca.
Fonte: A Pessoa com Deficiência Auditiva Blog dedicado aos deficientes
auditivos de diversas formas:
http://surdosegentequeluta.blogspot.com.br/2013/06/o-surdo-na-dinamarca.html
Cascaes, J. C. (s.d.). O transporte coletivo urbano
– um desafio de todos os cidadãos. Fonte: O Transporte Coletivo Urbano -
Visões e Tecnologia:
http://otransportecoletivourbano.blogspot.com.br/2012/06/o-transporte-coletivo-urbano-um-desafio.html
Cascaes, J. C. (s.d.). Problemas e soluções
técnicas e comportamentais - a XI ReaTech. Fonte: Direitos das Pessoas com
Deficiência:
http://direitodaspessoasdeficientes.blogspot.com.br/2012/04/problemas-e-solucoes-tecnicas-e.html
Cascaes, J. C. (s.d.). Táxi é transporte coletivo -
um carro atende muita gente . Fonte: O Transporte Coletivo Urbano - Visões
e Tecnologia :
http://otransportecoletivourbano.blogspot.com.br/2012/11/taxi-e-transporte-coletivo-um-carro.html
Centro Nacional de Referência em Tecnologia Assistiva:
Ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República, visita CTI Renato Archer.
(s.d.). Acesso em 6 de 4 de 2012, disponível em Centro de Tecnologia da
Informação Renato Archer:
http://www.cti.gov.br/index.php/noticias/890-centro-nacional-de-referencia-em-tecnologia-assistiva-ministra-maria-do-rosario-da-secretaria-de-direitos-humanos-da-presidencia-da-republica-visita-cti-renato-archer-.html
Ferry, L. (2006). Aprender a Viver - Filosofia para
os novos tempos. (V. L. Reis, Trad.) Rio de Janeiro: Objetiva.
Fonte Notícias do Dia, 0. (4 de 10 de 2011). TRAJETÓRIA
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NA HISTÓRIA DO BRASIL: “CAMINHANDO EM SILÊNCIO”.
Fonte: its Brasil:
http://www.itsbrasil.org.br/noticia/0010638/trajetoria-das-pessoas-com-deficiencia-na-historia-do-brasil-%22caminhando-em
Formação de Intérpretes na Europa. (s.d.). Fonte: FENEIS:
http://www.feneis.org.br/page/interpretes_cursos_europa.asp
Foucault, M. (s.d.). História da Loucura.
Fonte: UFSCAR: http://www.ufscar.br/cis/wp-content/uploads/FOUCAULT-Michel.-A-hist%C3%B3ria-da-loucura-na-idade-cl%C3%A1ssica.pdf
Foucault, M. (s.d.). Vigiar e Punir. Vozes.
Garcia., V. G. (s.d.). As pessoas com deficiência
na história do mundo. Fonte: BengalaLegal:
http://www.bengalalegal.com/pcd-mundial
Gomes, L. (s.d.). 1808. Fonte: Livros e Filmes
Especiais, Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta
enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil:
http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/2013/02/1808.html
Gomes, L. (2010). 1822 - Como um homem sábio, uma
princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o
Brasil - um país que tinha tudo para dar errado. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira Participações S.A.
História da Vida Privada . (s.d.). Fonte: Livros e Filmes Especiais:
http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/2011/01/historia-da-vida-privada.html
João Carlos Cascaes, E. C. (s.d.). Fonte:
Acessibilidade e o Arq Ricardo Mesquita:
http://acessibilidade-e-o-arq-ricardo-mesqui.blogspot.com.br/
Júnior, M. C. (s.d.). História do Movimento
Político das Pessoas com Deficiência no Brasil. Fonte:
http://www.adiron.com.br/site/uploads/File/Movimento(1).pdf
Lorena Barolo Fernandes, A. S. (s.d.). BREVE
HISTÓRICO DA DEFICIÊNCIA E SEUS PARADIGMAS. Fonte: fap: http://www.fap.pr.gov.br/arquivos/File/extensao/Arquivos2011/NEPIM/NEPIM_Volume_02/Art08_NEPIM_Vol02_BreveHistoricoDeficiencia.pdf
Masi, D. d. (1999). O Futuro do Trabalho.
Brasília: UnB - José Olympio.
Masi, D. D. (2005). Criatividade - Descoberta e
Invenção. (Y. F. léa Manzi, Trad.) Rio de Janeiro: Sextante.
