quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Destino

 

Destino

O destino[1] existe?

Nascemos com missões e oportunidades que aparecerão ao longo da vida[2].  Algumas tendências estarão visíveis no DNA das famílias e outras aparecerão por efeito de uma coleção de acidentes, incidentes, contaminação social, religião etc.

Cada ser humano é singular, único, diferente de alguma forma de outros. Somando outros fatores poderemos entender a especialidade de cada um.

Temos missões, destino, isso foi óbvio para nós.

Já idosos podemos afirmar que muitas das realizações boas e más eram previsíveis.

Trabalhar[3] com honestidade e dedicação é uma virtude essencial, é saber viver.

Toda bíblia ou livro sagrado normalmente fala da arte de viver[4].

Com certeza poderemos só pensar no que fazer se quisermos ir rumo ao Paraíso; dedicar-se à religião é uma opção, mas a mais nobre será sempre aquela que se relaciona à construção de um mundo melhor.

O ativismo social e o amor ao próximo aparecerem com força

em muitas orientações religiosas.

Ter convicção de que podemos e devemos realizar algo útil à família, para pessoas que respeitamos e a Humanidade na nossa dimensão é reconfortante.

OO dilema da existência será permanente. Até os papas diversas vezes deram a sensação de não acreditarem no que pregavam. Pediam insistentemente que os fiéis rezassem pela saúde física e espiritual deles.

Muitas crianças nascem com o destino definido pelos pais ou tutores. A liberdade de escolha será relativa. Quem ama cuida e zela pelo seu rebanho. Isso pode ser péssimo para a ovelha.

Envelhecendo evoluímos até um ponto de estabilização e depois começamos a regredir.

A Natureza é sábia.

Nosso desafio é. se possível, educar, deixar uma herança intelectual. Poucas pessoas morrem lúcidas. Antes que nosso cérebro decida se aposentar teremos a incumbência de ensinar, registrar propostas e experiências, cuidar das pessoas que confiam em nòs.

Esse será um final delicioso para a pessoa idosa, saber que até o final de sua vida foi útil a quem ama.

 

 



[1] Ao mesmo tempo, a ideia de destino me soava como carregada de tons místicos, como uma daquelas crenças que são encontradas em lojas de incenso. Depois de muita introspecção, lágrimas e risos, conquistas e fracassos, orgulhos e vergonhas, minha atenção mais uma vez se voltou para o enigma da existência, especificamente sobre a razão de existir, e constatei que, por muito tempo, estive enganado em minhas convicções sobre os caminhos da vida. Não por acaso, foram os dias mais sombrios que me levaram em rota de colisão a essa investigação, foram dias regados a lágrimas. Faz sentido: há lugares da alma aonde músicas não conseguem chegar, para onde livros não fornecem o mapa, recônditos em que poemas fracassam em alcançar. Há lugares da alma para os quais só uma lágrima é capaz de nos guiar.

 

Garmatz, Diogo Mateus. A Soberania do Destino: Uma Busca Pelo Sentido da Vida (p. 5). Diogo Mateus Garmatz. Edição do Kindle.

[2] Uma dolorosa observação surpreende o pensador no ocaso da vida. Resulta também, mais pungente, das impressões sentidas em seu giro pelo espaço. Reconhece ele então que, se o ensino ministrado pelas instituições humanas, em geral — religiões, escolas, universidades —, nos faz conhecer muitas coisas supérfluas, em compensação quase nada ensina do que mais precisamos conhecer para encaminhamento da existência terrestre e preparação para o Além. Aqueles a quem incumbe a alta missão de esclarecer e guiar a alma humana parecem ignorar a sua natureza e os seus verdadeiros destinos. Nos meios universitários reina ainda completa incerteza sobre a solução do mais importante problema com que o homem jamais se defronta em sua passagem pela Terra. Essa incerteza se reflete em todo o ensino. A maior parte dos professores e pedagogos afasta sistematicamente de suas lições tudo que se refere ao problema da vida, às questões de termo e finalidade... A mesma impotência encontramos no padre. Por suas afirmações despidas de provas, apenas consegue comunicar às almas que lhe estão confiadas uma crença que já não corresponde às regras duma crítica sã nem às exigências da razão. Com efeito, na Universidade, como na Igreja, a alma moderna não encontra senão obscuridade e contradição em tudo quanto respeita ao problema de sua natureza e de seu futuro. É a esse estado de coisas que se deve atribuir, em grande parte, os males de nossa época, a incoerência das ideias, a desordem das consciências, a anarquia moral e social. A educação que se dá às gerações é complicada, mas não

 

Denis, Léon. O problema do ser, do destino e da dor (Coleção Léon Denis) (p. 1). FEB. Edição do Kindle.

[3] ENTÃO um lavrador disse, “nos fale do Trabalho”. E ele respondeu, dizendo: “Vocês trabalham para que possam acompanhar o ritmo da terra e da alma da terra. Pois ser ocioso é tornar-se um estranho às estações, e distanciar-se da procissão da Vida que marcha majestosa, com orgulhosa submissão, rumando ao infinito. Quando trabalham, vocês são como uma flauta através da qual o sussurro das horas se torna música. Qual de vocês iria se contentar em ser um caniço, surdo e mudo, enquanto tudo o mais canta em uníssono?

Gibran, Khalil. O Profeta (p. 23). Textos para Reflexão. Edição do Kindle.

[4] A Torá (do hebraicoתּוֹרָה) significa instrução, apontamento, lei.  Além de nortear o seu relacionamento com Deus (vida espiritual), ela revela informações detalhadas que, quando seguidas, contribuem para que você: a) melhore sua saúde física e psicológica;

b) construa uma relação familiar mais sólida;

c) estruture sua condição material e financeira;

d) tenha uma longa vida. Sua estrutura consiste nos cinco primeiros livros do Tanakh (também chamados de Hamisha Humshei Torah,חמשה חומשי תורה - as cinco partes da Torá).  Estes livros são: Bereshit (conhecido no ocidente como Gênesis), Shemot (Êxodo),  Vayikrá (Levítico),  Bamidbar (Números) e Devarim (Deuteronômio). A diferença de nomes se dá pelo fato de que os judeus dão para cada livro o nome de sua primeira palavra que aparece no respectivo texto. Embora a Torá seja a obra central do judaísmo, sua importância e sua influência vai muito além do contexto religioso.

Moisés. Torá (Com notas e ilustrado): O Livro Sagrado da Instrução (p. 6). Unidarma. Edição do Kindle.

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