Destino
O destino[1]
existe?
Nascemos com
missões e oportunidades que aparecerão ao longo da vida[2]. Algumas tendências estarão visíveis no DNA
das famílias e outras aparecerão por efeito de uma coleção de acidentes,
incidentes, contaminação social, religião etc.
Cada ser
humano é singular, único, diferente de alguma forma de outros. Somando outros
fatores poderemos entender a especialidade de cada um.
Temos
missões, destino, isso foi óbvio para nós.
Já idosos
podemos afirmar que muitas das realizações boas e más eram previsíveis.
Trabalhar[3]
com honestidade e dedicação é uma virtude essencial, é saber viver.
Toda bíblia
ou livro sagrado normalmente fala da arte de viver[4].
Com certeza
poderemos só pensar no que fazer se quisermos ir rumo ao Paraíso; dedicar-se à
religião é uma opção, mas a mais nobre será sempre aquela que se relaciona à
construção de um mundo melhor.
O ativismo
social e o amor ao próximo aparecerem com força
em muitas
orientações religiosas.
Ter
convicção de que podemos e devemos realizar algo útil à família, para pessoas
que respeitamos e a Humanidade na nossa dimensão é reconfortante.
OO dilema da
existência será permanente. Até os papas diversas vezes deram a sensação de não
acreditarem no que pregavam. Pediam insistentemente que os fiéis rezassem pela
saúde física e espiritual deles.
Muitas
crianças nascem com o destino definido pelos pais ou tutores. A liberdade de
escolha será relativa. Quem ama cuida e zela pelo seu rebanho. Isso pode ser
péssimo para a ovelha.
Envelhecendo
evoluímos até um ponto de estabilização e depois começamos a regredir.
A Natureza é
sábia.
Nosso
desafio é. se possível, educar, deixar uma herança intelectual. Poucas pessoas
morrem lúcidas. Antes que nosso cérebro decida se aposentar teremos a
incumbência de ensinar, registrar propostas e experiências, cuidar das pessoas
que confiam em nòs.
Esse será um
final delicioso para a pessoa idosa, saber que até o final de sua vida foi útil
a quem ama.
[1] Ao
mesmo tempo, a ideia de destino me soava como carregada de tons místicos, como
uma daquelas crenças que são encontradas em lojas de incenso. Depois de muita
introspecção, lágrimas e risos, conquistas e fracassos, orgulhos e vergonhas,
minha atenção mais uma vez se voltou para o enigma da existência,
especificamente sobre a razão de existir, e constatei que, por muito tempo,
estive enganado em minhas convicções sobre os caminhos da vida. Não por acaso,
foram os dias mais sombrios que me levaram em rota de colisão a essa
investigação, foram dias regados a lágrimas. Faz sentido: há lugares da alma
aonde músicas não conseguem chegar, para onde livros não fornecem o mapa,
recônditos em que poemas fracassam em alcançar. Há lugares da alma para os
quais só uma lágrima é capaz de nos guiar.
Garmatz, Diogo Mateus. A Soberania do Destino: Uma
Busca Pelo Sentido da Vida (p. 5). Diogo Mateus Garmatz. Edição do Kindle.
[2]
Uma dolorosa observação surpreende o pensador no ocaso da vida. Resulta também,
mais pungente, das impressões sentidas em seu giro pelo espaço. Reconhece ele
então que, se o ensino ministrado pelas instituições humanas, em geral —
religiões, escolas, universidades —, nos faz conhecer muitas coisas supérfluas,
em compensação quase nada ensina do que mais precisamos conhecer para
encaminhamento da existência terrestre e preparação para o Além. Aqueles a quem
incumbe a alta missão de esclarecer e guiar a alma humana parecem ignorar a sua
natureza e os seus verdadeiros destinos. Nos meios universitários reina ainda
completa incerteza sobre a solução do mais importante problema com que o homem
jamais se defronta em sua passagem pela Terra. Essa incerteza se reflete em
todo o ensino. A maior parte dos professores e pedagogos afasta
sistematicamente de suas lições tudo que se refere ao problema da vida, às
questões de termo e finalidade... A mesma impotência encontramos no padre. Por
suas afirmações despidas de provas, apenas consegue comunicar às almas que lhe
estão confiadas uma crença que já não corresponde às regras duma crítica sã nem
às exigências da razão. Com efeito, na Universidade, como na Igreja, a alma
moderna não encontra senão obscuridade e contradição em tudo quanto respeita ao
problema de sua natureza e de seu futuro. É a esse estado de coisas que se deve
atribuir, em grande parte, os males de nossa época, a incoerência das ideias, a
desordem das consciências, a anarquia moral e social. A educação que se dá às
gerações é complicada, mas não
Denis, Léon. O problema do ser, do destino e da dor
(Coleção Léon Denis) (p. 1). FEB. Edição do Kindle.
[3]
ENTÃO um lavrador disse, “nos fale do Trabalho”. E ele respondeu, dizendo:
“Vocês trabalham para que possam acompanhar o ritmo da terra e da alma da
terra. Pois ser ocioso é tornar-se um estranho às estações, e distanciar-se da
procissão da Vida que marcha majestosa, com orgulhosa submissão, rumando ao
infinito. Quando trabalham, vocês são como uma flauta através da qual o
sussurro das horas se torna música. Qual de vocês iria se contentar em ser um
caniço, surdo e mudo, enquanto tudo o mais canta em uníssono?
Gibran, Khalil. O Profeta (p. 23). Textos para
Reflexão. Edição do Kindle.
[4] A
Torá (do hebraicoתּוֹרָה) significa instrução, apontamento, lei. Além de
nortear o seu relacionamento com Deus (vida espiritual), ela revela informações
detalhadas que, quando seguidas, contribuem para que você: a) melhore sua saúde
física e psicológica;
b) construa uma relação familiar mais sólida;
c) estruture sua condição material e financeira;
d) tenha uma longa vida. Sua estrutura consiste nos
cinco primeiros livros do Tanakh (também chamados de Hamisha Humshei Torah,חמשה
חומשי תורה - as cinco partes da Torá). Estes livros são: Bereshit
(conhecido no ocidente como Gênesis), Shemot (Êxodo), Vayikrá
(Levítico), Bamidbar (Números) e Devarim (Deuteronômio). A diferença de
nomes se dá pelo fato de que os judeus dão para cada livro o nome de sua
primeira palavra que aparece no respectivo texto. Embora a Torá seja a obra
central do judaísmo, sua importância e sua influência vai muito além do
contexto religioso.
Moisés. Torá (Com notas e ilustrado): O Livro Sagrado
da Instrução (p. 6). Unidarma. Edição do Kindle.
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