MEMORIAL DA INCLUSÃO - Os caminhos da Inclusão. (s.d.). Fonte:
http://www.memorialdainclusao.sp.gov.br/br/home/mov_social.shtml
Nietzsche, F. (s.d.). Humano, Demasiado Humano
(2 ed.). (A. C. Braga, Trad.) escala.
Novais, F. A. (s.d.). istória da Vida Privada no
Brasil. Fonte: Livros e Filmes Especiais :
http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/2013/06/historia-da-vida-privada-no-brasil.html
Olívia Maria Gomes da Cunha, F. d. (s.d.). Quase-cidadão.
Fonte: Livros e Filmes Especiais:
http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/2010/06/quase-cidadao.html
organização, D. D. (1999). A Emoção e a Regra - Os
Grupos Criativos na Europa de 1850 a 1950. (E. F. Edel, Trad.) Brasília:
UnB e José Olympio.
Persona, M. (s.d.). Entrevista - Domenico De Masi.
Acesso em 30 de 4 de 2012, disponível em Mario Persona:
http://www.mariopersona.com.br/domenico.html
ReaTech.
(s.d.). Fonte: XII Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão
e Acessibilidade : http://www.reatech.tmp.br/
Reis, A. (s.d.). ônibus de piso rebaixado -
ACESSIBILIDADE . Fonte: O Transporte Coletivo Urbano - Visões e Tecnologia
A opção pelo transporte coletivo urbano:
http://otransportecoletivourbano.blogspot.com.br/2012/12/blog-post.html
Rocha, M. (s.d.). Breve Histórico sobre a
Deficiência. Fonte: Scribd.:
http://pt.scribd.com/doc/20378146/Breve-Historico-da-Deficiencia
[1] O estado
de direito é uma situação jurídica, ou um sistema institucional, no
qual cada um é submetido ao respeito do direito, do simples indivíduo até a
potência pública. O estado de direito é assim ligado ao respeito da hierarquia
das normas, da separação dos poderes e dos direitos fundamentais.
Em outras palavras, o estado de direito é aquele no
qual os mandatários políticos (na democracia: os eleitos) são submissos às leis
promulgadas. - Wikipédia
[2]
Wikipédia - Na nova sociedade da informação tem se falado muito sobre o design
universal e a acessibilidade.
Para permitir as pessoas com deficiênciaa
ter autonomia e independência é foi criado as tecnologias assistivas.
“Tecnologia assistiva são recursos e serviços que
visam facilitar o desenvolvimento de atividades diárias por pessoas com deficiência.
Procuram aumentar as capacidades funcionais e assim promover a independência e
a autonomia de quem as utiliza”. (MELO, 2007, p. 94)
Conforme conceito proposto pelo Comitê de Ajudas
Técnicas (CAT) da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República:
"Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica
interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias,
práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à
atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou
mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e
inclusão social" (CAT, Ata da Reunião VII, SDH/PR, 2007).
Os Recursos são todo e qualquer item, equipamento ou
parte dele, produto ou sistema fabricado em série ou sob-medida utilizado para
aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas com
deficiência. Os Serviços, são definidos como aqueles que auxiliam diretamente
uma pessoa com deficiência a selecionar, comprar ou usar os recursos acima
definidos.
É Qualquer instrumento adaptado como um lápis com um
cabo curvado ou mais grosso, ou um teclado adaptado, leitores de tela. Pode ser um
artefato rústico ou como os últimos citados programas especiais de computador
que visam a acessibilidade.
"Hoje em dia é sabido que as tecnologias da informação e comunicação vem
se tornando de forma crescente, importantes instrumentos de nossas cultura e,
sua utilização, meio concreto de inclusão e interação no mundo" (LEVY apud
BASTOS, 2007, p.30)
No tocante as pessoas com deficiência essas
tecnologias de informação e comunicação as TIC's tem contribuído
significantemente e tem permitido o acesso ao conhecimento com necessidades
especiais independentemente dela qual seja.
Dessa forma busca-se integrar essas pessoas a
sociedade, promovendo a inclusão
social dessas pessoas. E como Devourny (2007, p. 8) menciona a
importância dos profissionais em ajudar os deficientes na superação das
barreiras ao acesso a informação e ao conhecimento, para contribuir e reduzir o
preconceito social e promover maior integração das pessoas com deficiência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário